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História A piece of peace - Taekook ABO - C a p i t u l o 1 4


Escrita por: AwesomeKed

Notas do Autor


Oii vcs tão bem?
:)

Capítulo 15 - C a p i t u l o 1 4


Jeongguk se sentia sortudo por ter pessoas tão boas e incríveis na sua vida.

Era realmente um achado ter bons amigos nos dias de hoje. Sorria sozinho por estar sendo suficientemente capaz de saber reconhecer e apreciar esse fato.

Tinha pessoas preciosas na sua realidade e isso era impagável.

Ele pensava nisso tudo, enquando se ajeitava, meio ansioso, no banco daquele ônibus interestadual, que ia em direção à sua cidade de nascimento.

Tinha decidido por conta própria, mesmo sob alguns protestos dessas mesmas pessoas que tanto o amavam, que iria sozinho se encontrar com as nuances de seu passado frio e triste.

Taehyung foi quem mais tentou dissuadir o mais novo daquela decisão, tentando convencê-lo a a deixar que ele fosse junto com Jeongguk, mas nesse ponto, o Jeon mais velho estava teimoso demais para se deixar levar.

Ele queria enfrentar isso sozinho.

Tinha passado por tudo sozinho e queria por um ponto definitivo naquela história que havia marcado sua existência.

Não demorou tanto quanto esperava o término daquele trajeto. Logo o veículo em  que estava estacionou na rodoviária de Busan.

Pegou um táxi que estava parado ali perto e indicou o endereço de sua antiga rua.

Minho e sua familia moravam no final dela, e a casa onde viveu sua infância e adolescência estava mais ou menos no meio.

Ficou observando todo o caminho que levava ate seu destino, relembrando dos lugares aonde já tinha ido quando era mais novo.

Respirou fundo, depois de pagar a corrida e sair de dentro do automóvel, pisando novamente, depois de cinco anos, naquela rua que foi testemunha de muitas coisas da sua sua vida.

Começou a caminhar e inevitavelmente sentiu sua garganta apertar levemente e seus olhos arderem um pouco, por conta do choro que ameaçava sair sem controle algum.

Viu a casa da senhora Hae, que sempre lhe dava suas tortilhas de morango, sempre que fazia nos dias de sábado.

A casa da familia Jang que sempre foi muito bem cuidada parecia desmazelada e estava com o jardim, que um dia foi lindo, todo desfeito.

Eram tantas mudanças ocorridas naquele intervalo de tempo.

Seu coração bateu ligeiramente mais forte quando parou, do outro lado da rua, na frente da casa que era de sua família. Estava pintada de uma cor diferente e o pequeno gramado que ficava na frente e era rodeado por flores de todos os tipos, que sua avó sempre amou cuidar, ainda tinha as flores mas agora estava cheio de brinquedos coloridos.

Jeongguk viu uma criança abrindo a porta da frente, sendo acompanhada de uma mulher, que sorria tão grande quanto a menininha fofa que ia em direção aos objetos de recreação.

O ômega sorriu assistindo essa cena.

Lembrou-se perfeitamente de quando era ele quem corria por entre o jardim sob os ralhos falsamente irritados de sua halmeoni, pedindo para que não corresse.

Lembrou de quando plantou sua primeira rosa, com a ajuda da mais velha e de como tinha ficado triste quando a pequena planta havia morrido.

Saiu de sua divagação ao ouvir a risada infantil e alegre da criança, que agora, era abraçada pela mulher e recebia cosquinhas por todo o corpinho. Ficou feliz por ver que seu antigo lar era habitado por pessoas que aparentavam ser amorosas. Sorriu por sentir que as lembranças que tinha daquela residência não eram tristes.

Continuou a sua caminhada.

Foi andando até parar na frente da casa dos Choi.

Não havia mudado em absolutamente nada e isso lhe trouxe um pequeno frio na espinha por parecer um antigo déjà vu.

Suspirou, limpando a mente de quaisquer pensamento que pudesse convencê-lo de dar meia volta e sair dali, e apertou a campainha levemente, esperando por se atendido, com seu coração batendo forte.

Ouviu o trinco da porta se mexendo e logo depois, a figura do senhor Choi Hyungjae aparecendo na abertura feita quando a madeira foi aberta.

— Olá, senhor Choi...

— Bom dia, Jeonggukie... –ele sorri tranquilo, fazendo com que uma parte de sua ansiedade fosse embora. — Entre, por favor. –diz, dando licença para o mais novo entrar na casa.

Jeongguk olhou em volta, percebendo que da mesma forma que o exterior não havia mudado, o interior da residência seguisse o mesmo esquema.

— Como ele está, senhor Choi? –O ômega pergunta baixinho.

— A fisioterapeuta acabou de sair daqui, da sessão diária do tratamento... Ele estava muito ansioso desde de que comentei que tinha te encontrado.

Jeongguk acenou levemente.

Tinham conversado à alguns dias, depois de ter tomado sua decisão de vir, sobre qual seria o melhor dia para poder visitar o antigo amigo, sem atrapalhar o costume dos dois.

E por isso, decidiram que o ômega iria para lá numa sexta feira de manhã, dia em que poderia deixar o filhote nos cuidados dos Kim e seria um dia tranquilo da rotina de tratamento do Choi.

Seguiram para as escadas, subindo em direção ao quarto do alfa, que tinha a porta entreaberta. Jeongguk parou por uns dois segundo, antes de seguir o Choi mais velho, que já havia entrado.

Respirou fundo e lentamente, e entrou naquele recinto, que permanecia igual a cinco anos atrás.

Viu a imagem de seu amigo, sentado numa cadeira de rodas, voltado para a janela e com o olhar meio perdido.

— Minnie... Uma pessoa veio te ver... –o pai falou, atraindo a atenção do alfa, que arregalou os olhos castanhos quando viu quem acompanhava seu progenitor.

O alfa tinha crescido tanto, na vista de Jeon, o menino fofo tinha se tornado um homem bonito, mas que tinha um brilho quebrado nos olhos.

— Jeo-Jeongguk? –a voz do outro estava levemente fraca, e muito diferente da que o ômega se lembrava.

— Olá, Minho... –Jeon falou, se aproximando devagar e sentindo seus olhos arderem um pouco. — Como você está?

A pergunta dita pelo ômega fez com que o alfa, que ainda estava um pouco em choque, começasse a chorar de forma intensa e ininterrupta, cobrindo seu rosto com as mãos.

— Se acalme, meu filho... –Hyungjae pede, com a voz meio trêmula. Jeongguk também tinha algumas lagrimas nos olhos, sentindo toda aquela carga emocional que envolvia todos ali.

De repente, o ômega vê o Choi mais novo, ainda em prantos, se apoiando nos apoios para os braços da cadeira de rodas, se levantando um pouco para sair do assento, e para a surpresa dos dois adultos restantes ali, se colocando de joelhos no chão e encostando a testa no chão, em sinal de plena submissão.

— Eu não mereço sua preocupação, Jeongguk... Não mereço seu perdão... Sei disso... Mas por favor... Me perdoe por tudo que eu te fiz, Jeongguk... Me perdoe... Me perdoe...

Jeongguk chorava tanto quanto o pai de Minho.

Tinha suas mãos em frente aos lábios como se para prender os soluços que queriam irromper sua boca, enquanto via Choi Minho prostrado a sua frente.

— Não diga isso, Min... –o Jeon diz, se abaixando ao lado do mais novo e segurando seus ombros para que levantasse o tronco. — Vamos, se levante...

Minho somente sr pôs de joelhos, evitando manter contato com os olhos ainda mais lindos do ômega que um dia tinha sido seu único amigo verdadeiro.

— Tudo aquilo foi horrível, mas eu sempre soube que não era meu doce amigo naquele momento... –o Jeon fala, segurando o rosto alheio para que olhasse para si. — Eu te perdôo sim, Minho... Depois de tudo aquilo, do instante mais sombrio da minha vida eu ganhei minha coisa mais preciosa... Você não merece viver a sua vida remoendo esse momento para sempre... –ele diz, envolvendo o corpo do outro num abraço.

Sentia o mais novo tremendo, recostado a si, mas sem retribuir de fato. Mas foi percebendo que a respiração do outro ia ficando cada vez mais calma e menos desregulada.

Jeongguk ajudou o Choi mais velho a levar o filho até a cama, já que  o mesmo ainda não estava totalmente pleno de sua capacidade física, deixando ele sentado, com as costas apoiadas na cabeceira do móvel. Percebendo que o filho estava mais calmo, Hyungjae-ssi pediu licença para os jovens ali, descendo para a cozinha para preparar alguma refeição para os dois.

— Por que você diz que ganhou algo com isso? O que ganhou? -Minho pergunta, baixinho, depois de ficar a sós com o ômega.

— Meu filho! –o ômega fala, simples, mas com um sorriso no rosto. — Eu poderia não ter tido ele, dado as circunstâncias, mas gerar e dar a luz ao meu filhote foi a melhor decisão que tomei...

— Uma criança nasceu daquilo? Eu... Não entendo... Não considera ele uma lembrança de tudo que houve?

— Eu poderia, mas resolvi pensar que ele é minha pequena luz e meu ponto de esperança... Quando tudo está ruim, seu sorriso é quem me faz sorrir e acreditar que tudo vai se encaixar, porque foi justamente isso que ele foi pra mim naquela época...

— Como ele é?

— É o menininho mais fofo do mundo! -Minho sorri junto com o Jeon. — É lindo e tão esperto... As vezes eu penso que ele cresceu num piscar de olhos... Ele é meu amor mais puro...

— Eu posso conhecê-lo um dia?

— Claro... Ele vai gostar de te conhecer... –diz. — Você se lembra de algo de quando estava em coma?

— É meio estranho isso, mas por algumas vezes era como se eu pudesse conversar com meu lobo, sabe... Era uma conversa fria e resoluta. Não gosto dele...

— Mas faz parte de você...

— Eu sei... Mas decidi que vou deixá-lo o mais inerte possível... Não tenho condições de mantê-lo sob controle. Principalmente agora. Talvez no futuro, eu tente me conectar e controlar ele, mas agora eu não quero arriscar...

— Eu entendo.

— Mas me diga, Jeongguk. Meu pai falou que te encontrou em Daegu. O que faz lá? Já tem uma família?

— Foi um tempo bem complicado quando cheguei lá... Mas encontrei pessoas incríveis que me ajudaram e ajudam desde sempre até hoje. Eles são minha família. –Jeongguk fala, sorrindo, segurando seu pingente azul entre os dedos.

— Eu fico feliz que tenha encontrado essas pessoas especiais... Você merece tudo de bom que a vida pode dar, Jeonggukie. -o Choi mais novo sorri,  olhando para o amigo.

Inevitavelmente, aquelas palavras fizeram o Jeon se lembrar de seu  namorado, que não cansava de repetir palavras como essas para impregnar de vez esse conceito na sua mente.

Estava quase conseguindo.

— Obrigado por vir aqui, Jeongguk... Foi muito bom te ver e receber o seu perdão. –o mais novo fala, baixinho.

— Se perdoe também, Minhonie... –ele diz, segurando levemente a mão do outro e recebendo um leve aperto de volta, como se dissesse que iria tentar.

E Minho realmente tentaria.

Após esse momento, não demorou muito para que o Choi mais velho entrasse novamente no quarto, segurando uma bandeja com algumas frutas leves para os meninos pudessem comer, enquanto conversavam.

Ficou feliz de ver os dois batendo papo quase da mesma forma que faziam quando eram adolescentes e queriam formar uma banda de garagem, somente os dois.

Jeongguk contou sobre a floricultura em que trabalhava, sobre as pessoas que eram seus amigos, sobre o namorado e sobre Soobin.

E mesmo que Minho não se sentisse ainda como sendo pai de alguém, sabia que não seria difícil se apaixonar pela doce personalidade daquele rapazinho, que colocava  brilho imenso nos olhos do Jeon a cada vez que citava seu nome.

Jeongguk passou quase uma tarde inteira com os Choi. Saiu da casa, apos se despedir de ambos e ganhar uma carona até a estação rodoviária do mais velho, que lhe agradeceu tremendamente pelo ômega ter ido se encontrar com seu menino.

Entrou no ônibus com um sorriso no rosto e muito quilos de peso sentimental a menos em suas costas. Esse era o poder do perdão.

Chegou em Daegu, já estava de noite e viu pelo vidro do táxi que pegou as luzes movimentadas dos estabelecimentos que ficavam aberto nesse horário da noite. Foi direto para a casa de Kim Dahyun. A porta foi aberta pela alfa que sorriu e colocou um dos dedos em frente aos lábios, pedindo silêncio e apontando para a sala, onde estavam Taehyung e seu filhote adormecidos numa das poltronas.

Era uma cena fofa demais para que Jeongguk não registrasse isso com a câmera de seu celular.

Foi pegar seu pequeno do colo do outro, mas foi interrompido pelos braços que involuntariamente seguraram o corpinho do ômega mais novo, pensando que ele fosse cair. Mas Taehyung logo abriu os olhos e sorriu pequeno para o ômega a sua frente, soltando Soobin de seu abraço para que o pai o pegasse.

— Chegou a muito tempo, amor? Por que nãe avisou? –pergunta com a voz ainda sonolenta. — Vem para o meu quarto e põe o Binnie lá...

— Eu avisei sim, mas você já devia estar dormindo... –ele diz, sorrindo levemente e abraçando o filho, matando a saudade que estava de seu pequeno.

— Deve ser... –ele sorri, preguiçosamente, esfregando os olhos levemente para espantar a sonolência. — Não se preocupe, o Bin já jantou e tomou banho... Me conta como foi lá... –ele diz, puxando o ômega para se sentar em seu colo numa poltrona grande e alcochoada que possuía no quarto, depois de colocar o menino sobre os lençóis.

— Foi diferente do que imaginei, sabe? Foi bom... Minho precisava disso e eu também... No fim, tudo deu certo... –o ômega sorri para o namorado, selando seus lábios rapidamente. — E você? Como passaram o dia? Alguma novidade?

— Até que sim! –o alfa deixa um selinho na bochecha alheia. — Saí do trabalho mais cedo um pouco para buscar o Binnie e irmos tomar um sorvete depois...

— Sorvete? –o Jeon pergunta, olhando para o alfa com um sorriso de lado e a sobrancelha arqueada.

— Ah nem vem... Eu não consigo dizer não para aqueles olhinhos lindos e pidões, idênticos aos seus, amor... Mas enfim... Quando estávamos na sorveteria dos Wang, encontramos o Hoseok hyung e o diretor Kim, do colégio do Bin sentados na mesma mesa, conversando.

— Será que era um encontro? –o mais novo pergunta, curioso.

— Não sei... Mas parecia... –Taehyung fala sussurrando, tirando uma risadinha leve do rapaz  seu colo.

— Ah Hobi hyung que me aguarde... Continua...

— Soobin os viu lá e eles convidaram a gente para se sentar com eles... Foi divertido e bom... Surgiu o assunto e eu contei sobre as aulas de música que dava antes e o Namjoon-ssi me convidou para fazer uma experiência lá na escola do Binnie, porque a professora de lá está gravida e em pouco tempo vai entrar de licença...

— Você vai dar aula na escola?

— Daqui um tempo, eu vou tentar...

— Mas isso é incrível, amor... Parabéns! –Jeongguk fala, enchendo o rosto alheio de beijinhos suaves que faziam o alfa sorrir bobo. — Como o Binnie reagiu?

— Em outras palavras, ele disse que ia tirar a maior onda, entrando na escola comigo...

Ambos sorriram.

— É, isso é bem a cara do Soobin... –Jeongguk fala sorrindo e sentindo o abraço do namorado em volta de seu corpo.

— Está com fome? –o alfa pergunta, arrumando algumas mechas do cabelo do ômega atrás da orelha do mesmo.

— Um pouquinho...

— Então vem... Vamos jantar, amor... –disse, levantando com Jeongguk ainda no colo.

— Me leve até a cozinha, escravo! –o mais novo diz, empoando a voz.

— Sim, senhor, senhor! –Taehyung responde, entrando na brincadeira e dando uma pequena corridinha até a escada, colocando o ômega no chão e então desceram de mãos dadas e sorrisos nos rostos.

Finalizando mais um dia juntos, do jeitinho que os dois aprenderam a amar.

Em família.


Notas Finais


Oiie :)

O que acharam do capítulo?

Espero que tenham gostado...

Eu chorei escrevendo a cena do reencontro do Minho... Posso ser suspeita a falar mas, eu realmente achei essa cena emocionante...

Obrigado a todos que estão lendo...

De verdade, amo vcs <3
#APieceofPeaceTK para boiolarmos juntxs no twitter pufavooo

Até o próximo capítulo

Perdão por qualquer erro nesse e nos outros caps... Eu vou tirar um dia pra revisar todos pq eu ainda n tenho ngm pra betar kk

Amo vcs

💜borahae💜


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