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História A proposta - "- Por que você está pelada?"


Escrita por: islesidlexz

Notas do Autor


Olá guapos e guapas!!! 🌟❤

Como demorei um século para postar o capítulo anterior e esse eu terminei bem rapidinho, resolvi posta-lo como um presentinho para vocês 😋

Tá na reta final, hein pessoal! ☹ mas tenho muita coisa pra acontecer ainda, e pelo título desse capítulo ( e para quem assistiu o filme ) pode imaginar o que vem por aí hahah

Sem mais delongas,
Boa leitura a todos 🌟❤

Capítulo 7 - "- Por que você está pelada?"


 As três mulheres andavam pelo píer à caminho da casa enquanto falavam sobre como o Ramone estava bem mais solto na dança para Ana Paula. 

 Cada vez mais próximas a casa, puderam enxergar mais ao longe Paola batendo com um machado em um tronco de árvore.

_ Ah não… Ela está trabalhando nessa canoa de novo.

_ Paola! Paola, querida, está tudo bem?

 Hirma tentou chamar sua filha, mas ela estava com fones de ouvido e mesmo que gritassem, ela não as ouviria.

_ O que ela está fazendo?

_ Deve ter acontecido alguma coisa. É melhor deixá-la sozinha. Venha, querida.

 Ana Paula olhou de relance uma última vez para Paola e então seguiu o mesmo caminho que as mulheres. 

 Hirma já presumia o que deveria ter acontecido já que havia mandando seu marido falar com sua filha e isso poderia ter levado a uma discussão. Joe estava assistindo uma luta de boxe na televisão da sala de estar quando Hirma se aproxima e tira o controle remoto de sua mão, desligando a televisão em seguida. 

_ O que você está fazendo? Eu estava assistindo.

_ Por que a Paola está trabalhando naquela canoa inútil de novo?

_ Talvez esteja planejando fugir, não sei.

 O homem respondeu com indiferença. Um pouco constrangida presenciando aquela cena, Ana Paula diz que estava cansada pelo dia que tiveram e agradece pela surpresa para ela, pedindo licença aos mais velhos ela segue para o quarto. 

Tudo o que ela queria naquele momento era tomar um longo banho e tirar do seu corpo aquele cheiro de óleo corporal que havia ficado impregnado nela. 

 Enquanto ela subia as escadas para o quarto, na sala de estar os pais de Paola continuam a conversa.

_ O que você fez, Joe?

_ Eu não fiz nada. Só tivemos uma conversa franca sobre o futuro dela.

_ Ah sim, isso foi uma ótima ideia porque ela nunca mais vai voltar aqui! Ela é minha filha e eu a vejo a cada três anos por sua causa. Por sua causa! Para mim já deu, Joe… Você vai apoiá-la no casamento com a Ana e ponto final! Se não tomarmos cuidado, vamos acabar nessa casa enorme, só você e eu, sozinhos. Você e eu, e tudo que temos raiva, e Deus não permita que elas nos dê um neto que jamais veremos. 

 Nesse momento Paola entra em casa e segue em direção ao seu quarto sem trocar uma palavra com seus pais na sala. A jovem foi para a sacada do quarto e como ele tinha vista para os fundos da casa, ela aproveitou para desfazer-se de suas roupas ali mesmo. Ela tirou as botas de couro, a camisa, a calça jeans e por último tirou suas peças íntimas, ficando completamente nua.

 Enquanto isso, dentro do banheiro e sem consciência do que estava acontecendo fora do quarto, Ana Paula terminou seu banho e só então percebeu que havia esquecido de pegar a toalha. Ela procurou pelos armário do cômodo uma toalha ou algo que pudesse usar para se secar, mas nada ali seria suficiente para tal feito. 

 A editora então abre a porta do banheiro  e após dar uma rápida olhada ao redor para ver se não havia alguém por ali, foi em direção aos armários onde ficavam as toalhas mas no meio do caminho é impedida por Mané que começa a latir e pular em suas pernas.

_ Não, sai cachorro! Vai embora!

 Ela tenta afastá-lo mas o animal insistia querendo brincar. Ana Paula então volta até o banheiro e pega o secador de cabelo na tentativa de assustar mas o cachorro senta em sua frente, aproveitando o ventinho em seus pelos.

_ Ah você gosta disso…

 Ela aproveitou com o animal estava deitado no tapete em frente a porta do banheiro e começa a puxá-lo com o pé para dentro do banheiro. 

_ Isso, bom menino…

 Quando já estava próximo suficiente, Ana Paula com agilidade o puxou e correu para fora do banheiro, fechando a porta em seguida. 

 No mesmo momento, Paola fechava a porta de vidro que dava entrada a sacada e depois seguiu em direção ao banheiro enquanto usava uma toalha para secar o suor de seu rosto. 

 Ana Paula respirou fundo e virou-se para ir até o armário pegar uma toalha para se secar mas por conta dos seus pés estarem molhados, ela acabou escorrendo no piso liso de madeira e se desequilibrou.

 Os corpos nus e molhados das mulheres se chocaram um no outro, e o susto as fizeram desequilibrar e cair no chão. Ana Paula estava por cima com as mãos uma de cada lado do rosto de Paola, que instintivamente segurou firme na cintura fina de sua chefe. 

_ Mas que merda…

 A editora sussurro, enquanto ainda tentava assimilar o que havia acontecido. Ela encarou os olhos arregalados da Argentina e depois os desceu lentamente, assim finalmente notando que as duas estavam desprovidas que qualquer peça de roupa. 

_ O quê…

_ Ai meu Deus! 

_ Você está pelada!

_ Por que você está toda molhada?

_ Por que você está pelada? Não olhe para mim! 

 A editora rolou para um lado, enquanto a assistente levantava rapidamente. Ana Paula correu para o lado da cama onde pegou um lençol para cobrir sua nudez, já Paola pegou e se enrolou em uma toalha.

_ Explique-se!

_ Explicar o quê? Eu estava lá fora!

_ Ah sério? E não me escutou?

_ Não! Eu estava ouvindo música nos fones… O que você já está fazendo em casa? E por que pulou em cima de mim sem mais nem menos?

_ Eu não queria pular em você! Seu cachorro estava me atacando e eu tive que correr, então me desequilíbrei e bati em você. 

_ O quê há de errado entra você e esse cachorro?

_ Só… Vai! Sai daqui!

_ Todo bién… Aliás, bela tatuagem!

 Paola disse enquanto seguia para o banheiro. Ana Paula abriu levemente a boca não acreditando naquela tudo e colocou a mão sobre sua nuca, onde havia feito a tatuagem anos atrás.

 Quando a jovem abriu a porta do banheiro, Mané saiu correndo para fora do quarto enquanto latia.

_ Viu só! 

_ Oh mal escapei com vida! Viu o tamanho dos dentes daquele monstro?

 Paola debochou antes de entrar no cômodo, enquanto Ana Paula suspirou profundamente e jogou sua cabeça contra o colchão da cama, abafando seu grito. 

• AP •


 Mais tarde, naquele mesmo dia, as duas mulheres já estavam deitadas em suas respectivas camas. Ana Paula na grande e confortável cama de casal, e Paola em sua improvisada no chão.

Um silêncio incômodo e constrangedor reinava naquele cômodo e nenhuma das duas mulheres sabiam como iriam findar aquilo.

_ Entonces…

 A assistente decidiu puxar qualquer assunto, estava cansada daquele silêncio mas não sabia bem o que era certo falar e com certeza o que decidiu não foi bem o ideal. 

_ Toda peladinha…

_ Podemos não falar sobre isso?

_ Sabe, aquilo não fazia parte do nosso acordo. 

_ Paola, por favor…

_ Desculpe, só estou dizendo.

_ Qual é o problema entre você e seu pai?

_ Oh, essa pergunta não está no formulário.

_ Sério? Achei que tivesse dito que precisávamos saber tudo uma sobre a outra. 

_ Não sobre isso. 

_ Mas se o homem perguntar…

_ Já disse que não sobre isso, Ana Paula. Boa noite.

 Mais uma vez o silêncio se torna o principal som no ambiente. Minutos se passaram e depois de um suspeito, a editora resolveu se pronunciar. 

_ Eu gosto do canal Paranormal.

_ O quê?

_ Não no sentido de "nossa, como é engraçado, ela gosta daquele lixo". Eu realmente gosto… hã… 

 Ela morde a pontinha da unha em uma velha mania enquanto pensava no que deveria falar.

_ Eu fiz aula de dança na sexta série, meu primeiro show foi Rob Base e DJ E-Z Rock… Eu acho a Cate Blanchett sexy, não gosto de flores em casa porque me lembram funerais. Sempre leio Morro dos ventos uivantes no natal, é meu livro favorito…

 Aos poucos e ainda um pouco receosa da reação que a assistente poderia ter, Ana Paula foi se abrindo e contando detalhes pessoais de sua vida, enquanto era atentamente ouvida por Paola. 

_ Eu fui ao banheiro chorar depois que o Bob me chamou de cobra venenosa… Não durmo com uma pessoa há de um ano e meio. E a tatuagem dos pássaros? São andorinhas. Eu fiz aos dezesseis anos, quando meus pais morreram… Foi estupidez… Com certeza há muitas mais coisas sobre mim, mas é tudo o que posso dizer agora. 

 Mais uma vez, o silêncio, mas diferente dos anteriores esse não era mais constrangedor ou desconfortável para as duas mulheres, na verdade elas o apreciavam.

_ Você dormiu?

_ Não, só estou aqui, processando…

_ Ah ok.

_ Você não dorme mesmo com ninguém há dezoito meses?

_ Ai meu Deus, de tudo o que falei, é só sobre isso o que quer saber?

_ Isso é muito tempo.

_ Bem, eu estive um pouco ocupada.

_ Sei… Quem é Rob Base?

_ E DJ E-Z Rock? Ah, você deve conhecer!

 A editora canta um pedacinho da música para refrescar a memória da jovem, mas a mesma diz ainda não saber quem era. 

_ Eles eram bons. 

 Sem conseguir mais se conter, Paola solta a risada que estava segurando quando ouviu Ana Paula cantar.

_ O que foi?

_ Eu sei quem são, só queria ouvi-la cantar.

 As duas riem, enquanto a editora sente suas bochechas corarem um pouco.

_ Ana? 

_ O quê?

_ Não me leve a mal.. mas você é uma mulher muito, muito bonita.

 A mais velha perdeu a fala diante do elogio da jovem. Paola ficou temerosa acreditando que Ana Paula não havia gostado do elogio, então para suavizar o clima ela começa a cantar a mesma música que a editora estava cantando antes. 

 As duas mulheres começam a cantar em uníssono, enquanto riam do jeito engraçado que a jovem imitava o tom agudo da voz do cantor. Incrivelmente depois disso o clima no cômodo ficou muito mais leve, e a última coisa a ser ouvida era a risada delas antes de pegarem no sono.

• AP •


 Naquela manhã Ana Paula acordou cedo, antes mesmo de Paola despertar e ao notar que a jovem ainda dormia profundamente, aproveitou para dar uma melhorada em seu rosto de recém despertada. Ela passou rapidamente às mãos sobre seu babydoll para desfazer os amassados, ajeitou seu longo cabelo castanho e passou nos lábios um gloss rosinha claro que estava na cômoda ao lado de sua cama. 

 Quando estava prestes a se deitar novamente, ouve-se umas leves batidas na porta e em seguida a voz da mãe de Paola soa no lado de fora.

_ Serviço de quarto! Um café da manhã para um casal feliz.

 Ana Paula foi para a beirada da cama e começou a dar algumas batidinhas no braço da jovem na falha tentativa de acordá-la. 

_ Paola… Paola!

 A editora pegou um dos seus travesseiros e jogou em direção ao rosto da assistente, acertando em cheio e assim finalmente acordando-a.

_ Qué cojones estás haciendo?

_ Sua mãe está na porta! Vem para cá!

_ Pero que…

 Ainda um pouco cambaleante por recém ter acordado, Paola levantou e correu para ajuntar sua "cama" do chão, deixando tudo o mais normal possível. 

_ Vem, deita aqui!

_ Espera, você está de maquiagem?

_ O quê? É claro que não! Deita aqui comigo e me abraça.

 Elas se ajeitam melhor e ficam meio que sentadas escoradas na cabeceira da cama. Paola passou um dos seus braços sobre os ombros de Ana Paula, que estava com seu corpo próximo e com a outra mão entrelaçou com a mão da editora.

_ Pode entrar.

_ Com licença… Bom dia meninas!

 A mais velha adentrou o cômodo segurando em suas mãos uma bandeja com um café da manhã completo feito por ela mesma para as mulheres.

_ Hum, o cheiro está ótimo… Não precisava ter se incomodado.

_ Não foi incômodo algum. Você é da família agora, Ana.

 Ela coloca a bandeja sobre um puff que havia ali ao lado da cama e abre as cortinas do quarto usando o controle, assim iluminando todo o ambiente. 

_ Tem espaço para mais um?

 Perguntou o pai da assistente antes de entrar no quarto e parar ao lado de sua esposa. 

_ Podemos não fazer uma reunião de família agora? Acabamos de acordar, por favor. 

_ Nós já vamos sair. É que sua mãe e eu temos uma proposta para vocês, e eu acho uma ótima idéia.

_ Queremos que vocês se casem aqui amanhã!

_ O quê?

_ Ah não, não podemos…

_ Vocês irão se casar mesmo, então por que não aqui, onde podemos todos estar juntos e assim sua avó poderá participar?

_ Mamá, amanhã é aniversário da vovó, é um dia especial e não queremos roubar toda a atenção para nós.

 Bastou Paola por um ponto final em sua fala, que a senhora mais velha da família também adentrou o quarto.

_ Eu já tive oitenta e nove festas de aniversário. Não preciso de mais uma.

_ Mas abuelita

_ Seria um sonho realizado ver o casamento da minha única neta. Vocês fariam isso?

 As duas mulheres ainda estavam receosas em aceitar aquilo, e Paola balançava a cabeça negativamente.

_ Antes que eu morra?

_ Está bem! É claro!

 As senhoras comemoraram e Hirma começa a falar super animada sobre o que fariam para o casamento. 

_ Não se preocupem, nós vamos preparar tudo e já temos o lugar ideal para realizar a cerimônia, no celeiro. 

_ É é uma tradição da família Carosella. 

_ Uau, um celeiro? Que legal… Eu sempre quis casar em um celeiro.

_ É, ela sempre quis.

_ Isso é um sinal! Um sinal do universo de que vocês devem ficar juntas.

_ Bom, vamos deixá-las sozinhas agora. Mas estamos tão emocionadas! 

 Os mais velhos finalmente saem do quarto, deixando Ana Paula e Paola sozinhas novamente.

_ ¡Ai Dios mío!

_ O que foi?

_ Quando minha mãe descobrir que tudo isso é uma farsa, ela vai ficar arrasada e minha avó vai morrer!

_ Sua mãe não vai descobrir nada. Se acalma.

_ E meu pai… O que foi aquilo? Essa história de casamento, de onde veio isso?

_ Ela provavelmente o convenceu disso. Me escuta, eles não vão descobrir nada. 

_ Minha nossa, Ana Paula! Onde eu me meti?! 

 A jovem murmura enquanto esconde seu rosto entre suas duas mãos. Ana Paula se aproximou e começou a passar a mão suavemente pelas costas da outra mulher, tentando acalmá-la. 

_ Paola, eles não irão descobrir nada. Vai dar tudo certo… Não vamos ficar casadas para sempre, estaremos divorciadas e felizes antes que se dê conta, e tudo ficará bem.

 A editora agora deslizava pelos ombros da assistente, massageando levemente acalentando-a. Paola respirou profundamente e tirou as mãos de seu rosto, direcionando seu olhar para a mulher ao seu lado. 

 Foi inevitável os olhares não se cruzarem e nenhuma das duas mulheres foi capaz de quebrar aquele contato, então o mantiverem por alguns segundos, até o olhar de Paola se recair sobre os lábios rosados de Ana Paula. Sem que pudesse evitar, a jovem foi se aproximando lentamente, cada vez mais próxima da editora. 

 Ana Paula percebeu as intenções de Paola e arregalou um pouco seus olhos, levantando rapidamente em seguida. 

_ Ahn… Eu vou servir café para nós!

 A editora foi até onde a mãe da assistente havia deixado a bandeja e serviu uma xícara com o café preto. Paola a observou atentamente a mulher lhes servir o café. 

 O cabelo castanho dela caía suavemente sobre seu rosto e ela tinha uma expressão de concentração no que fazia. O olhar da Argentina desceu um pouco e olhou para o corpo da Canadense coberto pelo babydoll preto com pequenos detalhes em renda rosa, e a jovem não conseguia parar de pensar no quanto sua chefe estava bonita naquela manhã, mas logo tratou de afastar esses pensamentos enquanto balançava negativamente a cabeça.

_ Você tem razão… Faremos um divórcio rápido e tudo voltará ao normal.

_ É… Tudo ficará bem.


Notas Finais


Essas duas, hein?? Digo nada 😏

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Besos pana e até o próximo ❤🌟


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