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História A prole das trevas - Novos laços de família


Escrita por: Maledictus

Notas do Autor


Olá, esqueci de informar que a ft da capa da Fic não é de minha autoria, mas não encontrei ( pelo menos visível) o nome do autor(a). Gostaria tb de agradecer a beta Cross_Yuki, pela betagem desse cap ❤
Tenham uma boa leitura!

Capítulo 2 - Novos laços de família



Ele sentia um zunindo no ouvido, podia sentir seu coração batendo forte no peito, suas mãos suavam frio, o aperto no peito aumentando sua dificuldade de respirar. Ele engoliu em seco, mas o nó ficou preso na garganta.

Ele ouviu alguém chamando seu nome, mas não se importou, forçou seus pulmões a encherem de ar mais uma vez. Um calafrio subiu pelas suas pernas, o que o fez dar um passo em falso na escadaria. Parando um segundo para superar o choque do quase acidente que poderia prejudicar seu bebê, ainda era difícil acreditar nisso, um bebê, o que diabos ele faria com um bebê? Ele mal sabia cuidar dele mesmo!

Ele voltou a forçar suas pernas a dar um passo de cada vez, a parede lateral decorada com as cabeças dos pobres elfos domésticos encolhidas e montadas sob placas com seus nomes não ajudou nada em seu humor já azedo, o retrato de um homem que se parecia muito com Sirius, cabelos escuros luxuosos e olhos cor de aço o encarando o tempo todo com um brilho perigoso no olhar, Harry suspirou, “ Merlin, não saiu ninguém normal nessa família?! ”

Ao chegar no primeiro andar ele foi diretamente ao seu quarto, mas quando chegou à porta paralisou, ele não queria falar com ninguém agora e o retrato de Fineus Nigellus Black ás vezes gostava de conversar, sem contar que espiava cada movimento seu e podia contar tudo a Dumbledore.

Desistindo de sua primeira decisão, ele deu meia volta e subiu mais um lance de escadas, passando por vários retratos até que ele parou em frente a uma porta preta, sua maçaneta tinha forma de uma serpente enroscada na cor prata, igual a porta da entrada principal, havia um nome gravado na porta

“ R.A.B… De quem é este quarto? ”, ele posou a mão na maçaneta e hesitou. Parando para escutar algum passo caso alguém tenha vindo atrás dele, silêncio foi o que recebeu. Tomando coragem, abriu a porta. O quarto era quase igual ao que ele dormia agora, era escuro, de teto alto. Embora fosse um quarto inabitado, não havia poeira, era espaçoso, mas talvez pelos poucos móveis só uma cama de dossel, nas paredes pequenos rasgos como se algo tivesse sido arrancado às pressas.

Sentindo que todo o estresse do dia o estava cansando ele se permitiu deitar na cama encostando as costas na cabeceira, ele exalou um suspiro trêmulo e tentou relembrar tudo o que aconteceu desde que aparatou em Grimmauld.

Flashback.
Quatro dias atrás.

Eles aparataram em frente a um local trouxa com duas casas de numeração do número 13 ao lado do número 11. O auror Alastor Mood leu o endereço no papel em voz alta, logo em seguida as casas número 13 e 11 começaram a se afastar dando lugar a uma casa grande de aparência antiga com o número 12 na frente.

“ Vamos, Potter, não queremos que alguém te mate. ”, rosnou Mood, arrastando-o em direção a entrada principal. Subiram os degraus de pedra velhos e gastos que levavam a uma porta pintada de preto desbotada e cheia de arranhões. A maçaneta da porta tinha um desenho em forma de uma serpente enroscada prateada sem um buraco de fechadura. Entrando eles se depararam com um corredor, com papel de parede descascado e um lustre coberto de teias de aranha, que, assim como os castiçais tem a forma de serpente. Na parede os quadros pequenos e tortos, escurecidos pelo tempo, e claro, não podendo esquecer o retrato de tamanho natural, que estava coberto por cortinas de veludo roídas pelas traças. O quadro de Walburga "vadia" Black.

Harry fez questão de passar o mais silencioso possível pelo corredor para não a acordar. Ao se aproximar do fim do corredor ouviu vozes, entre elas uma que ele reconhecia muito bem, seu coração saltou pelo nervosismo e ele não pôde impedir o sorriso que brotava no seu rosto. Ele parou no batente da porta da sala de jantar, Sirius discutia animadamente com Remus sobre uma missão da Ordem. Quando perceberam sua presença, as vozes sessaram. Seu padrinho se virou na cadeira e olhou em sua direção.

“ Harry. ”, seu padrinho disse surpreso, “ Eu não esperava vê-lo aqui hoje… ”, Remus lançou um sorriso sem mostrar os dentes em sua direção.

“ Olá, Harry, seja bem-vindo, espero que tenha tido um bom verão, vamos, entre. ”

O menino entrou às pressas após o convite, “ Remus, Sirius, que bom ver vocês, recebi uma coruja esta manhã da Ordem, avisando que iriam me buscar. ”, nisso dirigiu sua atenção na direção do ex-professor, “ Bem, comparado aos outros verões eu não tenho do que reclamar. ”, disse com um sorriso torto no rosto.

Um brilho de reconhecimento surgiu nos olhos de âmbar do aluado mostrando que entendia a profundidade real das suas palavras.

Um silêncio meio que… Constrangedor? Surgiu na sala, o garoto de olhos esmeraldas encolheu as sobrancelhas confuso, com a recepção que recebeu.

“ Bom, já é tarde, é melhor eu ir, há muito a fazer. ”, Remus disse, levantando-se lançou um olhar de carinho no seu velho amigo que permanecia sentando, “ Continuaremos nossa discussão depois, tentem não criar muito problemas ”, pegou um casaco que definitivamente já viu dias melhores, vestindo, colocou um no ombro de Sirius, e olhou para o menino, “ Cuide-se, espero vê-lo em breve, até mais. ”, e deu as costas aos outros ocupantes saindo às pressas, ao som de aparatação, o mais jovem voltou seu olhar ao padrinho que tinha um olhar pensativo no rosto como se tivesse relembrado algo.

“ Tudo bem, Sirius? ”, ele tentou esconder a preocupação na voz, desde que chegou seu padrinho estava estranho.

“ Ah, sim, sim, Harry, eu… Só estou cansado, foi um dia cheio, bem, acredito que para você também, não é?! ”, disse com um sorriso sem graça. “, você pode usar o quarto do segundo andar, suas coisas provavelmente já estão lá, fique à vontade, caso sinta fome, chame Monstro, ele fará algo para você. ”, levantou-se da cadeira e olhou em volta. “ É…. Bem, eu vou para a cama, boa noite, Harry. ”, e saiu, o menino permaneceu no mesmo lugar, sem entender nada.

Sussurrando disse “ Boa noite, foi muito bom ver você… ”

Com um suspiro o garoto seguiu na mesma direção que seu padrinho, foi em direção ao seu quarto temporário, o quarto continuava o mesmo, paredes escuras como o resto da casa, uma cama e um armário, como Sirius disse seu baú já estava aos pés da cama, indo em direção do mesmo, trocou sua roupa por um pijama e foi para a cama, o retrato de Fineus black na parede já estava dormindo. Sua cabeça mal encostou no travesseiro e ele adormeceu.

No dia seguinte ele acordou, fez sua higiene e saiu à procura de seu padrinho esperando que hoje talvez seu padrinho estivesse melhor para conversar, afinal ele quase o perdeu, isso o fez abrir os olhos e agora ele queria passar todo tempo possível com o homem.

Após cinco minutos vagando por todos os andares a procura de seu padrinho ele deduziu que ele estaria no térreo, nada na sala de jantar também, então o último lugar seria a cozinha, pensando nisso sua barriga estava começando a roncar, ao chegar ao cômodo deparou-se com paredes de pedras rústicas, um grande fogão, panelas penduradas no teto, um armário onde louças estavam guardadas e a mesa vazia, sem Sirius em lugar nenhum. ‘ Estranho, ele não avisou que iria sair hoje. ‘, ele pensou.

“ Hmmm, traidor de sangue, saindo toda hora para lá e para cá na casa da minha senhora. ”

‘ Ah não, eu tinha me esquecido dele. ’, Harry pensou, virando-se deu de cara com uma pequena criatura de olhos grandes e orelhas que lembrava a mesma de um morcego e vestido com o que parecia um pano de chão esfarrapado.

Monstro parou quando percebeu que não estava mais sozinho na cozinha.

“ Ora, traidores de sangue e agora um meio-sangue imundo também sujando a nobre casa dos Black, pobre monstro. ”

Harry teve que apertar os punhos para controlar sua raiva crescente, ele não tinha visto Monstro desde a chamada pela lareira que fez. Se monstro não tivesse mentindo nada do fiasco no ministério teria acontecido, mesmo que o elfo só estivesse seguindo ordens de Bellatriz.

Olhando mais uma vez para a criaturinha tão maltratada murmurando para si mesmo ele suspirou, mesmo ainda chateado com o elfo ele não conseguia ignorar a pena que sentia em seu coração, anos sozinho confinado apenas com o retrato de uma louca… Ele não desejava isso para ninguém, exceto Voldemort ‘ O bastardo merece qualquer coisa de ruim. ’, pensou Harry. Tomando uma decisão, respirou fundo.

“ Olá Monstro, um lindo dia, não? ”, nisso o elfo congelou e se virou em sua direção, desconfiado. “ Você por acaso sabe que horas Sirius volta? ”, ao ouvir o nome de Sirius, o elfo fez uma careta, suspirando ele tentou novamente “ Eu estou feliz por passar o resto do verão aqui, é uma casa tão bonita. ”, o que era uma mentira descarada, a casa estava aos pedaços. O elfo olhou para ele mais uma vez, piscou e saiu.

“ Bem, eu tentei ”, sentou na mesa, frustação o atingindo, ele estava crente que hoje seria um dia divertido com seu padrinho. De repente um prato com torradas um pouco queimadas e suco de abóbora apareceu na sua frente. Com um sorriso pensou ‘ Bem, pelo visto falar bem da casa ajudou de fato. ’

No dia seguinte ele não viu Monstro, o que ele também não estava muito empolgado para interagir, seu padrinho apareceu somente à noite. Ele estava na sala de jantar quando Sirius chegou.

“ Oh, Harry? Ainda acordado? ”

“ Oi, eu perdi o sono, estava com dores estomacais. ”

“ Está tudo bem? Precisa de algo? ”, os olhos cinzentos do seu padrinho brilharam com preocupação, foi a primeira demonstração de afeto que ele registrou desde que chegou aqui, isso fez seu coração aquecer de emoção. Sorrindo ele disse “ Não, obrigado, a dor já passou na verdade. ”

“ Ok, avise-me caso precise de algo, não sou tão bom com poções como sua mãe, mas acredito que posso ajudá-lo. ”, um sorriso charmoso estampado na cara, após garoto concordar o mago mais velho fez sinal para que ia se retirar do cômodo.

“ Ah, Sirius? ”, o homem dirigiu sua direção novamente ao mais novo, “ Err… Você sabe quando vou receber minha lista de livros e material escolar? Agosto já está acabando e eu ainda não recebi. ”

“ Desculpe Harry, eu não sei nada sobre isso. ”

“ Eu vou precisar ir ao beco diagonal também, para comprar os novos uniformes, você sabe, caso não seja um problema você poderia me levar? Passaríamos mais tempo juntos, o que acha? ”, o moreno tentou controlar a animação na sua voz com a expectativa de passar um dia com seu padrinho.

“ Ah, desculpa Harry, mas eu não posso, os movimentos dos comensais vêm aumentando e... ”, ao perceber a expressão de preocupação e tristeza no afilhado ele tentou se redimir, “Mas estamos conseguindo combater, com muito esforço claro. ”

“ Oh, desculpe-me, fica para a próxima então. ”, o tom de tristeza de sua voz não passou despercebido.

“ Eu vou tomar uma dose de whisky de fogo antes de ir para a cama, mas você deveria ir logo, suas dores passaram e está tarde agora. ”, concordando, Harry levantou e se dirigiu às escadas, “ Boa noite, Harry. ”, seu afilhado devolveu a saudação com um sussurro, se ele tivesse seguido seu afilhado teria visto a única lágrima escorrendo pelo rosto do garoto.

No terceiro dia tudo o que ele ouviu foram várias vozes no corredor do andar de baixo, parecia que era uma reunião da Ordem, apesar de querer espiar, mal conseguiu sair da cama, suas dores estomacais pioraram, além de suas pernas não pararem de formigar. Em algum momento do dia quando conseguiu sair da cama, deparou-se com Tonks que o avisou que Dumbledore viria no dia seguinte para levá-lo a uma viagem.

O quarto dia passou bem devagar e mais uma vez não encontrou seu padrinho em casa, entretanto a ansiedade para o encontro diminuiu sua frustração sobre o seu padrinho. Por falar em Dumbledore, ele ainda estava envergonhado pelo seu comportamento no escritório do professor.

Quando o diretor chegou já era meio-dia e a viagem que ele pensou que fosse para comprar seus materiais na verdade foi para tentar convencer Slughorn a aceitar o posto de professor de defesa contra as artes das trevas em Hogwarts, ele não pôde deixar de ficar desconfortável por ter sido usado como um possível troféu para persuadir o velho mago a assumir o posto de professor novamente. ‘ Já não basta o terrível desconforto de aparatar. ’, pensou o bruxo enquanto estranhava a barriga.

Mas ficou aliviado por saber que era uma forma de salvar o Sr. Slughorn dos Comensais da Morte. Mesmo assim ele não deixou de se sentir como um objeto. Quando ficou sabendo que o professor ensinou sua mãe ele ficou animado pelo novo ano escolar.

Quando aparataram de volta ele mal conseguiu dar o primeiro passo e seu corpo parecia em chamas, uma agonia insuportável enviando fragmentos de dor pela espinha, seus joelhos cederam, uma mão enrugada agarrou seu ombro, soltando um gemido ele tentou levantar, mas seu estômago se contraiu e ele não conseguiu segurar o grito que irrompeu de sua garganta, tudo ficou preto.

A primeira coisa que ele notou ao acordar foi que estava no chão da sala de jantar, olhando em volta viu o diretor pairando sobre ele junto com madame Pomfrey.

“ O que aconteceu? ”

“ Harry querido, como se sente? Diga a verdade. ”, disse Sra. Pomfrey naquele tom exigente de sempre.

“ Eu… Eu me sinto normal… Minhas mãos estão formigando. ”

“ Bem, isso é normal, em suas condições não deveria estar aparatando para lá e para cá. ”, disse ela em um tom reprovador.

“ Minhas condições? Eu não entendo… Foi só um desmaio, por que a senhora está aqui? … O que está havendo, professor Dumbledore? ”

“ Bem, Harry, após seu desmaio, eu trouxe você para dentro, após uma breve verificação não encontrei nada, tentei acordar você, meu rapaz, mas não consegui, como Alastor estava aqui, ele teve a gentileza de se oferecer para verificar você e…. “, suspirando o professor tirou os óculos para esfregar os olhos e os colocar de volta “ Sinto muito Harry, eu deveria ter prestado mais atenção, mas… ”, o professor levantou-se da cadeira e se aproximou do garoto.

“ Escute, a possessão de uma alma humana pode ter efeitos colaterais, fiquei de olho em você após o que aconteceu no ministério esperando que talvez tivesse causado algo mais grave por conta de sua conexão com Voldemort, mas você parecia bem em Hogwarts, entretanto, após Alastor verificar você ele encontrou algo de errado em seu núcleo, preocupado resolvi chamar Pomfrey, e bem… ”

“ Harry querido, você tem tido alguns sintomas estranhos como enjoo, cansaço ou falta de ar? ”, questionou a matrona com um sorriso, mas ela parecia estranhamente… Nervosa?!

“ Err… Na verdade sim, mas eu deduzi que fosse efeito colateral da possessão… Por quê? ”, nisso a Sra. Pomfrey desviou os olhos, suas mãos tremiam, ele percebeu, depois voltou um olhar severo para ele.

“ Você deveria ter dito imediatamente isso, o resultado do teste poderia ter sido algo ruim como uma doença gra… ”
“ Pomfrey, por favor… ”, advertiu Dumbledore, “ Agora não é hora para isso. ”, a enfermeira torceu o nariz e se afastou do sofá, Dumbledore mais uma vez dirigiu sua atenção ao menino.

Harry franziu o cenho para essa pequena discussão sem entender nada, “ Que resultado de teste é esse? “, perguntou olhando para os dois adultos. “ Qual outro efeito colateral eu tive da possessão? ”, ele já estava começando a ficar preocupado.

Vendo a preocupação nos olhos do garoto, Dumbledore resolveu esclarecer suas dúvidas, “ Harry, a possessão decidiu se manifestar com um novo efeito colateral, incomum. ", com um sorriso triste acrescentou “ De uma maneira bastante mágica eu diria. ”.

“ O que o senhor quer dizer? ”, o professor olhou nos olhos deles com tristeza.

“ Apesar do feitiço não errar, verificamos duas vezes e não há como negar. ”, Dumbledore deu um longo suspiro, “ Não há uma maneira suave de dizer isso Harry, mas tem um bebê crescendo na sua barriga. ”

Fim do flashback.

Seu corpo finalmente conseguiu relaxar, o cansaço já lhe atingindo, bocejando colocou as mãos sob o estômago, a ficha ainda não tinha caído, mesmo horas depois da notícia. Deitou a cabeça no travesseiro suspirando, ‘ Um bebê… Um bebê de Voldemort. ’, ele pensou horrorizado, “ A sorte dos Potters ataca novamente. ”, murmurou para si com um sorriso depreciativo. Com essa nova descoberta em mente, ele caiu nos braços de Morfeu
 


Notas Finais


Monstro é um doce de criatura...
Estou ansiosa pela apariçao de Voldie
Espero q tenham gostado do capítulo
N se esqueçam de lavar sempre as mãos, bjs!


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