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História A parceira do tirano - Dramione - Cap30


Escrita por: AstiyMalfoy

Notas do Autor


Olá leitores lindos e lindas.
Momento explicação :
1- Não postei na sexta por que eu fui burra o bastante de salvar em cima do capitulo quase pronto uma receita. Eu sou burra mesmo, confesso, por que meus capitulos não sao salvos como "capitulo30" ou "30", é tipo "llll", ou "aijsbjiah", é qualuer coisa mesmo KKKK Talvez por isso meu erro, mas já peguei umas dicas com minhas leitoras fofas do grupo do Whats (se você quiser entrar, avisa que eu mando o link do grupo), e vou começar a seguir os concelhos.

2- A história está chegando a metade, iria chegar mais ao capitulo 40 para chegar na metade, porém cheguei a percepção de que os capitulos ficariam cheios de nada, e chatos, ai preferi não enrrolar, e deixar so acontecimentos mais chocantes, e os capitulos cada vez maiores.

3- Não consegui revisar o capitulo, e peço mil desculpas por qualquer erro <3


Agora, boa leitura, não endoidem,, bebam água, usem mascara, lavem as mãos <3

Capítulo 30 - Cap30


#Explicações na notas iniciais, leiam#

Caos. Medo. Desordem. Estava tudo fora do lugar. O jardim sempre tão verde e florido agora estava esmagado, não havia vida, não havia felicidade, apenas uma vaga lembrança que ali um dia fora um dos lugares mais belos do Norte. Os funcionários trabalhavam apressados e desordenados, havia entulhos por todos os lados, havia sangue manchando o chão, nem todos os corpos foram retirados, e as famílias que amontoavam no campo aos lamentos por seu familiar morto naquela tentativa bem sucedida de destruir a família real.

Na janela que um dia fora seu quarto, Hermione olhava para baixo lamentosa. Não conseguia pensar direito, apesar do luto, apesar da dor e sofrimento, alguém da família tinha que ficar de pé, tinha que organizar o local. O rei estava morto mas não a sua família. A rainha, sempre tão centrada e forte, dormia em seu quarto medicada, ninguém conseguiria acorda-la, ninguém queria acorda-la.

Pesadelo. Era assim que Hermione se sentia, estava em um pesadelo e nunca poderia acordar. Ao seu lado, Draco apena acariciava a sua mão terno e silencioso. Era como se ele respeitasse o luto dela, aquele único momento a qual ela poderia sofrer. O vento morno do Norte a qual sempre lhe trazia conforto, agora batia em seu rosto como tapas de uma realidade não desejada.

-Senhora- A voz falha de Minerva fez Hermione sair de seu transe e virar-se para ver a velha empregada

-Desculpe Minerva, eu me distrair por um tempo- Hermione desculpa-se entrelaçando seus dedos com os de Draco, apertando a mão dele com força, precisava se manter acordada, e a mão do loiro sempre lhe puxava para a realidade- Peça para o gerente de finanças dar uma quantia considerável para cada família que perdeu alguém nessa batalha ridícula

Hermione se vira novamente para a janela, olhando as famílias chorarem sob o corpo desfalecido de seus entes queridos.

-Informe que todos são bem vindos nesse castelo pelo tempo que precisarem- Termina Hermione porém Minerva não saia do lugar- Algo errado Minerva?

-Não precisa ser forte agora menina, todos nós sabemos que você é a mais quebrada de todos nós- Minerva se aproxima devagar segurando o rosto de Hermione- Seu pai morreu minha jovem, se permita sofrer.

-Não temos esse luxo Minerva- Hermione nega com a cabeça tirando as mãos de Minerva de seu rosto devagar- Somos a família Real, temos um reino para organizar, temos famílias para consolar. Não temos tempo para luto.

-Hermione...- Tenta cosolar Minerva porém Hermione endurece o rosto fazendo a velha senhora dar alguns passos para trás- Como desejar minha menina.

Com uma reverencia sofrida e lenta, Minerva sai do quarto deixando novamente Hermione sozinha com Draco e sua família. Lilian e Tiago olhavam a garota com pesar, o peso de ser da família real era algo a qual os mais velhos nunca desejam que recaísse sob os ombros dos mais novos.  Harry olhava a prima com atenção, foram poucas as vezes a qual a vira daquela forma, e sempre teve receio da própria saúde mental da mesma.

-Harry- A voz rouca e fraca de Hermione fez o garoto de aproximar- Mande uma mensagem para o bispo, iremos coroar você o novo rei do norte amanhã

-Hermione não precisa ter pressa...- Pede Harry porém a garota nega com a cabeça enxugando com força as lágrimas que ameaçavam cair

-Draco...- Chama o loiro a castanha fazendo Draco segurar o rosto dela com carinho

-O que precisar, tempo, dinheiro, homens, ou apenas fugir- Fala ele beijando a testa dela demorado- Eu irei lhe dar. Mas se dê ao luxo de sofrer Hermione, não precisa coroar ninguém, não precisa acelerar nada.

-Estamos cuidado do velório do seu pai querida- informa Liliam com carinho segurando o ombro do filho- Harry, envie a carta ao bispo

-Mãe!- Harry tenta argumentar porém o próprio pai o faz parar

Tiago, sempre tão sério e centrado, ajoelha-se frente a Hermione fazendo a garota arfar. Com um carinho excessivo de um pai, Tiago pega a mão de Hermione a encostando em sua testa em um voto silencioso, com muitos significados implícitos a qual todos sabiam bem o significado. Lilian, sorrindo orgulhosa de Hermione ajoelha-se ao lado do marido fechando os olhos.

O suspiro de Harry fez Hermione erguer o olhar para ela ainda chocada, o sorriso do primo a fez arfar. Não! Assustada Hermione puxa a mão fazendo Tiago erguer o olhar para ela sorridente. Era um voto de submissão, de confiança e de ordem. Os Potter estavam novamente jurando manter e proteger a ordem dos Granger.

Cobrindo o rosto com ambas as mãos, Hermione permitisse chorar mais uma vez antes de respirar fundo. Em sua mesa, a espada de seu pai, sempre bem lustrada e cuidado, brilhava como se o próprio ainda estivesse ali, como de John Granger ainda segurasse aquele objeto.  Com um beijo na bochecha de Draco, Hermione sorriso dolorosa pegando a espada pesada de seu cai e caindo de joelhos frente aos tios.

-Não é assim que se aceita um voto menina- Brinca Tiago porém Hermione rir sofrida fazendo-o se calar

-A muito tempo, quando eu tinha uns 10 anos- Hermione fala abraçando a espada com força- Meu pai me contou a história dessa espada. Passada de geração em geração, ela sempre serviu ao rei, sempre protegeu esse castelo, sempre protegeu a monarquia do Norte- Devagar ela estende para frente a colocando frente aos seus joelhos no chão- Ele sempre dizia que não gostaria que eu carregasse o peso que ela tem, que eu deveria simplesmente ser feliz, que o Norte não precisaria de mim, deixe-me fazer um último pedido Tiago

-Você pode pedir o que você quiser, você é uma Granger- Lilian brinca colocando a sua mão em cima da de Hermione- Você sempre será a princesa do Norte Hermione, ninguém nunca irá tirar esse título de você

-Me deixem governar o Norte- Pede Hermione fechando a mãos ao redor da espada- Me deixem vingar a morte de meu pai... Somente peço isso

-Você está sempre dramática- Harry reclama fazendo seus pais olharem para ele, porém ele apenas dar de ombros ajoelhando-se ao lado de Hermione- Prima, o Norte sempre se lembra. Se alguém precisa dizer que é o rei, ele nunca será. Não há o que pedir, não há o que esperar, quem quer que tenha matado o nosso rei não nos conhece. O Norte não esquece.

-Quando ficou tão esperto?- Questiona Hermione rindo baixo com os olhos mirados na espada de seu pai

-Levante-se Hermione- Manda Harry estendendo a mão para ela- Nós nunca nos ajoelhamos, cada ferida é uma lição, e a gente sempre aprende

Aceitando a ajuda de Harry, a castanha se levanta decidida. Não importa quem tenha entrado por aqueles portões, iria se arrepender de ter lutado contra o Norte.

-Senhora- Tiago estende a mão para Hermione politicamente- O Norte esperara as suas ordens.

-Os Potter lhe oferece todas as nossas forças- Lilian sorrir- Você possui a inteligência, nós possuímos as armas. Sempre se lembre minha menina, isso não é o fim de tudo, é apenas mais um andar da escada. Muitos tentam subir e quando falham, nunca mais tentam. Nós sabemos que a queda machuca, enquanto alguns se agarram ao reino, se agarram aos deuses que nunca aparecem ou ao amor, outros se agarram a esses degraus. Eles são o real. A subida é tudo que existe Hermione. Não se esqueça.

Reverenciando mais uma vez, os Potter saíram do quarto deixando uma Hermione pensativa para trás. Tivera seu luto, acreditara ela que nunca chorara tanto em uma noite como na que passou. Agradecia ao fato de Draco nada ter feito a não ter lhe segurado em seus braços permitindo que a mesma chorasse o quanto que fosse necessário, em um silêncio reconfortante e acolhedor.

Olhando para ela, percebia por que seu pai não a fez lutar contra aquele casamento. Ele sabia, ele sempre sabia, e toda que vez Hermione questionava as decisões de John, no futuro, percebia que ele fazia o certo. Um rei não é aquele que sempre acerta, mas sim aquele que faz o certo. As palavras de seu pai pareciam cada vez mais necessárias agora. Virando o seu olhar para a espada em suas mãos, a castanha percebia o quanto que ela não combinava consigo.

Hermione tinha livros, tinha o conhecimento, e como seu pai sempre dizia, ela tinha o conhecimento que um líder precisa ter, afinal, há palavras que conquistam coisas a qual muitas espadas nunca conseguiram. Estendendo a espada para Draco, o loiro olha para ela confuso.

-Não possuo a força que essa espada exige- Fala Hermione séria- Por favor, me empreste a força que eu sei que você tem.... Eu preciso dela, eu preciso de alguém que segure essa espada e honre a imagem de meu pai.

-Por que não a entrega a seu primo?- Questiona Draco segurando a espada por cima da mão de Hermione- É o futuro rei

-E você é meu marido- Corta Hermione beijando a mão de Draco- Por favor.... Meu pai acreditava em você, de todas as pessoas a qual pediam minha mão, ele a deu a você....

-Não jogue baixo- Reclama Draco puxando Hermione contra si em um abraço apertado- Prometo honrar a memória de seu pai

-Obrigada- Agradece Hermione deixando que o loiro segurasse a espada, carinhosa ela segura o rosto do loiro com ambas as mãos- Eu te amo

-Não mais do que eu amo você- Confessa o loiro juntando os lábios de ambos

O beijo não tinha pressa, não tinha malicia. O braço que segurava a espada arrodeia o corpo de Hermione de força que a arma firmasse bem ao lado do casal, jogando os braços ao redor do pescoço do loiro, a castanha desejava que aquele beijo não acabasse. Mesmo com o desejo do tempo parar e a única preocupação ser a boca da castanha, Draco encerra o beijo encostando a testa na dela com os olhos fechados.

-Me prometa algo- Pede ele baixo abrindo os olhos devagar para observa-la melhor- Me prometa que não irá confundir vingança com justiça

-Tenho você para me lembrar- Brinca ela fazendo o loiro rir- Eu prometo.

-Ótimo, então sua alteza- Brinca Draco se afastando dela em uma reverencia exagerada e teatral- Qual a primeira ordem da minha rainha?

A risada de Hermione fez o loiro sorrir ligeiramente aliviado. Mesmo sabendo que o coração dela ainda estava quebrado e que demoraria algum tempo para que a mesma voltasse a ser a mesma vida de antes, sentia-se satisfeito em saber que conseguia arrancar risadas como aquela da garota a sua frente.

-Talvez devemos colocar ordem na casa primeiro- Hermione olha para cima pensativa- Tenho certeza que todos os representantes estão por perto.... principalmente os que eu quero ver

-Quem está em mente?- Draco oferece seu braço para a garota andar ao seu lado

-Millon e Greagess- Solta Hermione – E toda e qualquer família que tenha apoiado esses dois vão saber como palavras podem machucar mais que a merda de uma espada!

-Certo, certo- O loiro confirma segurando o rosto de Hermione com ambas as mãos- Acabe com a raça de todos eles

Selando os lábios dos dois, Draco mantem a garota perto de si sentindo a mesma segurar com força a sua camisa o puxando para mais perto. Saber que ela o desejava tanto quanto ele desejava ela o fazia sentir satisfeito e sedento. Mas não era a hora, ele sabia isso, mesmo a contra gosto afasta ela de si minimamente. Os lábios de Hermione estavam levemente vermelhos e pareciam realmente uma tentação a qual ele adoraria provar.

Olhando para cima, o garoto ouve Hermione rir baixo fazendo-o voltar o olhar para ela com a sobrancelha erguida. O riso dela era realmente algo que ele adoraria ouvir mais vezes.

-Não posso descer tanto o nível, você perderá o encanto- Brinca ela fazendo-o rir

-Hermione, o máximo que pode acontecer, e o que eu sei que vai acontecer- A voz dele era baixa e rouca- É no final do dia eu lhe segurar como um saco de batatas, trancar a porta do seu quarto e nem que o mundo esteja acabando, irei lhe deixar sair.

-Você anda muito tarado Malfoy- Retruca a castanha cruzando os braços

-Não tenho culpa se a minha mulher me deixa assim- Responde ele jogando os ombros- Agora vamos senhora, por que eu estou sedento, e nada me alegrará mais do que vê-la subjugando alguém no dia de hoje.

Batendo fracamente na bunda da garota, fazendo-a pular assustada, Draco estimula a mesma a sair do quarto pela primeira vez desde de sua chegada e descoberta da morte de seu pai. Apesar das batalhas que tiveram ali, os funcionários tentavam limpar a todo custo as manchas de sangue pelas mobilhas, enquanto outros tiravam os quebrados, as espadas e corpos amontoados pelo chão.

A figura de Hermione passando fez com que muitos deles olhassem para ela petrificados, enquanto outros pareciam querer chorar pelo fato de Hermione ainda respirar. A rainha não havia sido vista, e segundo as informações que recebera logo no início da manhã, Draco sabia que a mesma ainda estava inconsciente pelo choque de ver seu marido morto.

Theodoro e Blásio eram duas pessoas a qual Draco havia determinado missões importantes. Primeiro ele queria saber exatamente o que aconteceu naquele lugar, e como não havia recebido nenhuma notícia. Para um ataque daquele tamanho, o Império, como aliado do Norte, deveria ter percebido e vindo ajudar. Evitaria a morte do Rei. Evitaria a imagem que Draco estava vendo agora.

Hermione a sua frente segurava o próprio braço frente ao corpo e ele sabia que ela estava se esforçando para não tremer ou voltar a chorar. Conseguia notar ainda mais alguns funcionários olharem para ela com um tom de culpa, com um ar de responsabilidade a qual ele estava desaprovando completamente.

Assustou-se quando um dos funcionários parou na frente de Hermione a forçando parar de andar e literalmente erguer o olhar para que pudesse observar o rosto do homem que a fez parar. Ele tinha sangue em suas roupas gastas, e machucados por todo o braço e um corte realmente ruim na lateral do rosto. As feições dele não eram nada amigáveis.

Confuso e desconfiado, Draco coloca a mão em cima da espada pronto para atacar no mesmo instante em que o homem cai de joelhos na frente de Hermione trêmulo. Mesmo sem jeito ele pega a mão da castanha a segurando com uma delicadeza assustadora.

-Eu sinto muito senhora- Resmunga ele tremendo mais ainda- Eu não consegui proteger seu pai....

-Alfred?!- Exclama Hermione fazendo o homem erguer o olhar para ela- O que aconteceu com você?! O que aconteceu aqui?!

-Fomos falhos senhora- Confessa ele- Eu mereço morrer, não conseguir proteger o mestre que jurei proteger!

-Meu pai ficaria no mínimo decepcionado de ouvir você falando isso- Engasga Hermione, percebendo sua visão ficar embaçada- Alfred, se levante, está chamando atenção de todos.

-Que eu chame senhora, não há desonra maior do que permitir que seu senhor seja morto!- Reclama Alfred aos prantos

Preocupada, Hermione olha ao redor, mirando o olhar em Draco que observava a cena em silêncio com os braços cruzados. Sim, tinha consciência de que era uma vergonha para um Knight , em batalha, ver seu senhor morrer e permanecer vivo, sabia disso, pois já havia ouvido muitos reclamarem da sua própria falta de consideração com os mesmo.

Contudo, algo naquela conversa não batia, “permitir, meu senhor, morrer”, era como se o rei tivesse morrido pelo fato de seus guerreiros não terem lutados, contudo a paisagem de pós-guerra do local ia em direção completamente oposta a essa possibilidade.

-Levante- Manda Draco puxando o braço do homem para cima, que mesmo maior e mais forte que ele se ergue do chão mirando o olhar para o loiro- Vá procurar alguém para ver esses machucados, e tire essa cara de velório, a esposa de seu senhor e a filha está vivas e desamparadas, seu choro e desespero não ajuda nenhuma delas.

-Draco!- Reclama a castanha baixo porém o loiro nem ao menos se meche nem solta o braço do homem

Sentia uma falsidade ali sem tamanho, e mais ainda, parecia que alguma coisa não estava certa. Precisava saber o que havia acontecido dentro daquelas muralhas. Agora, mais que nunca.

Nervoso, o loiro solta grosseiramente o braço de Alfred que cambaleia para trás com os olhos fixos em Draco. Ambos pareciam querer descobrir as reais intenções de cada um apenas com o olhar. Mesmo a contragosto, o homem virou de costas e saindo do campo de visão do loiro que fixava o seu caminho

-Pode me explicar o que você está fazendo?- Questiona baixo Hermione puxando Draco para sair dali

-Concentre-se no que você tem que fazer Hermione- Pede Draco puxando a garota para um abraço desajeitado- Não se preocupe com mais nada além do que está na sua frente, por que do resto? Eu arrumo todas as informações.

-Você está completamente fora do seu habitat se não se recorda- Resmunga Hermione afastando-se do loiro para olhar em volta- Até eu estou me sentindo por fora

-Primeiro, você não é uma pessoa eu se vitimiza, então apreciaria se a senhorita parasse com essa depreciação- pede o loiro respirando fundo- Segundo, quando me casei com você nos tornamos um só, do mesmo modo o Império é a sua casa, aqui se tornou a minha

-Não tem a menor lógica, por que quando oficializarmos nos papeis perderei meu nome- Joga os ombros a garota levemente desconfortável

-Não precisa tirar o Granger, apenas coloque o Malfoy- sugere o loiro fazendo-a olhar para ele surpresa- Estamos casados a meses e ninguém comentou nada de tirar seu nome, não sei por que ainda se preocupa com isso.

A garota ainda encarou o loiro por um tempo antes de voltar a andar percebendo-o atrás de si. Tudo estava uma completa bagunça, e a falta de pessoal somente colaborava para a lentidão de tudo isso. Os passos de Hermione tornaram-se mais lentos quando passou frente a porta do quarto de seus pais; plantado na frente, Ronald parecia uma estátua e somente seus orbes moviam. Ver Hermione observando-o fez somente que ele endurecesse mais o olhar, mexendo a cabeça rapidamente e voltando ao seu estado “natural”.

O suspiro pesado fez com que os dois homens ali presentes olhassem para a garota rapidamente.

-Como está minha mãe?- Questiona Hermione sem virar-se para Ronald efetivamente

-Segundo Minerva, está rejeitando qualquer comida e recursar-se sair da cama- Responde Rony rápido e sério

-Se ela permitir que entre, informe que estou cuidado de tudo- A garota abaixa o rosto- Que ela tenha o Luto que eu não posso ter

O pesar de sua frase não passou em despercebido, porém não pode ser respondido, uma vez que ela voltou a andar, agora mais rápido, como se sentisse um desespero de sair de perto dali. A realidade é que Hermione sentia-se culpada por tudo isso que estava acontecendo, e mesmo em sua cabeça sabendo que não poderia fazer nada, seu coração não aceitava essa informação.

Como previsto, todos os representantes de todas as famílias do Norte estavam na sala do trono, no local aonde, a poucas horas, o rei havia sido morto. Ainda dava para ver a mancha de sangue no chão, e rastros de uma batalha sangrenta em todo o salão. A entrada dela não foi bem-vinda, e os olhares a ela dirigidos não eram de satisfação. Hermione era uma traíra. Hermione pertencia ao império. Hermione não era desejada ali.

-Senhores- Cumprimenta Hermione percebendo pela primeira fez, Tiago ali, escondido no canto- Me sinto completamente estupefata com a rapidez a qual os senhores se mobilizaram hoje, mas quando meu pai respirava e exigia a presença de todos, era uma burocracia sem tamanhos.

-Não me venha com ironias garota- Millon exige superior- Exigimos a presença da rainha.

-Minha mãe está completa e totalmente impossibilidade de presenciar essa reunião- Responde friamente Hermione olhando o trono do pai por alguns instantes antes de sentar- Como filha dela, estou presidindo em seu lugar.

-A senhorita é uma imperialista!- Reclama um homem qualquer a qual Hermione não reconhecia

-Sou filha do Rei do Norte, sou produto do amor dos meus pais- Hermione bate o punho no braço da cadeira ecoando um choque agudo- Há alguém nessa sala que ainda recusa aceitar essa realidade?

O olhar da garota não era de felicidade nem mesmo de boas-vindas. Ela esperava realmente uma negação de alguns em aceitar que ela respondesse pela mãe, porém esperava que isso saísse da boca de Greengrass não de qualquer outra pessoa. “Nat, conseguiu achar Plue?” Pensa Hermione cruzando as pernas séria “Nada ainda.”

A resposta curta apenas gerava mais pergunta na cabeça dela. Sabia que Draco estava ao seu lado e que o brilho da pedra vermelha do cabo da espada brilhava forte atraindo mais atenção ainda de todos. Recordava-se de como seu pai sempre segurava a espada, em pé, entre suas pernas, com aquele pequeno rubi bem amostra. Ninguém nunca o questionava, ninguém nunca falava antes que ele desse a palavra. Ele era um homem. O peso de ser mulher finalmente atingiu em cheio o peito de Hermione, uma vez que, a ela os olhares hostis não eram nada discretos, porém para Draco pareciam quase um bando de ratos medrosos.

-Não ouvi a resposta a pergunta feita por Hermione- Draco desdenha apoiando o braço no encosto do trono afrontoso

-Peço desculpas em nome de todos apresentes senhorita- Finalmente Greengrass se manifesta, com a mão no peito reverenciando a figura de Hermione brevemente- Porém, como a princesa deve bem compreender, estamos aqui para decidir o futuro rei do norte, e a ela esse negócio não pode ser decidido.

-Não há nada que impeça isso na verdade- Apoia a garota o rosto na mão olhando os homens a sua frente confusa- Que eu saiba, sendo filha de meu falecido pai, tenho total e pleno direito de estar aqui presente.

-Presente e não dominante- Retruca Millon ficando ao lado de Greengrass- A presença da rainha é exigida aqui nesse salão

-Sua exigência pode ser enxiada em sua garganta novamente Millon- Hermione irrita-se fechando as mãos em punhos, Thiago olhava a sobrinha com os olhos arregalados, era uma péssima hora para ela se irritar- Que você e suas exigências mesquinhas e tolas voltem para a merda de lugar que é a sua casa, por que aqui, nesse momento; quem manda sou eu. Se não está satisfeito, escreva uma reclamação e espere a minha mãe está sã novamente para lhe responder....

-O que Hermione quer dizer- Thiago interrompe fazendo a garota olhar para ele nervosa- E desculpe-me interrompe-la, é que a rainha não está em um nível de sanidade mental adequada para tomar qualquer decisão no momento.

-Isso não é problema nosso!- Reclama uma pessoa no fundo fazendo a raiva de Hermione aumentar

-Isso mesmo!- Apoia outro aumentando novamente a algazarra

As reclamações apenas iam aumentando, e os olhos de Hermione apenas focavam em MIllon e Greengrass que sorriam satisfeitos com aquilo. A garota sentia a cabeça rodar uma vez que percebera qual realmente era o plano deles. Ninguém estava escutando ela, a representante dos Granger e ninguém aceitava as argumentações de Thiago, o Duque Potter.

Respeito e admiração. Não eram algo a qual se conquistava facilmente, porém era rapidamente perdido. Os olhos da garota observavam a completa confusão que aquilo estava se tornando. Precisava pensar em algo rapidamente, porém nada lhe vinha a mente. A mão de Draco então aperta o ombro da garota fazendo-a olhar para ela confusa. Seus olhos mexiam rapidamente como se não conseguissem focar na imagem do rapaz ao seu lado.

Preocupado, o loiro beija a testa de Hermione apertando com mais força o ombro dela. Nunca a vira tão perdida, e arriscava dizer que a mesma nunca havia se sentido assim. Obviamente que com o pai vivo, a força política dela era muito maior, porém o choque de realidade veio sem freio e nada delicado. Todo o poder de Hermione vinha da sombra de seu pai, o respeito que falsamente todos lhe davam, vinha do medo do Rei.

Hermione não tinha realmente nada... Talvez fosse isso que ela pensasse, observa Draco. Porém ela precisava ver que ela ainda tinha tudo, ainda tinha o poder, ainda tinha o respeito, uma vez que ela havia conquistado isso no Império sozinha e sem qualquer sombra ou ajuda. Ela tinha tudo, somente precisava acreditar nisso.

O barulho somente era maior, e os olhos cinzas de Draco capitavam a animação de duas pessoas a qual ele não conhecia, porém era obviamente pessoas a qual Hermione não apreciava, uma vez que seus músculos ficavam tensos quando seus olhos encontraram o mesmo alvo que os dele.

Dramaticamente, Draco deixa a espada pesada de seu sogro chocar contra o chão três vezes, fazendo todos se calarem e olharem para ele.

-Ora! Como o silencio é agradável, agora eu compreendo as palavras de meu sogro- Brinca Draco fazendo todos rirem nervosamente- Apesar de meu pai também falar algo parecido. Agora que estamos todos civilizados, podemos começar? Eu realmente sou uma pessoa sem paciência compreendem? E a única pessoa que está me segurando para não cortar a língua de vocês é essa mulher a qual todos estão ignorando, então sugiro, que usem um pouco do minúsculo cérebro que aparentemente vocês podem tem, e comecem essa merda de reunião.

Surpresos, os homens então se alinham devagar frente a Hermione que olha para Draco com os olhos arregalados. Em resposta, ele apenas sorrir e aponta, com a cabeça, para os homens em questão. Não sabia como ela botaria ordem naquele lugar, uma vez que aparentemente, seria impossível por  ou conversar com pessoas tão burras como aqueles homens. Porém ele sentia que iria adorar o que viria a seguir.

-Ok, obrigada querido- Agradece Hermione beijando a mão de Draco que pousava em seu ombro antes de voltar o olhar para os homens a sua frente- Devagar, e um de cada vez, quero que me informem, com bastante detalhes, o que exatamente aconteceu aqui.

-Não deveria perguntar aos soldados de seu falecido pai?- Questiona irônico Greengrass fazendo os outros rirem baixos

-Se eu quisesse as palavras deles, teria perguntado a eles e não a pessoas medrosas e burras como vocês- Retruca Hermione sério fazendo as risadas cessarem rapidamente, o olhar dela era seco e raivoso- Então, eu sugiro a vocês, principalmente a Greengrass e Millon que me contem realmente a verdade, por que, se vocês não se esqueceram- Hermione inclina-se para frente abaixando o tom de voz- Eu tenho ouvidos em todos os lugares, seria péssimo executar alguém aqui e agora por traição- a garota então arruma a posta e sorrir meiga inclinando a cabeça- Certo Duque Greengrass?

A imagem de Hermione não era das mais amigáveis, e seus gestos eram bem calculados. Segurando o riso, Thiago olha para cima como se pudesse ver seu velho amigo que agora descansava sua alma em algum lugar, tendo a completa certeza que o mesmo estava orgulhoso demais de sua filha. Discreto, Thiago então se aproxima de Hermione, postando-se do outro lado da garota.

Ele então se abaixa e fala algo no ouvido dela, fazendo endurecer mais o rosto. A resposta dela foi no mesmo tom atraindo ainda mais a atenção e curiosidade de todos. O pavor do que poderia ter sido trocado entre os dois veio no mesmo instante em que Potter trinca os dentes irritados, porém a garota não parava de falar. Ao finalizar a sua resposta no ouvido de Thiago, o mesmo riu algo inclinando a cabeça para trás.

-Tem certeza disso?- Questiona Thiago

-Em minhas palavras?- Quesitona a mulher recebendo apenas um confirmar de cabeça do outro fazendo-a prosseguir- Mais ou menos, porém Gina já está averiguando a veracidade desses fatos e como eu posso bem pensar, tenho certeza que meu marido já pediu para seus homens verificar o outro lado da historia.

Estavam falando sobre o que aconteceu ali, percebeu Draco e sorrio ameaçador ao perceber o  quanto que aquele mulher já conseguia entender ele tão bem.

-Pois bem- Hermione corta a linha de raciocínio de Draco- Quem irá falar primeiro?

-Senhora- Dumbledore manifesta-se pela primeira fez fazendo a garota sorrir discretamente para o senhor que mal conseguia andar direito- Primeiramente, todas as minhas condolências a sua mãe a senhorita, não consigo mensurar a dor que ambas sentem, e a força e coragem que você tem em apresentar-se frente a nós

-Obrigada Dumbledor- Agradece Hermione relaxando a expressão do rosto – Passarei seus sentimentos a minha mãe

-Com pesar informo que não estava presente nesse ataque, porém meus homens, pelo menos os que conseguiram chegar a tempo, me informaram que foi um ataque surpresa vindo de dentro

-Como podem ter tanta certeza disso?- Pergunta Hermione pensativa

-Os portões apesar de agora estarem do modo que estão, quando Aberforth chegou achou estranho que não havia um único guarda na entrada, então facilmente conseguiu adentrar no castelo- Informa Dumbledore fazendo Hermione estreitar o olhar

-Isso é função da família Mcmillan- Desdenha Hermione estreitando o olhar John Mcmillan, o homem sempre desdenhava o fato de ter o mesmo nome que o rei e usava bem disso a seu favor- Posso me dizer o que exatamente os seus homens estavam fazendo ao invés de protegerem o portão?

-Minhas condolências a sua família menina...

-Não quero as suas condolências- Hermione corta fazendo Mcmillan se erguer irritado- Quero a sua explicação, e nunca mais em sua vida me chame de menina, não possuímos o mínimo de afinidade para que você se dirija tão informalmente a mim

-Em todo caso, minhas condolências- Desdenha ele fazendo Hermione trincar os dentes- Aparentemente Aberforth está ficando meio velho para sua função, meus homens foram atacados por flechas, os que sobreviveram tiveram que deixar seus postos para salvar seus companheiros

-Aberforth está na flor da idade ainda- Dumbledore retruca batendo sua bengala no chão- Está mais saudável que eu, e não havia qualquer marca frente aos portões Mcmillan

-Além disso- Hermione complementa erguendo o dedo indicador- A função dos Mcmillan é protegerem o portão, é serem a linha de frente, essa sua desculpa esfarrapada não me convence

-Logicamente a senhorita não entende de guerras então não pode compreender a profundidade de minha informação- Mcmillan retruca segurando sua cintura desdenhoso

-Oh! EU não entendo? EU?- Grita Hermione levando-se  e indo até McMIllan que nem ao menos se mexe – O que você parece não entender Mcmillan é que meu pai me ensinou muita coisa, e uma delas é básico de guerra- A garota então cutuca o peito do homem fazendo soltar a cintura surpreso- Regra numero um, se o inimigo deixa uma porta aberta, precipitemo-nos por ela. Regra número dois, Triunfam aqueles que sabem quando lutar e quando esperar. Regra número três, Quando cercar o inimigo, deixe uma saída para ele, caso contrário, ele lutará até a morte- A cada frase da garota, Mcmillan parecia se encolher, dando um passo para trás de cada vez, porém a castanha não lhe dava espaço, se ele dava um passo para trás, ela dava dois para frente, até ao ponto em que se vira caído no chão frente a garota- Logicamente não é somente isso, porém algo que meu pai sempre repetia e parece que o senhor não passa aos seus homens, mas que agora, eu farei com que eles aprendam é que a vitória está reservada para aqueles que estão dispostos a pagar o preço. Se era para eles morrerem mas ninguém entrarem no castelo, que a morte deles sejam honradas

Virando-se rapidamente, Hermione deixa Mcmillan no chão e observa todos olharem para ela surpresos. Empinando o nariz, a garota volta para o trono devagar, percebendo todos a seguirem com o olhar. A castanha então olha para Thiago e Draco, de costas para todos sorrindo satisfeita, entes de voltar as suas feições sérias e sentar-se no trono novamente.

Mcmillan olhava a garota irritado e ainda no chão.

-Alguém poderia por favor ajudar Mcmillan a se erguer?- Pede Hermione com desdém- Ele deve apreciar a ultima reunião a qual estará presente

-Como é que é?!- Berra Mcmillan erguendo-se no chão nervoso e apressado

-logico que sim! Ora o que você esperava?- Questiona a princesa irônica, precisava comprar mais tempo ainda, uma vez que Gina ainda não havia chegado, somente nunca imaginou que seria tão fácil e divertido fazer isso- Não cumpriu a sua função, permitiu que inimigos de meu pai entrassem em nossas terras, favoreceu um ataque a qual não era esperado muito menos suspeitado, e para completar, suas ações idiotas resultaram na morte de meu pai. Espera mesmo que eu permita que continue com esse poder?

-Não pode me tirar!- Reclama Mcmillan- Não possui poder nenhum!

-Eu não possuo?- Hermione rir irônica- Lógico que posso lhe tirar, uma vez que como é de comum senso, mortos não falam, não reclamam. Então Mcmillan, sugiro que aceite essa sentença agradecido, por que se ouvi mais uma reclamação sua, se não sua esposa e filho terão que lhe visitar a sete palmo abaixo do chão. Compreende?

Mcmillan então cai de joelho no chão sem reação, sua cabeça balançava para cima e para baixo rapidamente. Os outros ducados olhavam para Hermione apavorados. Sim, era isso que ela queria que eles sentissem, medo e imponência. Nenhum deles poderia negar, nenhuma deles poderia retrucar. Observando bem, eram, como suspeitava; somente alguns que pareciam perder a cor, e eram justamente esses que haviam seguido as ordens de Greengrass e MIllon, e era justamente esses que ela iria trabalhar.

Se essas duas famílias queriam que poder, Hermione daria um breve vislumbre do gosto de ter tentado tirar isso dela.

-Shafiq!- Chama Hermione batendo as mãos animadas- Responsável por um dos pelotões da defesa, como vai?

-Condolências aos Granger- Shafiq curva-se tremendo frente a Hermione que sorria como uma criança feliz- Qual informação posso lhe fornecer hoje?

-Que bom que perguntou, gostaria de saber como treina seus homens- O questionamento dela fez o homem se erguer confuso e Thiago olhar para Hermione mais perdido ainda

-Perdão?- Shafiq ergue uma sobrancelha sem entender

-Desculpe, pelo visto ninguém me entendeu, e eu estou ficando realmente preocupada com o nível de entendimento de vocês- Brinca Hermione percebendo Thiago engolir um seco, uma vez quem nem mesmo ele havia compreendido a garota- Shafiq, como pode ver estou acompanhada somente de meu marido e meu tio, Gina não está presente

-A Srtª. Weasley, imagino, deve estar visitando a família- Millon supõe fazendo Hermione negar com a cabeça

-A família Weasley sabe bem a função de cada um, os gêmeos já estão recuperando e repondo as armas perdidas, o Sr.Weasley já está separando todos os papeis a qual eu devo olhar e averiguar, a Sra. Weasley está preparando comida para cada soldado que lutou para manter esse lugar em pé, Carlinhos está verificando a saúde dos animais machucados ou assustador- Fala Hermione séria, era uma afronta aquele homem tentar diminuir aquela família tão fiel e unida- Gina, minha Kgnight, que responde somente a mim, está fazendo a função dela, então eu seguido que você fique calado, por que a conversa ainda não chegou no senhor!

Millon apenas abaixou a cabeça dando um passo para trás fazendo com eu Shafiq ficasse um pouco mais a frente que ele.

-Aonde se encontra a Srta. Weasley, se me permite perguntar, princesa?- Questiona Shafiq em um tom mais ameno ao falar com Hermione

-Ha! Fico realmente feliz que você perguntou- Hermione falava com uma inocência calculada e ligeiramente agoniante- Gina está conversando com os soldados de todo mundo sabe? Ela precisa saber o que deu errado com a segurança de meu pai

-Podemos saber o que foi descoberto?- Greengass pergunta antes mesmo de Hermione poder terminar a frase dela

-Vamos descobrir todos juntos!- Hermione junta as mãos olhando para a porta com o sorriso ainda no rosto- Gina! Espero que tenha conseguido todas as informações que você deseja.

-A senhora ficaria realmente espantada com tudo que eu ouvi senhora- Informa Gina se aproximando de Hermione, porém, contradizendo tudo que todos imaginaram, a garota ajoelhou na frente da princesa com a cabeça abaixada- Knight Weasley solicita permissão para relatar tudo descoberto da forma que manifestado, além de solicitar perdão pelos meios utilizados.

-Pode se erguer Gina- Pede Hermione gesticulando-a para se levantar fazendo a ruiva erguer-se no chão, juntando as mãos atrás do corpo- Pode começar informando por que não havia nenhum soldado nos portões.

- Me fui informada de que os soldados receberam ordem para saírem dos portões- Gina fala roboticamente sem nem piscar, era possível perceber o desconforto de alguns homens atrás da ruiva com a informação falada- Nenhum deles quis relatar realmente de quem recebeu a ordem, e também não consegui encontrar o capitão do pelotão.

-Poderia me explicar isso agora Mcmillan?- Hermione vira o olhar para o homem que parecia perder a cor- O gato comeu a sua língua. Eu fiz uma pergunta e estou exigindo a sua resposta!

-Mil perdões senhora- Mcmillan joga seus joelhos contra o chão na frente de Hermione, encostando a testa no chão- Eu somente obedeci ordens!

-Obedeceu ordens?- Gina questiona baixo confusa

-Eu duvido que meu pai ou minha mãe tenham pedido para você tirar a merda dos soldados da porra dos portões!- Reclama Hermione em tom mais alto, porém a garota respira fundo fechando os olhos- Pode continuar Gina

-Como desejar senhora- Gina fecha os olhos por alguns segundos antes de continuar- Após receber a informação de que todos eles foram mandados sair dos portões fui atrás dos outros, principalmente dos que não estavam de plantão na noite

-O que conseguiu descobrir?- Hermione estimula a ruiva continuar fazendo a guerreira sorrir satisfeita

-Todos eles informaram que foi uma noite bem complicada, muitos soldados que deveriam estar de plantão não estavam, que homens que deveriam proteger o rei se viravam contra o exercito que realmente estavam protegendo o rei. Logicamente muitas famílias foram citadas nas conversas senhora, porém como pode imaginar, somente duas estavam no topo da pirâmide.

-As de sempre Gina?- Hermione apoia a cabeça no braço direito como se estivesse já cansada

-As de sempre senhora-Gina abaixa a cabeça novamente fazendo a castanha suspirar

“Hermione! Não consigo achar Plue. Kuri também não está localizando ele no Sul” A voz de Nat fez Hermione engasgar.

-Podem sair todos vocês, Greengass e Millon, vocês dois ficam- Hermione manda- E aos que sabem que fizeram algo errado, não saiam felizes, eu irei atrás de cada um de vocês, e se vocês acham mesmo que a pessoa que mandavam em vocês poderia botar o inferno na vida de vocês, vão descobrir que posso ser o próprio capeta quando eu quero! Agora, saiam da minha visão!

Confirmando com a cabeça, os homens praticamente corriam para fora do salão em uma completa algazarra. Os passos dos homens literalmente ecoavam pelo salão e os cochichos dos mesmos faziam o barulho ser ainda mais irritando. Hermione tinha os olhos pregados em Greengrass e MIllon a qual pareciam relaxados demais para a princesa.

Contudo, os olhos astutos da garota miravam nos dois procurando manifestação corporal dos dois. Greengass como sempre, pareciam mais relaxado que um budista de algum tempo, sempre irritava Hermione. Em contrapartida, MIllon parecia nervosamente desconfortável, o peso de seu corpo revezava entre os seus pés, e seus olhos em momento algum focava na garota.

-O papel de vilã não combina com você criança- Greengrass brinca cruzando os braços- Minha mulher e minhas filhas estão me esperando

-Elas podem esperar- Hermione reclama- Você está trabalhando, então elas terão a obrigação de entender. Apesar de Daphine ficar bastante feliz, pois quanto mais você trabalha mais você ganhará para ela gastar com os putos que ela paga

-Olhe como fale sobre a minha filha!- Greengras ergue o tom de voz, fazendo tanto Gina e Draco quanto Thiago ameaçarem tirar as espadas da bainha

-Eu falo de Daphine como bem entender, uma vez que ela me deu o direito uma vez que ela nunca me deu ao respeito!- Hermione grita fazendo Greengrass trincar os dentes- MIllon, você pensou em tudo?

-Lógico que ele pensou!- Greengraas reclama batendo no ombro de MIllon que confirma com a cabeça rapidamente e nervoso

-Millon, olhe para mim- pede Hermione se erguendo novamente em um tom de voz mais ameno fazendo com que o duque olhasse para ela- Meu pai me contou uma história legal sobre sua família. Sua esposa tem uma doença sanguínea né? Minha mãe tinha uma prima com o mesmo problema, e com a ajuda de meus pais conseguiram o tratamento certo de sua esposa

-Eu sou eternamente grato a generosidade de sua familia- Millon fala trêmulo apertando os próprios dedos

-Como está sua esposa?- Hermione pergunta fazendo MIlllon arregalar os olhos rapidamente e engolir um seco

-Ela... Ela está bem senhora- Millon gagueja abaixando o olhar para o chão novamente

-Draco, poderia levar o Sr.Millon para os jardins?- Hermione pede olhando para Draco- Ele parece meio sem cor

-Hermione...- Draco sussurra fazendo a garota negar com a cabeça

-Eu ficarei bem amor, pode ir- Hermione sorrir puxando a gola da blusa de Draco para baixo, selando os lábios dos dois, para rapidamente migrar a boca para o ouvido dele- Quero a história completa, veja com Theo e Blás. Plue está sumido, isso não foi um ataque normal, e MIllon está com medo demais para ter sido obra dele.

Mesmo a contragosto, Draco olha para Hermione, selando novamente os lábios de ambos rapidamente, para finalmente sair junto do salão junto ao MIllon. O Duque olhava pra trás a cada instante, e seus olhos miravam sempre em Greegrass que nem ao menos pareceu se abalar com o saída da única pessoa que eternamente ficava ao seu lado.

A postura de superioridade de Greengraas sempre irritou Thiago que nunca entendia como seu falecido amigo conseguia manter a compostura perto dele. O suspiro de Greengrass pareceu irritar ainda mais Thiago que fechou com força a mão em punhos.

-Fale logo o que quer- Hermione manda irritada- Afinal, matar meu pai é uma vitória e tanto para você

-A morte do Rei é realmente algo inimaginável- Greengrass comenta segurando o queixo como se pensasse o quanto que aquilo havia lhe favorecido- Porém, ter conseguido matar o homem que me queria morto antes dele conseguir isso, me deixa ainda mais satisfeito

-O fato de meu pai lhe querer morto é algo que eu não possuo o menor interesse de saber- Hermione desdenha com a mão- Estamos aqui decidindo o que caralhos você irá perder, por que seu erro nessa vitória besta foi ter me deixando e minha mãe vivas

-Mas ai foi exigência de quem me apoiou- Greengrass informa entrelaçando os dedos frente ao corpo, calmo demais- Seu pai sabia bem das razões, talvez por isso, se deixou ser morto

-Você está dizendo que meu pai se deixou morrer?- Hermione rir nervosa como se tivesse recebido a noticia mais engraçada do mundo

-Chegou a um estágio a qual seu pai sabia quem estava atrás de mim, e o por eu dessa pessoa- Greengrass continua com sua calma sobrenatural

-E o que meu pai descobriu?- Questiona Hermione desconfiada

- Do mesmo modo de que seu pai teve que descobrir sozinho, a senhorita terá que descobrir também- Greengrass dar de ombros- Também tenho pessoas que amo a qual quero proteger.

-Astória...- Hermione sussurra- Sua filha legítima de sua primeira esposa

-Sim, Astória é a única razão de eu continuar vivendo- Greengrass confessa baixo- Minhas condolências a sua família criança

-Você precisa me ajudar a te ajudar!- Reclama Hermione porém é Thiago que fala antes mesmo dela processar qualquer informação segurando seu ombro

-Meu filho é um jovem solteiro, e sei que ele conhece Astória- Thiago fala- Os Potter irão dar a vida para proteger sua filha como membro de nossa própria família em troca, faça a sua parte

-Não posso prometer isso- Greengrass nega com a cabeça- Mas o casamento entre nossos primogênitos é algo que eu aceito

Era surreal, observava Hermione, parecia que ambos conversavam sobre quem ganharia os jogos da próxima temporada ou de quem era o cavalo mais rápido. Thiago e Greengrass conversavam com tanta calma sobre o futuro de seus filhos que era assustador. Questionava-se Hermione se seu pai e Lucius haviam feito da mesma forma, se tinham a mesma tranquilidade quando acertaram o casamento dela com Draco.

O cérebro dela não captava a conversa, porém o sorriso discreto e os olhos brilhando do duque fazia Hermione desconfiar completamente das ações e palavras daquele homem, e antes que ela pudesse perceber, Thiago já havia fechado o acordo e ambos saiam do salão deixando ela sozinha novamente.

Harry iria se casar para manter a monarquia atual do Norte e seu pai nem ao menos havia conversado com ele ou com sua esposa. Assim como si própria, sabia que Harry não acharia ruim, porém era realmente assustador perceber que ele poderia não ter o mesmo final que ela. Ter conseguia amar e se apaixonar por Draco era uma raridade e milagre a qual ela agradecia a todos os céus.

Os olhos da garota então focaram na porta que agora Draco, junto  Blás e Theo, e Harry olhavam para a garota confusos.

-Harry, eu sinto muito- Hermione sussurra cobrindo os rostos com as mãos

Não conseguira cumprir com sua promessa de deixa-la seguir seu coração, de deixa-lo achar a pessoa que amasse e, ela sendo da realeza, rica ou não, deixa-lo casar e ser feliz. Ele não tinha mais opções e isso era assustador. Como futuro rei do Norte, sua vida já começava sem opção. 



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