História A prometida - Primeiro encontro

Após o café, eu e a rainha Amberly fomos para o salão das mulheres. Provavelmente era ali que a rainha passava a maior parte do tempo.
- Aqui só entram mulheres,homens não são bem vindos, a não ser que eu permita - Diz ela num tom brincalhão.
- É realmente não conseguiria imaginar nenhum dos dois aqui -Digo abrindo um sorriso. Notei que ela não queria comentar nada sobre o acontecido,possivelmente a mando do marido. Decidimos então almoçar no salão.
O tempo que passamos no salão das mulheres, Amberly se mostra ser uma pessoa muito gentil e com certeza era uma ótima rainha. Quando ainda estava na Inglaterra, vi em alguns jornais e revistas que a rainha era muito querida, agora consigo imaginar porque. Ela pede para que nos sirva um chá, quando a criada chega me avisa que o príncipe Maxon me aguardava no jardim. Peço a ela que diga que já estou indo.
Assim que chego, avisto Maxon perto do banco que sentei no dia anterior.
- Senhorita.- Diz e pega minha mão e a beija - Gostaria de ter feito o pedido para nos encontrarmos pessoalmente,espero não ter se importando por ter sido feito pela rainha.
- De forma alguma, creio que depois do ocorrido tivesse assuntos a tratar com o rei -Disse já colocando o fato como o tema central desse encontro.
- Esse fato foi o motivo pelo qual eu e o rei nos ausentamos no café, mas creio que deve ter sido um ótimo dia na companhia de minha mãe.- Disse querendo mudar de assunto.
- Só tenho elogios em relação à rainha, foi realmente ótimo - Digo a ele.
- Fico feliz por isto - Diz ele abrindo um sorriso. Eu decido voltar ao assunto sobre os agitadores.
- Você poderia me explicar o que realmente aconteceu?
- Acho que o rei já explicou.
- Porque você não me diz o que queria que eu soubesse, antes do seu pai te interromper?
Ele respira fundo e fala.
- É, não eram agitadores,mas não precisa se preocupar.
- Mas o que eles queriam? -Pergunto o que faz ele olhar para mim.
- Isso eu realmente não sei,talvez chamar a atenção.
- Chamar a atenção invadindo o palácio.
- Não sei princesa - Diz ele, o que parecia verdade.
- Isso é muito estranho.
- Mas realmente não tem nada com que se preocupar - Ele fala isso querendo acabar com o assunto.
- Então não eram agitadores e sim rebeldes? Eles já invadiram o palácio outras vezes?
- Sim, algumas vezes, só não sei o que querem-diz ele me guiando para sentar no banco - Meu pai está cuidando de tudo - Ele senta de frente para mim - Na verdade pedi esse encontro... - Diz ele se aproximando de mim, o que me fez levantar de imediato, não deixando terminar a frase.
- Não sei o que pensou sobre esse encontro, mas com certeza não pensamos a mesma coisa,agora se me der licença prefiro ir para o quarto - Digo e ele se levanta.
- O que?
Não respondo, saio com raiva para o quarto, no caminho fico pensando em uma forma de acabar com esse casamento arranjado, pois se achava um absurdo essa história de casamento agora era loucura.
Entro no quarto batendo a porta.
- O que houve senhorita? -Pergunta Lucy vindo em minha direção.
- Agora mais do que nunca eu tenho certeza de que essa história de casamento arranjado é uma loucura, nunca vai dar certo.
- Maxon fez algo grave?
- Se você achar que tentar agarrar alguém seja grave, então é grave.
- Ele tentou agarrar a senhorita?
- Sim tentou, mas vou arrumar um jeito de acabar com isso.
- Isso o que senhorita?
- Um jeito de não me casar com ele.
- Mas como pretende fazer para que o casamento não aconteça?
- Não sei, mas arrumarei um jeito.
Depois do banho, me arrumo e desço para o jantar. De vez em quando noto que Maxon me observava, eu o ignoro totalmente. Me despeço e vou direto para o quarto, penso em tocar, mas logo vejo que não conseguiria. Decido então dormir, mas não consigo, vou então abrir a janela, começo a pensar em como me livrar desse história de casamento, mas nada vem na mente. Por fim decido escrever uma carta para Gered,resolvo então não contar sobre o que aconteceu no jardim, penso em eu mesma dar um jeito com relação a Maxon. Conto a ele sobre os rebeldes. Penso em enviar a carta, mas seria melhor pedir que a enviasse  no dia seguinte.
De manhã, mais uma vez Lucy fez um ótimo trabalho comigo,pois não consegui dormir direito. Antes do café da manhã peço que envie minha carta.
Já na mesa a rainha me pergunta sobre passar um tempo com ela, respondo que sim já que foi ótimo da última vez. Já Maxon mal abriu a boca, acho que percebeu que eu o ignorava por completo.
Quando quase estávamos terminando o café, um mordomo faz uma reverência e entrega um bilhete ao rei, que o lê de imediato.
- Malditos! - Diz ele se levantando.
- Alguma coisa grave? - Pergunta Maxon ao rei,que antes de responder olha para mim.
- Não, nada com que se preocupar - Diz já saindo, o que me leva a pensar que se tratava dos rebeldes, a rainha também se levanta e acompanha o marido, mas antes me pede para que eu a aguarde no salão das mulheres.
- O que houve Paul? - Pergunta Maxon ao mordomo, ele parece não querer responder provavelmente por minha causa -Tudo bem, ela já sabe - Diz Maxon.
- São rebeldes, estão no jardim -Diz ele e faz Maxon se levantar.
- No jardim! - Diz ele, o mordomo estão continua - Sim alteza, eles disseram que não querem confusão apenas conversar.
Conversar penso comigo mesma,será que era isso que queriam quando invadiram o palácio?
- Obrigado - Diz Maxon dispensando o mordomo. Eu me levanto quando estou indo em direção a porta Maxon diz.
- Desculpe, pelo mal entendido em nosso primeiro encontro.
- Mal entendido com você tentando me agarrar.
- Você realmente pensou isso?
- Mas não foi isso que você tentou fazer.
- Não América, você entendeu tudo errado.
Quando penso em responder, o rei aparece.
- Maxon, no escritório agora! - Diz ele, Maxon confirma com a cabeça, mas antes de sair fala.
- Preciso ir, mas gostaria de terminar essa conversa depois. Tudo bem? - Respondo que sim e ele vai ao encontro do pai.
Começo a me perguntar se eu não teria entendido tudo errado com relação as intenções de Maxon.
Com isso em mente vou em direção ao salão das mulheres.