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História A Profecia Perdida - Draco Malfoy - Livro 1 - Concluída - Capítulo 61


Escrita por: TatiHufflepuff

Notas do Autor


N/A: Oi gente! Tudo bem com vocês? Estou aqui com mais um capítulo de APP pra vocês! Mesmo depois de um dia cansativo de trabalho (eu estou só o pó da rabiola aqui, sério) não podia deixar de postar pra vocês!
Então vamos ver o que o capítulo 61 de APP nos reserva!
:****

Capítulo 61 - Capítulo 61


Fanfic / Fanfiction A Profecia Perdida - Draco Malfoy - Livro 1 - Concluída - Capítulo 61

Sarah havia dormido muito pouco naquela noite. Assim que ela e Harry chegaram na sala comunal já vazia, encontraram Rony e Hermione os esperando cheios de perguntas. A morena permaneceu calada enquanto ouvia Harry contar aos amigos tudo que havia acontecido.

O olhar de Rony e Hermione diziam tudo, estavam estarrecidos com tudo que ouviam. Ela pediu licença e subiu para o dormitório, sendo seguida pela amiga que, antes de passar pela porta, perguntou se algo mais havia acontecido.

Sarah abraçou a amiga e chorou copiosamente ao dizer que colocara um ponto final no relacionamento entre ela e Harry. Quando deitou em sua cama, pouco mudou. A sensação de aperto no peito ficava pior a cada hora e, se ela não tivesse lançado um Abaffiato em sua cama e fechado seu dossel, ela sabia que não deixaria nenhuma das companheiras dormir naquela noite. Já estava quase amanhecendo quando ela finalmente pegou no sono, mas talvez fosse melhor não ter dormido.

Sarah acordou gritando na manhã seguinte. O coração batia rápido e sua respiração estava acelerada. Havia sonhado com o corpo ensanguentado de Draco no banheiro. A diferença de seu sonho para a realidade do dia anterior era que eu seu pesadelo, o professor Snape não chegava a tempo, fazendo com que Sarah chorasse sobre o corpo sem vida do loiro.

— Sarah, está tudo bem? - Hermione perguntou alarmada segurando a mão da amiga.

— Eu… Tive um pesadelo. - Disse com tristeza. A respiração voltando ao estado normal aos poucos.

— Está tudo bem agora. - A morena consolou no instante em que a puxou para um abraço.

— Foi horrível! - Sarah disse com os olhos cheios de lágrima. Sua cabeça latejava e seus olhos estavam tão inchados que pareciam pesar em seu rosto.

Hermione não disse mais nada, só ficou ali abraçada à amiga acariciando seus cabelos e tentando acalmá-la da melhor forma possível.

— Eu não vou conseguir ir às aulas hoje. - Sarah disse fungando — Pode me emprestar suas anotações depois?

— Claro! - Hermione disse com ternura — Pode deixar que te explico tudo que aprendermos hoje, ok?

— Obrigada, Mione… - Ela disse sincera — E obrigada por continuar do meu lado mesmo eu não estando com o Harry.

— Ei… - A morena disse olhando para amiga — Você não precisa se preocupar com isso. Eu não vou a lugar nenhum… Nem o Rony.

— Sério? - Indagou com leve insegurança.

— Você é nossa amiga. - Ela disse com um sorriso doce nos lábios — Assim como você ficou do nosso lado quando precisamos, nós faremos o mesmo por você.

Sarah retribuiu o sorriso da amiga e a abraçou mais uma vez. Estava feliz em saber que tanto ela quanto Harry podiam contar com Rony e Hermione para passar por aquele momento difícil.

— Agora vai tomar um banho. - Hermione pediu — Eu vou tomar café e antes de ir pra aula eu passo aqui pra deixar algo pra você comer. - Concluiu.

— Muito obrigada, mesmo. - Sarah disse ao se levantar da cama. Seu corpo pesava, mas tinha esperança de que, depois de um banho quente, se sentiria minimamente melhor.

(...)

Hermione chegou ao salão principal e avistou Rony sentado à mesa da Grifinória. Percebeu sem demora que o ruivo estava sozinho, a fazendo concluir que Harry estava na mesma situação de Sarah naquele instante.

— Ele não quis descer também? - Ela perguntou se juntando ao rapaz.

— Não. - Rony respondeu em um suspiro — Nem sei se ele dormiu ontem, ele estava bem chateado.

— Não é pra menos. - A morena ponderou — Olha tudo que aconteceu.

— É, não deve estar sendo fácil pra ele. - Rony concordou — E Sarah, como ela está?

— Péssima. - Hermione respondeu com pesar — Ela estava preocupada que essa situação entre ela e Harry afetasse nossa amizade com ela.

— Ora, mas isso não faz o menor sentido! - Rony exclamou depois de engolir um pedaço de sua torrada.

— Mas ela não sabia disso, Rony. - Explicou — Nós somos amigos do Harry há anos, ela ficou com medo de ficar sozinha.

— Espero que você tenha deixado ela mais tranquila, ela também é nossa amiga, jamais a deixaríamos de lado.

— Foi o que eu disse pra ela. - Hermione comentou — Nós vamos precisar nos dividir…

— Bom, os dois já fizeram isso por nós dois, não é mesmo? - Rony perguntou se lembrando com tristeza da época em que ele e Hermione ficaram brigados.

— Sim… - A morena respondeu desviando o olhar do ruivo e encarando seu prato — E antes da Sarah chegar o Harry fazia isso sozinho.

— Nós já demos muito trabalho, não é? - O ruivo perguntou sério.

— Acho que eles não vão mais precisar se preocupar com isso. - Hermione ponderou sorrindo brevemente. Se lembrou do momento que ela e Rony dividiram na ala hospitalar e de como tudo havia mudado entre os dois desde então.

— Você sabe que não. - Rony respondeu sorrindo de volta. As orelhas começando a tomar um tom avermelhado.

— Ah… Bom… - Ela retomou o raciocínio por um instante — Vamos esperar que as coisas melhorem logo… Os dois estão péssimos e é horrível vê-los assim.

— Sim… - Ele disse voltando a comer — Ah… Mione?

— Sim?

— O que você achou de toda essa confusão entre Harry e Malfoy?

Hermione respirou fundo ao ouvir a pergunta de Rony. Depois de ponderar um pouco, respondeu.

— Sabemos que Harry tem alguns problemas em controlar sua raiva. E quando envolve Malfoy tudo fica pior. - Disse pensativa — Ele realmente acredita que Malfoy está armando alguma coisa e acho que como ele ainda não tem nada concreto, ficou frustrado.

— Mas atacar Malfoy dessa maneira? - Rony perguntou levemente descrente — Nunca pensei que pudesse chegar nesse extremo… Não que Malfoy não mereça uns socos, mas se foi como Harry descreveu, deve ter sido terrível.

— Sabemos que Malfoy não é flor que cheire. - Hermione pontuou — Mas preciso concordar com Sarah… O Harry realmente se excedeu.

— Acho que o Harry vai demorar um tempo pra colocar a cabeça no lugar outra vez. - Rony comentou — Ele está muito mexido… E o fato dele e Sarah terem terminado só piora.

— Os dois vão precisar de tempo. - A morena afirmou — Mas estaremos com eles pra ajudar.

— Sim, você tem razão. - Concluiu o ruivo antes de encher seu prato mais uma vez.

(...)

Sarah passou parte da manhã tentando dormir um pouco mais, mas não conseguiu. Depois de tomar café no quarto e de conversar um pouco mais com Hermione, a morena se viu sozinha.

As cenas da noite anterior pareciam ir e vir de sua mente misturadas com momentos que havia dividido com Harry e com Draco, o que fazia seu coração pesar. Quando se aproximava da hora do almoço, Sarah resolveu colocar o uniforme da escola para se unir aos amigos para tentar comer alguma coisa.

Quando chegou à sala comunal, parou subitamente, Harry estava sentado próximo a lareira. Avaliou o rosto do rapaz e percebeu que ele não estava em situação melhor que a dela. O moreno levava um ar de tristeza intensa e seus olhos estavam inchados e ornados com olheiras arroxeadas. Seu coração apertou ao vê-lo daquela maneira, mas ela sabia que era melhor para os dois ficarem separados.

Harry havia perdido a noção de quanto tempo estava ali sentado. Sua noite de sono fora inexistente. A todo instante lembrava da troca de feitiços entre ele e Malfoy e um arrependimento batia em seu peito. Por que havia usado aquele maldito feitiço?

Suspirou e esqueceu de soltar o ar quando viu que Sarah estava parada no meio da sala comunal. A morena estava com um ar melancólico e lhe doía vê-la daquela maneira. Ela parecia triste e o avermelhado da região dos olhos pareciam destacar ainda mais o mel dos olhos dela.

— Ah… - Ele arriscou — Boa tarde, Sarah.

— Boa... Boa tarde, Harry. - Ela respondeu com a voz baixa e sem encará-lo.

— Você… Não foi às aulas hoje? - Perguntou preocupado.

— Eu não tive uma boa noite de sono. - Disse sinceramente — Não tinha cabeça pra ir às aulas hoje.

— Ah… - Ele começou sem graça — Eu entendo. - Comentou — Espero que você esteja um pouco melhor.

— Vou ficar. - Ela afirmou enquanto o olhava pela primeira vez desde que iniciaram aquela conversa — Também espero que você esteja melhor.

— Não está fácil. - Ele confessou — Mas vai melhorar.

Se encararam por alguns instantes. Pareciam querem enviar mensagens apenas com o olhar, pois não sabiam mais o que dizer. Sarah queria que ele soubesse o quanto ela estava decepcionada, mas que ainda era apaixonada por ele. Harry queria que ela entendesse o quanto estava arrependido e o quanto queria estar com ela. Mas nada foi dito.

— Eu vou tentar comer alguma coisa. - Ela disse quase que em um sussurro antes de se encaminhar para a saída. Deixando Harry para trás, sentiu o coração doer, mas sabia que não poderia forçar a coisas, só pioraria tudo.

(...)

A noite chegou e Sarah se juntou a Rony e Hermione para o jantar. O ruivo comentou que Harry havia ido até a cozinha e pedira para que Dobby o ajudasse com o jantar para que não precisasse sair da torre da Grifinória. Uma ponta de culpa preencheu o coração da morena, sabia que havia sido dura com o rapaz e que, assim como ela, ele estava sofrendo.

Enquanto voltavam para a sala comunal, Sarah resolveu passar na ala hospitalar. Depois de passar praticamente a noite inteira em claro, a morena achou melhor pedir a Madame Pomfrey uma poção que a ajudasse a dormir sem sonhar. Pediu licença aos amigos e tomou o rumo da enfermaria.

— Boa noite, Madame Pomfrey. - A morena cumprimentou assim que alcançou seu destino.

— Boa noite, Sarah. - A enfermeira respondeu gentil enquanto ajeitava um estudante em seu leito — Senti sua falta na aula de hoje.

— Ah… - Ela começou sem graça — Desculpe, Madame Pomfrey....

— Não precisa se desculpar, querida. - Pomfrey disse tranquilamente — Eu estou ciente de toda a situação.

— Está? - Sarah perguntou sem prestar muita atenção no que dizia.

— Bom, eu estou atendendo o sr. Malfoy. - Ela explicou — E o diretor veio conversar comigo ontem a noite. Ele me disse que você tentou socorrer seu colega.

— Ah… É claro, a senhora está cuidando do caso. - A morena repetiu levemente perdida enquanto passava a mão no rosto.

— Está tudo bem com você, querida? - A enfermeira perguntou preocupada — Sente-se, deixe-me examinar você um instante.

Sarah não retrucou e obedeceu prontamente. Sentada em uma das camas, ela esperou Madame Pomfrey examiná-la, o que não demorou muito tempo.

— Como passou a noite? - Ela perguntou fazendo Sarah seguir a luz na ponta de sua varinha.

— Bom, foi justamente por isso que vim até aqui. - Ela disse com o cenho franzido. A claridade incomodava sua vista — Queria pedir algo para dormir… Sem sonhar.

A enfermeira encarou a morena com ternura e sorriu brevemente. Pediu licença e foi até um dos armários ao fundo da ala. Voltou alguns segundos depois com um vidrinho de conteúdo azul.

— Aqui tem conteúdo para três noites. - Começou — Tome um gole pequeno antes de dormir, vai te ajudar bastante. Se em três dias você não se sentir melhor, volte aqui e fale comigo, entendido?

— Sim, senhora. - Sarah disse pegando o frasco da mão da enfermeira e guardando em suas vestes.

— Você passou por um grande estresse, Sarah. É normal se sentir dessa maneira. - Consolou — Sei que fez o seu melhor para ajudar Draco Malfoy.

— Sim… - Sarah afirmou pensativa — Mas meu melhor não fui suficiente. Não consegui ajudar em nada. - Lamentou com tristeza.

— Como pode dizer uma coisa dessas? - Pomfrey perguntou verdadeiramente chocada.

— Meus feitiços não surtiram efeito. - Sarah respondeu — Se o professor Snape não tivesse chegado…

— Querida, eu já trabalho com pessoas em situação de risco há muitos anos. - A enfermeira começou sentando ao lado da menina na cama — E uma coisa que eu aprendi é que nem tudo na medibruxaria diz respeito a poções e encantamentos.

— O que quer dizer? - Sarah indagou sem entender.

— Tenho certeza que o fato de estar ao lado do sr. Malfoy quando ele estava naquela situação foi crucial para que ele sobrevivesse. - A enfermeira afirmou com propriedade — Estar ao lado de alguém conhecido que demonstra preocupação, às vezes, pode ter mais efeito do que todos os feitiços existentes.

— Está dizendo que se eu não estivesse ali, ele poderia não ter aguentado até o professor Snape chegar? - A morena questionou descrente.

— Querida, do que podemos duvidar? - Madame Pomfrey indagou com ternura — Somos bruxos, praticamos mágicas com nossas varinhas. Por que duvidar que nossas emoções tem tanto poder do que os feitiços que entoamos?

Sarah escutou e assimilou as palavras da senhora sentada ao seu lado. Lembrou de como pediu para que Draco permanecesse vivo e de toda a vontade que colocou em sua súplica. Talvez Madame Pomfrey estivesse certa. Talvez seus sentimentos tivessem mais peso do que ela podia esperar.

— Por que não aproveita que está aqui para visitar o sr. Malfoy? - A enfermeira propôs — Ele deve estar acordado agora.

— É… Talvez seja uma boa ideia. - A morena ponderou.

— Acredito que vá fazer bem a vocês dois. - Disse com gentileza — Ele está no último leito do lado esquerdo.

— Obrigada, Madame Pomfrey.

— Ah, srta. Standish? - Ela chamou por um instante — Poderia dar essa poção para o sr. Malfoy quando chegar? - Pediu entregando o frasco com o conteúdo esverdeado — Está no horário e confio na senhorita.

Ela entregou o frasco na mão de Sarah e sorriu brevemente.

— É uma poção pra dor? - Sarah perguntou com o coração apertado.

— Precisamente. - A enfermeira concordou — Como alguns cortes foram muito profundos, ele tem sentido dor, mas passará em breve.

Sarah engoliu em seco quando pensou na dor que o rapaz devia estar sentindo. No instante seguinte, se levantou da cama e caminhou a pessoas lentos até o leito onde ele estava.

Se aproximou e viu que Draco mantinha uma expressão séria no rosto e que lia um livro qualquer. Seus cabelos não estavam arrumados como o usual, o que lhe dava um ar mais despojado. O rosto estava menos pálido, mas os olhos ainda estavam avermelhados e com olheiras mais claras. Se surpreendeu novamente em como o rapaz conseguia ser bonito mesmo estando naquela situação.

Seu estômago deu um solavanco e ela respirou fundo quando ele se mexeu na cama e mudou sua expressão séria para uma feição de dor. Sabendo que era o horário de sua poção, ela se aproximou um pouco mais e se dirigiu a ele.

— Boa noite, Draco.

Ele virou sua atenção para a morena parada ali. Instantaneamente, o coração do loiro bateu mais rápido em seu peito. Se lembrou de ouvir a voz dela na noite anterior, pedindo para que ele continuasse vivo. Recordou de todos os feitiços que ela lançara tentando reverter o que Potter havia feito. Ela havia lutado pela vida dele no momento em que a única coisa que ele queria era se entregar e se deixar ir.

— Standish… - Ele começou com a voz mais baixa e a expressão surpresa — O que está fazendo aqui?

— Eu… - Ela pensou no que responder — Eu vim falar com Madame Pomfrey e ela me pediu pra trazer isso aqui pra você. - A morena concluiu entregando o frasco de poção.

Ele pegou o vidrinho das mãos da morena, abriu a tampa e bebeu em um só gole. Podia sentir a dor ir embora conforme o líquido passava por sua garganta. Pelo que ouvira da conversa entre Madame Pomfrey, Snape e Dumbledore, alguns dos cortes foram fundos demais e demorariam um pouco mais para cicatrizar por completo.

— Estou feliz em ver você assim…

— De cama por ter sido retalhado? - Ele perguntou com frieza, mas se arrependeu imediatamente do feito.

— Não. - Ela respondeu com firmeza — Vivo.

Ela sentou na cadeira ao lado do leito do rapaz e o observou por alguns instantes. Era estranho estar em frente a ele naquele momento. Dias antes estar na presença de Draco lhe trazia um imenso peso na consciência, mas agora, ela só conseguia se sentir grata por ele ter sobrevivido. Estava realmente feliz em vê-lo.

— Você… Se lembra de alguma coisa? - A morena perguntou sem deixar de encará-lo.

— Sim. - Draco respondeu prontamente na defensiva — Todas às vezes que você tentou consertar o que Potter tinha feito, eu estava ouvindo.

— Podemos não falar do Harry, por favor? - Ela pediu sentida.

— Problemas no paraíso, Standish? - Draco perguntou com ironia.

Sarah encarou o loiro com intensidade. Não tinha ido até para falar sobre Harry ou de seu relacionamento. Estava ali para estar ao lado dele, será que ele não conseguia entender algo tão simples?

— Não sei por que achei que era uma boa ideia vir até aqui. - Ela disse irritada enquanto começava a se levantar.

— Não, espera! - Ele exclamou segurando o braço dela com suavidade — Não… Não vai.

— Que motivos eu tenho pra ficar aqui? - Ela perguntou tentando mostrar todo o significado por trás daquela pergunta.

— Eu fiquei vivo como você pediu, não fiquei? - Draco indagou sem soltar o braço dela. Sustentava o olhar na mesma intensidade que ela.

A morena respirou fundo e voltou a se sentar na cadeira. Ficaram em silêncio por alguns minutos apenas se olhando. Pareciam tentar entender o que se passava dentro da mente do outro, mesmo que não conseguissem entender nem o que se passava na cabeça deles mesmos.

— Draco, o que aconteceu entre vocês dois? - Sarah perguntou em meio a um suspiro.

— Não foi você que pediu pra não falar sobre o Potter? - Ele perguntou com seriedade.

— Eu só quero entender as coisas. - Disse sincera ao passar a mão no rosto tentando afastar o nervoso. Queria ouvir o que ele tinha a dizer, mesmo que falar sobre o ocorrido não a deixasse confortável.

Draco olhou para a morena e respirou fundo. Ponderou por um segundo o que responder naquela situação. Por fim, resolveu ser sincero.

— Eu estava no banheiro quando ele chegou fazendo acusações. Não gostei da forma que ele falou comigo. - Disse sem se aprofundar no assunto.

— Quem atacou primeiro? - Ela perguntou sem piscar.

Draco puxou em sua memória o que havia acontecido. Sabia que havia atacado primeiro e imaginava que Sarah não ficaria feliz em saber aquilo, mas estava cansado demais para mentiras.

— Fui eu… - Disse com um fio de voz — Nós começamos a trocar feitiços e as coisas acabaram saindo do controle.

— Está falando com relação ao último feitiço que você tentou lançar? - Sarah perguntou encarando o rapaz.

Ele não precisava perguntar sobre o que ela estava falando. Sabia que tinha se excedido com a maldição cruciatus, tinha ciência de que havia se mostrado ser exatamente o que Potter acreditava que ele era: Apenas um Comensal da Morte e nada mais.

— Eu não vou ficar me justificando aqui, Standish. - Ele disse em um rompante — Tenho noção do que fiz e das consequências dos meus atos.

Sarah encarou o loiro nos olhos. Não sabia decifrar o que o olhar dele trazia consigo. Ela podia perceber um tom de arrependimento em sua voz, mas sabia que Draco jamais demonstraria aquilo.

Draco continuou encarando a morena em silêncio por um instante. Se lembrou do desespero na voz dela pedindo para que ele ficasse vivo. Se perguntou por um instante se as palavras de Emily sobre Sarah retribuir seus sentimentos faziam realmente sentido. Queria que ela entendesse que não era a pessoa que Potter enxergava.

— Se quer saber se eu gostaria de ter agido diferente, a resposta é sim. - Ele disse em meio a um suspiro sem olhar nos olhos dela — Mas de nada adianta eu ficar me fazendo de vítima agora. O que está feito, está feito.

Sarah ficou alguns longos minutos em silêncio. Olhava para Draco e assimilava cada palavra que ele havia dito até aquele instante. Por algum motivo, ouvir que ele teria feito algo diferente deixou seu coração mais leve.

— Já se arrependeu de ter pedido pra que eu ficasse vivo? - Ele perguntou com ironia enquanto olhava para ela. Ao mesmo tempo que queria demonstrar o quão fragilizado estava, algo o segurava.

— Pensei que a intenção fosse não se fazer de vítima. - A morena respondeu com uma das sobrancelhas erguidas — A resposta é não… Não estou arrependida.

Ela parou por um segundo e respirou fundo para falar o que queria. Ele tinha que entender a gravidade das coisas da mesma forma que Harry. Não podiam agir daquela maneira.

— Mas não vou dizer que não está errado no que fez, Malfoy. - Comentou — Vocês dois tem que parar de agir como crianças birrentas de onze anos. Vocês dois tiveram sorte, mas precisam pensar no que poderia ter acontecido.

Draco prendeu a respiração enquanto era repreendido pela morena. Sabia que deveria se sentir irritado com o fato de estar sendo chamado atenção, mas no fundo sabia que ela tinha razão.

— Sinto muito que tenha passado por essa situação. - Ele disse desviando o olhar por um instante.

As palavras “sinto muito” nunca haviam saído de sua boca com tanta facilidade. Ele se sentiu levemente chocado, mas satisfeito com sua atitude.

— Como eu disse, estou feliz de vê-lo vivo. - A morena falou simplesmente — E mais feliz ainda em ver que está me ouvindo. - Comentou brevemente em meio a um sorriso.

Conversaram por mais um bom tempo. Pararam apenas quando Madame Pomfrey se aproximou do leito avisando a Sarah que ela precisaria ir embora. Ela se levantou da cadeira e se despediu.

— Vejo você depois. - Ela disse simplesmente.

— Ah… Standish? - Ele chamou — Você poderia voltar amanhã? - Arriscou.

Ela arregalou os olhos por um segundo ao ouvir o pedido que ele fazia. Pensou por um instante e realizou que queria estar ao lado dele naquele momento.

— Se você quiser, posso sim.

— Volte amanhã… Por favor. - Draco disse com a voz mais baixa. Não estava acostumado a usar palavras como aquela, mas queria demonstrar o quanto era importante estar na presença dela.

— Draco Malfoy está me pedindo por favor? - Ela implicou rindo — Está com febre? - Ela perguntou colocando uma das mãos na testa do rapaz que estremeceu com o contato.

— Pare de gracinhas. - Draco disse aborrecido — Não venha se não quiser então.

— O que eu disse sobre agir como uma criança de onze anos, Draco? - Ela implicou sem parar de rir — Não precisa falar dessa maneira. Eu venho amanhã, ok?

Ele assentiu quando viu ela se afastar. Sentiu seu coração se aquecer ao repetir mentalmente as palavras dela. Antes que pudesse controlar sua língua, se dirigiu a ela mais uma vez.

— Standish! - Ele exclamou fazendo com que ela olhasse para ela mais uma vez — Eu… É… Obrigado.

— Está me agradecendo pelo que exatamente, Draco? - Ela perguntou levemente chocada por ter escutado Draco Malfoy agradecer por algo que não fosse sua própria existência.

— Por tudo. - Draco concluiu sem dar muitos detalhes.

Sarah apenas sorriu em resposta. Madame Pomfrey tinha razão, visitar Draco havia sido uma ótima ideia, ela certamente se sentia melhor do que quando acordou e esperava que ele também se sentisse daquela maneira. 

 


Notas Finais


N/A: E ai, o que acharam de tudo que rolou? Como vocês acham que vai ficar a relação da Sarah com o Harry agora? Digam suas teorias!

E o que acham que vai rolar com Sarah e Draco agora? O que acharam da conversa entre os dois?
Ah, e me digam aqui nos comentários se vocês são #TeamDrarah ou #TeamSarry, quero muito saber qual torcida está em maior número por aqui!

Bom, espero que tenham curtido! Não deixem de comentar, por favor!! Nos vemos na próxima semana com mais um capítulo novinho pra vocês! :****


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