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História A Perfeita Imperfeição de Existir - Trigésimo Primeiro Ato


Escrita por: redrosess

Notas do Autor


Olá, queridos leitores, tudo bem com vocês? Espero honestamente que sim. Bom, antes de partirmos para a atualização em si, eu quero lhes dar uns avisos rápidos. Primeiro, eu vou postar aos pedaços - de novo - um capítulo grande, por motivos já ditos aqui. Então essas ditas partes farão mais sentido quando unidas. Sejam pacientes, ok?🙂

Outra coisa relevante é que há uma quebra de cronologia em relação ao último capítulo. Mas não esquentem comigo, porque vai ser uma passagem rápida. É tudo em nome de uma melhor estética para a fanfic.

Falando em estética, pessoal, peço para que vocês prestem bem atenção para que consigam ver claramente quando os personagens estiverem tendo reflexões sobre o passado. Esta história é contada em terceira pessoa (logo o tempo verbal já está no passado), assim, eu teria que usar o pretérito mais-que-perfeito na hora de contar as lembranças; e essa conjugação (falando exclusivamente da forma formal) é pouco usada na fala, chegando a ficar chata (pelo menos para mim) quando repetida demais em um mesmo trecho de um texto. Prefiro usar essa conjugação moderadamente.

Então é isso. Fiquem atentos a esses detalhes e me avisem sobre qualquer dúvida.

Capítulo 31 - Trigésimo Primeiro Ato


Fanfic / Fanfiction A Perfeita Imperfeição de Existir - Trigésimo Primeiro Ato

Dois dias.

Por dois malditos dias Sakura o fez esperar. Se ela não fosse uma das únicas "coisas" mantendo-o saudável e aterrado, Sasori poderia ser tentado a matá-la. Novamente, talvez devesse matá-la mesmo. Isso, sem dúvida, aceleraria sua execução iminente, e tudo seria melhor. Ele poderia ter feito isso no outro dia, quando tivera a oportunidade.

Um estalo ecoou.

O lápis de Sasori se estilhaçara sob a pressão de seu punho cerrado, fazendo-o franzir o cenho. Atirou-o para o cesto de lixo ao lado de sua mesa e apanhou outro. Só o pensamento de seu último encontro com Sakura era suficiente para colocá-lo em um estado de espírito negro. Para alguém que sempre estivera no controle de si mesmo e de sua situação, a ideia de que estava flutuando em um espaço aberto, à mercê da fantasia, o fez querer quebrar mais de cem lápis.

Isso era tudo culpa dela, Sakura, como de costume. Era culpa dela que Sasori estivesse preso ali, naquela compacta habitação, isolado do resto do mundo e pensando sobre o que aconteceria na próxima vez que eles se viessem: ela sorriria para ele ou iria evitá-lo? Pressionava tão fortemente as palmas de suas mãos que chegou a feri-las. Uma das coisas que Sasori mais detestava era estar se concentrando nos pensamentos e sentimentos dos outros.

Talvez não importasse. Talvez ele não devesse nem pensar nisso (obviamente ele não deveria estar pensando nisso).

Levantou-se e dirigiu-se ao banheiro para lavar as mãos ensanguentadas. Água quente corria sobre suas palmas, enxaguando os finos rastros de sangue. Os ferimentos não eram profundos, mas eram numerosos e picavam ligeiramente sob a corrente de água.

Depois de alguns minutos, Sasori parou o fluxo de água, deixando suas mãos por mais uns segundos na pia antes de enxugá-las.

Examinou seu reflexo no espelho: início de olheiras floresciam sob seus olhos, já que não vinha dormindo bem, todavia isso não importava na medida em que tinha conseguido terminar a lista de venenos após horas e horas de trabalho. Sempre gostou do sentimento de satisfação que vinha depois de completar uma tarefa árdua ou meticulosa, sempre buscando a mais alta qualidade. Não gostava de deixar nada pelo meio do caminho.

E seguiu por mais um tempo estudando o próprio rosto através do seu conhecido olhar treinado, procurando por imperfeições e sinais de envelhecimento. Para além dos círculos levemente escuros que serviam para lhe dar um olhar oco, parecia-se com qualquer jovem normal.

Particularmente, nunca se considerara tão vago a ponto de se importar demasiado com sua aparência física; a beleza que Sasori via era a contida no eterno. Para ele a palavra eterno, por si só, já era sinônimo de beleza; dito isso, fica mais do que claro o motivo do esforço de Sasori para preservar sua juventude: nunca esteve interessado na beleza de sua mocidade, mas, sim, na possibilidade de aniquilar as fragilidades de ser mortal, as quais tanto lhe causaram dor em seus primeiros anos de vida. Mas, no fim, aprendeu que não há eternidade para ninguém nem para nada; aprendeu que nem mesmo a gigantesca rocha chamada Terra será eterna, e nem o Sol e suas demais irmãs estrelas. Talvez nem o Universo em si fosse eterno; talvez um dia iria se apagar completamente, não deixando rastros, memórias, nada!

Pois estas conclusões fizeram Sasori desesperar-se para apanhar o pouco de eternidade que lhe podia ser dado. Desse modo ele pôs no topo de suas ambições a busca por não cair no esquecimento enquanto a "eternidade" durasse. Sua arte focou-se na preservação da aparência, da essência das pessoas, que, pensava Sasori, estava contida em seus rostos, mais precisamente nos olhos. Ele fez de tudo para preservar esse detalhe de todas as suas vítimas, a mais perfeita simetria de seus olhos e o brilho da alma que eles sempre eram capazes de expor... Sim, Sasori sempre fez de tudo para conseguir preservar isso, pois, assim, enquanto tudo durasse, ninguém iria esquecer os rostos deles. Ninguém esqueceria o rosto dele.

Mas havia falhado... E não fora na sua derrota diante de Sakura e a velha Chiyo... Não, não fora ali sua derrocada. Sasori falhara porque sua arte, seu único motivo para viver até então, não lhe dera o que lhe tinha prometido: a chama do existir. Pois, ironicamente, seu objetivo de vida condenou-o ao exílio e à errância, que sua incapacidade de eliminar sua humanidade não fora capaz de suportar.

E outra vez  Sasori focou-se em seu reflexo no espelho. Nesse momento pensou em algo que os últimos meses haviam lhe ensinado. Afinal, alguns rostos não precisavam ser esculpidos em madeira ou pedra para deixar uma impressão. Ele nunca esqueceria o olhar no rosto de sua avó quando o ataque final dela atingiu-lhe o coração. Então, o rosto dela estava enrugado e poluído por manchas da idade, e o ruivo poderia até lembrar as poucos linhas de sangue em suas bochechas pálidas. Decerto, tratava-se de um rosto feio, mas Sasori nunca conseguiria sufocar seus traços.

Ele queria pensar que a tinha deixado executar o ataque final só para ver o choque naqueles pequenos olhos, mas ele sabia que era mentira.

Ele também lembrou do rosto de Sakura, com seus luminosos olhos verdes e cabelos cor de rosa pastel. Era um pensamento frívolo, mas ele se lembrou quando a conhecera.

Durante aquela batalha, pensou que ela parecia absolutamente ridícula, como um bolo de aniversário ou um gramado pegajoso com cor de flamingo. O suor rebocava-lhe a franja cor-de-rosa à testa larga, e o sangue e a sujeira manchavam sua pele. Mas, apesar do estado deplorável, aqueles olhos permaneceram brilhantes e cheios de vida, quase rindo pela emoção da luta.

Em um momento Sasori percebeu que queria preservar aqueles olhos e se ofereceu para transformá-la em uma marionete. Ele se perguntou se, caso lhe tivesse sido dada a oportunidade, teria realmente sido capaz de manter o brilho daquele olhar após a metamorfose.

O reflexo de Sasori zombou dele. "Você teria falhado", parecia dizer-lhe. Talvez tenha sido uma coisa boa o fato dele nunca ter tido a chance de descobrir. Se ele a tivesse matado então, ela não estaria ali agora para importuná-lo com suas prescrições irritantes. Em todo caso, não valia a pena continuar pensando, porque ela ainda tinha aquele mesmo olhar ardente mesmo depois de todo esse tempo.

Seu spar mais recente veio à mente de Sasori novamente. Ele repetiu a memória dos punhos dela quebrando as marionetes, desarmando-as como se fossem feitas de vidro, em vez de madeira capaz de resistir a batalhas de grau militar.

Sakura estava desfrutando da batalha, e Sasori a tolerou por um tempo. Mas, no final, ele não pôde suportar vê-la comemorar uma vitória vazia contra inimigos desarmados.

Uma parte mais obscura do ruivo queria roubar a chama dos olhos dela, forçá-la a se submeter e implorar por misericórdia. Ele queria ver o medo nela. Seria algo tão diferente dela... Como seria o seu semblante sem toda aquela chama de determinação e coragem? O que deveria ser feito para ter aquela fera totalmente amansada? No fundo, ele já sabia o que deveria fazer e que tinha o poder de forçá-la a submeter-se, caso escolhesse usá-lo. Então ele interveio, tomando-a de surpresa e rompendo a diversão que ela estava sentindo...

De volta à realidade, Sasori levou sua mão ferida até o nível dos olhos e examinou cuidadosamente. Três dias atrás, aquela mão tinha segurado a vida de Sakura. O pescoço da garota de Konoha parecia tão fino e quebradiço que ele tinha certeza de que quebraria com o menor movimento de um pulso treinado. Teria sido tão fácil... E ela também sabia disso, porquanto congelou, perplexa, quase parando de respirar. A única indicação de que Sakura ainda estava viva era a batida estrondosa de seu coração contra os dedos delgados de Sasori a envolver a garganta dela como um laço.

Lembrou-se da sensação da pele dela. Estava quente e um pouco suada devido ao esforço, mas era muito suave de tocar.

Quando a levou ao seu peito, Sasori se deu conta do quão pequena ela realmente era, mesmo possuindo a força de uns cem homens.

Decerto ele a tinha assustado. Suas linhas de chakra a reprimiram com firmeza, garantindo que ela não conseguiria escapar ou lançar um contra-ataque.

Mas, a verdade, ela nem sequer esboçou um intento de reação. Pelo contrário, ela se inclinou e se encolheu ao abraço dele, como se tivesse encontrado uma fonte de conforto e segurança.

Sasori riu. Era totalmente ridículo.

Num minuto, ele estava no controle total da situação, forçando-a a se abaixar e curvar-se à vontade dele, e no seguinte, ele estava muito consciente da respiração superficial dela, bem como da maneira que madeixas de seus cabelos rosados, ao ritmo do intenso vento desértico, dançavam em suas bochechas. Nesse instante, inadvertidamente, Sasori se inclinou para baixo, mais perto, só para ver se ela desistiria.

— Eu-eu me rendo.

Sasori abruptamente girou os calcanhares e saiu do banheiro, não querendo encarar seu reflexo zombador por mais tempo. Ele não gostava de negar a si mesmo as coisas que queria (era sem sentido). Mas nesse caso particular ele pensou que era melhor fazer exatamente isso. Sakura, Kankuro... A partir de agora, se eles caíssem pelas mãos de Sasori, este não mais teria sossêgo pois lhes devia algo impagável. Esse tipo de responsabilidade o seguiria até o túmulo e além, como um ressentimento que ele nunca poderia abalar.

Sasori conhecia pouco sobre o sentimento chamado remorso, mas muito conhecia a si mesmo. E ele sabia que era o tipo de pessoa que deixaria seu rancor persegui-lo como uma segunda sombra. Ele não poderia pagar essa dívida, certamente não nesta vida e provavelmente não na próxima, se houvesse.

Era tudo difícil demais! Uma droga! Perguntou-se por que não tinha nascido como uma minhoca ou algum outro verme sem olhos , cérebro ou a capacidade de até lamentar a falta de tais órgãos. Seria tão mais fácil se assim fosse...

O que era ainda pior era que Sasori chegava a admitir que sua atual situação não era culpa de Sakura afinal, não importando o quão conveniente fosse apontá-la como a causa de suas frustrações. Era culpa de todas as malditas coincidências que os juntaram. Era culpa do puro e simples fato de Sakura ser a única médica disponível num raio de milhas com a capacidade de reviver o corpo em coma de Sasori. E, além disso, ela também tinha que ser a única mulher com quem ele estava tendo qualquer contato significativo em uma base regular.

Sakura era uma das duas únicas pessoas que realmente pareciam se preocupar com o que acontecia com Sasori. À risca, poderia contar duas: a própria Sakura, como ele acabara de admitir, e, é claro, sua avó (ele se recusou a acreditar que o velho Ebizo sentia algo mais do que culpa egoísta sobre o passado).

Mas isso também estava errado. Se tivesse sido qualquer outra pessoa, as coisas poderiam ter resultado de forma diferente. Sasori só se preocupava com pessoas que pudessem agregar valor à sua existência, e Sakura, ele odiava admitir, proporcionava-lhe exatamente isso, a sensação de ser valoroso de alguma forma, isso mesmo depois de ele ter lhe direcionado tanto rancor.

Era absolutamente inacreditável mas Sasori já não conseguia detectar aquele velho e familiar ressentimento para com ela, não importava o quanto ele tentasse.

Aquela garota já tinha se aproximado demasiado dele, que, por sua vez, temia acabar fazendo algo que não tolerava. Contudo, perguntou-se, como seria se ignorasse as consequências para satisfazer-se? Deidara o faria sem questionar, mas o rapaz sempre fora imprudente. Por isso, Sasori sempre o advertiu que teria uma morte precoce, aviso este do qual Deidara simplesmente ria. Dizia: "você é um pé no saco, mestre! Relaxe mais, deixe seu verdadeiro espírito artístico fluir em você". Idiota...

Esse pensamento tangente levou o ruivo a se perguntar se Deidara ainda poderia estar vivo em algum lugar no pequeno mundo ninja, ou se sua imprudência já tinha sacramento seu previsível final.

Muito ao contrário de seu "ex-sócio", Sasori preferia pensar muito bem, conceber uma estratégia sólida antes de fazer qualquer jogada. Pensar, junto com a arte das marionetes, era a única coisa que ele fazia com toda a paciência necessária. Mas tempo era algo que ele pouco tinha. Que amarga ironia para quem passara a maior parte da vida contemplando a eternidade...

Bem, sem mais delongas, Sasori deveria aceitar o risco e ir atrás do que queria. Sim, era isso que deveria fazer, não? Mas primeiro, o que exatamente ele queria, afinal?

"Eu sei o que quero".

Mas ele ainda se negava a aceitar essa nova verdade.

Caminhou até sua cama e deitou-se, apoiando a cabeça sob os braços e olhando para o teto de arenito. Padrões descoloridos e rachaduras encontravam-se nessa superfície, revelando impurezas e sinais de intemperismo.

As coisas eram muito mais fáceis quando ele concedia seu misantropo interior. A vida era mais simples e mais previsível quando ele era um boneco. Sua arte tinha significado, e ele tinha um futuro. Ele estava sempre no controle. Bem, pelo menos, na época, ele estava blindado por uma bolha de ilusão que o fazia pensar assim. Mas e daí? Se sua antiga vida não passara de uma mentira, pelo menos era um porto mas fácil para atracar do que a conjuntura do seu agora.

Perguntou-se o que Sakura pensaria sobre tudo isso, se ela ao menos viesse a saber. Sasori podia dizer que ela se sentia nervosa em torno dele às vezes, o que deixava indícios de que ela poderia sentir algo a mais por ele, contudo, o fato, ele não tinha bases concretas para afirmar que ela realmente estava atraída por ele como algo mais do que... Bem, antes de tudo, o exatamente ele era para ela? E o que ela era para ele?

Sakura era alguém que concretamente existia no universo de Sasori, o que era mais do que ele poderia dizer em relação à esmagadora maioria das pessoas. Deidara nunca tinha vivido no mundo de Sasori, preferindo iludir-se com salpicos de cor e rajadas de luz, fugazes momentos que se foram quase tão rapidamente como apareceram. Isso não era uma maneira de existir, apenas uma maneira de morrer. O primeiro sócio de Sasori na Akatsuki, Orochimaru, compreendia-o melhor. Eram muito semelhantes em vários aspectos, cada um procurando um plano mais elevado de existência, uma forma para chegar ao infinito.

Orochimaru não tinha apreço pela arte e pela beleza, mas sentia o desejo de perseguir a eternidade. Seu objetivo, no entanto, desmoronou devido a suas grandes ambições. O apetite voraz do Sannin pelo poder e pela glória o governava, fazendo com que ele fosse incapaz de manter o objetivo da Akatsuki em igual medida com sua agenda pessoal.

Sasori o odiava por sua traição, tendo se sentido pessoalmente prejudicado pelo shinobi das serpentes. Nunca perdoaria Orochimaru, especialmente por este ter sido o mais próximo que ele tivera de um camarada até então.

Sakura não era como Deidara ou Orochimaru quanto à compreensão da existência. A valer, tudo o que ela parecia querer era existir por causa dos outros, o que Sasori um dia achou absolutamente inconcebível. Inclusive, podia-se dizer que Sakura também estava existindo para ele, Sasori, pois ela já tinha gastado quantidades gratuitas de tempo e energia ajudando-o a recuperar-se e a retornar a algo próximo de um humano. Ligada pelo dever, mas atolada em compaixão, ela era o tipo mais estranho de shinobi que ele já conhecera. Ela também era a pessoa mais aberta, honesta. Quem poderia dizer que se importaria com um homem que uma vez usara todos os truques do seu arsenal para tentar matá-la?

Ele nunca a odiou, mas, por outro lado, nunca realmente tinha gostado dela. Quando se conheceram, ela o irritou perifericamente, mas nunca conseguiu nada mais do que isso. Foi somente o que ela fez mais tarde que o ofendeu em um nível fundamental, trazendo-o de volta da libertação da morte duas vezes sem o consentimento dele. Agora, ele já não tinha certeza de que se ressentia com ela, o que significava que ele poderia passar mais tempo com ela, com Kankuro e a brigada de marionetes, solidificando seu legado. Se ele tinha apenas um tanto limitado de tempo, por que não gastá-lo com alguém que ele gostava? Por que não tomar o que ele queria? No fim, aprendeu a gostar dela, a admitir que precisava dela (apenas a si mesmo). Significaria menos do que nada se ela não retornasse o sentimento, e era por isso que Sasori preferia evitar as relações humanas em geral. Havia algum grau de controle a ser tido nos tipos mais íntimos de relacionamentos, mas isso era extraviado se a outra pessoa não estivesse disposta a corresponder. Droga! Odiava não ter o controle!

O que ele deveria fazer?  Sua ânsia de saciar seus impulsos mais primitivos era prova de fraqueza e estupidez, mas estava se deixando levar por isso. Por outro lado, convencer alguém a ceder... Isso seria um testemunho de seu poder e influência. Era arriscado, porém, pois um movimento errado e seu capricho se voltaria contra si.

Sasori não queria mais  tentar afastar Sakura quando ela era uma das únicas coisas que lhe restavam que realmente importavam.

Sasori rolou de lado e suspirou sobre seu travesseiro. Não era assim que deveria ser. Não era assim que ele imaginava que sua vida acabaria. Mas aí estava ele, entre a frigideira e o fogo. Suas escolhas eram claras: ele podia fugir, afastar-se de Sakura, voltar à escuridão e à solidão a que se acostumara durante a maior parte de sua vida; ou ele poderia fechar a distância entre eles até uma forma mais íntima de relação, permitindo que Sakura descesse mais fundo em seu universo onde apenas alguns tinham ousado viajar antes.

Sasori sempre foi uma pessoa decisiva, mas pela primeira vez em sua vida estava hesitando tanto.


Notas Finais


TCHAU! TCHAAAAAAUU!!!!!!


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