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História A promessa entre a rosa e o escorpião - Capítulo 1


Escrita por: Liliansnow

Notas do Autor


Eu tentei esquecer o seu nome teve dias que consegui, outros que não parava de pensar em você e o meu coração ficava feliz e triste ao mesmo tempo.

Capítulo 2 - Capítulo 1


Scorpious estava no voo rumo a Londres, ele escolheu o meio de transporte trouxa para poder refletir sobre a sua vida e colocar sua cabeça no lugar. O convite de casamento do seu melhor amigo Albus, o pegou de surpresa e desde então, ele passou a pensar naquela mulher que ele jurou esquecer, pois sabia que ela estaria presente e a sua presença o angustiava.

Durante 9 anos ele se cobrou a esquecer, quis esquecer o seu nome, apagá-la da sua mente. Contudo, desde o convite de casamento, Rose Weasley assombrava o seu pensamento. Memórias dos seus 7 anos em Hogwarts, em que eles disputavam quem era o melhor aluno, a rivalidade no quadribol em que Rose era goleira da Grifinoria e ele atacante da Sonserina.

Scorpious lembrou de todos os foras que ele levou da Rose desde os 13 anos. Com 16 anos, Scorpious parou de sair com outras meninas para provar para Rose que ela era única, que ele a amava, mas Rose continuou se negando a sair com ele, até que com 17 anos ela começou a namorar Lorcan Scamander, isso foi o fim do mundo para Scorpious. Logo, o sétimo ano foi o pior ano da sua vida. 

Scorpious olhava para a asa do avião, enquanto pensava nas loucuras que fez com 17 anos e a pior ocorreu após ter visto Rose com Lorcan: ele fugiu de Hogwarts para ir ao bar aonde se embriagou a ponto de desmaiar. Esse momento foi o mais marcante da sua vida, pois quando ele acordou ele viu os seus pais que deram a maior bronca da sua vida (afinal ele teve coma alcoólico, podia ter morrido) e eles o mandaram agradecer Argus Filch por deixá-lo na Enfermaria, graças a esse episódio Scorpious se aproximou do Filch que estava sensibilizado com a história de amor não correspondido (toda a escola sabia o quanto Scorpious era apaixonado pela Rose).

Scorpious nunca imaginaria que Argus Filch se tornaria seu amigo, um amigo que ele escreveu semanalmente durante os últimos 9 anos e sempre o visitou nas suas férias em Londres, convidando-o para passar as festas de final de ano com sua família. Scorpious ainda acredita que tem uma dívida de gratidão pelo zelador ter salvo a sua vida. 

Além do Filch, seus pais e irmão mais novo, Scorpious escrevia semanalmente para Albus e Brutus Nott, os seus melhores amigos. Albus se tornou auror como o pai e Brutus se tornou professor de Poções em Hogwarts. Scorpious não via a hora de rever os seus amigos e familiares, apesar das constantes cobranças para retornar para o Reino Unido, mais especificamente, Londres. Todos enviavam os processos seletivos dos hospitais bruxos da Inglaterra. Logo, Scorpious não conseguia nem imaginar qual seria a reação deles quando ele revelasse que tinha se inscrito nos medibruxos sem fronteiras e após suas férias iria para a Líbia. 

Scorpious sentia que tinha uma dívida com o mundo, afinal ele era bilionário, estudou na Johns Hopkins da faculdade de Medicina até a residência. Então, ele sentia que devia retribuir e colocar em prática tudo que aprendeu de cirurgia e medicina de emergência, bem como o feitiço e poções que ele desenvolveu durante o curso para cuidar de queimaduras. Além disso, o seu melhor professor, fonte da sua admiração, Joseph Washington, trabalhou no medibruxo sem fronteiras durante 3 anos no oriente médio.

Quando o avião pousou, Scorpious pegou a sua bagagem de mão, o seu gato persa e meio amasso (Leon) que viajava tranquilamente com ele e depois aguardou a sua mala na esteira. Assim que saiu da área de desembarque, ele reconheceu os seus pais e irmão mais novo, Regulus Draco (17 anos). Scorpious abraçou os três com ternura.

— A sua mãe quase infartou por causa do atraso- falou Draco com um pequeno sorriso- Ainda bem que essa é a última vez que precisamos aguardá-lo no aeroporto. Nem acredito que, enfim, terminou os seus estudos e poderá trabalhar no nosso Hospital.

Draco é um medibruxo renomado que construiu um hospital bruxo em Londres (Hospital Albus Dumbledore) após ter formado e feito residência na Johns Hopkins.

— Depois conversamos sobre isso- falou Scorpious que apesar de não querer contar logo de cara os seus planos, também não queria mentir e criar expectativas falsas para sua família. 

— Se o senhor acha que irá voltar para o EUA está muito enganado- falou Astoria séria. 

— Mãe, eu trouxe todas as minhas coisas- riu Scorpious- Eu não irei voltar para o EUA. Vamos para casa, estou exausto e com fome. Amanhã conversamos sobre os meus planos.

O jantar foi animado na Mansão Malfoy, Regulus contava empolgado sobre o time de quadribol da Sonserina (que ele era capitão e apanhador) que estava invicto há dois anos, sobre sua namorada (Marianne Brustold) que era goleira da Sonserina e seus planos após sua formatura, ele ansiava em ser auror. 

— Parece que alguém tem convivido bastante com o Potter- falou Scorpious debochado- De onde você tirou essa ideia de ser auror?

— O que posso fazer, eu amo adrenalina e acredito que se eu conseguir ser auror, ajudarei ainda mais a reerguer o sobrenome da nossa família- falou Regulus com firmeza- Eu não quero que meus filhos passam pelo que passei na escola 

— Você será um auror brilhante- falou Scorpious com um pequeno sorriso.

O restante do jantar foi em silêncio, então antes de dormir, Scorpious escreveu para os seus amigos, avisando que estava em Londres. Após enviar as cartas, Scorpious foi para o seu quarto aonde apagou, pouco tempo depois Leon adormeceu ao seu lado.

No dia seguinte após tomar um bom banho, ele desceu animado para o café da manhã, aonde encontrou sua família que o aguardava. 

— Scorp, após o café o que você acha de me acompanhar até o hospital?- questionou Draco animado- Irei apresentá-lo à sua equipe da emergência. Não se preocupe, você irá trabalhar apenas em setembro.

— Eu agradeço, pai, mas não posso aceitar- falou Scorpious envergonhado e ansioso.

— Scorpious, o seu diploma seria imediatamente aceito em qualquer hospital, se o senhor está preocupado com favoritismo pode deixar de lado- falou Draco com firmeza- Por Merlin, o hospital um dia será seu, o seu irmão já me falou que não tem interesse nenhum no hospital. Eu não vejo a hora de trabalharmos juntos e de eu te ensinar o que sei sobre gestão hospitalar.

— Eu também- disse Scorpious enquanto respirava fundo- Mas, infelizmente, precisamos adiar nossos planos, pois em setembro irei para a Líbia trabalhar nos medibruxos sem fronteiras.

Astoria deu um grito de pânico, enquanto Regulus deixou seu talher caí no chão, afinal ele sabia que aquele país estava em guerra civil e tinha grupos de bruxos das trevas extremistas que estavam em guerra. Draco ficou em choque, então, assim que se recuperou, se levantou.

— O senhor não saíra daqui para morrer na Líbia! Que palhaçada é essa?! Está querendo morrer em um bombardeio trouxa ou ser sequestrado por bruxos das trevas?! Enlouqueceu?!- falou Draco nervoso.

— Não pai, eu só quero ter a chance de dar um retorno para a sociedade de tudo que aprendi no EUA. Tenho consciência dos meus privilégios, nada mais justo do que poder ajudar quem mais precisa de ajuda- falou Scorpious com firmeza- Eu sou cirurgião especializado em emergência, sou fluente em árabe, francês e espanhol, logo poderei ajudar muitas pessoas e colocarei todo o meu conhecimento a prova. E pensa pai, indo para lá ajudarei a reerguer o nome da nossa família.

— Eu entendo que o senhor e seu irmão cresceram assistindo a minha luta e da sua mãe em limparmos o nosso sobrenome. Contudo, eu não desejo enterrar nenhum filho por causa disso! A vida de vocês não tem preço! Então, Scorpious não medirei esforços para tirá-lo desse desatino! Farei uma doação milionário para os medibruxos sem fronteiras e em troca eles cancelarão a sua inscrição!- falou Draco com firmeza.

— Pai, o senhor não pode fazer isso! Estou fazendo isso por mim para eu crescer como médico e por nossa família! Me deixa provar para o mundo que somos boas pessoas!- retrucou Scorpious.

— Eu não me importo com o que o mundo pensa da gente! Eu me importo com sua saúde e bem-estar estar acima de tudo!- retrucou Draco.

— Se você fizer isso, nunca mais irei olhar na sua cara e irei sumir! Juro por Salazar Slytherin que nunca mais pisarei nessa casa!- falou Scorpious batendo na mesa- Tenho 26 anos! Não sou nenhum moleque! Eu sei o que estou fazendo e se eu morrer, saibam que morrerei feliz sendo desafiado profissionalmente e lutando para salvar a vida de almas desamparadas por Deus! Eu prometo que irei lutar para voltar para casa, por favor, pai, não faça isso com a gente. Você sabe o quanto te amo e respeito. 

Draco saiu da sala de jantar e foi para o seu escritório aonde se permitiu chorar, Astoria o encontrou e o envolveu em seus braços. Scorpious estava logo atrás da mãe.

— Draco, se Scorpious quer trabalhar nos medibruxos sem fronteiras, ele irá trabalhar e saberá que tem o nosso apoio. Nosso menino cresceu, cabe a nós aceitar- falou Astoria calmamente com lágrimas em seus olhos, afinal ela também tinha medo de perder o seu primogênito.

Draco assentiu, então Scorpious foi até o pai e o abraçou.

— De agora em diante treinaremos DCAT até o senhor partir- falou Draco com firmeza.

— Eu irei ajudar- falou Regulus com firmeza- Saiba que eu sou o melhor da minha turma, o professor Lupin que me disse.

— Obrigado, eu acho- riu Scorpious que tinha a triste certeza que levaria um coça do seu irmão.

Scorpious teve uma semana agradável com sua família e amigos, se divertiu na despedida de solteiro do Albus. Nesses dias, ele conseguiu não pensar na Rose, contudo no sábado, dia do casamento, ela não saía da sua cabeça, por vezes seus pensamentos o traíam: como ela está? Será que o namorado Lufano estará no casamento? Eles estão noivos? O que ela tem feito? 

Scorpious terminou de vestir o seu smoking, então colocou suas abotoaduras que tinham suas iniciais, o anel que tinha pertencido ao seu avô paterno (ele ganhou ao formar na Johns Hopkins) e o relógio de bolso que ele ganhou ao completar 17 anos. Ao terminar de se arrumar, Scorpious aparatou na mansão dos Potters, pois ele era padrinho e sabia que Albus estaria surtando.

— Meu Deus, o que é isso?- riu Gina- Desse jeito o senhor arrasará muitos corações.

— Obrigado- falou Scorpious constrangido- Aonde está o Al, aposto que ele está morrendo de ansiedade.

— Adivinhou- riu James que estava com seu filho Harry Severus no colo, o pequeno Potter, que era a cópia do avô paterno, usava um terno pois seria pajem- Acabei de dar uma poção calmante para ele.

— Céus como o Harry cresceu- assustou-se Scorpious- Quantos anos você tem?

Harry ergueu três dedos.

— Nossa já é um rapaz- disse Scorpious sorrindo.

— Eu quero a mamãe- murmurou Harry pesaroso com seus olhos verdes tristes.

— A mamãe e a Jasmin estão ajudando a tia Alice. Nós dois estamos ajudando o seu padrinho- explicou James gentilmente- Você viu como ele precisa da sua ajuda.

— James, eu desisto e se a Alice falar não, eu morrerei- falou Albus alarmado que ao ver Scorpious corou.

Harry aparatou na sala a tempo de escutar o seu filho.

— Albus Severus, pare de pensar besteiras, a Alice surpreendentemente te aturou durante nove anos, não vai ser hoje que ela irá acordar- falou Scorpious com um sorriso maroto- Como aquela menina doce e gentil decidiu casar com você, essa é a pergunta do século. E ela foi da Corvinal, isso tudo é muito estranho.

Todos riram menos Albus que cruzou os braços emburrado.

— Ela se atraiu pelo meu intelecto e charme- disse Albus enquanto descia a escada.

— O senhor ficaria mais charmoso se terminasse de se arrumar- falou Gina séria. 

— Vamos Albus, irei ajudá-lo com a gravata- falou Harry enquanto colocava a mão no ombro do seu filho- Nem acredito que o senhor está casando, parece que foi ontem que te acalmei na estação antes do senhor pegar o primeiro trem para Hogwarts.

— Verdade- disse Albus com um pequeno sorriso- Daqui a pouco encherei a sua casa de netos pai, já falei par a Alice que quero ter pelo menos três filhos.

— Nossa casa, aqui sempre será a sua casa- corrigiu Harry enquanto dava um meio abraço no filho e os dois subiam juntos a escada sorridentes.

Scorpious se ofereceu para ajudar a preparar o jardim com os últimos preparativos para o casamento, nesse momento ele reencontrou Dominique, melhor amiga da Rose, que estava grávida de Lysander, os dois tinham se casado no ano anterior. 

— Malfoy, não sei se você lembra de mim, sou a Dominique, você vivia se declarando para minha prima e melhor amiga- falou Dominique rindo- Agora sou uma Scamander- Acrescentou enquanto acariciava a sua barriga.

— Claro que me lembro da senhora- riu Scorpious- Fiquei sabendo que a senhora se casou com o Lysander.

— Por favor, me chame de Dominique, eu só brigava com você porque achava que você queria constranger minha amiga, isso até o sexto ano em que vi que você realmente a amava, parou de sair com outras garotas e vivia atrás da Rose e teve aquela declaração após o jogo de quadribol, quem faz aquilo ou é louco ou apaixonado- falou Dominique gentilmente- Não sei se está interessado, mas a Rose e Lorcan terminaram três anos depois da formatura e depois ela namorou um trouxa que era a sua cara. Agora, ela está solteira há um ano. 

Scorpious queria responder alguma coisa, mas nada saiu da sua boca. Então, ele riu em ver Teddy contendo os seus filhos gêmeos de 7 anos (Willian Edward e John Remus) antes que eles derrubassem o bolo. 

— Essa é a última vez que eu peço para os dois pararem de correr aqui!- repreendeu Teddy- Agora os dois irão para a sala e ficarão quietos no sofá! 

— Mas pai, eu quero brincar- reclamou Willian.

— Quem disse que não podemos brincar na sala- interviu Scorpious - Eu conheço vários jogos legais que não correremos o risco de quebrarmos nada.

— Tio Scorp!- exclamou John correndo até Scorpious.

Após cumprimentar o seu primo Teddy e as crianças, os quatro foram até a sala, aonde Scorpious conseguiu entreter os gêmeos. Enquanto isso, Dominique contava com riqueza de detalhes o quanto Scorpious estava ainda mais atraente e elegante, além de ter muito jeito com crianças para suas primas e Alice que estavam no quarto da Lilian ajudando a noiva se arrumar e acalmar.

— Se você não fosse casada, juraria que está interessada- debochou Victoire que estava com sua filha Marie Fleur (3 anos) no colo. A pequena usava um vestido branco similar ao da noiva. 

— Por Merlin, não estou cega e aposto que alguém aqui ficou interessada- disse Dominque mirando Rose- Por favor, Rose dá uma chance para ele, os filhos dos dois seriam lindos.

— A sua gravidez não tem feito bem para sua cabeça- debochou Rose- Os hormônios estão afetando o seu cérebro. 

— Eu sempre achei que vocês formavam um belo casal- falou Alice sorrindo, sendo apoiada por todas- Ele era tão romântico, não esqueço a declaração dele após a partida de quadribol. 

— A Rose era mais fria que um iceberg- falou Molly II- Até eu quis abraçá-lo após o fora da Rose

Todas riram, menos Rose. 

— Scorpious era inconveniente, não romântico- disse Rose irritada, provocando mais risadas. 

Minutos depois, Rose se viu obrigada a entrar com Scorpious durante a cerimônia. Ela não daria o braço a torcer, mas Dominique estava certa. Scorpious era um homem atraente e elegante. Para sua surpresa, Scorpious foi cordial com ela, mal a olhava. Ao final da cerimônia, os mais novos Sr. e Sra. Potter dançaram, então todos os casais de padrinhos foram chamados para dançarem a segunda valsa. Scorpious e Rose dançaram, quem os observava percebia que tinha alguma tensão no ar, um olhava nos olhos do outro e em alguns momentos parecia que o casal se continha para não se beijar. Rose se sentia sem ar, a cada toque, a cada olhar, então quando a música acabou, para sua surpresa, Scorpious se limitou a segurar a sua mão com gentileza e depositar um pequeno beijo.

— Foi uma honra dançar com a senhorita, com licença- falou Scorpious cordialmente, então ele deixou Rose na pista e saiu.

Rose se recompôs minutos depois, pois, aquela dança e aquele pequeno beijo a deixou confusa, principalmente a forma que Scorpious a tratava, parecia que ele estava a evitando e aquilo a incomodava. Assim que se recuperou, Rose procurou a mesa da sua família e se sentou.

— Minha filha, você dançou tão bem com o Scorpious, vocês formaram um casal tão lindo- elogiou Hermione.

— Verdade, pelo que fiquei sabendo ele está solteiro- falou Rony deixando uma Rose atônita.

— Pai, você está embriagado, drogado?- questionou Rose chocada.

— Rose Jane veja como a senhorita fala com o seu pai- repreendeu Hermione.

— Mãe, você o escutou?! Pai, você odeia os Malfoys- falou Rose indignada.

— Que isso filha, não odeio ninguém, estava, inclusive, bebendo com o Harry e o Draco enquanto vocês dançavam. Nós três apostamos que o próximo casamento será de vocês- riu Rony- Estou envelhecendo Rose, preciso ser avô antes de morrer, conto com você, pois seu irmão, não sei quem puxou, ele não tem jeito. por falar nisso aonde ele está? 

Hugo (23 anos) se tornou auror, ele nunca teve um relacionamento sério, conquistou e destruiu muitos corações em Hogwarts e dizia a todos os ventos que nunca se casaria. Em seu tempo livre vivia em alguma festa ou balada trouxa ou bruxa, até o último semestre que quase morreu durante uma operação dos aurores. Fevereiro foi o pior mês da sua vida, pois Rose nunca tinha sentido tanto medo quando reconheceu o seu irmãozinho entrar pela emergência do hospital. Graças a Deus ele ficou bem. Após esse episódio, ele parou de sair, logo Rose suspeitava que ele estava com alguém. 

— Deve estar dando em cima de alguma amiga da Alice- riu Rose- Pai, eu jurava que você odiava os Malfoys, eu me lembro muito bem de você me pedindo para ser melhor que o Scorpious na escola na primeira vez que fui para Hogwarts.

— E você foi- riu Rony orgulhoso- Acabei de me gabar com o Draco que você foi a primeira da turma, não é mesmo? Nosso orgulho.

— Eu surtei só pode- falou Rose chocada, enquanto saía da mesa. 

Enquanto isso, Scorpious estava sentado em um galho de um grande salgueiro, repassando mentalmente cada segundo da sua dança com Rose. Ele queria muito esquecê-la, mas o seu coração o traía. Afinal, ele amou cada segundo em que esteve com ela. Rose usava o mesmo perfume e estava ainda mais bela. De repente para sua surpresa ele reconheceu duas vozes, Hugo e Lilian.

— Hugo, aqui não, se comporta- pediu Lilian com firmeza.

— Enquanto dançávamos só conseguia pensar no quanto queria beijá-la- falou Hugo enquanto puxava Lilian pela cintura.

— Se você fizesse isso, meu pai e meus irmãos te matariam- falou Lilian com um pequeno sorriso maroto.

— O meu padrinho jamais me mataria nem seus irmãos- defendeu-se Hugo- Eu acho e espero. Lily, não podemos nos esconder para sempre.

— Eu sei, mas estamos há pouco tempo juntos e como somos primos e de primeiro grau, duvido que teremos apoio. Por isso, precisamos ir com calma- explicou Lilian- Às vezes precisarei jogar no EUA e você dá um jeito de trabalhar como auror lá.

— Credo Lily, não é possível que teremos que mudar de país por causa disso- assustou-se Hugo.

— Gosto de me precaver- falou Lilian preocupada- Então, acho melhor cada um ficar no seu quadrado, pois assim consigo me segurar melhor.

— Sabia que eu era irresistível- riu Hugo- Nos encontramos no meu apartamento depois?

— Claro- concordou Lilian, então ela olhou a sua volta e deu um pequeno beijo no namorado.

Assim que Lilian saiu, Scorpious desceu da árvore assustando Hugo que o ameaçou com a varinha.

— Então, enfim criou coragem de se declarar- demarcou Scorpious- Fico feliz por você, Hugo, de verdade. Quanto ao seu padrinho, se você conversar com o Al descobrirá que Harry será mais seu sogro do que padrinho quando ele ficar sabendo do namoro. O que te fez mudar de opinião?

— Obrigado- corou Hugo- Acontece que em fevereiro fui atacado por um dolohov, teve um momento que eu sentia que estava morrendo e a única pessoa que não parava de pensar era a Lily, a garota e agora mulher que eu sempre amei, por isso que nunca namorei ninguém. Lily era a única pessoa que eu amava e queria namorar, mas não podia, pois ela é a minha prima. Naquele momento em que me dei conta que estava morrendo e que nunca tinha vivido o meu grande amor, caiu a ficha que eu precisa criar coragem e tentar por mim e por ela. Então, a primeira coisa que fiz quando sai do hospital foi me declarar para a Lily.

— Uau, se precisarem se mudar para o EUA tenho apartamento lá- disse Scorpious com um pequeno sorriso- Espere um ano, vê se é o que vocês realmente querem, se for reúnam seus pais e contam juntos de uma vez só. Às vezes, assim, amenizará um pouco. 

— Agradeço o conselho- disse Hugo pensativo- Irei voltar para a festa.

— Ficarei aqui- disse Scorpious sério.

— Fugindo da minha irmã?- questionou Hugo debochado

— Fujo há 9 anos dela e me dei conta que falhei miseravelmente na minha missão de esquecê-la- respondeu Scorpious pesaroso.

— Sinto muito que você não encontrou alguém que retribuísse o seu amor- falou Hugo sinceramente- Até hoje não esqueço a sua última declaração de amor, após a partida da Sonserina contra a Lufa-Lufa, aquilo foi muito triste.

— Humilhante, pode falar a verdade- riu Scorpious- Ainda mais porque no final de semana seguinte ela saiu com o Lorcan.

— Cara, o Al me contou que você não namorou ninguém nesse tempo, estava como eu- disse Hugo preocupado- Se permita ser feliz, Scorpious, esquece a insensível da minha irmã e olhe para os lados, quem sabe o seu coração bate mais forte por alguém.

— O amor foi uma grande ilusão, um grande delírio que eu me curei- falou Scorpious com firmeza.

— Ok, boa sorte, então- disse Hugo pesaroso.

Pouco tempo depois, Scorpious decidiu beber whiskey de fogo, então retornou para a festa e pediu uma dose no bar. Para sua surpresa, Rose apareceu, ficou ao seu lado e pediu um martini. Os dois ficaram em silêncio, durante o qual Scorpious se esforçou para ignorá-la.

— Não nos vemos há nove anos, a última vez que te vi foi na nossa formatura em Hogwarts- falou Rose enquanto olhava para o Scorpious que nem olhava para o seu rosto- Como você está? O que tem feito?

— Estudamos sete anos juntos, desses, durante quatro anos tentei dizer o quanto te amava, durante o sexto fiquei sem sair com outra garota e me declarei toda semana na esperança da senhorita sair comigo. O sétimo ano é um ano que prefiro nem comentar- falou Scorpious magoado- Então, senhorita Weasley, eu custei, mas compreendi que a senhorita me despreza e não sirvo nem para ser seu amigo. Com licença. 

Rose ficou olhando o horizonte atônita e sentindo-se estranhamente triste e envergonhada. Sem saber o que fazer, ela saiu da tenda e entrou na casa.

— Rose- chamou Dominique que estava grávida de 4 meses de gêmeas- O que houve, Sophie está preocupada com sua madrinha e Cécile está preocupada com a tia Rose.

— Nikki, eu estou bem- mentiu Rose que se sentou no sofá.

— Está? - falou Dominique desconfiada- Estranho, juro que te vi conversando com Scorpious 

— Scorpious- riu Rose- Minha família enlouqueceu. 

— Rose, não estamos mais em Hogwarts, tanto que a senhorita foi falar com ele- demarcou Dominique- Se estivéssemos em Hogwarts, seria o contrário.  

— Eu não entendo, sempre achei que por ser uma Weasley deveria ser melhor que ele e jamais deveria me relacionar com ele- falou Rose- A família dele apoiou Voldemort, a minha mãe foi torturada na casa dele, como poderia sair com ele?! 

— A família dele não teve escolha, reconheço que custei a entender isso, mas hoje eu entendo- falou Dominique pensativa- Eles fizeram o que tinha que ser feito para sobreviverem. E veja o Draco, ele educou Scorpious de modo que respeitasse os trouxas e nascidos trouxas. Você se lembra das brigas que ele e Al arranjavam com os que acreditavam na ideologia puro sangue? O Scorpious é um homem bom e não pode ser apedrejado por crimes de uma época que ele nem existia. Não é justo. 

— O que faço Nikki? Eu me senti tão estranha enquanto dançava com ele e agora, estou triste e incomodada por ele ter me ignorado- admitiu Rose envergonhada.

— Parece que o jogo virou- falou Dominique com um pequeno sorriso- Você o ama, por isso está assim, mas agora cabe a você reconquistá-lo. 



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