História A profecia celestial - A chegada

Capítulo um — A chegada.

Sub-sinopse

Em algum universo não tão alternativo assim...

Talvez nem tudo fosse um mar de flores, principalmente quando se tratava de Lucy Heartfilia.

Assim como uma rosa pode guardar vários espinhos... Vários espinhos podem guardar uma rosa.

Um segredo.

Uma promessa.

Uma chance.

Um sacrifício.

Um erro e tudo estará perdido para sempre no caos.

Muitos a julgavam louca, enquanto outros apenas achavam que ela havia passado por maus bocados... Mas quem realmente a conhecia, sabia que era muito mais do que isso.

Amor... ou ódio?

Ganhar... ou perder?

Viver... ou morrer?

Ser... ou não ser?

Eis a questão.

-x-

Sonho on

Correndo.

Seus pés... Sangue.

Lágrimas. Dor. Desespero. Medo.

— Corra! – a mulher de longos cabelos loiros gritava, logo atrás. – Corra, Lucy!

E Lucy corria.

Corria como se sua vida dependesse disso... De fato dependia. Mas quem se importaria?

Repentinamente, um estrondo. Seguido por um grito de dor.

— Lucy... Corra... Não pare de correr... Siga o caminho que a mamãe lhe ensinou... Não pare... A mamãe te ama muito...

A mulher sorria para a garotinha pequena que olhava para trás enquanto corria tropeçando.

A garotinha sentiu seu coração quebrar-se no momento em que a vida esvaiu-se da mulher que sorria para ela.

— Mamãe! – gritava, virando-se para frente.

Não iria decepcioná-la... Não importava o que estava acontecendo nesse instante... Não deixaria de correr. Salvaria a si.

Correu o tanto quanto seus pés descalços e ensanguentados aguentaram, felizmente, havia chegado no local desejado. Caiu de joelhos no chão, suas pálpebras fechavam-se.

— Are, Are... – ouviu uma voz melodiosa e ao mesmo tempo grossa chamar sua atenção.

A visão de Lucy estava embaçada, só conseguiu ver um homem alto e de cabelos loiros a segurar.

—... Então você realmente veio, Lucy. – o homem a pega no colo, olha para o céu. – Layla... – uma lágrima solitária escorre pelo rosto do homem misterioso, que em seguida a olhou com ternura.

E então, Lucy perde a consciência.

Sonho off

— X —

Narradora

A garota acordou assustada. Seu coração à mil por hora.

Que diabos foi isso?

Aquela, sem sombra de dúvidas, era uma pergunta retórica. Afinal, a loira sabia exatamente o que diabos foi isso.

— Droga... Por que depois de tanto tempo? – leva ambas as mãos para a cabeça. Referia-se ao sonho... Ou pesadelo?

A única coisa que realmente a assustava era o fato de que esses pesadelos haviam deixado de assombrá-la há um bom tempo. Não gostava da sensação estranha que percorria pelo seu corpo... Mais precisamente um arrepio, um mau presságio.

Acabou por soltar um longo e pesado suspiro, levantando-se da cama e pressionando seus pés – que latejavam e doíam – no chão frio de madeira.

Olhou ao redor acostumando a visão a imagem do local: as paredes em um tom bege, deixando o chão marrom em contraste, a janela entreaberta, deixando uma fresta de luz e vento adentrar, um guarda roupa simples, uma cômoda-penteadeira encostada na parede próxima a porta do banheiro e por fim sua cama de casal, onde acima da mesma havia um quadro coberto com um pano.

A moça arrastou-se para o banheiro, que tinha o mesmo revestimento de madeira que seu quarto, encheu a banheira depositando algumas ervas na mesma. Tirou seu pijama e roupas íntimas mergulhando dentro da água quente, seu corpo instintivamente relaxou. Fechou os olhos sentindo um alívio.

Ouviu uma batida na porta e em seguida uma voz suave:

— Hime-sama? A senhorita quer ajuda?

Era Virgo. Sua melhor amiga.

— Claro, por favor. – a loira disse em voz alta.

A porta se abriu revelando a empregada de cabelos róseos vestida em seu uniforme.

Virgo pega uma bucha e começa a ensaboar as costas da garota.

— Aconteceu algo, hime? – perguntou.

— Somente não tive uma noite boa. – a loira deu de ombros tentando encerrar o assunto.

— O pesadelo voltou?

Não havia como esconder isso da rosada, ela a conhecia melhor que ninguém.

— Sim...

— Fique tranquila hime, já passou. – Virgo dá a ela um sorriso aconchegante, onde a mesma retribui.

— Obrigada, Virgo.

Mesmo não acreditando no que acabara de ouvir, permitiu-se sentir-se protegida por um momento... Mas só por um momento.

Mergulhou na água e afundou com seus pensamentos.

— X —

Natsu acordou com o, segundo o mesmo, maldito despertador do celular gritando em seus aguçados ouvidos.

— Só mais cinco minutos... – murmurou metendo a cabeça de volta no travesseiro.

Era somente cinco da matina... O rosado levanta em um pulo.

Havia se lembrado o motivo do despertador acordá-lo tão cedo: hoje era o dia da viagem de férias de verão que a pré-escola Fairy Tail havia programado.

Tomou uma ducha rapidamente. Quando saiu, viu o neko azul esperando-o na porta.

— Bom dia, Happy – Natsu grita.

— Vamos logo, Natsu! – Happy pula, tirando um peixe de sua sacola e comendo-o em seguida.

O rosado pega sua mala e sai correndo, junto com Happy, em direção a escola. Estava demasiadamente empolgado e tinha somente cinco minutos para chegar ao ponto de encontro, caso contrário teria de arcar com uma Erza muito furiosa.

Chegando lá, avistou seus amigos da pré-escola de magos e acenou. Eles acenaram de volta, alguns carrancudos e mal humorados e outros pulando de alegria.

— Nat-kun! – ouviu uma voz estridente soar em seu ouvido. Encolheu-se por um segundo amaldiçoando lentamente a pessoa e virando-se para encará-la.

Era Lisanna.

— Bom dia, Lis. – ele sorriu para a mesma.

— Estou tão empolgada! – a albina rodopiava.

— Vai ser muito divertido! – uma pessoa de cabelos longos e vermelhos, vulgo Erza, abraçou os dois pelo pescoço. – Todos nós em um acampamento gigante! – seus olhos brilharam.

— Gray-sama! – Juvia, a maga de cabelos azuis, gritou ao ver seu amado, Gray Fullbuster, chegar.

— Há-há! Cheguei primeiro que você, capitão cueca! – Natsu berrou.

Lá vamos nós de novo...

— O que você disse, palito se fósforo? – Gray rebateu.

— Vocês não estão brigando, nee? – Erza perguntou olhando para ambos com uma aura maligna.

— Claro que não, somos melhores amigos! – os garotos se abraçaram.

— Ser melhor amigo é coisa de homem! – Elfman, o homem alto, musculoso e irmão de Lisanna, gritava.

— Pare de dizer homem em tudo que fala! – agora era a morena Evergreen que gritava. – Fadas também têm melhores amigos.

A típica discussão de todos os santos dias havia se iniciado. Após um tempo, um homem pequeno chegou.

— PRESTEM ATENÇÃO – mestre Makarov, o homem baixo, gritou. Todos se calaram. – Muito obrigado. Bom... Como todos vocês sabem, passaremos o verão em um acampamento... Óbvio que não um acampamento qualquer... Vocês irão descobrir quando chegarmos lá. Mas... Deixaremos claro algumas regras... – continuou seriamente. –... Regra número um: não quero em hipótese alguma que vocês destruam o lugar, as consequências serão tenebrosas. – o homem pensou mais um pouco e deu de ombros. – É só essa regra mesmo. Divirtam-se! – sorriu calorosamente para os magos ali presentes. Todos festejaram e logo entraram no ônibus.

— Tô empolgado!

— X —

Faltava apenas uma hora para chegarem ao acampamento e os Dragon Slayers, tirando Laxus e Wendy, estavam jogados nos bancos com a face verde e claramente enjoados, enquanto uma baderna gigante fazia o ônibus balançar.

— Acho... Que... Vou... Morrer... – murmurava o rosado.

— Cala a boca... Salamander... – Gajeel, o Dragon Slayer do ferro, ordenou.

— Cala você... Prego enferrujado – e mais uma vez, começaram a discutir.

— X —

Lucy caminhava calmamente pelo campo ao lado de um alazão branco.

Era um cavalo majestoso, não há quem diga o contrário, sua crina e seu rabo tinham um tom loiro junto com seus olhos de um marrom profundo. Reparando de outro ângulo... O alazão parecia muito com sua dona Lucy... Coincidências do destino.

Lucy havia saído para dar um passeio após o banho refrescante que havia tomado.

Olhou o horizonte, o sol estava quase terminando de nascer. O vento fresco batendo em seus cabelos. Apoiou a cabeça no pescoço do cavalo, que relinchou baixinho, esfregando-se nela.

— Hoje é o dia que meu pai avisou. Não sei se estou pronta... – sussurrou.

— Oras, é claro que está pronta. – alguém disse.

Lucy virou-se para então encarar o rapaz de cabelos alaranjados e óculos azuis. Abriu um sorriso feliz ao vê-lo.

— Sei que não está acostumada a ter que socializar... Mas vamos, Lu... Será bom para você.

Ela assente com a cabeça e volta a olhar para o horizonte. O ruivo posicionou-se ao lado dela.

— Vim chamá-la para tomar café.

— Sabe, Loke... – Lucy sussurrou. –... Estou com um mau pressentimento.

— Não se preocupe, vai dar tudo certo.

Mais uma vez, fingiu que acreditava e virou-se, andando ao lado de Loke juntamente com seu alazão.

— Espero que sim. – responde a ele depois de um tempo.

Então... Ouviram um barulho de motor, revelando cinco ônibus adentrando pelo grande portão.

Abaixou a cabeça e andou até a cozinha.

Então... Eles chegaram, a loira pensou, sentindo seu coração disparar e sua respiração acelerar.

Estava, sem dúvida nenhuma, literalmente, entrando em pânico.

continua...