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História A profecia - A lutadora


Escrita por: Kmuzumaki

Notas do Autor


Sei que disse que postaria ontem o capitulo, mas eu tenho um irmão mais novo muito chato que encheu o meu saco querendo jogar no kogama, como eu recusei, ele foi contar para minha mãe e já sabem, né? Fui obrigada a deixar aquele viciado jogar
Mas está aí, boa leitura!

Capítulo 4 - A lutadora


Konoha                          

O sol acabava de nascer e tudo o que ela queria era dormir. Estava cansada, dolorida e com fome. Havia passado a noite inteira em cima de uma sela desconfortável, suas costas doíam e a parte interior de suas coxas ardia como o inferno. Só havia levado alimento para uma refeição pois achava que Konoha era mais perto, devia ter escutado Kurenai e trazido mais comida.

Quando avistou os grandes portões de Konoha, suspirou e sorriu, finalmente havia chegado. Sua alegria foi tanta que ela quase esqueceu da dor em seu corpo e passou a cavalgar com mais vigor, ansiosa pra conhecer a primeira vila de sua vida. A vila era acolhedora e aconchegante. Todos eram simpáticos e educados, sorriam para ela e acenavam desejando boas-vindas quando passava a cavalo, sorria de volta encantada com tudo. Era uma vila simples, mas bonita. Estava acostumada com os corredores do templo, a beleza das esculturas espalhadas pelo jardim colorido, o mármore das colunas que sustentavam aquele lugar calmo. Em Konoha, o silêncio parecia algo desconhecido, todos conversavam entre si e eram tão animados...

- O quê?! Ela está mesmo aqui?!

A voz alta chamou sua atenção. Olhou na direção da voz e viu dois homens conversando, os dois eram altos e musculosos, um deles era moreno de olhos castanhos e o outro alto, branco com olhos escuros, uma cicatriz cortava de sua testa ao seu queixo, atravessando seu olho esquerdo.

- Fale baixo! - O moreno o alertou - E sim, é verdade. Shi está na cidade.

- Onde?

- Provavelmente no Clube de luta.

- Então vamos lá, vou desafiá-la para uma luta!

- O quê?! Você tá louco? Vai morrer! Dizem que ela tem esse nome porque as pessoas que lutam com ela sempre morrem. Sempre.

- Ah, é? E o que mais dizem?

- Dizem que seu olhar é mais frio que a mais rigorosa nevasca de Agosto e que a última coisa que você vê antes de morrer, é sua morte refletida nos olhos dela.

O moreno estava visivelmente assustado, porém o homem da cicatriz sorria, parecendo gostar dos boatos. Hinata revirou os olhos. Homens.

- Vamos ver então. Lutarei com aquela garota, veremos se ela é realmente forte. Afinal, é só uma mulher!

Continuou seu caminho pensando na conversa dos dois homens, quem era a mulher de quem falavam? Shi? Isso era um nome? E o que ela fazia num clube de luta? Lutas eram só para homens, certo? Pensou em procurar mais sobre essa tal Shi, apenas por curiosidade, mas por hora precisava mais de um lugar para descansar. Olhou a sua volta a procura de alguém que pudesse ajudá-la, mas não havia nenhuma mulher por perto e Kurenai a havia ensinado que fora do templo, não era bem visto que uma mulher iniciasse uma conversa com um homem sem que ele falasse primeiro.

Suspirou e olhou para o céu pedindo ajuda, e foi então que encontrou sua solução.

- Com licença! - Hinata precisou gritar para que a garota a ouvisse, mas ela ignorou sua presença - Pode me dizer onde tem um lugar que eu possa me hospedar?!

Com certeza a garota era diferente. Estava sentada com as costas eretas e as pernas dobradas no topo de uma árvore e olhava o horizonte com a expressão vazia e os olhos opacos. Hinata pensou que ela parecia estar em perfeita harmonia com aquele lugar, quase como se fizesse parte da paisagem. Seu cabelo balançava calmamente com o vento, como se ele a obedecesse, e lembrava a Hinata as ondas do mar - que ela só tivera a oportunidade de ver uma vez - , ondas... rosas?

Piscou, e a garota não estava mais na árvore, e sim na sua frente.

Tinha olhos verdes, pareciam esmeraldas, mas não possuíam o brilho da jóia, eram frios e lhe causaram um arrepio estranho na espinha, uma sensação ruim, algo que lhe dizia para sair correndo, mas Hinata só conseguiu ficar parada. O cabelo era rosa como a cerejeira, eram longos e caíam lisos como uma cachoeira sobre suas costas. Sua pele era branca e lisa, a textura parecia ser suave como uma pétala de rosa. Seu corpo era de curvas discretas, porém firmes, as pernas bem torneadas, os seios médios, a cintura fina. Ela era linda. Hinata pensou que ela parecia uma daquelas deusas esculpidas no Templo. Linda e dura. Exalava uma beleza exótica, e ao mesmo tempo uma frieza ameaçadora.

Mas o que, além dos cabelos, chamou sua atenção, foram as roupas da rosada. Usava roupas que jamais seriam permitidas que uma dama usasse: um short preto de um tecido apertado, uma espécie de camiseta pequena preta e por cima um tecido folgado vermelho. Hinata sentiu-se corar apenas por ver o corpo dela exposto daquela maneira, podia ver as pernas e quase que o tronco inteiro da garota. Olhou em volta, envergonhada, mas percebeu que as pessoas evitavam encarar a mulher de cabelos rosas.

A garota passou por si como se nem houvesse notado sua presença, sequer lhe lançou um olhar. Hinata virou para trás confusa, tinha certeza que a garota escutara ela gritando. Observou a rosada distanciar-se sem olhar para ela e não conseguiu falar nada. Quem era aquela garota?

- Desculpe, não pude deixar de escutar a conversa. Posso te levar a um lugar onde poderá se hospedar.

Olhou para os lados procurando o dono da voz, mas não encontrou. Abaixou o olhar e viu um garoto, de cabelos e olhos castanhos, ele sorriu e um dente faltava em seu sorriso, o que fez Hinata sorrir imediatamente, adorava crianças.

- Sério? Obrigada!

- Eu sou Konohamaru!

Sorriu mais abertamente para ele.

- Sou Hinata!

O garoto a mostrou toda a vila, apresentou-a a todos os moradores, e explicou o sistema de Konoha. A vila era independente, não estava integrada a nenhum reino, lá eles tinham um próprio governador, que todos chamavam de Hokage. Era o mais forte da vila e protegia todos, também tinham um pequeno, mas muito poderoso exército, formado por ninjas segundo se dizia, ninguém tinha certeza e também não era importante, desde que estivessem seguros.

- O que é aquilo? - Perguntou apontando para um enorme pedaço de montanha com quatro rostos entalhados.

Konohamaru olhou na direção da montanha, depois sorriu.

- Aquele é o monumento dos Kages. Os rostos de todos que já defenderam essa vila estão gravados ali. Só houveram quatro Hokages até hoje, e um dia meu rosto estará ali!

Observou um rosto de um homem, o terceiro rosto entalhado naquela pedra. Conhecia aqueles traços envelhecidos de algum lugar...

- Quem é aquele? - Perguntou apontando.

- O Terceiro. Ninguém sabe o que aconteceu com ele, só que ele sumiu depois de nomear o Quarto.

Fixou-se no quarto rosto, pelos traços, devia ser um homem bonito.

- Quem é o Quarto?

- O nome dele é Namikaze Minato, ele é o mais forte da Vila! Mas um dia eu vou tomar o lugar dele e vou ser Hokage!

Sorriu para o garoto que parou em frente a uma pousada. Observou o lugar simples e agradeceu ao pequeno.

- Se precisar de alguma coisa, me procure! - Ele disse.

- E como vou te encontrar?

Konohamaru deu de ombros e Hinata pensou que ele parecia muito esperto para uma criança.

- Eu sempre estou por aí... - E deixando certo ar de mistério no ar, ele virou para ir embora.

- Ah, Konohamaru! - Chamou num estalo - Sabe me dizer quem é Shi?

O garoto virou-se, sorrindo.

- É uma garota, uma lutadora, a única lutadora mulher que você vai encontrar no mundo e ela derrota qualquer um. É muito forte! Todos dizem que ela é má, mas eu a acho bem gentil e bonita. Ela já salvou minha vida! Na verdade ninguém sabe muito sobre ela... bom, até mais então, Hinata!

Ele continuou seu caminho e Hinata o observava perdida em pensamentos. Cada vez ficava mais curiosa sobre a tal "Shi", quem será que era ela? Além disso, uma lutadora?! Estava realmente interessada, e ainda tinha aquela garota estranha de cabelos rosa...

Iria encontrar as duas.


Notas Finais


Então, quem é a tão falada "Shi"? E quem é a garota estranha?
Postarei o próximo capitulo amanhã, ou ainda hoje... Se meu irmão deixar
Até o próximo!


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