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História A prometida - Capitulo 26


Escrita por: misakamoto

Notas do Autor


Olá Boa Noite pessoal,

Primeiramente gostaria de agradecer a todos que não desistiram de mim, Obrigadaaaa De verdade! Amo muito vocês!
Segundo eu gostaria de pedir perdão pela minha demora! Perdãooooo, Perdãoooo mesmo! eu realmente não estava encontrando tempo para dar continuidade!
É isso, bjus meus amores!

Capítulo 26 - Capitulo 26


SASUKE OFF

SAKURA ON

 

Me aproximei daquela mulher a olhando naqueles olhos azuis tentando identificar alguma mentira ou uma tentativa ridícula de dar um golpe enquanto Sasuke continuava a falar que tudo não passava de em engano, me voltei para ele e fiz um gesto com a mão para que ele se calasse, fui até o enorme sofá e indiquei para que ela se sentasse, quando ela o fez ele tentou continuar:

-- Sakura, isso só pode ser um engano...

-- Sasuke, cale-se e resolva essa situação! – Minha voz saiu tremula, minhas mãos estavam geladas e um bolo enorme se formava em minha garganta, mas naquele exato momento eu não poderia sequer cogitar a possibilidade de deixar minha dor vir à tona, olhei diretamente para a face daquela mulher e a medi de cima a baixo, era muito bonita bem o tipo de mulher que eu imaginaria com ele, ela continuou me olhando com uma expressão surpresa como se não acreditasse em seus próprios olhos, soltei um longo suspiro e comecei a falar – Então...

-- Lucy...

Soltei mais um suspiro e olhei para meus pés, que no momento estavam descalços com as unhas bem-feitas com uma cor rosada e delicada, estava tentando colocar minha cabeça no lugar para conseguir digerir essa nova e impactante informação:

-- Então Lucy creio que você não se oporá a um simples exame de DNA, bem afinal se for comprovado que o Uchiha é mesmo o pai não estaremos falando de uma simples criança, ela será herdeira de um império... – Os olhos dela se arregalaram como se realmente não esperasse aquela informação.

-- Como assim herdeiro? Império?

Olhei para o Sasuke que estava andando de um lado para outro como se estivesse pirando com tudo aquilo:

-- Uchiha, eu não entendo muito de paternidade, mas acredito que você deveria estar sentado aqui conosco para decidir o que será feito caso confirme que o bebe é seu filho.

Ele me olhou como se quisesse entender o que estava acontecendo aqui, desviei meu olhar para a Lucy e respondi:

-- Sim, ele será um Duque, e filho do maior empresário do ramo tecnológico de todo o Japão, é claro que você não sabia disso, caso contrário já o teria procurado antes.

-- Olha, eu sabia que ele era muito rico, mas não tinha a menor ideia que ele era da realeza, ou seja, lá como vocês chamam, eu não tinha ideia que estava gerando um...

-- Duque...

-- Meu Deus, isso é... um absurdo, como? Como? Vai ser a vida dele? Ele... vai ser aquelas crianças que não podem brincar nem ter coleguinhas? Aquelas crianças que só poderá estudar, ter aulas de etiquetas e como ser um bom herdeiro? É isso? – Seu rosto estava assustado como se estivesse acabado de ver a maior atrocidade do planeta.

-- Não, não será nada disso – Falou Sasuke, com a voz alterada pelo nervoso – ele crescera como qualquer outra criança, mas terá a criação como qualquer herdeiro de um título, o resto ele só irá aprender quando tiver idade o suficiente, ele crescerá como outra qualquer criança... é claro se for mesmo meu filho...

-- Eu sei que é difícil acreditar em uma quase entranha chegando em sua casa dizendo que tem um filho seu, mas pelo amor de Deus por que cargas d’água eu faria isso se não fosse verdade?

Essa quem teve que responder foi eu:

-- Lucy, estamos em um momento delicado, nós dois somos destinados a nos casar desde o dia em que eu nasci, porem nós somos os últimos herdeiros de duas famílias reais, e com isso vem muitas oposições e suposições errôneas, inclusive uma tentativa de herdeiro falso, é complicado, mas você acabou se envolvendo em uma briga de gerações...

-- Mas eu não quero nada disso, eu só quero deixar o garoto com alguém que possa cuidar bem dele, e a minha melhor opção pareceu ser o pai... não queria causar tanto transtorno.

-- Mas causou...

Olhei feio para o Sasuke, pensei em jogar na cara dele que o maior causador de problemas foi ele, mas decidi que não adiantaria ele não mudaria, ele continuaria sendo um cretino.

-- Bem, quando podemos ir ao laboratório? – Perguntei

-- Nada de laboratório – Sasuke praticamente gritou – Eu vou pedir para uma empresa especializada vim aqui, assinaremos um termo de sigilo, não poderá sair nem mesmo uma palavra, entende? – Perguntou ele olhando direto para Lucy.

  Ele estava agindo com muita frieza para quem acabou de descobrir que é pai. Balancei a cabeça negativamente e perguntei:

-- Quando estará disponível Lucy? – Ela me olhou com uma expressão determinada.

-- Quando vocês quiserem, hoje mesmo se assim vocês decidirem!

-- Ótimo, ligarei para o laboratório! – Falou Sasuke seguindo para outro cômodo que acredito ser o escritório, eu ainda não conhecia muito bem a mansão.

Lucy se levantou e falou:

-- Senhora Uchiha...

-- Senhorita Haruno, ainda não nos casamos.

-- Certo, quero que saiba que não existiu nenhum sentimento quando dormimos juntos, nós estávamos bêbados, ele quase nem se lembrou de mim, foi um momento de fraqueza de ambas as partes, eu estava procurando me curar de uma decepção amorosa e ele estava bêbado, na verdade completamente bêbado, quando estávamos na cama ele só falava na pequena rosada, o quanto sentia saudade da ninfa de cabelos rosas. – Risos – Eu achei engraçado acabei pensando que ele estava drogado, como poderia existir alguém com tantas qualidades e defeitos na qual ele não parava de falar no bar? Não fizemos nenhum proveito naquela noite, foi somente dois idiotas querendo esquecer seus erros...

-- Lucy, eu não quero saber, na verdade eu sempre achei que não prestávamos um para o outro, esse... pequeno deslize de vocês só foi uma certeza disso.

Ela balançou a cabeça negativamente e se sentou na beirada do sofá:

-- Olha garota eu nem conheço vocês, não mesmo, mas eu vejo o quanto aquele homem se desesperou quando viu na enrascada que se meteu com a probabilidade gigantesca de te perder. – Ela me olhou seria como se entendesse de tudo que está falando – Se eu soubesse que ele é tão importante assim e que vocês iriam se casar em breve jamais teria vindo atrás dele, mas realmente eu não posso ficar com o meu filho, eu tenho uma carreira pela frente, e a maternidade só me atrapalharia.

Olhei para aquela mulher e a única coisa que eu consegui ver é o egoísmo dela, o quanto nada além de uma fama desejada, talvez fosse a salvação daquela criança ficar com o pai dele, afinal para o bem ou para o mal aqui ele seria muito bem cuidado. E por falar nisso onde está o bebe?

-- Onde está o bebê? – Perguntei vasculhando a sala com o olhar.

-- Ele está lá fora com minha namorada no carro!

Como? Ela deixou um bebe no carro?

-- Você deixou ele dentro do carro? Junto com a sua namorada? – Ela não tem a menor noção de como cuidar de uma criança.

-- Eu... Eu...

-- Vá busca-lo, eu quero conhece-lo! – Falei delicadamente.

-- Mas, e se o Sasuke não gostar...

-- Eu o avisarei!

Ela se levantou e foi andando até a entrada da casa como se estivesse em um desfile da Victoria Secrets, realmente ela é muito bonita, soltei um suspiro e me deixei afundar no sofá, fiquei pensando em como tudo que eu poderia fazer devido aquela situação inesperada, a minha maior vontade era sair correndo e encher aquele rostinho lindo do Sasuke de tapas até minhas mãos doerem, mas isso não ajudaria em nada, então eu só tenho mais duas opções, aceitar a criança caso fique comprovado que ele seja mesmo filho de Sasuke ou usar isso a todo custo a meu favor para pedir a anulação desse casamento. Seria como cuspir no prato em que se come, meu avô ficaria revoltado e geraria um escândalo na corte japonesa, é parece que eu não tenho muita escolha. Nesse momento Sasuke entra na sala guardando o celular no bolso, quando seus olhos pousaram em mim eu simplesmente o ignorei:

-- Sakura, olhe para mim!

Sua voz grossa e rouca sempre me causam um grande efeito, e dessa vez não seria diferente, ele se sentou do meu lado e puxou meu queixo e falou olhando em meus olhos:

-- Você sabe que eu jamais faria isso de proposito, você sabe que eu jamais nos exporia de uma maneira dessas Sakura, eu mal me lembro daquela noite...

Eu puxei com brusquidão meu rosto de sua mão e falei ríspida:

-- Você não me deve explicação Uchiha, eu e você nem nos amamos, no máximo é uma atração desenfreada que sentimos um pelo outro.

Em seu olhar eu vi raiva, ressentimento e tristeza:

-- Você sabe que não é só isso, você sabe que eu e você...

-- Voltei...                              

Lucy falou enquanto se aproximava em seu braço estava pendurado um bebe conforto, na cor cinza escuro, ela depositou aquele pequeno suporte no chão e falou apontando:

-- Eu lhes apresento o pequeno príncipe!

Eu quis corrigi-la afinal o Sasuke não é príncipe e sim duque, mas resolvi ficar quieta, segui até onde aquele pequeno ser inocente está com receio do que iria encontrar, mas com uma esperança quase absurda de que o bebe tivesse os cabelos louros e olhos amendoados, mas ao me aproximar foi com um terrível espanto que eu notei uma espessa cabeleira negra e pequenos olhos azuis, suas bochechas estavam rosadas, ele me olhou diretamente nos olhos como se entendesse o que todos ali pensavam. Me aproximei dele e me abaixei, seus pequenos olhinhos analisando cada movimento meu como se todos fossem conhecidos para o mesmo, passei meus dedos com carinho em seu rosto e com um pequeno barulhinho ele agitou seus pequenos bracinhos como se pedisse por mais:

-- Nossa ele gostou de você rosada, pois nem mesmo eu que sou sua mãe ele me deixa pega-lo no colo até para tomar banho é complicado chora horrores e só sossega quando eu volto a deita-lo no berço ou no bebe conforto, ele nunca nem sorriu para mim!

Eu fiquei encarando aquela carinha inocente, até que decidi pega-lo em meu colo, assim que o aninhei em meus braços uma ternura gigantesca me invadiu, olhei novamente para aquele anjinho que me encarava como se soubesse o que estava acontecendo e suspirei, a semelhança era incrível, os olhos espertos, o pequeno buraquinho que se formava no meio das sobrancelhas quando fazia aquela cara pensativa, os lábios finos, os cabelos rebeldes e sem disciplina, a única coisa que não havia de Sasuke era a cor dos olhos, tão azuis, tão límpidos e inocentes:

-- Ele é a sua cara! – Falei ainda olhando para o pequeno em meus braços.

-- Com certeza a genética da família é espetacular – Falou Lucy indignada – Ele não puxou nada de mim, nem mesmo a cor dos olhos!

-- Mas os olhos dele são azuis! – Falei constatando o obvio.

-- Sim, mas essa tonalidade não é minha, nem mesmo de alguém da minha família.

Pela primeira vez Sasuke se manifestou:

-- Essa tonalidade vem da família da minha mãe, somente minha mãe e um irmão dela não tinham essa cor de olhos.

O olhei quando o mesmo estava atrás de mim fitando o pequeno bebe, era uma pena não ter puxado aqueles ônix.

-- Qual o nome dele? – Perguntei acariciando aqueles cabelos rebeldes.

-- Bem, como desde o início eu não tive a intenção de cria-lo, achei que o pai dele gostaria de nomeá-lo.

Meus olhos saltaram no mesmo instante em que eu entendi que aquela mulher nem mesmo se preocupou em colocar um nome em seu filho.

-- E você o chama do que? – Perguntou um Sasuke a beira da irritação.

Ela nos fitou com uma preocupação aparente.

-- Nem fale nada!

Sim Sasuke já estava irritado! E eu continuava a fazer carinho naqueles cabelos escuros, ele já estava com os olhinhos quase se fechando quando escutamos o barulho da campainha.

-- Ótimo! Chegaram!

E essas foram as últimas palavras em que eu me atentei em prestar atenção, depois foi somente um show com vários advogados e médicos, com documentos de sigilos e vários termos. Um exame que duraria no máximo 30 minutos levou exatamente 2 horas, não era para menos, até mesmo eu tive que assinar documentos e mais documentos, no momento da coleta do material o pequenino chorou muito quando foi depositado no colo de sua mãe, somente parou de chorar quando voltou para os meus braços, fiquei balançando ele de um lado para o outro até que se acalmasse.

-- Então é isso senhor Uchiha, o exame estará pronto em 24h, assim que o mesmo estiver pronto entregarei ao seu advogado, posso lhe ser útil em mais algo?

Sasuke o dispensou com um gesto de mão, ficamos na biblioteca conversando por mais um tempo quando Lucy fala:

-- Preciso ir embora!

Me levantei estendendo o bebe para ela, mas ela deu um passo para trás e falou:

-- Não acho que para o lugar que eu vou aceitem crianças!

-- O que? – Perguntei, pensando não ter ouvido direito.

-- Olha eu já tinha combinado com algumas amigas de ir a uma boate, não imaginei que o Uchiha iria quere um exame de DNA!

-- Ohh Claro! Você achou que chegaria aqui falando que teve um filho meu, e eu iria cair de amores sem nem ao menos pedir um exame, ainda mais se levar em conta que eu nem mesmo me lembro da noite em que estivemos juntos. Somente uma vaga lembrança e mais nada, como pode pensar que eu aceitaria assim tão fácil? – Perguntou Sasuke com a voz fria como um iceberg.

-- Olha como você vai ou não acreditar isso não é problema meu, olha para essa criança! É você todinho, e como eu tenho certeza absoluta de que é seu filho, é mais do que justo você cuidar dele, eu já passei tempo demais com esse fardo.

Eu realmente não consigo entender como uma mãe pode abandonar seus filhos dessa maneira:

-- Não podemos ficar com ele, legalamente falando ele não é meu filho sua irresponsável! – A voz de Sasuke, já estava uma oitava mais alta.

-- Legalmente falando nem meu! – Falou ela dando as costas e saindo do escritório – Amanha nesse mesmo horário eu volto para assinar os papeis.

Eu e Sasuke ficamos plantados no meio do escritório assistindo ela sair, minha cabeça não parava de girar, como ela pode abandonar o próprio filho com desconhecidos? Isso é um absurdo! 

Me levantei e segui com o pequeno ainda meus braços para a cozinha, precisava encontrar algo para alimenta-lo, coloquei o mesmo no bebe conforto para ver se conseguiria algo e na hora ele reagiu com um pequeno resmungo:

-- Calma pequeno anjo, eu vou te deixar aqui por um breve estante, só para procurar alguma coisa para alimenta-lo.

Como se o mesmo entendesse o que eu havia falado, no mesmo momento parou de querer chorar e simplesmente ficou me acompanhando com os olhos para onde eu ia andando pela cozinha. Enquanto eu procurava em todos os cantos algo que poderia servir de alimento para o bebe Sasuke entrou na cozinha com uma cara nada amigável, ele se sentou do lado oposto da mesa como se não quisesse ter nenhum contato com a criança, fiquei calada somente procurando alguma coisa nos armários e geladeira, eu não queria quebrar o silencio e nem iria, fiquei aguardando até que o mesmo decide dizer algo:

-- Sakura, acredite eu não sabia, na verdade eu nem me lembrava que tinha acontecido algo, eu não quero nem mesmo me lembrar...

-- Sasuke, o que está feito está feito, o que você precisa agora é ir atrás de como vai fazer para cuidar dessa criança inocente, o único inocente é ele, ninguém mais!

Ele bufou nervoso e passou a mão nos cabelos pensando em algo:

-- Caso seja comprovado que ele é mesmo meu filho, irei contratar uma babá para ele, você não será obrigada a cuidar de uma criança que nem mesmo sua não é, eu assumo qualquer responsabilidade.

-- Você está falando como se ele fosse um fardo! – Falei me virando de frente para eles.

-- Olha eu não sei o que pensar, eu achei que eu teria um filho somente depois de casado com você, nunca me ocorreu ter um filho fora do casamento, isso sempre foi fora de questão!

-- Pois agora se encontra em questão, então trate de começar a pensar como pai e vá atrás de alimento para o seu filho, aqui não tem nada que sirva a uma criança!

-- Sakura, você está agindo como se fosse a mãe dele.

-- Oras você queria que eu começasse a agir como? A desvairada da mãe dele foi porta afora para uma balada e nem mesmo se preocupou se tinha leite e fralda para ele, alguém tem que ter a responsabilidade. – Falei sem muita convicção.

Sasuke me olhou como se conseguisse enxergar minha alma:

-- Mentira!

-- O que ?

-- Essa história de responsabilidade é tudo uma mentira, você gostou do bebe, você se apegou a ele no momento em que você colocou os olhos nele.

-- Isso não é verdade – Sim era verdade, mil vezes verdade, quando o olhei um sentimento desconhecido me invadiu, um carinho até então desconhecido.

Ele veio até mim e falou com uma frieza fora do normal:

-- Entenda que até o exame ficar pronto, essa criança jamais será considerada meu filho, tenha cuidado para não se magoar, eu já te falei que não me lembro daquela noite, essa mulher pode muito bem ser uma golpista.

-- Eu entendo que essa mulher pode ser sim uma golpista, mas olha bem para essa criança, olha direito, ele é a sua cópia, não tem como não ser seu filho. – O olhei seria e apontei para o bebê – Eu tenho todos os motivos para querer acabar de uma vez por todas com esse noivado, mas eu não irei fazer isso e você sabe por que?

Ele continuou a me olhar com aquela sem qualquer tipo de expressão, então continuei:

-- Não vou fazer por ele, por que eu vi nos olhos dele o que é ser rejeitado pela própria mãe, eu senti em minha pele o que não ter ninguém que se preocupe com você, então você gostando ou não da situação em que você se meteu, eu vou ser a mãe que ele precisa, irei ama-lo do jeito que ele merece, e ficarei muito feliz se você fizer o mesmo, afinal ele não tem culpa das merdas que você faz!

Quando terminei de falar ja estava gritando, e o bebê com o susto pelo barulho começou a chorar, fui até o mesmo e o peguei seguindo em direção a garagem entrei dentro do meu carro e arrumei o bebê conforto no banco traseiro, dei a partida no carro olhando para o pequeno bebê que me olhava como se entendesse tudo que estava vendo:

-- Você arrumou o pai mais idiota dá face da terra!

Sai da propriedade Uchiha soltando fogo pelas ventas, e pensando no quanto eu preciso de ajuda !!!

 

Sakura OFF

Sasuke ON

 

Eu ainda não estava acreditando que isso estava acontecendo comigo, um filho assim sem mais bem menos? Eu sempre me previni já para nunca receber esse tipo de notícia e quando eu acho que está tudo entrando nos trilhos que finalmente eu poderei ter a chance de conquistar aquela pequena irritante, me acontece isso.

Segui irritado para empresa sem ao menos falar bom dia com ninguém, ao passar no recepção as meninas que geralmente me davam bom dia com um sorriso nos lábios hoje simplesmente fingiram que nem me viram, melhor assim, não estava no clima para conversar com ninguém, não queria ninguém me importunando, quando passei para ir a minha sala falei curto e grosso com a minha secretária:

-- Não quero falar com ninguém hoje, qualquer reunião pode adiar para outro dia, qualquer que seja a pessoa diga que eu não estou!

Eu nem mesmo dei tempo para que ela me desse uma resposta, abri minha sala e entrei fechando a porta logo em seguida. O meu dia foi longo me enchi de trabalho meu, do Naruto e de Sakura já que ela nem ao menos apareceu na empresa, liguei no celular dela é só deu caixa postal, e conhecendo ela é bem capaz dela ter trocado até de número para não falar comigo, liguei até mesmo para Hinata que a essa altura já sabia do problema que eu havia me enfiado, ela pediu para mim ter calma e que com o tempo tudo se acertaria e ainda falou com aquela voz calma e centrada:

 

“-- Sakura-Chan tem um grande coração, no momento ela está se sentindo traída, afinal foi uma traição, mas com o tempo e se você se mostra mudado e parar de fazer tanta besteira ela irá te perdoar! ”                

Esse foi o auge do meu dia, a doce e calma Hinata me dando um puxão de orelha, quando eu pensei em que Kisashi poderia estar pensando de mim senti todo o meu sangue gelar, ele deve estar querendo me matar. E foi nesse mesmo ritmo que eu terminei o dia, minha cabeça estava doendo e meu corpo nem mesmo me obedecia direito, quando cheguei em casa Nobu veio conversar comigo:

-- Uchiha-sama posso ter uma palavrinha com o senhor?

-- Claro, vamos ao escritório! – Segui para o escritório já pensando no que ele poderia querer conversar comigo, Nobu trabalha na propriedade Uchiha desde que eu me entendo por gente e foi assim com o pai dele e os pais do pai dele, definitivamente uma geração de fieis trabalhadores.

Ao entrarmos no cômodo fui me sentar na minha cadeira atrás da mesa e Nobu foi nos servir com um copo de uísque, ele se sentou à minha frente e eu fiquei aguardando ele começar o assunto que nos trouxe aqui. Dei um gole na bebida forte e fiquei encarando o copo esperando que ele me desse uma saída para os meus problemas:

-- Uchiha-sama, sei que não é muito correto um servo se meter nos assuntos de seus senhores, porém não pude deixar de reparar no tanto de besteiras que o senhor fez nesse pouco tempo em que Lady Haruno entrou em sua vida. – Falou ele me olhando desafiador.

Levantei uma sobrancelha tentando entender o que o levou a tocar nesse assunto:

-- Sabe em todos esses anos eu nunca me meti em nada relacionado ao senhor, mas vê-lo cometer os mesmos erros que o seu avô cometeu está sendo uma lastima.

-- Meu avô? – Perguntei confuso.

-- Sim, eu e ele fomos grandes amigos, mas como parece acontecer muito nessa família, quando se trata de mulheres vocês são grandes idiotas, seu avô conseguiu afastar sua avó completamente da vida dele, eles tiveram somente uma breve relação na qual resultou ao seu pai, mas foi muito breve, assim que foi descoberto a gravidez da sua avó, ele voltou a vida libertina na qual ele sempre foi adepto, e é claro sua avó descobriu tudo, no começo ela fazia vista grossa, afinal aqueles eram outros tempos, mas logo ela se cansou, e como toda a mulher passou a rejeitá-lo. Os anos foram passando e seu avô fora ficando velho, cansado precisando de cuidados, e ele que contava com a sua avó acabou por quebrar a cara, ele não pensou que anos de negligencia poderia levar a sua vó que antes era a mulher mais doce que existia a ficar amargurada e fria, ela o desprezou e conseguiu com que seu pai o desprezasse também. – Suspiro – Foi uma época triste e confusa seu pai se tornou um rebelde, e sua avó ficou muito doente, logo ela veio a óbito, que deixou seu avô a beira da loucura afinal não tinha mais ninguém para ele, tudo que ele tinha era um monte de dinheiro e ninguém para amar e ama-lo, e assim foi passando alguns anos até que em umas de suas bebedeiras seu avô cometeu o erro mais certo da vida dele, em um bar no centro de Tóquio seu avô conheceu o pai de Mikoto, era um lavrador com problemas financeiros e muitas filhas, eu não sei bem como eles chegaram no acordo de casamento, mas seu avô chegou contando que ele pagou as dividas dessa família e em troca eles deram a mão da filha mais bonita em casamento para seu pai, e é claro que de início seu pai não reagiu nada bem, pois isso significava o fim de sua vida regada a muito saquê e várias mulheres disputando sua atenção, afinal parece uma praga que vocês tenham tanta beleza, mas como todo Uchiha tem o senso de respeito e honra seu pai honrou  o acordo e foi buscar sua mãe, todos aqui estávamos esperando uma garota sem o menor refinamento e etiqueta, e qual não foi nossa surpresa ao receber uma Lady, sua mãe apesar de não ter nascido na nobreza se comportava como uma verdadeira princesa, tão doce, delicada e gentil, como já deve ser do seu conhecimento sua mãe e seu pai se tornaram grandes amigos nos primeiros anos de casados, e sua mãe uma moça muito gentil cuidou do seu avô como se fosse do próprio pai até o falecimento do mesmo, e o resto você conhece a história, foi uma bela história dos seus pais.

-- Não entendi onde você quer chegar com isso Nobu! – Falei sem entender o que ele queria me dizer, mas realmente saber que meu avô foi um completo idiota me fez entender que eu realmente tenho a quem puxar.

-- Rapaz, o que eu quero dizer é que você não vai querer passar a sua vida na completa solidão como o seu avô, Sakura ainda é uma menina, mas logo saberá separar os sentimentos dela, e você não vai querer estar entre os ruins.

Passei as mãos pelos cabelos exasperado:

-- E o que você quer que eu faça? Parece que tudo que eu faço dá errado, ou quando está certo eu mesmo consigo estragar.

-- Seja gentil com ela, ela é uma garota delicada, ela não se parece com essas mulheres que você costuma sair, tenha paciência e acima de tudo, nunca menospreze o sentimento dela pelo seu filho...

-- Mas nem sabemos se ele realmente é meu filho...

-- Suponhamos então que seja, ela já se apegou ao garoto, ela se identificou com o mesmo por ter sentido o que é ser rejeitada pela própria mãe, Sasuke, você teve o amor do seus pais, ela não ela foi ignorada por anos, então o lado materno dela gritou alto quando ela viu aquele pequeno bebê ser descartado tão facilmente pela mãe dele. – Sorriso – Ao invés de ver isso como uma ameaça use a seu favor, tente ser um pai tão bom quanto o seu foi para essa criança, chame a atenção dela com coisas favoráveis, ela é uma pessoa muito ligada a família, quando ela sentir que você está um bom pai ela o verá com outros olhos, mas um conselho que eu te dou é que ame essa criança do mesmo jeito que você foi amado, afinal de nada ele tem culpa.

Nobu se levantou e saiu me deixando com os meus pensamentos, como eu faria isso dar certo, tem menos de 24h que eu descobri que eu ser pai, e o pior eu nem mesmo me lembro de como isso aconteceu, de tanto pensar na situação acabai dormindo no escritório mesmo, acordei com o Nobu me chamando:

-- Uchiha-sama!

Quando eu consegui despertar percebi que estava debruçado sobre a mesa sem nenhum conforto, olhei para o mesmo e logo ele já jogou a bomba em mim:

-- Uchiha-sama, seu advogado está na sala te aguardando, junto a Lady Haruno, e a Senhorita Lucy.

Fiquei tenso, provavelmente o exame já havia chegado e eles estavam aqui para ver o resultado:

-- Informe a todos que logo me juntarei a eles! – Falei me levantando para ir tomar um banho rápido.

Sai do escritório rápido e fui tomar uma ducha, enquanto eu tomava o banho eu ficava pensando o que eu faria caso o menino fosse o meu filho mesmo, não cheguei a nenhuma conclusão então desisti e fui ao encontro dos que me esperava.

SAKURA ON

Depois que sai da casa de Sasuke eu fui a um supermercado para comprar fraldas mamadeira e leite, fiquei completamente besta com a variedade de coisas que tinha para bebes e como eu não tinha muita noção do que comprar para ele eu pedi ajuda para uma vendedora que acabou por me empurrar mais coisas do que eu gostaria de comprar, quando eu cheguei em casa tive que pedir ajudar a uma das empregadas. Meu avô deu muita risada do esforço que eu estava fazendo para entrar com aquele monte de compras, até ver o bebe que estava comigo, quando eu expliquei a história completa a primeira coisa que ele falou foi:

“ – Irei matar aquele filhote de Uchiha!”

Foi engraçado afinal eu também queria mata-lo, mas lá no fundo eu queria que esse bebe fosse meu filho de verdade, cuidar dele foi uma experiência única, ele é uma criança bem tranquila quase não chora, só chorando quando alguém pegava ele em seu colo e ele não queria, no geral somente eu, meu avô que após a raiva passar se rendeu aos encantos dele, e a ajudante da cozinha que ele deixou pega-lo no colo, o resto das pessoas ele praticamente gritava quando o pegavam. A noite foi bem tranquilo, eu arrumei um jeito de colocá-lo deitado em um bercinho improvisado, mas não tive nem chance, cada vez que eu o colocava lá ele começava a chorar então o jeito foi deita-lo ao meu lado na cama, durante a noite o mesmo dormiu tranquilamente acordando somente uma única vez e nem mesmo chorou só acordei pelos barulhinhos e gritinhos que ele fazia ao tentar chupar as mãozinhas indicando que estava com fome, ainda bem que eu havia levado uma mamadeira extra para o caso dele acordar no meio da noite com fome. Ao amanhecer eu o arrumei para irmos à casa do Uchiha para a leitura do exame.

Assim que eu desci para tomar café com ele em meu colo, meu avô se aproximou de mim me dando um beijo de bom dia e pegou ele do meu colo e passou a dar leite para o bebe:

-- Bom dia minha menina! – Sorriso – Ele deu muito trabalho a noite?

-- Não, na verdade ele nem chora, ele ficou bem quietinho eu só acordei porque ele começou a morder as mãozinhas como se estivesse com fome, mas foi só eu dar a mamadeira aí ele ficou mais tranquilo e dormiu.

-- Humm, então esse rapazinho não dá problema? – Vovô falou brincando com o bebe em seu colo enquanto eu tomava meu café da manhã.

Conversamos mais um pouco sobre como seria o meu casamento depois dessa surpresa inesperada. Depois eu arrumei o pequenino no bebe conforto e fui para casa de Sasuke, ao chegar fui recebida pelo advogado que já estava no aguardo do Uchiha:

-- Bom dia Lady Haruno, vejo que o garoto se apegou na senhorita! – Falou ele com uma sobrancelha arqueada.

-- Bom dia, sim ele é um bebe bem seletivo, não é com todos que ele vai não! – Falei sorrindo para o neném.

Ficamos sentados aguardando Sasuke chegar e nesse meio tempo chegou Lucy com os olhos vermelhos e uma maquiagem pesada, ela simplesmente deu um bom dia coletivo e nada mais, nem uma pergunta sobre a criança, nem mesmo chegou perto para ver como ele estava, Nubo apareceu para informar que o Uchiha logo chegaria, e se retirou, esperamos mais alguns minutos e o mesmo apareceu com o rosto esculpido em pedra:

-- Bom dia! – E monossílabo como sempre.

Todos nós respondemos e quem tomou a palavra foi o advogado:

-- Uchiha-sama os exames já estão prontos, o senhor deseja lê-lo agora ou em outra ocasião?

-- Agora Yashida!

-- Certo! – O advogado abriu o envelope e começou a ler a linhas que ali se encontrava, e soltou um suspiro pesado. – Uchiha-sama, Lady Haruno, informo que o exame deu positivo!

Meu coração de um salto, e Lucy deu um sorrisinho vitorioso, Sasuke simplesmente ficou sem palavras, seu rosto sem expressão, ele deu um passo em direção ao neném, e no meu mais novo instinto materno eu me coloquei em frente mostrando a quem fosse inclusive a ele que eu defenderia essa criança com unhas e dentes! 


Notas Finais


Pessoal, de verdade eu ficaria muitíssima agradecida se vocês deixassem o comentários de vocês e os que gostarem favoritem se assim desejarem!
Bjus de cereja!!!

P.S: Tentarei demorar menos!


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