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História A Poderosa Jauregui (G!p) - Capítulo 15


Escrita por: Lhoria

Capítulo 16 - Capítulo 15


CAPÍTULO 15 - TRAIÇÃO

 

 

Camila POV 

 

Uma angustia crescente me dominava. Já eram quase quatro horas da manhã e nada de Lauren voltar. Eu não consegui dormir, óbvio. Sem notícias, sem saber realmente o que estava acontecendo. Andava de um lado a outro no quarto tentando me acalmar. Merda...eu queria minha esposa de volta. Por que não me deixou ir? Ainda mais com aquela Denalli por perto. E Lauren ainda ficava brava com meu ciúmes. Mesmo longe essa praga vinha me perturbar. Pensei em ligar para Lauren, mas isso provavelmente só provocaria sua ira. E quando ela voltasse...eu estaria perdida. 

 

Sentei-me novamente na cama, pela milésima vez naquela noite. Balançava minhas pernas incessantemente. Perdi a conta de quantas xícaras de chá de camomila eu tomei. E nem assim conseguia pregar os olhos. Às vezes eu temia por Lauren. Ela era poderosa, mas não era Deus. E se pegassem ela? Atirassem nela...sei lá. Só de pensar nisso eu estremeci. Ficaria louca se a perdesse. 

 

Ouvi passos do lado de fora e vozes alteradas. Corri até a janela e vi o carro de Lauren e o carro que os rapazes usavam. Ela estava de volta. Fiquei um tempo parada pensando se ia até lá ou não. No entanto, antes que eu saísse do lugar Lauren adentrou no quarto. 

 

Passou direto por mim e foi até o closet voltando com uma caixa de madeira nas mãos.. 

 

- O que houve, Lauren? 

 

- Agora não, Camila. 

 

Mas era uma cavala mesmo. Deus do céu..custava ter o mínimo de educação? 

 

Antes que eu desse uma resposta à altura ela deu meia volta, parou à minha frente e com apenas uma mão segurou-me pela nuca, buscando minha boca. Imediatamente enrosquei minha língua na dela. Mas logo ela me soltou, beijou minha testa e se afastou novamente. 

 

- Fique aqui. Eu volto logo. 

 

-Bipolar do caralho. 

 

Eu falei assim que ela fechou a porta. 

 

- OLHA A BOCA, HEIM? 

 

Merda....e ainda ouvia através das paredes, só pode.Hoje eu não queria briga com ela. Então tratei de obedecer. Fiquei sentadinha na cama como uma boa menina. Ouvi outro carro chegando mas antes que eu fosse ver quem era Lauren estava de volta. 

 

- Vou precisar de você, Camz. 

 

- O que está acontecendo? 

 

- Você vai cuidar da Denalli. 

 

- O QUÊ? Ficou doida?

 

Ela apenas ergueu uma das sobrancelhas e cruzou os braços. 

 

- Lembra-se de quando Victoria cuidou de você? Agora é sua vez. 

 

- Então é isso? Sua mulher cuida da sua próxima mulher? 

 

- Não seja ridícula. vista-se e venha comigo. 

 

Cruzei meus braços em frente ao peito em sinal de desafio. 

 

- Não. Não irei tratar da sua próxima mulherzinha. 

 

Lauren me puxou com tanta força que senti meus ossos estalarem ao bater de encontro ao seu peito. Sua mão segurou meus cabelos num rabo de cavalo. 

 

- Agora escute aqui idiotinha. E ouça muito bem por que é a última vez que irei falar essa porra com você: Você é a minha mulher. Única e exclusivamente . Agora pare com esse chilique. Não temos tempo. 

 

Ou eu era muito burra mesmo ou fazia isso apenas para deixar Lauren nervosa. Eu era única, eu sabia. Então..eu queria provocar mesmo. Para que ela me pegasse assim, com força. 

 

- Eu vou. Mas depois quero meu pagamento. 

 

Ela riu...cansada,mas riu. Vesti um roupão por cima da camisola e Lauren me pegou pela mão, resmungando pelo corredor. 

 

- Não sei o que faço com essa porra dessa mulher. 

 

- Eu? 

 

- Quem mais poderia ser? Quem me tira do sério a toda hora? 

 

- Lauren, eu... 

 

- Ah...cala a boca. 

 

- Lauren...vai tomar... 

 

- CAMZ! Eu ainda vou te dar uns tapas e não vai ser do jeito que você gosta. Vai ser nessa boca suja. 

 

-Eu ia dizer tomar banho... 

 

Ela se virou para me olhar e fiz a cara mais inocente do mundo. 

 

- Cara de pau dos infernos. 

 

Não aguentei e explodi numa gargalhada. Lauren acabou rindo comigo, mas depois me prensou contra a parede, agarrando meu seio. 

 

- Sabe....eu vou ter um tempo livre pra você. 

 

Passou a língua no meu pescoço. 

 

- Na nossa lua de mel....e vou fazer você pagar cada gracinha dessa que anda fazendo. 

 

Me soltou tão rápido que quase fui ao chão. 

 

- Agora vem cuidar da minha próxima mulher. 

 

Eu rugi e dei um soco em suas costas. 

 

- Ai... 

 

Porra...ela  era dura. 

 

Para minha surpresa ela segurou minha mão e beijou. 

 

- Machucou? 

 

Fiz beicinho e afirmei. 

 

- Mais tarde eu cuido de você. Agora me ajude, por favor? 

 

Certo. Hora de parar com gracinhas. 

 

- Sim. vamos ver a Denalli. 

 

Lauren seguiu até o escritório. Entrou e deu-me passagem. Parei, horrorizada. 

 

- POR DEUS DO CÉU...QUEM FEZ ISSO COM ELA? 

 

- Camila..veja o que pode fazer. Eu já chamei um médico para dar uma olhada nela, mas ela precisa se trocar e...sei lá. Você deve saber o que faz. 

 

Olhei para Lauren com os olhos arregalados. 

 

- Não vai me falar nada? 

 

- Eu juro que converso com você depois. Sabe que faço isso. 

 

- Tudo bem. 

 

Tânia estava irreconhecível. O rosto completamente ensangüentado. 

 

O olho direito estava tão inchada que praticamente deformava seu rosto. Os lábios muito inchados tambem sangravam. O decote do vestido estava rasgado e pareciam marcas de mordidas em seu colo. 

 

Lauren sentou -se e passou as mãos pelos cabelos. Parecia pensar no que faria agora. 

 

- Consegue andar, Tânia? 

 

- Sim. 

 

- Vamos. Vou levá-la até um quarto. Vou te dar um medicamento pra dor. 

 

- Sim. Está doendo bastante. 

 

O celular de Lauren tocou e ela atendeu logo ao primeiro toque. 

 

- Fale, Veronica. 

 

Seja lá o que for...não era coisa boa. Deu um soco na mesa. 

 

- Merda. Aborta, Veronica 

 

Veronica falava alguma coisa e Lauren apenas balançava a cabeça negativamente. 

 

- Aborta, aborta, Veronica. Saiam já dai. 

 

Silêncio.Outro soco na mesa. 

 

- Que merda. Eu estou mandando. Esquece esse carregamento e sai logo dessa porra. 

 

Suspirou pesadamente e falou, me surpreendendo. 

 

- A vida de vocês vale mais que isso, Veronica. Saiam já dai. 

 

Desligou o celular e desabou na cadeira. 

 

- Desgraçado. 

 

Achei melhor sair dali. Ela não estava bem. E Tânia precisava de ajuda. 

 

Levei-a ate o quarto vermelho. O mesmo que fiquei quando o peste do meu futuro marido me bateu. 

 

- Terei que ver se acho alguma coisa que caiba em você, Tânia. É bem mais alta que eu. 

 

- Nem estou preocupada com aparência agora. 

 

Antes de procurar a roupa, peguei dois analgésicos e entreguei a ela. Fui até meu quarto e procurei entre os vestidos mais longos. Peguei um azul..depois voltei atrás. Era a cor preferida de Lauren. Peguei o verde. Aproveitei e troquei minha roupa também. Levei o vestido para Tânia e ajudei-a a se trocar e limpar o sangue já seco. 

 

- Não acha melhor tomar um banho? 

 

- Lauren disse que não. Farão exames em mim. 

 

Fiquei alerta. Ajoelhei-me à sua frente. 

 

- Tânia...você foi violentada? 

 

- Sim. 

 

- Meu Deus do céu...por quem? 

 

Ela deu de ombros. 

 

- Por vários. 

 

Tapei minha boca, uma ânsia de vômito me invadindo. 

 

- Que droga de missão é essa que Lauren encarregou você? 

 

- Se ele não te disse...acho que também não devo. 

 

- Don Matteo? Foi ele? 

 

Lembrei-me de Lauren ter citado esse nome quando Tânia veio se oferecer para ele. 

 

-Ele e seus amiguinhos safados. 

 

Deixei de fazer perguntas. Se Tânia falasse algo que não devia Lauren iria ficar furiosa com ela. Acho que ela não merecia mais essa. 

 

- Quer se deitar um pouco? Enquanto aguardamos o médico? 

 

- Acho que sim. Estou muito dolorida. 

 

Ajudei a se deitar e depois resolvi ir atrás de Lauren. 

 

- Eu volto daqui a pouco. Tente dormir um pouco. Daqui a pouco o remédio faz efeito. 

 

- obrigada, Camila. 

 

Fui até o escritório e encontrei Lauren na cadeira, o corpo levemente deitado e os olhos fechados. Fui até ela e passei por trás da cadeira, acariciando seus ombros. 

 

Lauren abriu os olhos e ficou um longo tempo apenas me encarando. 

 

- Como ela está? 

 

- Deitou-se. Tentando dormir um pouco. 

 

- Como estão as coisas, Lauren? 

 

- Agora estão mais controladas. Mesmo assim... Venha cá... 

 

Pegou-me pela mão e me colocou em seu colo enterrando seu rosto em meu pescoço. 

 

- Só você pra aliviar um dia como esse. 

 

Acariciei seu rosto e beijei sua boca. 

 

- Quer falar sobre isso? 

 

- Já ouviu falar em Don Matteo? 

 

- Só quando você citou o nome dele. 

 

- Ele é o chefe de uma “gangue” rival à nossa. Rival porque eles querem. Nunca fizemos nada contra eles. Mas recentemente vários carregamentos nossos foram interceptados. Estávamos desconfiando dele. Mas por mais que meus homens sejam bons de serviço, ele consegue burlar. É como se alguém passasse informações pra ele. 

 

- Mas dai teria que ser um traidor em seu meio. 

 

- Sim. Então resolvi colocar alguém do nosso meio lá. 

 

- Tânia. 

 

- Sim. Matteo tem um fraco por mulheres. Não resiste. Fica com mais de quatro de uma só vez. Seria moleza para Tânia. 

 

- E por que não deu certo? 

 

- Eu não sabia que ele era adepto de certas...orgias...e perversões. Ao que parece ele tentou fazer isso. Fizeram uma orgia fenomenal. Mas Tânia apesar de ser ...hum.. 

 

- Oferecida. 

 

- Sim. Ela tem certos pudores. Só fica com um homem de cada vez. E se recusou a participar. Ai fizeram isso com ela. 

 

- Deus do céu...que nojento. 

 

- você não viu nada, Camila. Tânia descobriu que ele trafica mulheres. Para ser mais exato...garotas. 

 

- Como assim? Menores? 

 

- Exatamente. 

 

- Que vagabundo. 

 

- pelo menos conseguimos descobrir isso. E ainda tem a Tânia...apanhou muito. 

 

- Ela...realmente foi violentada? 

 

- Foi. Várias vezes e por vários.. 

 

Aquilo me enojou a tal ponto que levantei do colo de Lauren e sai correndo atrás de um banheiro. Foi o tempo exato para vomitar todo meu nojo daquela situação. Como poderiam existir homens capazes disso? Como se não bastasse violarem o corpo dela ainda bateram, espancaram? Era degradante. Uma nova onda de náusea me jogou praticamente de joelhos no chão. 

 

Senti os braços fortes de Lauren ao meu lado. Em seguida uma toalha molhada colocada em minha testa. 

 

- Viu? Por isso não queria te contar. Apesar de se achar muito machinha você É mulher...é mais sensível a essas coisas. 

 

- Tem razão. Mas o que fará com ela agora, Lauren? 

 

- Vou conversar com ela quando estiver melhor. A principio minha idéia é tirá-la do pais. Para segurança dela. 

 

- E o que houve com a Veronica e os rapazes? 

 

Uma batida na porta impediu que ela respondesse. 

 

- Senhora Jauregui? O médico já chegou. 

 

- Venha, Camila. Acho melhor você ficar lá enquanto ele examina a Tânia. 

 

Olhei pra ela meio decepcionada. 

 

- Fique tranqüila. Vou te contar o que houve. Mas agora vá lá. 

 

Fui até o quarto e esperei enquanto o médico e mais duas enfermeiras examinavam Tânia. Era desconfortante até para mim, nem quero imaginar para ela. 

 

Foi demorado. Não sei ao certo, mas imagino que foi mais de uma hora e meia até terminarem. 

 

Enquanto foram falar com Lauren eu fiz companhia a Tânia. 

 

- muita dor ainda? 

 

- Sim. Mas me deram outro medicamento. Estou meio sonolenta. 

 

- vou deixá-la então. Descanse. 

 

Ela não respondeu. Já estava praticamente entregue ao sono. Quando sai do quarto, Lauren me aguardava do lado de fora. 

 

- Como ela está? 

 

-Está dormindo agora. 

 

Segurou minha mão e fomos caminhando para nosso quarto. Lauren sentou-se na cama e me colocou em seu colo. 

 

- Tem alguém me traindo,Camz. 

 

- Como assim? 

 

- O lugar onde os rapazes recebem o carregamento é totalmente seguro. Ninguém jamais conseguiu encontrá-lo. A policia nunca desconfiou do local. 

 

- E agora encontrou? 

 

- Sim. Estavam fortemente armados. Apenas esperando por nós...especialmente por mim. 

 

- por isso estava gritando com o Veronica? 

 

- Ele queria enfrentar os caras. Veronica às vezes não pensa. Nosso armamento é pesado, mas se eram tantos como ele disse...não tínhamos chance. 

 

- Tem idéia de quem possa ser o traidor? 

 

- Não sei...talvez. Mas estou tão cansada. Não estou com cabeça pra isso. 

 

- Por que não deita um pouco? Não pode ser forte sempre, Lauren. 

 

- Minha cabeça não para nunca, Camz. 

 

- Eu sei disso. 

 

Suas mãos deslizaram pelo meu corpo e sua boca roçou meu pescoço. Depois seus olhos encontraram os meus. Estavam intensos, luxuriantes. 

 

- Você é linda. Linda demais. 

 

Perdi a fala. Não esperava por isso nesse momento. 

 

- O que pretende fazer agora? 

 

- Eu pretendo... 

 

Enfiou sua mão por baixo do meu vestido alcançando meu sexo que já estava latejando. 

 

- Eu pretendo me enfiar em você, Camz. E quisera eu...nunca mais sair. 

 

Com um gemido abafado pela boca que se apossou da minha eu empurrei seu corpo na cama. 

 

- Então deixe que eu cuido disso, minha Poderosa. 

 

Ela fechou os olhos e sorriu, entregue. 

 

- Toda sua. 

 

Meu? Então iria me esbaldar em minha mulher...minha toda poderosa.



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