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História A Perfeita Imperfeição de Existir - Décimo Segundo Ato


Escrita por: redrosess

Capítulo 12 - Décimo Segundo Ato


Fanfic / Fanfiction A Perfeita Imperfeição de Existir - Décimo Segundo Ato

Sakura se encolheu ao observar Sasori criticar o trabalho dos ninjas titeriteiros. Dissecou um por um os bonecos, rigorosamente apontando falhas em suas estruturas modificadas. A rosada estava secretamente aliviada por não ser uma de suas alunas.


— Esta colocação de armas é rudimentar. Qualquer adversário de nível Chuunin ou superior poderia facilmente vê-la chegando — observou durante a avaliação do boneco de Cho.


O coração de Sakura se amoleceu para os titeriteiros, que tinham de tolerar as duras críticas de Sasori. Mas no fundo, ela sabia que isso era benéfico. Se eles tomassem as críticas com calma, certamente melhorariam. E isso só ajudaria Suna a se tornar uma Vila Oculta mais formidável. Ao longo de sua vida, Sakura aprendeu a aceitar as críticas e usá-las para sua vantagem. Ela esperava que esses shinobi fizessem o mesmo.


— Bom. Esta é uma armadilha inteligente — Sasori comentou de forma ofensiva para Ari, um dos quarto shinobi masculinos da brigada. Era uma espécie de gancho, de aparência bastante desagradável, embutido na mão esquerda da marionete. — Seria ainda melhor se encharcasse-a em veneno.


Sakura abriu um sorriso. Sasori também não era do tipo de recursar-se a louvar o que fosse devidamente merecido. Pelo menos ele não era totalmente teimoso. Após uma hora cheia de avaliação, Sasori anunciou que estariam se preparando para o combate real.


— Você deve saber os segredos de sua marionete como a palma de sua mão. Familiarize-se com eles.


Sakura observou enquanto os marionetistas se espalhavam sem reclamar, cada um brandindo um boneco personalizado. A técnica das marionetes sempre intrigava Sakura. Deveria exigir um certo nível de controle para poder manipular linhas de chakra, ela pensou. Todo mundo parecia estar fazendo um bom trabalho, pelo menos na perspectiva da rosada. Sasori caminhou entre os aspirantes a shinobi, observando cada detalhe e dando instruções quanto necessário. Eventualmente, o mestre marionetista caminhou até um ponto mais isolado do grupo e exigiu:


— Parem.


Todos pararam e se viraram para encará-lo.


— Isso é o melhor que vocês podem fazer?


Imediatamente, Sakura notou que os aprendizes olhavam furiosamente para Sasori, suas expressões desdenhosas. A garota estremeceu. Ele era realmente um idiota.


— A técnica das marionetes é como uma dança elegante. É a mais alta expressão da arte. Se vocês não conseguem fazê-la parecer linda, então estão executando-a de forma incorreta.


— Tudo o que importa é matar o inimigo antes de sermos mortos — respondeu Yasude.


— Errado. Você obviamente não tem nenhuma concepção do que significa manipular uma marionete.


Sakura ouviu murmúrios de dissidência entre os ninjas da brigada


— Se você puder tornar bonita a técnica, será um testamento para a sua habilidade como um marionetista. Um verdadeiro mestre pouco esforça-se para realizar um ninjutsu complexo. Se você deixar de compreender este conceito, então é incompetente. 


Bem, então Sasori tem seus momentos de ficar fazendo rodeios, Sakura pensou sarcasticamente.


Os shinobi retomaram o treinamento, tentando entender a visão de Sasori a respeito de considerar a técnica dos titeriteiros como análoga a uma dança. Quando sentiam que o ruivo estava fora de alcance auditivo, murmuravam queixas, mas não se atreviam a levantar quaisquer protestos diretamente. Sakura caminhou até onde Kankuro estava praticando e notou que ele tinha dois bonecos. Ele controlava um com cada mão, testando as modificações que fizera um contra o outro.


— Eu não entendo como você pode controlar mais de um boneco ao mesmo tempo — Sakura disse, genuinamente intrigada.


— Muito legal, hein?


Ela revirou os olhos para sua falsa arrogância.


— É como uma espada de dois gumes; porém, você tem que dividir a sua concentração de forma igual, por isso é importante estar hiper concentrado. A habilidade de um marionetista está diretamente correlacionada com o número de bonecos que ele pode manipular ao mesmo tempo.


A memória de Sakura voltou à sua batalha com Sasori. Naquela época, Chiyo-baa-sama tinha usado dez bonecos ao mesmo tempo, mas Sasori tinha sido capaz de invocar cem. Que façanha monstruosa! Ela se perguntou se ele ainda poderia fazer isso mesmo com seu corpo humano.


— Então, deve ser quase impossível controlar mais de dois bonecos de uma só vez, certo? Deve ser muito difícil se focar neles o suficiente para ser eficaz.


— Sim, claro. É por isso que é realmente um grande feito quando alguém consegue comandar várias marionetes de uma só vez. Chiyo-baa-sama foi especialmente boa nisso.


Sakura olhou para trás para encontrar Sasori explicando algo a Cho, que parecia um pouco sobrecarregada conversando com ele. Sasori parecia muito sério, mesmo que Sakura não pudesse ouvir o que ele estava dizendo.


— Ele é realmente apaixonado por isso.


— Você acha mesmo?


— Ele é um verdadeiro mestre, acho que realmente tivemos sorte de convencer Gaara a deixá-lo treinar conosco.


Sakura estava prestes a responder, mas Sasori se aproximou deles naquele momento, efetivamente cortando-a.


— Kankuro, espero que você não seja tão incorrigível quanto os outros.


Sakura trocou um olhar com o moreno e viu-o sorrir. Ela não podia deixar de se sentir feliz por seu amigo, que realmente estava animado para trabalhar com Sasori. A garota recuou alguns passos para dar-lhes espaço e ficou a assistir como Kankuro trabalhava seu chakra para manipular seu boneco, lançando várias armas e armadilhas. Ele usou o outro boneco para desviar dos projéteis.


— Você poderia adicionar um lança-chamas aqui. — Sasori indicou a boca do boneco.


— Sim, isso poderia funcionar, mas eu já tenho um gancho e uma linha no tronco, então onde o tanque de combustível poderia ser comportado? — Kankuro estudou seu boneco.


— Mantenha-o na cabeça. Dessa forma, irá funcionar independentemente do corpo principal.


— Oh, você tem razão. Mas agora eu tenho um lançador de kunai instalado na cabeça. — Kankuro puxou a mandíbula do boneco para expor o armamento oculto.


Sakura balançou a cabeça para aquela conversa excêntrica entre os dois titeriteiros. Realmente, se comportavam como duas ervilhas em uma vagem. Kankuro era geralmente o irmão mais descontraído de sua família, mas era refrescante vê-lo tão sério e concentrado. Talvez este arranjo pudesse verdadeiramente beneficiar a brigada de marionetes. Nesse caso, Sakura estava feliz por ter deixado Kankuro convencê-la. Talvez houvesse uma chance de que esse plano louco realmente viesse a funcionar.


Depois de mais duas horas de treino, e de Sakura tendo que curar alguns ferimentos inadvertidos, todos se retiraram. Estavam cansados ​​da avaliação anterior e, muito provavelmente, da falta de sono que experimentaram tentando memorizar as modificados de suas marionetes. Sasori poderia ser um professor rígido, mas era muito completo. Os guardas da ANBU repentinamente se materializaram e cercaram Sasori, prontos para levá-lo de volta ao apartamento que lhe fora designado. Sakura decidiu não ir com ele, mas queria lembrá-lo de comer alguma coisa.


— Não pretendo morrer de fome.


— Realmente espera que eu acredite em você?


Ele lançou-lhe um olhar fulminante, e ela ergueu a mão.


— Seja o que for que você vá dizer, simplesmente não o faça. Estou cansada e só vou examinar você amanhã.


Sasori inclinou a cabeça para ela, e Kankuro se ofereceu para ir com a ANBU para levá-lo para casa. Sakura realmente precisava tomar banho e dormir por umas quinze horas. Que longo dia.




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