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História A Prometida - Capítulo Primeiro - Careless Man's Carefull Daughter


Escrita por: Carms

Notas do Autor


Oiii olha quem apareceu!!!
Pra quem não lembra de mim, eu escrevi Yesterday. Quem não leu, vai lá ler!!

Não era essa fic que eu iria postar e sim outra, porém encontrei uma com a sinopse quase igual a que eu ia posta :( então resolvi postar essa que é menor enquanto eu mudo o máximo possível a outra.

Aviso: você vão odiar o Jughead a maior parte da fic.

ENJOYYYY

Capítulo 1 - Capítulo Primeiro - Careless Man's Carefull Daughter


Capítulo Primeiro

Careless Man’s Carefull Daughter

 

Tinha perfeita noção da beleza que possuía.

Ouvia isso o tempo todo, afinal, minha mãe fazia questão de trazer rapazes aqui o tempo inteiro para me cortejar.

Desde pequenas, minha irmã e eu recebíamos visitas de rapazes e seus pais ricos na intenção de nos agradar. Nunca funcionava realmente.

Nós não éramos pobres, longe disso. Mas minha mãe sempre queria mais. Ela era capaz de qualquer coisa para ficar cada vez mais rica, isso incluía colocar eu e minha irmã no jogo. Parecia um leilão. Quem oferecesse mais, ficava com uma das Cooper.

Ainda me recordo da primeira visita que recebemos. Eu tinha oito anos, minha irmã tinha onze. Um garoto esquisito que tinha a idade da minha irmã veio nos visitar e pediu para brincarmos juntos enquanto nossos pais conversavam. Eu recusei na hora, mas minha mãe fez cara feia e acabei me juntando a ele e Polly, minha irmã, na brincadeira fatídica de caça-palavras. Eu ganhei todas as partidas e ainda cortei todos os elogios voltados a mim vindo do menino. Era tão chato, me sentia um produto na prateleira.

Depois daquele dia resolvi traçar um plano de como espantar todos, até porque meu jovem coração infantil já tinha dono.

A partir dali, fui o máximo malcriada que pude com os garotos que apareciam.

Nunca me esquecerei. Eu tinha nove e Polly doze. Ela já tinha seu pretendente arranjado, o Jason, filho dos poderosos Blossom. Sendo assim, eu era a única mercadoria disponível agora. Um garoto feioso e magricela apareceu em nossa casa. Ele tinha minha idade e olheiras de dar dó.

- Posso me juntar a você na biblioteca se quiser. – o menino ofereceu com um sorriso desengonçado.

- Mas nem morta que eu vou me juntar a um menino estúpido como você. Deve ser tão burro, sabe ler? – soltei de forma petulante.

O menino da forma que estava permaneceu, foi apenas morrendo seu sorriso.  Depois ele fechou os olhos com pesar, baixou a cabeça, uniu suas mãos afrente do corpo e deu um passo para trás.

Fiquei com dó, mas era necessário.

Fiz isso tantas vezes que nem consigo contar.

- Vai acabar se tornando uma solteirona! – minha mãe exclamava.

Não. Não seria solteirona. Tenho o Archie. E mesmo que não o tivesse, nenhuma mulher deveria ser sujeita a isto. Ter que se casar com um estranho por mera obrigação social.

Na minha casa as coisas eram complicadas. Eu e Polly só tínhamos permissão para ir à igreja uma vez por semana e ir à escola todos os dias pela manhã. Estudávamos em escola de freiras, por isso havia um muro enorme envolto de um portão que separava os meninos das meninas. E do outro lado desse portão estava meu amor juvenil.

Archie era bolsista. Estava na escola porque fez uma prova e se destacou dos demais. Ele não tinha condições de pagar uma escola cara daquelas, então a bolsa foi perfeita!

Quando crianças, nos encontrávamos nos intervalos das aulas, eu não tinha outros amigos senão ele. Eu não ligava, ele era tudo o que eu precisava.

Aos doze ele encostou pela primeira vez seus lábios nos meus. Não contei a ninguém, nem mesmo a Polly. Depois disso, sempre que nos víamos repetimos o gesto, e sempre que nos despedíamos também. Mas a maior parte do tempo estávamos conversando.

Ele sabia que não era bom suficiente para minha família, mas era o suficiente para mim. Por isso, passamos metade de nossa infância e pré-adolescência planejando como iríamos fugir juntos quando completássemos vinte e um.

Quando chegamos ao ensino médio, o baque: ele mudou de escola. Sua bolsa era apenas para o fundamental. Foi aí que agradeci a Deus pela crisma. Sendo assim, uma vez por semana inventava que ia me confessar quando, na verdade, me encontrava com ele atrás da sacristia.

Era divertido esse lance de amor proibido, mas era cansativo demais também.

- O que você tem, querido? – perguntei enquanto alisava suas bochechas.

Estávamos há alguns minutos escondidos ali enquanto minha irmã fazia sua confissão.

- Eu só queria que isso não fosse necessário – respondeu pensativo.

- E logo não será, querido! Eu prometo. – disse.

Mantínhamos nosso romance escondido até mesmo de Polly. Ela era leal demais à mamãe e poderia dar com a língua nos dentes.

Naquele dia fui para casa pensativa demais. E o que eu achava que era um dia ruim, conseguiu piorar.

Ao chegar em casa a surpresa: papai estava doente. Muito doente. Não me explicaram bem o que era, mas eu fiquei bastante receosa.

Eu tinha dezesseis anos quando mamãe chamou eu e Polly para conversar e dizer para eu nos prepararmos pois ele iria morrer. Motivo: nosso dinheiro acabou e não conseguíamos mais pagar o tratamento.

Minha irmã e eu ficamos desesperadas. Para nos desesperar ainda mais mamãe resolveu adiantar o casamento de Polly e Jason. Ela só tinha dezenove anos e iria se casar. Isso é loucura!

- É necessário! E eu vou ficar bem – me tranquilizou a minha irmã.

- Mas é tão estranho. – choraminguei – você me promete que me conta como é a vida de casada? Só para eu me preparar.

- Claro que sim, meu amor. E eu vou te ajudar no seu casamento também – respondeu.

Senti um frio na espinha. Não queria me casar com um estranho, só queria o Archie!

Com os preparativos do casamento, Polly não tinha tempo de me acompanhar até a igreja, o que significava que quem me acompanhava era a empregada, que não me deixava só um minuto sequer.

Dentro de dois meses minha irmã já estava casada. Foi tão rápido que espalharam na cidade que ela estava grávida.

- Então, me conta! Como é? – perguntei excitada para minha irmã recém chegada da lua de mel.

- Como é o que? – quis saber.

- Não se faça de desentendida. Você sabe... aquilo – perguntei vermelha demais para o meu gosto.

- Ah, é bom... – respondeu vagamente.

- Bom?

- Deve ser, porque ele sempre quer repetir.

Fiquei ainda mais vermelha. Deveria ser ótimo fazer aquilo com o Archie, mas teria que esperar até os meus vinte e um anos.

Espera.

Não. Eu precisava esperar meu pai melhorar. Ele morreria de desgosto se sua caçula se desvirtuasse dessa forma!

- Então agora a gente tem que esperar seu pai melhorar? – Archie questionou um pouco alterado.

Tinha conseguido distrair a empregada com ajuda de uma mendiga que eu alimentava sempre que ia a igreja.

- Eu não posso abandoná-lo!

- E se ele morrer, Betty?

- Ele não vai morrer! – exclamei.

- E pelo que andei pesquisando nem vai melhorar! A doença dele não tem cura, Betty!

Comecei a chorar desesperadamente. Não pela forma como o Archie estava estressado comigo, mas pela ideia de que ou meu pai morria ou passaria o resto de sua vida sofrendo.

- Ei, não chora! – Archie se aproximou – Eu não quis te magoar. É que eu quero tanto que a gente fique junto... Olha, eu espero o tempo que for preciso, ok?

- O que você quis dizer quando perguntou como seria se ele morresse? – quis saber.

- Você teria coragem de deixar sua mãe sozinha?

Pensei, pensei... não cheguei a conclusão alguma. Naquele dia fui para casa com um ponto de interrogação imenso dentro de mim.

O tempo foi se passando e as coisas não pareciam melhorar. Minha mãe estava sempre estressada e meu pai cada vez mais debilitado. Nem quando minha irmã anunciou sua gravidez melhorou os ânimos em casa.

Tinha alguma coisa errada e eu precisava saber o que era.

- Sabe o que aconteceu? O marido idiota que eu arranjei para a sua irmã não nos ajuda em absolutamente nada! – gritou minha mãe quando eu perguntei.

- Mas por que ele não ajuda? Ele não quer que o papai melhore? – perguntei chorando igual um bebê.

- Querer ele quer, mas não pode. O inútil não tem poder algum sobre a fortuna da família enquanto o pai for vivo! E vamos torcer para o herdeiro ser ele e não aquela irmã pecadora dele!

Mamãe odiava a Cheryl, irmã do Jason. Motivo? Ela é lésbica e minha mãe, como a católica fervorosa que é, achava aquilo uma aberração. Talvez fosse por isso que o senhor Blossom não quisesse ajudar o papai. Minha mãe era extremamente desagradável quando se tratava da Cheryl e não era muito educada com a mesma.

- E o que a gente vai fazer, mamãe?

- Você vai se casar com um homem dono de sua própria fortuna, é isso que vai acontecer! – gritou.

- O que? Não. Não quero me casar com um estranho. – rebati.

- Agora é tarde! Já está tudo acertado. Após seu aniversário de dezoito anos você vai se casar com o senhor Forsythe Pendlenton Jones III! Dono de seu próprio dinheiro, exatamente o que precisamos.

Aquilo só podia ser um pesadelo.

O que eu faria? Meu pai precisava desse dinheiro. Mas eu queria casar com o Archie! Ele nunca ia me perdoar por fazê-lo esperar por tanto tempo e acabar me casando com outro.

O mais rápido que pude, lê-se quase um mês depois, consegui me encontrar com o Archie.

- Como assim você vai se casar com outro?

- Eu não tenho alternativa, meu amor. Eu preciso ajudar o meu pai - falei em prantos.

Archie começou a andar de um lado para o outro de um jeito descontrolável.

- E se... a gente fugisse, sua mãe teria que encontrar alguma outra forma de conseguir dinheiro, sei lá, talvez os Blossom se compadecessem. – parou um momento e me olhou, seus olhos tinham tantas lágrimas quanto os meus – eu não posso te perder, você é tudo o que eu tenho.

- Eu sei meu amor – o abracei – a gente vai encontrar uma maneira, certo?

Ele confirmou com a cabeça. Apenas isso.

Eu já tinha dezoito e sabia que em pouco tempo teria que me casar. Foi quando o desespero bateu e eu decidi que o certo a se fazer era fugir com o amor da minha vida. Não podia sacrificar minha vida dessa forma, certo? Ou estaria eu sendo muito egoísta em deixar minha família ao Deus dará?

Procurei não pensar muito sobre isso ou acabaria me arrependendo.

Depois do meu jantar de aniversário, apenas para eu, mamãe, papai, Polly e seus bebês gêmeos, eu estava pronta para fugir. Tinha feito minhas malas e já tinha amarrado os lençóis para descer pela janela. Então eu ouço um assobio vindo da mesma. Ao olhar, uma surpresa: Archie.

“O que está fazendo aqui?” sussurrei, mas ele pôde ler meus lábios.

“Vou subir até aí, precisamos conversar!” igual ao que eu fiz, apenas soube o que falava pela leitura labial.

Antes que eu percebesse, ele estava de pé, na minha frente.

- Por que eu nunca pensei nisso antes? – questionou a si mesmo.

- Boa pergunta.

- Betty eu estou aqui porque... bem, eu fui convocado para o Oriente. – falou de cabeça baixa.

- Convocado? Como assim? – fiquei confusa.

- Para a guerra, querida. Sou de maior agora, preciso ir.

- O que? Não! – me desesperei.

- Eles disseram que ou eu vou para a guerra ou eu vou preso. – explicou.

- E agora?

- Eu jurei servir meu país, Betty.

- Você jurou que ia ficar ao meu lado. A ideia de fugir foi sua e agora você foge de mim? – aumentei, sem querer, o tom da voz.

- Fala baixo. Amor, escuta. Eu vou voltar!

- Mas até você voltar que desculpa eu arrumo para não me casar?

- Ok, então eu fico e vou preso. – parecia falar seriamente.

- Eu não quero que você seja preso! – chorei.

- Eu também não quero, mas eu quero arriscar e ficar com você, já que é tão importante pra ti. – acariciou minhas bochechas.

- Assim não. – ponderei por um tempo – Vai. Vá lutar pelo país. Eu estarei aqui te amando e esperando. Quem sabe eu não fujo do meu marido.

- Eu não quero te deixar se casar com um homem que nós nem sabemos de quem se trata.

- Mas não temos alternativas agora, temos?

Ao invés de me responder, ele selou nossos lábios. E então calmamente foi se afastando e indo embora.

Eu chorei aquela noite inteira.

Agora que já contei como cheguei até aqui, posso continuar de onde interessa: meu casamento.

Eu estava indo em direção ao altar onde estava o homem que eu nunca tinha visto na vida cujo nome eu nem conseguia soletrar. Não parecia uma caminhada nupcial e sim a Via Dolorosa.

Meu pai não teve condições de me levar ao altar, então eu entrei sozinha. Bem, eu teria que me acostumar, dali em diante eu estaria sempre sozinha.

Meu noivo me estendeu o braço e fomos juntos o resto do caminho em direção ao padre.

- Se alguém tiver algo contra esse matrimônio, fale agora ou cale-se para sempre – exclamou o padre.

Esperei, em vão, que Archie aparecesse e me salvasse. Mas nada. O casamento seguiu sem nenhum problema.

No “pode beijar a noiva” ele beijou meu rosto. Ótimo. Ele também não gostava de mim.

Saímos de braços dados da igreja, mas assim que entramos no carro, ele se afastou. Virou a cabeça para o outro lado da rua e me ignorou o caminho inteiro.

Parece que não sou a única infeliz nesse casamento. Me pergunto se alguém o obrigou a casar-se também.

Ao chegar na festa, ele foi falar com outras pessoas e me deixou para trás. Ótimo! Sempre quis um casamento em que meu marido não desse a mínima para mim.

A recepção inteira foi assim. Eu fiquei sentada na mesa dos noivos sozinha enquanto meu marido passeava e falava com os convidados. Só nos juntávamos para as fotos.

- Filha, preste atenção, você tem que agradar seu marido na cama, ouviu bem? – minha mãe falou.

- Ah mãe, eu não vou falar sobre isso com a senhora! – rebati envergonhada.

- Só estou dizendo que ou você o satisfaz ou ele procura outra. Falta de atenção e dedicação ao marido causa traição, sabia?

- Falta de caráter causa traição, mamãe. – rebati.

Antes que mamãe respondesse algo, meu marido se aproximou de nós.

- Com sua licença, agora quero levar minha esposa para nossa casa. – ele falou para minha mãe.

- Oh e não vão viajar?

- Não posso, tenho que cuidar dos negócios. – ele respondeu. – Vamos! – falou me puxando pelo braço.

Nem sequer me despedi de ninguém. Ele foi me arrastando até o carro.

Foi o caminho inteiro em silêncio. Aquilo estava me incomodando. Sem falar que estávamos indo para o meio do nada e não chegávamos em casa.

Sem suportar mais o silêncio, resolvi quebrar o gelo.

- Seu nome é muito grande, como devo chama-lo? – perguntei graciosamente.

- É senhor Jones para você. – falou seco, sem nem sequer me olhar.

Ia reclamar de sua falta de educação quando vislumbrei uma entrada de pedras absurdamente linda que dava entrada a um terreno imenso. No final desse terro, uma mansão tão grande que tenho certeza que me perderei lá dentro.

Em frente à mansão havia uma fonte imensa feita de um material que não sabia o nome, parecia pedra. O acesso até a casa era uma escada com poucos degraus. A porta imensa foi aberta e eu vi uma sala enorme. Era tão grande e possuía pouquíssimos móveis. Fiquei olhando embasbacada para tudo aquilo. Havia duas escadas que davam acesso ao segundo andar. Era insano de tão grande e luxuoso.

Esbarrei em algo e percebi que era uma mulher. Uma senhora com feição bem simpática.

- Elisabeth, essa é a Molly. Ela é a governanta desta casa. Tudo que precisar, peça a ela. – Meu esposo nos apresentou.

Ela sorriu para mim. Eu retribuí e, ainda sorrindo, olhei para meu marido.

- Não sorria assim – ele alertou com um sorriso debochado – bem-vinda ao inferno.


Notas Finais


Vish, oq será q o jug vai aprontar hein???
e pq ele ta tratando ela dessa forma???

Será que a betty consegue amansar a fera?


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