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História A perseverança do amor - Capítulo X


Escrita por: Mey-RinS2

Notas do Autor


Demorei um pouco para terminar mas aqui está, espero que gostem :3

Capítulo 10 - Capítulo X


Fanfic / Fanfiction A perseverança do amor - Capítulo X

Fechei as gavetas com o máximo de cuidado para que não fizesse barulho, depois apaguei a luz que havia ligado para procurar os arquivos. A sala ficou tão escura que mal podia ver o que estava a minha frente, só conseguia enxergar, pois um pouco de luz entrava pela fresta da porta. Sem pensar muito, me escondi debaixo da mesa que estava ao lado direito da porta.

Ela me servirá como esconderijo, já que não é visível como outras mesas, a única abertura é o espaço que fica a cadeira e conseqüentemente onde alguém colocaria seus pés caso fosse se sentar. Encolhi minhas pernas apertando os prontuários contra meu peito.

Passou alguns segundos e percebi que as duas pessoas estavam paradas em frente à sala conversando, mas mesmo assim não era fácil entender o que falavam, pois as paredes abafavam o som.

-Mais tarde nos falamos, preciso ir agora. - Só quando a porta se abriu que eu consegui escutar alguém se despedindo.

Pela sombra que se formou no chão vi uma pessoa entrar e fechar a porta, tornando o ambiente escuro novamente. A sala se clareou quando acendeu a luz, porém isso não era nada bom, visto que tornava minha presença visível. Mesmo que a posição da mesa me favorecia era possível perceber caso se aproximasse dela.

Escutei os passos que seguiam em direção a uma das estantes e depois um barulho que me parecia estar procurando algo nela. Ainda bem que não cheguei a bagunçar nenhuma delas, se não ficaria por mais tempo para arrumá-las e isso é o que eu menos tinha. Em pouco tempo essa pessoa desligou a luz, mas não chegou a sair da sala. Fiquei incomodada pensando no que eu poderia fazer, tenho que sair daqui antes que ela me encontre, o problema é como vou conseguir fazer isso.

Enquanto eu pensava em um jeito de escapar, o que eu mais temia aconteceu, ela puxou a cadeira e se sentou a minha frente, só agora pude perceber que tratava de uma mulher. Ela não havia notado minha presença ainda, então continuei imóvel, porém seus pés estavam bem próximos ao meu corpo. Pude perceber que havia ligado o abajur em cima da mesa porque um pouco de iluminação chegava ate a mim. Um dos seus pés se arrastou para perto da minha mão, mas não consegui tirar ela completamente e as pontas dos meus dedos foram esmagadas pela sola do sapato branco que se apertou com força contra o chão. Com a outra mão tapei a boca tentando inibir qualquer som de sair, aquilo doía muito, contudo eu não me mexi com esperança de que ela afastasse o pé e deixasse meus dedos livres.

Passou alguns minutos e um silêncio predominava na sala enquanto sentia meus dedos ficarem dormentes, até que um homem chegou a chamá-la para tratar de assuntos gerais do hospital. Esperei uns poucos segundos depois que ela saiu e me movi para porta e após finalmente deixar a sala e aquela situação terrível, guardei as fichas dentro da minha roupa.

Cheguei ao quarto onde estava o neto da Naomi e assoprei meus dedos depois de suspirar aliviada. Peguei as fichas e olhei o conteúdo delas.

-Eu já imaginava. - Falei em tom baixo e coloquei os prontuários debaixo de um armário que ficava no canto do quarto.

Não é o melhor lugar para se esconder algo, no entanto é melhor do que os outros lugares em que pensei colocar, pelo menos até eu cuidar do paciente.

Ele parece ser tão jovem, até mais novo do que eu e mesmo assim se encontrava nessa triste situação. Levantei a camisa dele e comecei a examiná-lo para ver como poderia proceder, usei meu ninjutso médico e só com isso pude ver por dentro os estragos causados. Com a luz verde em minhas mãos, comecei a reparar os danos em seu corpo e após todo o procedimento anotei alguns remédios no qual ele precisará tomar até sua recuperação total.

-Como está por aqui? Há algo que posso fazer por você? - Yumi entrou pela porta me perguntando. Só agora sabia o seu nome, até porque eu me disfarcei dela e quase fui pega por causa disso.

- Ah sim, eu quero saber se tem esses medicamentos aqui. - Falei terminando de anotar e passando para ela.

-Tem sim, mas como essas medicações poderão ajudá-lo?

-Infelizmente só teremos que aguardar que ele desperte, mas isso auxiliara na sua recuperação. Com os cuidados necessários, isso nos trará resultados em breve. No momento, preciso de uma mistura desses medicamentos, com essa dose exata.  – Terminei de falar apontando com a caneta o que havia anotado.

- Tudo bem, venha comigo. - Ela disse e saímos do quarto.

*Sakura POV’s Off*

*Sasuke POV’s On*

-Como está meu neto?  – Naomi me perguntou com um olhar de preocupação.

-Sakura cuidará de tudo. Isso levará algum tempo, então você poderá voltar mais tarde quando ela terminar – respondi.

-Ela é uma boa pessoa, eu sei que ela fará o possível para ajudá-lo. – Ela falou com um sorriso no rosto. Mesmo não a conhecendo direito, ela pode depositar toda sua confiança nas habilidades de Sakura.

-Tenho que ir agora. – Falei indo em direção a porta.

-Se vocês quiserem podem passar essa noite em minha casa. – ela ofereceu antes que eu pudesse sair.

 -Nós já encontramos um local para dormi, não se preocupe. – eu menti para que ela não insistisse. Não que eu não estivesse agradecido por Naomi nos oferecer uma acomodação, mas só de pensar na perguntas que poderia nos fazer sobre nosso relacionamento, eu não me sentiria a vontade e creio que Sakura também não.

Depois que deixei o hospital, procurei por todo vilarejo, porém não encontrei nenhuma pista no qual poderia me levar a alguma resposta. Quando aceitei essa missão, Kakashi já havia me avisado do nível de dificuldade para encontrar informações sobre o caso. Alguns relatos vieram de outras regiões, alegando a mesma situação, mas esse vilarejo é o mais próximo da nossa rota original.

Caminhei até a única hospedagem que encontrei durante minha vistoria pela região. É um lugar bem pequeno, mas servirá por uma noite. Fui até a recepção e encontrei um homem que folheava uma revista.

-Queria um quarto para duas pessoas.  – Fui direto com meu pedido.

-Você e mais quem? – o homem indagou levantando o olhar para mim.

- Uma mulher.

-Você irá incluir algum de nossos serviços? – Ele perguntou depois de me passar a chave do quarto.

-Só o jantar. – Respondi com uma duvida sobre nossa refeição, já que não tinha certeza de quando tempo iria levar até que fossemos embora. Passei-lhe o valor correspondente ao seu serviço e sai guardando a chave com o restante dos meus pertences.

Continuando com a investigação entrei em um dos bares próximo a alguns pontos de comércio, talvez obtenha alguma informação de alguns moradores nesse tipo de estabelecimento, visto que costuma ser um lugar popular onde muitos costumam se reunir. Segui em direção ao balcão do bar e me sentei em um dos bancos.

-O senhor deseja algo? – um dos funcionários me perguntou entregando um cardápio.

-Um copo de Shochu – falei depois de fechar o cardápio. Não costumava a tomar bebidas alcoólicas, porém nesse caso, não queria causar suspeitas ao meu redor.

Em pouco tempo a bebida foi servida, em seguida, comecei a escutar a conversa de alguns homens que haviam chegado ao bar e se sentavam em volta de uma mesa próxima ao balcão. Depois percebi que uma garçonete servia bebidas a eles.

-Aquele homem é o estrangeiro do outro dia? – escutei um deles falar pelas minhas costas.

-É sim, mas fale baixo ou ele irá nos escutar – o outro repreendeu, inutilmente tentando sussurrar.

-Que escute, eu não ligo. Meu filho sumiu há cinco dias e ninguém fez nada sobre o desaparecimento dele. Essa policia não foi capaz de encontrá-lo e nem as outras crianças, mas o que eu posso fazer? Ficar aqui e afogar as mágoas com essa merda de bebida – ele disse com a voz alterada batendo uma garrafa na mesa – Esse homem, pode ser responsável por isso e eles o soltaram.

-Não cause confusão, se ele foi solto é porque a polícia concluiu que ele não tem envolvimento algum com nada disso. – uma voz feminina apareceu se aproximando dos homens.

-Katsumi-san! Já falei como você esta bela hoje? – um terceiro homem falou, se levantando e indo até a mulher.

-Você diz isso todas as vezes que nos encontramos – ela o respondeu.

-E nunca deixarei de dizer que você é a mulher mais linda que eu já vi. Dessa vez você aceitará meu convite e sairá comigo? – ele a flertou novamente.

-É claro que não. Quantas vezes eu terei que dizer que nunca irei aceitar? - ela disse irritada e saindo de perto dele – Você não está a minha altura.

Escutei alguns risos dos colegas deles e uma discussão boba começou porque ele aparentemente estava frustrado com a resposta dela, porém eu já não prestava mais atenção naquilo.

-Você não é daqui, não é mesmo? Por aqui não tem homens bonitos como você. - percebi que aquela mesma mulher se sentava ao meu lado e me olhava fixamente. Suas segundas intenções eram obvias, mas não a respondi e virei o copo de Shochu até não sobrar nenhuma gota.

-O próximo copo será por minha conta. – ela continuou colocando sua mão sobre a minha depois que coloquei o copo no balcão, afastei imediatamente minha mão da sua e ela se aproximou do meu rosto com um sorriso na face – Não seja tímido, eu sei que você quer isso.

-Não tire conclusão por si mesma. – disse em um tom firme e me levantei após pagar a bebida.

Em passos largos sai pela porta principal do bar até que ela me seguiu e puxou de leve o meu braço.

-Para que a pressa? Eu não mordo – a cada vez que ela falava mais irritado eu ficava.

Antes que pudesse dizer algo, percebi a presença de outra pessoa e isso fez minha atenção se desviar.

-Sasuke-kun, quem é essa mulher? – escutei uma voz familiar me perguntar e virei em sua direção.

 



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