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História A procura - Capítulo 1


Escrita por: Juliomon124

Capítulo 1 - Capítulo 1


- Olá meu nome é Olivia, fazem exatos 52 dias que eu fugi, não sei onde estão as outras, mas vou acha-las, eu acredito.

A brisa da meia noite acarecia meu rosto, o casaco preto que envolve meu corpo e cabeça, ajuda levemente com o frio, mas essa não é minha preocupação no momento, eles estão me procurando, vão fazer de tudo para achar todas nós. Preciso as achar antes. Meu poder não está mais como antes, isso me assusta.

Ando pelas calçadas, sempre olhando para os lados, estou indo em direção a um prédio abandonado, lá é onde estou me escondendo a todo esse tempo. Ele esta caindo aos pedaços, é um prédio de apenas um andar, a parte de cima é inabitável, está lotada de musgo e o teto quase não existe, estive lá apenas uma vez, já no térreo as coisas são melhores. A porta da frente é bloqueada, então me dirijo ao lado do edifício, me encontro em um beco, a parede está toda pixada, e ao lado da escrita "mate um homem" tem uma porta de ferro enferrujado, a empurro com dificuldade, adentrando no prédio, atravesso o corredor e entro no meu "quarto", é apenas um cômodo quase totalmente vazio, tinha apenas meu saco de dormir, minha mochila com algumas roupas e dinheiro e uma fogueira, que vou acender. Logo após acender o fogo, retiro do meu casaco um saco de marshmallows, que roubei mais cedo, os espeto em um palito, e o seguro em meio as chamas.

Olhando para o céu penso o que elas podem estar fazendo, será que elas estão a salvo? Esta dúvida me consome, vou encontrá-las, mas não consegui captar nenhum sinal, nada. Depois de comer tento dormir, e consigo.

Acordo com o coração a mil, ouvi um barulho na porta, pode ser apenas um animal, mas é melhor averiguar, levanto silenciosamente, abro a mochila e pego minha adaga, sua lâmina era de aço extremamente fino, cortava até mesmo o couro mais duro que existisse, e seu punhal era enfeitado com algumas pedras, que acho que valhem muito. Com passos calmos me dirijo ao corredor, olhos para a porta, e vejo a aberta, a luz do luar entra pelo beco, e ilumina tudo a minha volta, o ar está frio mas mesmo assim começo a suar, é o medo, aperto com força a adaga apontada para frente, e continuo em direção a luz, estava a poucos centímetros da porta, a ponta de minha arma quase passava para a vastidão do vazio. Dou um pulo para o lado de fora, apontando a adaga para uma pessoa.

- Quem é você? - grito.

- Pensei que você seria mais rápida - era uma voz doce e levemente sarcástica.

- Quem é você? - grito mais alto, a luz da lua cheia estampada no céu sem estrelas, atrapalhava minha visão, não consegui identificar que era.

Ela veio andando em minha direção, logo a reconheci. Era Yves. Corri e a abracei.

- Como me achou? Onde você estava? - digo entusiasmada e me soltando de seu corpo.

- Eu estava vagando por aí, e vi você.

- Você achou as outras?

- Não, eu acho que somos só nos duas que... - ela cerra os punhos.

- NÃO - grito - Eu acredito, nós vamos achar elas.

- Você não pensa assim - meu olho enche de água.

- Não leia minha mente, você sabe que eu odeio. - uma lágrima escorre.

- Nós vamos achar elas - Yves segura minha duas mãos - Eu acredito - abraço ela.

O dia amanheceu, os primeiros raios de luz atravessavam as frestas da construção, que por sinal, eram muitas. Yves ainda dormia, decedi não acordá-la. Saio do prédio e vou em direção ao mercado na esquina, é um pequeno estabelecimento, o homem no caixa estava mexendo em seu celular, nem se importava em quem entrava ou saia, é minha chance. Pego um pacote de salgadinho e uma água, vou em direção da saída.

- Ei, você tem que pagar por isso - falou o moço, que tinha no máximo 19 anos, seu nariz era avantajado, cabelos enrolados e ruivos, sua cara era enfestada de sardas.

- Eu não estou com nada - disse focalizando todas minha energias no homem, cerro os punhos.

- Por que você tá me olhando assim? - ele disse, com uma expressão de quem não estava entendendo nada.

- Desculpa - chego perdo do caixa - eu estou muito aérea esses dias, minha avó acaba de... - chego perto o possível e acerto um soco em sua cara, ele desacorda.

Saio correndo o máximo que posso, ainda estava cedo não tinha ninguém na rua, pelo menos era o que eu pensava.

Quando chego Yves está brava, olhando fixamente em meus olhos.

- O que foi? O que foi? - ela disse em voz alta.

- Não leia minha mente - pesso calmamente.

- Pensei que tinha me abandonado.

- Por que eu sumiria?

- Não sei, mas você simplesmente leva tudo e some. O que queria que eu pensasse?

- Eu não vou abandonar você, muito pelo contrário, nós vamos achar as outras - pego o salgadinho da minha bolsa e entrego a ela - juntas.

Sentamos e começamos a comer. Olho para ela, seus cabelos negros estavam maiores que o normal, em seu rosto uma nova marca surgiu, uma cicatriz perto do olho, pequena mas parecia que foi um corte profundo.

- O que aconteceu? - falo passando o dedo em meu rosto, na mesma região do ferimento dela.

- Foi no dia da fuga, um deles me empurrou em uma janela, o caco entrou fundo.

- E como curou? Você foi em um hospital?

- Não, fiquei com medo de que eles me rastreassem. - ela tirou uma mecha do cabelo, o colocando atrás da orelha - Eu encontrei o Dr. Sebastian, ele me ajudou com isso.

- Você sabe onde ele está agora? - digo com um certo entusiasmo, meus olhos estão arregalados.

- Não, eles nos acharam - seu rosto se torna sombrio, ela o abaixa - ele me fez fugir, não sei o que aconteceu com ele. - agora meu rosto se abaixa.

- Vamos conseguir - seguro a mão de Yves - fique calma.

- Ok

- Todas devem estar na cidade, não teria como elas irem pra tão longe.

- Também pensei nisso... - ela tira um papel do bolso - Achei isso em um prédio abandonado do sul - era um papel de chiclete de amora com manga - É o preferido de Chuu.

- Só ela gosta disso - me levanto em um pulo - precisamos ir la, agora.

Um barulho estrondoso se forma em minhas costas, me viro, a porta estava no chão, e três homens de 2 metros de altura com pistolas apontadas em nossa cara, nos cercavam. Não havia o que fazer. Desistir era a única opção. Mas não para nós.



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