Voltamos para Blackwell em silencio, Chloe me deixou em frente e partiu. Cheguei no dormitório e entrei no quarto
- Rachel? Onde você foi? – Ela parecia estar me esperando
- Am... lugar nenhum
Resolvi não insistir, talvez tenha haver com Frank. – O que faremos agora?
- Você eu não sei, eu tenho que ir ver o Mark
- Está louca? Eu acabei de dizer que...
- É, eu me lembro, mas se as coisas precisam ser assim...
- Não precisa ser assim... você não precisa morrer
- Max, essa é a chance de conseguirmos pega-lo, ele ainda não está tão forte, acho que posso tentar algo
-É muito arriscado, eu vou junto
- Max, você nem devia estar aqui... além do mais eu preciso que cuide da Chloe, aquela cabeça dura só se mete em encrencas – disse em um tom carinhoso.
Por fim, contei a ela os detalhes, para onde ele a levaria, o que ele faria e como e então ela foi. Chloe tinha razão em gostar dela, é uma pessoa corajosa, incrível. Já passava de meia noite e não havia notícias dela, aquilo estava me deixando maluca, a essa hora Rachel já podia estar... no ferro velho. Não me lembro o que realmente aconteceu, eu estava no quarto dela, andando de um lado para o outro pensando no que poderia fazer, mas do nada apaguei.
– Alô?
- C-Chloe? – Disse gaguejando
- Max, é a Rachel.
Pude ouvir uma voz ao fundo falando alto pra Rachel devolver o celular. Olhei em volta e percebi que estava na casa dos meus pais em Seattle
- Rachel, o que está acontecendo?
- Eu usei uma foto para voltar no dia que você ligou pra Chloe
- Max? Rachel, do que você está falando? – Chloe resmungava ao fundo – me dá aqui
- Chloe, agora não. – Rachel dizia nervosa – Max, o Mark está envolvido até o pescoço com essa seita, ele tem ligação direta com Pazuzu!
- Como assim
- Não tenho muito tempo para explicar, nos duas temos ramificações do poder do Tobanga, já Mark tem ligação direta, Pazuzu pode possuir o Mark quando quiser, ele falou comigo. Ele já sabe que eu sou um vaso do Tobanga
- como você escapou?
- Eu não escapei, consegui pausar o tempo e usar para voltar aqui
Pausar o tempo? Logo lembrei que foi o que eu fiz quando Kate estava prestes a se matar, em minha volta o tempo estava agressivo, talvez porque aquilo era uma lembrança dentro de uma lembrança dentro de uma pausa... minha cabeça já doía só de pensar.
- O que eu devo fazer?
- Tem que convencer o Nathan a não participar da cerimônia, Pazuzu tomara ele como vaso central, não como faz com o Mark, mas será o próprio Deus Pazuzu na terra, destruirá tudo, inclusive Tobanga.
- Como farei isso, ele nunca acreditaria em mim
- Tem que tentar, Max, meu tempo está acabando... confio em você.
- Rachel? Rachel?
- MERDA
Acordei no chão do quarto, não pensei duas vezes para correr para o dormitório masculino para procurar o Nathan, mesmo que eu tivesse certeza que não iria funcionar. Cheguei perto da escada e o vi saindo pela porta, logo me notou e começou a me encarar.
- Que diabos faz aqui... quem é você? – Disse se aproximando
- Eu...
- Já devia saber que o aluno tem horários aqui
- Nathan, eu vou dizer uma coisa e você precisa confiar em mim
- Não me interessa, estou ocupado agora
- Eu sei, vai cuidar da Rachel, não é?
- Como... o que?
- Eu sei o que o Mark faz, o que você faz, o que a sua família faz
- Não envolva a minha família – ele agarrou meu braço com força
- Quer mesmo fazer isso? Servir de vaso para um Deus destruir tudo?
- Do que está falando?
- Estão todos te usando, Nathan, sua família, Mark, eles só querem invocar um Deus que vai matar a todos e a você também
- Não... não... não pode ser, você não sabe de nada!
- Você já entrou no bunker da sua casa? Aquele com a porta no chão, trancada por um cadeado grande
- Meu pai nunca me deixou entrar lá – ele demorou a responder, finalmente soltando meu braço
- Eu não diria que você nunca entrou lá
Peguei algumas fotos na minha bolsa e o entreguei, eram as fotos dele ainda bebe e outra dele mais velho, mas desacordado, com as marcas nas costas, ele ficou vidrado nas fotos, era visível que não conseguia nem se mexer, peguei o caderno que estava junto com as fotos, abri numa página em especifico e o mostrei
- Tem algo marcado para esse dia?
Ele leu a página que eu marquei, nela mostrava a data da cerimonia de possessão, percebi que o caderno começava a tremer nas mãos dele – meu pai disse que era uma reunião de família... eu não posso acreditar... – ele se sentou no degrau – por que todos me usam?
Me sentei ao lado dele – eu sinto muito
- Como descobriu?
- Rachel descobriu!
- Essa não, Mark está com ela
- Precisamos deter Pazuzu
- Quem?
- O Deus, ele tem uma ligação com o Mark
- Ele vai se arrepender por tudo.
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