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História A profecia de Sibila Trelawaney -DRARRY. - Conselho de mãe.


Escrita por: firefox1

Notas do Autor


Boa tarde!
Boa leitura.

Capítulo 8 - Conselho de mãe.


Fanfic / Fanfiction A profecia de Sibila Trelawaney -DRARRY. - Conselho de mãe.

    Se Potter não houvesse visto com os pró­prios olhos dezenas de vezes, não acreditaria que dois garotos pudessem ser tão parecidos com o pai. Henry e Harper estavam sentados no sofá ao lado de Snape, assistindo ao jogo de futebol dos Harpias. Três pares de pés, todos escondidos em meias pretas, apoia­vam-se sobre a mesa de centro, as pernas cruzadas na altura dos tornozelos. Severus conservava o controle remoto a seu lado e a tigela de pipocas sobre os joelhos. Cada um dos garotos estava de posse de uma vasilha menor. Estavam tão atentos à partida, que mal ofereceram um rápido aceno ao notarem a presença de Harry. Ver Severus com os filhos era algo que sempre o fascinava. Os garotos eram verdadeiros Snapes, pe­quenas versões do pai tanto em aparência quanto em temperamento.

      Potter encontrou a mãe na cozinha, preparando o cre­me do bolo que seria servido na reunião da família.

          — Filho, que surpresa agradável! — Lílian ex­clamou, o rosto iluminado por um sorriso satisfeito.

       — Vim em busca de alguns conselhos — Harry ad­mitiu, disposto a ir direto ao ponto e explicar a razão da visita inesperada. Deixara Scorpius havia menos de uma hora e não conseguira parar de pensar na conversa que tiveram, ou na reação de Malfoy ao vê-lo na deli­catessen. Ele não havia sido capaz de escapar com a rapidez necessária.

         — Algum problema? — Lily perguntou, tentando manter-se atenta ao creme na batedeira.

         — Acho que me apaixonei.

         — O quê?

         — Foi isso mesmo que ouviu.

         — Por acaso isso tem a ver com seu novo amigo, aquele menino chamado Scorpius?

    Harry afirmou com a cabeça, surpreso com o fato da mãe saber sobre a existência do garoto de treze anos. Os meninos deviam ter dito alguma coisa.

        — Lembra-se de como foi quando começou a sair com Sev?

   Lílian sorriu com um brilho de encanto no olhar.

       — E como poderia esquecer? Nem sabia se queria al­guma coisa com ele, e você insistia em fabricar uma infinidade de desculpas para provocar todos aqueles encontros.

       — A princípio não estava interessada nele, não é?

    Lily riu.

        — Digamos que fui vencida pelo cansaço. Sua insis­tência e a paciência acabaram por me convencer. Eu sempre o via como um amigo querido, mas nunca com outros olhos. Quando seu pai saiu de casa pedindo o divorcio para ir morar com Sirius eu fiquei arrasada. Foi difícil aceitar que estava sendo trocada por um homem. Não que o amor entre duas pessoas do mesmo sexo tenha menor valor do que de sexos opostos. A questão é que na época eu me senti péssima, pois minha autoestima como mulher ficou bastante abalada. Eu me questionava do porque de não ter sido o suficiente para o seu pai, tanto como esposa mais também como mulher. Foi Severus que me ajudou a superar esta fase.

          __Lembro-me de Severus vir tomar chá nesta cozinha e ficar por horas conversando com a senhora.

    Harry sabia que havia muito mais do que a mãe estava dizendo. Suspeitava de que o namoro entre Lily e Snape não havia sido exatamente tranquilo.

        — Sim, a paciência dele me venceu — ela repetiu com ar sonhador. — A paciência e os beijos ardentes. Se existe um homem com talento para beijar, esse homem é seu padrasto.

     — Draco tem esse mesmo dom — Harry murmurou, sentindo-se um pouco envergonhado por dividir esse as­pecto de seu relacionamento com a mãe.

     Lily não disse nada por alguns instantes, como se estivesse digerindo essa última informação.

         — Pelo que está dizendo, tem visto o pai de Scorpius com bastante frequência.

       — Não tanta quanto eu gostaria — ele admitiu. — Draco divorciou-se há dois anos e, de acordo com o filho, nunca esteve com outra pessoa depois disso.

        — Entendo. O sujeito já vem com uma mala cheia de traumas e ressentimentos. Ele alguma vez discutiu o fra­casso do casamento com você? Comentou o que houve de errado, ou o motivo da separação?

        — Não.

   Odiava admitir a distância que ainda os separava. Alimentar os gatos da rua havia sido a ocasião mais próxima de um encontro que haviam vivido. Não sabia como classificar os minutos passados no elevador. Embora houvesse conseguido demonstrar que não se dei­xara enganar pelo comportamento aparentemente desin­teressado de Malfoy, a verdade era que ainda não sabia como ele realmente reagira ao encontro.

       — Está com medo de ter se ligado demais a ele. De estar mais interessado do que seria sensato, levando em conta o pouco tempo de convivência.

       — Exatamente. Mas, mãe, não consigo tirá-lo da cabeça. Quando vou para a cama, à noite, fecho os olhos e ele está lá. Quando me levanto, de manhã, pego o ônibus para o escritório e passo todo o tempo da viagem pensando nele.

        — Ele também sente alguma atração por você?

       — Acho que sim. Tenho a impressão de que Draco também está interessado, mas luta contra os sentimentos. Não quer gostar de mim. Acho que, se pudesse escolher, ia preferir viver em outro planeta a ser meu vizinho. Temos nos esforçado muito para evitar qualquer tipo de encontro, e provavelmente nunca nos veríamos se não fosse pela in­terferência de Scorp. O menino parece estar determinado a nos unir, nem que tenha de fazer verdadeiros milagres para isso.

     Lily derrubou o creme sobre o bolo frio e começou a espalhar com cuidado.

        — Isso está começando a soar muito familiar.

        — Em que sentido?

    Ela riu.

         — Oh, filho, como sua memória é curta! Foi você quem pressionou, quem me empurrou para os braços de Severus e insistiu até promover o início do relacionamento. Isso não te soa familiar? Como Draco, entrei nesse relacionamento levando uma bagagem repleta de traumas e mágoas, e Sev era exatamente o tipo de homem de que eu precisava para me recuperar. Você sempre foi uma criança sensível com uma intuição de dar inveja. Você sabia que Severus não vinha somente pelo chá de camomila passar as tardes aqui. Você sabia que eu estava ferida e que meu melhor amigo seria além de você a única pessoa que poderia me tirar da concha que eu me enfiei após a separação. Draco precisa de você tanto quanto precisei de Sev. Seja paciente com ele, filho. Seu coração ainda sofrerá alguns sobressaltos antes dessa história terminar. Esteja preparado para isso, mas não tenha medo de amá-lo, porque é desse amor que ele mais precisa. E o menino também precisa de você. Garanto que sua paciência será recompensada no final.



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