1. Spirit Fanfics >
  2. A Perfeita Arte de Ser Louca >
  3. Futuro

História A Perfeita Arte de Ser Louca - Futuro


Escrita por: Iza-Rodrigues

Notas do Autor


Estou muito feliz em ter compartilhado essa história com vocês, sabem que ela é meu xodó e que eu amo de paixão esses personagens e essa história.
Espero que gostem do capítulo.
Divirtam-se.

Capítulo 6 - Futuro


Depois de provar ser o macho alfa na festa de casamento da Alice. Passamos a viagem de carro até a casa de Erick em total silêncio, ou eu pensei que seria.

— O que aconteceu? — Ele me perguntou depois de um tempo.

— Erick me deixe dirigir. Você está nervoso e o jeito que está dirigindo está me assustando. — Ele estava correndo sem necessidade e ainda costurava todo o trânsito. Era nítido que estava com raiva, e eu estava morrendo de medo de morrer num acidente que poderia ser evitado.

— Pode deixar, amor, não vou nos matar. Eu sei o que estou fazendo.

— Erick, para, por favor, eu tô passando mal.

— Já, já a gente chega em casa e você descansa.

— Erick, para! — Eu gritei, com raiva e chorando.

Ele parou no acostamento e ficou me encarando por alguns segundos. Não era mentira, eu realmente estava passando muito mal. Meu estomago estrava embrulhado, me faltando ar, tudo o que eu queria era respirar. Eu abri a porta e coloquei tudo pra fora. Ele ligou o pisca alerta e veio ver se eu estava bem e se não era melhor me levar ao médico. Eu estava tão estranha que resolvi aceitar.

Chegando ao hospital, fui atendida por uma médica, ele entrou comigo no consultório da mulher. Ela fez as perguntas típicas, o que eu estava sentindo, quando aquilo começou, questionou quando foi minha última menstruação. Bom, nada de anormal. Ela me deu soro para tomar e eu passei 30 minutos tomando soro, uma pena que não deixaram Erick ficar comigo na sala da medicação. Ele precisou ficar na sala de espera. Eu devia ter bebido demais e misturado às bebidas e por isso eu estava daquele jeito.

Saímos do hospital e fomos direto pra casa dele. Sentimos cheiro de comida pronta no ar e Erick começou a resmungar, o humor dele já não estava muito bom, e pensar que tinha alguém em sua casa sem convite não era lá a coisa mais legal do mundo. Poderia ser a mãe dele, eu queria que fosse, e tenho certeza que ele também pensou afinal a mamãe era do tipo de aparecer sem convite e fazer a comida, segundo William. Eu queria conhece-la, só assim eu saberia que nosso relacionamento era sério, mas dois meses de namoro e nada de conhecer a família.

Eu não podia reclamar, porque ele não conhecia meus pais.

Quando entramos em casa uma mulher pulou em nossa frente, com um largo sorriso. E juro, eu não gostei nada.

Reconheci na hora a maluca chamada Shirley, quando ela reparou que eu estava ali e que não era alguém que conhecia, veio logo com os questionamentos. Ela era muito mais bonita pessoalmente. E Erick ficou mais mal-humorado do que já estava.

— Quem é ela? — Shirley perguntou desfazendo o sorriso.

— O que está fazendo aqui? — Erick perguntou com uma voz estrondosa, me deu até medo. Contente era algo óbvio de que ele não ficou em ver aquela mulher na casa dele.

— Eu ainda tenho a chave de sua casa. Eu pensei que podíamos conversar. Você me evita, eu só quero conversar com você, podemos resolver isso.

— Eu não tenho nada para conversar com você, Shirley. Eu disse que acabou não vou perdoa-la e quero que saia da minha casa, faz o favor de deixar a chave aí.

Ele proferiu as palavras e se retirou, foi direto para o quarto, aposto que estava doido para tomar um banho e tirar aquela roupa. Eu fiquei alguns segundos, parada na mesma posição encarando o nada. Ela olhou para mim de cima a baixo. Virou as costas pra mim e foi para o quarto do Erick, eu não acreditei nisso. Pera aí, o namorado agora é meu e ele a mandou ir embora, como assim ela vai atrás dele? Eu fiquei parada de braços cruzados encarando aquela mulher se distanciar, queria que ela se tocasse e fosse embora, como ele mandou. Ela me ignorou por completo e continuou a torrar ainda mais a paciente dele, pedindo uma chance de consertar tudo.

— Só vamos conversar, está bem? — Ela implorou. — Eu ainda te amo.

— Não temos nada para conversar. Nós já conversamos e você teve a sua decisão, Shirley. Você mesmo disse que minha opinião não significava nada, então, o que mudou?

— Muita coisa mudou, eu estava nervosa naquela hora, você estava todo autoritário, berrando e nervoso, não estávamos tendo uma conversa e você sabe disso.

— Nunca tivemos uma conversa, nunca chegamos a um acordo em nada, era sempre você, você e você. Sempre você tinha importância, sempre você tinha problemas e preocupações, era só você que teve um passado ruim. Nós tivemos nossa chance, agora acabou.

— Erick, eu não estava pronta. Eu não poderia encarar aquilo.

— Mas eu estava — ele batia o dedo contra o próprio peito chegando mais perto dela — eu podia segurar as pontas, você não estava sozinha. Você tinha a mim e mesmo assim decidiu agir por si. Você só pensou em você. Eu não vou perdoar você pelo que fez. Você...

Ele percebeu que eu estava na porta encarando aquela discussão, parou de falar por um momento e chegou perto de mim, segurou meus braços e me fez caricias, encostou o rosto no topo da minha cabeça e surrou bem baixinho.

— Amor, você se importa se eu conversar com ela, a sós por um momento? — Ele se afastou um pouco para sustentar meu olhar de tristeza.

Eu vou dizer que fiquei bem triste com o pedido dele. Primeiro que a mulher entra na casa do meu namorado, sem ser convidada e sem permissão, depois quer conversar com ele a sós como se eu não estivesse ali. E ai ele vai se trancar com ela no quarto e se acabar em sexo essa merda de conversa? Tudo bem, eu sei, eu estava ficando doida mesmo, mas estava insegura quanto a isso, porém concordei mesmo não gostando.

Erick trocou de roupa e como eu esperava se trancou em uma sala, que ele dizia ser seu escritório, com a tal de Shirley, e ficaram lá por horas. Não fiquei confortável com a situação. William entrou pela cozinha chamando pelo irmão e eu estava tão estressada que comia tudo o que via pela frente.

— Erick está aqui? — Ele me perguntou olhando para meu prato de pedreiro e se surpreendendo com o que via.

— Está trancado no escritório com a Shirley. — falei de uma forma debochada e irritada ao mesmo tempo. Ele percebeu que eu não estava contente.

— Eita, tá com ciúmes, é? Não sabia que era do tipo ciumenta.

— Eu não sou ciumenta, mas essa mulher? É a ex dele, e pior, ela apareceu aqui do nada. Quando chegamos ela estava aqui cozinhando, mexendo em tudo e depois se trancam lá e me deixaram aqui.

— Mas porque se trancaram lá?

— Ela disse que queria conversar, que ele devia perdoa-la e bla bla bla.

— Ah, sei... Bom, não adianta ela conversar sobre nada com ele. Não será perdoada. — Ele se sentou a mesa comigo e começou a se servir.

— O que ela fez de tão grave? Ele a pegou na cama com outro?

— Se fosse isso, acho que teria mais chances dele perdoar. — Disse enfiando comida na boca.

— Sério? O que aconteceu de tão grave? — Eu perguntei indignada. O que será que aconteceu.

— Não sei se sou a pessoa certa para dizer sobre isso. Sério, é um assunto somente deles.

— Ah, por favor, me conta. O que aconteceu?

— Ana, não vou dizer, porque eu não sei se meu irmão quer que você saiba, então se quer saber pergunte a ele.

Depois dessa patada eu fiquei quieta na minha, William não ia me dizer nada e eu não ia mais insistir nisso. Ficamos em silêncio e depois ele começou a falar sobre outros assuntos, como foi o casamento, o que íamos fazer o restante do fim de semana essas coisas. Quando eu estava arrumando as coisas para lavar a louça, Shirley aparece na cozinha, seus olhos estavam vermelhos e ela estava chorando. Ela me encarou novamente, mas com uma expressão de tristeza.

— Espero que vocês sejam felizes, boa sorte pra você. — ela disse pegando a bolsa e saindo sem nem ao menos notar que William estava presente.

Eu terminei de lavar a louça enquanto William ia conversar com irmão. Quando ele foi embora eu encontrei Erick deitado na cama com semblante triste.

— Está tudo bem? — perguntei, e ele apenas acenou afirmativo com a cabeça. Eu me aproximei e sentei ao seu lado, enquanto ele continuava a encarar o teto.

— Ela tirou um filho meu. — Ele começou.

— Como assim?

— Ela abortou, sem nem ao menos me dizer ou levar em consideração minha opinião.

— E como soube? Ela te contou depois.

— Ela me ligou um dia me pedindo para ir busca-la no centro, quando eu cheguei lá, ela estava pálida e desorientada. Quando eu estava trazendo-a pra casa, eu vi que ela começou a sangrar muito e a levei ao hospital. Lá os médicos contaram que ela tinha sofrido um aborto. Quando ela melhorou, eu a confrontei e questionei o que tinha acontecido e ela teve que me contar.

— Nossa então é por isso, que você não a perdoa?

— Ela não estava sozinha, ela não era nenhuma adolescente fragilizada e perdida, ela não tinha sido estuprada. A criança também era minha, e eu queria mais do que tudo ter um filho. E ao invés dela me dizer, ela escondeu e tirou ele, assim como se não fosse nada. Eu não tenho porque perdoar um egoísmo desses.

— Erick...

— Olha, Ana! Faz um favor pra mim, já vamos deixar as coisas claras já logo no começo. Eu respeito você e quero que me respeite. Você não quer ter filhos e eu entendo isso, vamos nos prevenir e nos cuidar, mas se algo der errado, quero que saiba que eu estou aqui e não te deixarei na mão, então por favor, não tire meu filho de mim. Se você ficar grávida e achar que não quer, não se preocupe com isso. Só o deixe nascer e eu me viro para criar sozinho. Quanto a isso? Sou homem suficiente para encarar a paternidade. O corpo é seu e eu entendo isso, mas você não fará um filho sozinha, então eu tenho os meus direitos também.

— Eu não tenho coragem, Erick. Eu nunca condenei nenhuma mulher sobre o direito de aborto, e nunca irei condenar, mas eu mesma, não tenho coragem. É por isso que eu me cuido, é por isso que sou bitolada com minha saúde, eu não tenho coragem de tirar um bebê. Não precisa se preocupar quanto a isso, mas quero que respeite minha decisão. Eu não estou pronta e não quero ser mãe ainda.

— Tudo bem, ficamos assim então. — Ele estava triste e era óbvio. Eu sei o quanto ele é doido por crianças e o quanto ele é doido para ser pai, mas não menti para ele. Eu não estava pronta, mas também não tinha coragem de tirar uma vida.

Depois da conversa que teve com a garota ele ficou de molho no quarto, não que isso tenho estragado nosso dia, mas ele não estava a fim de fazer nada. Então resolvemos ver filmes o dia todo e comer pipoca.

A semana passou novamente voando e voltamos a nossa rotina de trabalho e fim de semana na casa um do outro.

Segunda-feira faríamos três meses de namoro e Erick estava doido para me apresentar aos pais, o problema é que eu estava novamente com aquela dor de estomago maluca que eu estava na festa. Ele pediu que eu fosse ao médico, pois poderia ser gastrite. Eu disse que iria, mas sinceramente eu não fui. O trabalho foi estressante e eu estava doida para dormir, o Rogério estava nervoso porque os resultados, da empresa do mês anterior não foram como o esperado e isso refletiu no mês seguinte. Gastamos mais do que ganhamos e ele estava bem irritado com isso, rolaram algumas cabeças e eu estava morrendo de medo da minha cabeça rolar também.

Passei no shopping e comprei algumas coisas para as crianças. Joana queria muito ganhar uma Barbie nova de aniversário e eu queria muito que ela ficasse feliz. Voltei pra casa e estava muito cansada, tão cansada que deitei na cama e apaguei.

No dia seguinte, olhei as mensagens no celular e tinha algumas de Erick, Rogério, Talita e de mais três pessoas. Me desculpei por não ter respondido ninguém e segui meu cotidiano. Sábado, Erick queria me encontrar para comemorar nossos três meses e me apresentar aos pais dele. Eu preferi passar em sua casa na sexta-feira após o serviço, assim podíamos jantar todo mundo juntos e depois sobraria o restante do fim de semana para curtir a dois, ainda mais que eu tinha que entregar o presente de Joana.

Ainda era quarta-feira e eu queria fazer uma surpresa para meu homão, então decidi ir até a sua casa ainda hoje. Quando o expediente terminou eu dirigi até São Paulo, peguei um trânsito filho da puta, mas cheguei viva pelo menos. As luzes estavam todas acesas e as janelas e cortinas arreganhadas. Erick estava com uma mulher em seus braços, sim você leu direito. Uma mulher! Eles dançavam uma música suave, estilo aquelas românticas antigamente, ele a pegava nos braços, depois afastava seu corpo a girava e abraçava de novo e repetia os movimentos da dança. A mulher sorria muito feliz, e eu, eu não estava acreditando no que via.

Entrei pela cozinha o que não era novidade, vivia aberta. Erick me viu e ficou surpreso com a minha presença. É claro, né cachorro!

— Você é um filho da puta, Erick eu te odeio. — Eu me virei e fui embora, Erick me seguiu e tentou me dar explicações, é claro que sim, eles sempre tentam.

— Ana, espera me deixa explicar. Do que você está brava?

— Está se vingando de mim? Pelo que eu fiz na festa com o Rogério, você está se vingando de mim, é isso? — Eu estava ficando alterada e ele perdido sem saber o que dizer, eu estava tão doida de raiva, que deixei ele falando sozinho. A mulher chegou na cozinha onde foi parar nossa briga e sem dizer nada ela se sentou no banco alto do balcão e ficou tentando entender o ocorrido.

Eu fiquei com muita raiva, ela não estava tentando disfarçar ou se explicar ou qualquer coisa. Ela não era tão jovem, não tinha uma aparência de 20 anos, mas podia jurar que tinha seus 40 anos, e claro, não seria um problema, já que Erick tinha 34 anos.

Eu consegui me livrar dos braços de Erick e suas explicações fajutas, me virei brutamente e dei de cara com um senhor de cabelos escuros, alto dos olhos azuis muito claros e um sotaque fortíssimo.

— Olá, moça. Está fugindo de que? — ele me perguntou. — Não me diga que essa bruxa está te assustando.

— Eu não fiz nada! Acho que é a namorada do Erick, ela me confundiu com uma amante. — pela primeira vez a mulher se pronunciou, e também tinha um sotaque carregado.

— Ana, esses são meus pais. — Ele me disse ao ver minha expressão de assustada. — Minha mãe, Helena e meu pai, Thomas. — Onde eu posso enfiar a minha cara agora. Alguém, por favor, pode me dar um saco de pão.

— Está vendo, ela me elogiou de primeira, não aparento ser a velha que você diz que sou.

— Ela estava tentando te agradar, não é mesmo querida? Você sabe como funciona quando se conhece a família do namorado. — falou o senhor Thomas beijando o topo da cabeça da esposa. — Ninguém quer a sogra como inimiga.

— É eu sei, tudo bem que ela me chamou de puta depois, mas acho que ela se precipitou um pouco.

— Meus Deus! Me desculpa, eu não sabia, eu sou um pouco ciumenta mesmo. — Já me adiantei pra mulher não achar que eu a odeio, já imaginou o inferno que seria se eu fosse inimiga da sogra.

Eu passei a noite inteira com vergonha da merda que eu fiz. Nem sabia onde enfiar a minha cara, mas até aí. Eles moram no Brasil há anos, mas sempre voltam ao Canadá para rever o resto da família que ficou, mas nunca pensei que não perderiam o sotaque canadense deles.

Eu passei a noite na casa de Erick, e como de costume, passamos uma noite maravilhosa nos divertindo como nunca.

Mais um final do expediente Pedro novamente ficou me esperando no estacionamento da empresa. Eu o ignorei como sempre, depois da palhaçada que ele disse no casamento de Alice eu estava querendo distância dele, mas ele insistiu e me seguiu até em casa, ficou ali na frente parado gritando. Disse que só sairia dali depois que eu conversasse com ele. Eu pensei em deixa-lo lá gritando feito idiota, mas os vizinhos estavam começando a falar besteiras, eu o coloquei para dentro e pedi que falasse logo o que ele queria. Eu disse que tinha que ser rápido porque Erick estava para chegar, hoje ele dormiria em casa e eu estava doida para vê-lo de novo.

— Ana, eu quero me desculpar, por tudo, pelo que eu disse, fiz ou qualquer coisa. Eu quero pedir perdão pelas minhas atitudes. — Ele juntou as mãos e se aproximou de mim, ficou um tempo olhando em meus olhos.

— Eu desculpo você, Pedro. Vamos ser amigos, não precisa.

— Amigos? Não, eu não aceito. Eu não quero ser seu amigo, quero aquele algo mais que você também queria.

— Pedro, esse algo mais não existe para nós dois, eu estou com o Erick e com ele quem vou ficar.

— Esse cara não é pra você, não sei o que você viu nele.

— Eu vi nele o que não vi em você. Erick não é um babaca que brinca com meus sentimentos, que não faz piadas e nem leva meu nome para lama. Erick não é nenhum machista idiota como você foi.

— Esse cara deve ter grana, é por isso, que você está com ele, é só uma vadia interesseira. — ele proferiu as palavras com raiva e meus olhos começaram a lacrimejar, eu não estava acreditando naquilo.

— Então é isso que pensa de mim? — minha voz saiu tremula — Sou uma vadia interesseira?

— Só sai com homens que tem dinheiro, olhe bem para seu histórico, Ana. Você não presta e não se dá o valor. Namorado? Está enganando esse coitado.

— Quem é o coitado que está sendo enganado? — era a voz estrondosa e amedrontadora de Erick, eu não pensei que ele chegaria tão cedo, na certa ele burlou o trânsito.

— Você é o coitadinho que ela engana, já viu sua namorada? Ela já transou com a cidade inteira, não tem um que já não tenha comido e novidade? É só cara que tem grana.

Erick me olhou com uma expressão que eu não pude identificar, mas fiquei com medo do que ele estava pensando na hora. Eu mandava Pedro calar a boca, mas ele só dizia e dizia sem parar todos os meus podres e eu estava vendo a hora de Erick sair por aquela porta e nunca mais voltar. Eu não sabia o que fazer, mas sentei no sofá e chorei, muito por sinal. Erick passou de uma expressão sem identidade para um vermelho raivoso e tenho certeza que ele não estava gostando nada do que estava ouvindo.

Do nada, um vulto voou da porta até onde eu estava. Erick veio pra cima de Pedro com tudo e o coitado não conseguiu nem ver o ataque para se defender. Caiu feito merda no chão. Erick estava com tanta raiva que sentou em cima de Pedro e só o que fazia era desferir vários socos, a pele negra de Pedro estava manchada de vermelho de seu sangue. Eu tentei algumas vezes pedir que Erick parasse, mas ele não me ouvia, eu estava desesperada. Aquela foi a pior luta que eu já vi em minha vida. Pedro conseguiu depois sair de baixo e começou a socar Erick também. Foi uma luta em tanto, parecia aquelas que eu assisti com os meninos no ringue, mas neste caso eram dois homens que eu conhecia, e um deles era meu namorado e ambos com muita raiva. Eu estava muito assustada e com medo, eu gritava e pedia para que parassem, mas nenhum dos dois me ouvia.

É claro que nesta briga toda Pedro saiu perdendo, ele era grande, mas Erick era treinado e sabia muito bem o que fazia. Pedro se levantou todo torto ajeitando as roupas o rosto todo machucado, com cortes na testa e boca.

— Saia daqui e nunca mais volte. — disse Erick. — Não quero ver você perto dela nunca mais.

— Você é um otário. Não vai ficar assim, eu ainda não desisti dela, não iriei aceitar um não como resposta, Ana. Isso ainda não acabou.

Ele disse essas palavras olhando fixo para mim. E eu estremeci de medo, jamais pensei que ele fosse  esse maluco. Quando ele saiu Erick olhou para mim, e eu chorei ainda mais, ele me abraçou e beijou minha cabeça como sempre faz. Eu cuidei de seus ferimentos e fiz alguns curativos.

— É a coisa mais horrível que já presenciei, não quero que se repita. — disse colocando um curativo em sua testa.

— Achei que gostava de luta livre, amor. — ele zombou, desmanchou o sorriso assim que viu minha expressão magoada. — Não vai se repetir, minha linda. Eu prometo.

— Eu não sou nada daquilo que ele disse, eu juro. — comecei a chorar novamente.

— Eu sei, já disse que não me importo com seu passado, somente com o nosso futuro. Não tem que se preocupar mais com isso.

— Estou com medo.

— Eu sei amor, venha morar comigo. Não quero mais que você fique aqui, neste lugar com essas pessoas, ainda mais com esse maluco. Você morando sozinha aqui, sabe lá o que ele pode fazer com você.

Eu pensei sobre a proposta de ir morar com ele, mas não gostei muito da ideia, nós ainda estávamos nos conhecendo, porém eu estava com medo de Pedro e de suas atitudes, então aceitei, mas com a condição de que eu iria ficar um tempo até achar uma casa para mim.

Minha rotina mudou, mas eu gostei, agora eu estava totalmente na casa do meu amor, e ele estava a minha disposição a semana toda. Claro que no começo a gente se desentendeu um pouco. Erick é muito bagunceiro e deixa tudo espalhado, isso me deixou maluca, e algumas de minhas manias também deixou ele irritado.

Comecei a fazer academia junto com ele, e essa semana meu instrutor iria aumentar um pouco mais os pesos e a velocidade na bicicleta, eu estava um pouco sedentária, depois de dois meses sem praticar nada. Assim que meu exercício começou minha visão ficou escura e tudo começou a girar, minha pressão caiu repentinamente e eu cai para o lado. Só acordei no hospital com o Erick ao meu lado, todo preocupado ainda com a roupa da academia.

— Oi, amor. — Ele me disse ainda segurando minha mão.

— Oi.

— Você está melhor?

— Sim, o que aconteceu?

— Você desmaiou, fiquei preocupado. O médico que sempre cuidou de você pediu alguns exames novos. Ele disse que pode ser duas possibilidades, você tem labirintite ou está grávida. — ele demorou um pouco para pronunciar a última palavra.

— Grávida? — parece que meu cérebro só processou isso, mesmo ele falando várias coisas.

— É só uma possibilidade, não é certeza. Bem que eu queria que fosse.

— Mas a gente se cuida, sempre nos cuidados, só daquela vez na casa do Rogério, mas eu tomei o remédio.

— Eu sei. — Ele pareceu triste.

— A não ser...

— A não ser o que?

Me lembro bem da nossa primeira vez, depois que voltamos do barzinho no dia que conheci Willian e o resto do pessoal. Erick me deu uma xícara de café amargo para tirar minha bebedeira, e eu o beijei. Fomos direto para quarto. Eu tirei sua roupa e ele me colocou sentada na cômoda para tirar a minha, estamos apressados, sedentos daquele prazer. Ele me acariciava e puxava meus cabelos com uma mão, enquanto apertava minha coxa com a outra.

— Erick, Erick, para, para, para. Não podemos, nós não saímos o suficiente. Desculpa, não.

— Tudo bem, tudo bem. Deixa para próxima. — ele disse sussurrando.

Erick se afastou e começou a retirar alguns cobertores do guarda-roupa, ele estava apenas de cueca e estava lindo, seu pênis estava ereto por dentro do tecido. Ele estava se preparando para ir dormir na sala com os demais rapazes, quando ele abriu a porta para sair.

— Erick espera! — eu falei quase como um gemido.

— Diga.

— Venha! Me coma, me coma logo. — ele sorriu e largou o cobertor no chão, fechou a porta e me pegou no colo. Retirou minha calcinha com rapidez, talvez para que eu não me arrependesse. Me deixou na cama e chupou os lábios superior e inferior e enfiou a língua dentro da minha vagina, fazendo movimentos fortes, sua barba por fazer roçava em minha pele sensível e meu corpo todo estremecia. Minha cabeça ainda girava por causa do álcool, mas também pelo prazer. Eu estava amando aquilo.

Ele me virou de quadro e continuou a me chupar. Retirou a cueca e brincou um pouco enconcando a cabeça do pau na minha entrada, e até ele enfiar de vez.

— Ei! — eu reclamei. Ele tinha tentando entrar em buraco errado.

— Desculpa, foi sem querer. — Sei... Que foi sem querer, homens querem anal de todo jeito e sempre diz, foi sem querer.

Ele começou com movimentos leves, mas depois foi socando com força. Mudamos a posição, eu fiquei por cima e dei minhas cavalgadas, ele massageava meu clitóris com força e eu gemia muito alto. Depois o famoso papai e mamãe e por fim novamente de quatro até ele gozar.

O bichinho caiu pro lado igual coelho e eu fiquei brava, e a minha vez? Erick!

Ele tornou a me chupar de novo, ai como aquilo era bom, mas desta vez enquanto ele sugava meu clitóris ele enfiou dois dedos em minha vagina e fazia os movimentos fortes do entre e sai, e ficou neste ritmo por um tempinho, se guiando pelos espasmos que minhas pernas apresentavam. E por fim cheguei no clímax e no meu limite.

Vasculhando minhas memorias, não me lembro de ter pedido para por camisinha em nenhum momento, e nem se Erick se lembrou de usar. Comecei a ficar preocupada.

— Erick, em nossa primeira transa. Você usou camisinha? — perguntei a ele.

— Não, não usei, amor. Desculpe. — Ele se desculpou como se tivesse feito algo gravíssimo, o que pra mim era já que sou paranoica. — Mas não vamos nos preocupar agora, vamos ver o resultado. Pode ser apenas labirintite mesmo. Doença eu te garanto que não é eu estou saudável.

— É, pode ser qualquer outra coisa. — Ele beijou a minha mão para me tranquilizar. — Você estará comigo?

— Sempre.

— Então espero que seja um bebê. — Eu vi seus olhos brilharem.

— Sério?

— Sim, nós já temos quatro pivetes, o que é mais um. E então, quer menino ou menina?

Aquele homem sorria feito bobo e eu me emocionei muito.

— Menino. — Ele sorriu como se sua preferência fosse absurda.

— Eu te amo, Erick.

— Eu te amo, Ana.

O médico voltou com as papeladas dos exames, nós dois estávamos ansiosos para saber o que eu tinha, tudo apontada para ser um bebê, mas também apontava para ser outro problema. Erick não soltou minha mão em nenhum momento, mesmo depois de pegar o papel dos exames e ler. Assim que ele terminou ele me passou os papeis.

O resultado foi...


Notas Finais


E chegamos ao final da nossa história, espero que tenham gostado, e agradeço a todos que acompanharam e leram até o final.
Obrigada!!!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...