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História A Prometida: Uma Proposta Irresistível - Completa - Capítulo 02


Escrita por: BrunaCrisCavalcanti

Capítulo 3 - Capítulo 02


MOMENTOS ANTES...

JASON FOLEY

Estou no Cassino Royal Vitale, um dos Cassinos mais importante de L.A, sei que deveria me afastar, as jogatinas me arruinaram, mas não consigo, até porque eles nos emprestam dinheiro durante a jogada no intuito de devolver ao final da noite, ou assinar promissórias. Uma hora eles me cobrarão, como já me cobraram e eu tive que dar a empresa, minha casa e meu carro. De lá pra cá já assinei milhares, e até hoje não paguei. Decido pegar uma grana alta emprestada e começo a jogar...
A cada jogada um desespero, estou perdendo todo o dinheiro. Terei que assinar mais uma promissória. Eu só não sei como farei pra pagar tudo isso! Perdi tudo o que eu tinha, já não tenho mais recursos, preciso pensar em algo. Quando olho a roleta, minha ultima aposta da noite, percebo que perdi. Mais uma vez!
Reúno a coragem que me falta, assino minha promissória na mão de uma bela loira que era uma das meninas que trabalhavam no cassino para nos divertir e decido ir pra casa, por sorte, ainda sobrava o dinheiro da passagem. Quando estou caminhando em direção a saída, os seguranças me barram, eu me assusto.

— O que...? Eu preciso ir pra casa! — Passo a mão no cabelo nervosamente e um dos seguranças me olha mal-encarado.

— O senhor Vitale exigiu que o você vá a sala administrativa. Ele quer conversar com você! — Me sinto nervoso, sei que quando somos chamados lá, é para sermos cobrados. O que eu faço agora meu Deus! Não sei! Não tenho nada a oferecer.
Andrew Vitale é um homem jovem, mas sei que ele possui além do Cassino, uma máfia que mata em troca de qualquer coisa. Me sinto tenso. Assinto lentamente e caminho em direção a sala. Bato na porta e o tal senhor Andrew Vitale me manda entrar. Seu olhar parece furioso, engulo seco e entro lentamente em sua sala. Ele aponta para a poltrona a sua frente e eu me sento. Vitale cruza as mãos em frente ao rosto e parece me analisar. Até que incontáveis segundos depois ele decide dizer algo.

— Senhor Foley! Acabei de ler sua ultima promissória... — Ele apanha a promissória em suas mãos colocando uns óculos em seu rosto. Sua expressão enigmática analisando a promissória me faz estremecer. Ele apanha uma caixa de arquivo que contem meu nome e apanha mais promissórias. Engulo seco novamente enquanto ele analisa algumas das promissórias. Seu olhar se volta para mim e Vitale tira seus óculos do rosto.

— Senhor Foley, o senhor tem acumulado aqui, mais de seis meses de promissórias vencidas, já tive paciência o suficiente para aguardar seu pagamento. Quero que resolva isso hoje e agora! — Ele diz em um tom feroz e eu suspiro.

— Senhor Vitale! Por favor, eu prometo que trago na próxima semana, me deixa ir pra casa, tenho uma mulher e uma filha pra cuidar. Preciso trabalhar para lhe pagar! — Vitale se levanta abruptamente apanha as promissórias e as joga sobre mim me fazendo fechar os olhos.

— O senhor não percebe! Nem um ano seu trabalhado, paga sua dívida no cassino! Só tem um modo de você me pagar todo esse prejuízo! — Eu o olho amedrontado.

— Qual seria? — Pergunto receoso, ele dá um sorriso tenebroso e vejo chamas em seus olhos.

— Com a sua vida! Homens merda como você não merece viver! — Eu me levanto suplicando.

— Por favor senhor! Não faça isso! Sou chefe de família! — Digo juntando as mãos em uma suplica e ele me olha impassível.

— Jackson! Perry! — Ele grita e dois homens enormes o olham atentamente, vejo que é dois de seus seguranças.

— Levem esse homem para aquele lugar especial e sumam com ele. — Os homens assentem vindo em minha direção. Vitale me olha arrumando seu terno.

— Se o senhor fosse chefe de família mesmo, estaria trabalhando e cuidando de sua família honrando as calças que veste e pagando suas dívidas, tenho certeza que sua família nem vai ligar se você desaparecer do mapa misteriosamente! — Seu tom de voz é arrogante. Meu desespero aumenta. Fecho os olhos lembrando da minha filha e de minha esposa, o quanto elas imploravam para eu largar essa vida e eu nunca as ouvi. De repente movido pelo desespero, faço uma proposta indecorosa ao senhor Vitale.

— Senhor Vitale! Espere! Eu tenho uma oferta! — Ele arqueia a sobrancelha, olha para os seguranças e assente para me largar, eu suspiro aliviado e ele me encara com seus olhos fulminantes.

— Estou esperando, qual é sua cartada final?! — Ele pergunta acendendo um charuto caminha até a mim e começa a tragar e solta a fumaça na minha cara me fazendo fechar os olhos.

— Eu tenho uma filha de dezoito anos! Ela é linda como a mãe, parece uma modelo, eu lhe dou ela como garantia de pagamento. Você fica com ela e assim que eu arrumar o dinheiro eu lhe dou em troca da liberdade dela. — Vitale parece pensativo tragando seu charuto, cada segundo é um tempo precioso. Espero ansiosamente e amedrontado pelo seu veredito. Eu não sei o que me deu na cabeça por ofertar minha filha, talvez o desespero de morrer...

— Pode ser uma boa diversão, brincar com sua filha como minha cadelinha, enquanto sei que você não terá capacidade de me pagar as dívidas que tem nesse Cassino, porque o senhor não passa de um ser inútil. Eu aceito a proposta com uma condição. — Olho para ele atentamente assentindo com desespero.

— Meus homens irão buscar sua filha, passa seu endereço, mas você ficará aqui! Caso ela não agradar meus olhos, mato ela, você e sua esposa! — Estremeço com sua frase. Vitale parece categórico suas palavras. Ele é do tipo de homem que não volta a trás. Eu assinto silenciosamente. E ele dá as ordens para seus homens irem a minha residência. Fecho os olhos pedindo perdão a minha mulher e minha filha mentalmente. Vitale estava certo, eu era um homem inútil que terminou de arruinar de vez minha família.

 



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