Nos separamos apenas quando o ar faltou em nossos pulmões. Mas ainda assim, a ideia de nos afastarmos parecia tão dolorosa que ficamos ali, mais alguns minutos, apenas aproveitando mais um pouco daquela realidade em que estávamos juntos e pertencíamos um ao outro.
Com as testas coladas, olhos fechados e respirações ofegantes, um sorriso imenso se abria em meu rosto. Eu estava apaixonada por ele, pelo meu vizinho arrogante e egocêntrico. Não era mais possível negar. Meu coração batia tão rápido que eu não me surpreenderia se ele pulasse do peito sem mais nem menos.
- Vamos sair daqui. – A voz de Sasuke me acordou e pela primeira vez ouvi seu tom sair suave e carinhoso, fazendo-me perceber o quão feliz ele também estava.
Abri os olhos e vi as orbes negras me fitando com tanta intensidade que perdi qualquer habilidade de falar. Então apenas assenti com a cabeça ainda sorrindo e Sasuke entrelaçou nossas mãos me levando para fora daquele palco.
Ainda podia-se ouvir os gritos e palmas, mas nada disso importava. Meu foco estava apenas no simples fato de sentir sua mão quente na minha, seu toque firme e decidido, que me levava para fora daquele lugar sem eu mesmo perguntar o rumo, pois não tinha importância. Naquele momento, eu iria com Sasuke para onde quer que ele me levasse. Eu estava completamente entregue àquele sentimento que cresceu aos poucos no meu peito, mesmo eu não enxergando ou evitando que ele se aflorasse.
Porém, já não havia mais sentido esconder os desejos do meu coração, uma vez que eles eram recíprocos e finalmente tínhamos a chance de construir algo verdadeiro entre nós. Era real, cada toque, cada beijo necessitado que dávamos pelas calçadas, cada sorriso, cada carinho... era tudo, finalmente, real.
Depois de alguns minutos tropeçando pelas ruas enquanto nossas mãos e lábios negavam-se a soltar-se um do outro, Sasuke finalmente me recostou sob a lateral de um carro preto enquanto continuava me beijando com toda a vontade contida em nossos corpos.
Suas mãos passeavam pela minha coluna e cintura, apertando forte e marcando cada pedaço por onde passava, enquanto eu me enroscava em sua nuca e cabelos negros como a noite, pedindo uma aproximação cada vez maior.
Assim que o ar nos faltou, me afastei apenas o necessário para colar nossas testas enquanto buscávamos controlar nossa respiração.
– O que está esperando pra me levar pro seu apartamento? – Sussurrei com um sorriso provocante, pois a verdade é que eu não poderia mais esperar para que ele me fizesse sua outra vez.
Sasuke apenas me encarou com um olhar extremamente sexy, aproximando nossos rostos mais uma vez e chupando o meu lábio inferior dando uma leve mordida ao final.
– Entra. – Ele disse firme enquanto abria a porta do carro e assim o fiz.
A tensão no carro era gigantesca, a expectativa era incomparável. Apenas queríamos sentir um ao outro, tocar pele com pele, boca com boca, mas o risco de um acidente era perigoso demais naquele momento em que nossos hormônios e vontades estavam completamente descontrolados.
Tentei segurar meu desejo de beija-lo, mas minha boca partiu para seu pescoço inconscientemente, pelo simples fato de nossa distância, mesmo que mínima, fosse insuportável. Olhei-o de soslaio e pude ver a tensão em seu rosto enquanto trincava o maxilar, claramente se segurando para não parar o carro no meio fio e me tomar ali mesmo.
Beijava-lhe a pele exposta e mordiscava o lóbulo de sua orelha, ouvindo o mesmo rosnar entredentes:
– Você vai acabar comigo...
Sorri em seu pescoço sendo me hálito quente bater em sua pele e continuei dando atenção a ele com minha língua. Estava tão determinada em beijar cada centímetro exposto possível que nem me dei conta de quando chegamos ao estacionamento do prédio e Sasuke já me puxava para sentar em seu colo no banco do motorista.
Ele tomou meus lábios com desespero enquanto apertava minhas coxas que o rodeavam. A sensação de ter suas mãos em mim era deliciosa. Gemi baixinho enquanto ele levava seus lábios e língua até meu pescoço e deixava um rastro de fogo por onde passava. Mordiscou meu queixo e em seguida meu lábio inferior, enquanto as mãos habilidosas apertavam minha nuca e cintura evitando qualquer mínimo espaço entre nossos corpos.
– Sa-sasuke. – Gemi quando uma de suas mãos apertou meu seio esquerdo e tombei a cabeça para trás aproveitando daquele estímulo delicioso.
- Eu vou te fazer gemer o meu nome tantas vezes e tão alto que a cidade toda vai saber à quem você pertence. – Ele disse e me beijou com necessidade mais uma vez, fazendo todos os pelos do meu corpo se arrepiarem e meu ventre latejar.
Sasuke abriu a porta do carro levando meu corpo junto ao seu para fora do veículo, como se meu peso não fizesse nenhuma diferença para ele. Senti minhas pernas vacilarem e as enlacei em sua cintura com mais firmeza e o mesmo fechou a porta do carro, logo nos levando até o nosso andar.
A cada 10 degraus que subíamos, Sasuke não aguentava e me prensava na parede, aproximando ainda mais nossos corpos e roçando nossas intimidades.
Agradeci mentalmente por não ter câmeras no local e continuei saboreando aqueles lábios que tanto me viciaram. Chegamos até a porta do apartamento do meu vizinho e nem vi quando Sasuke destrancou a porta e nos levou para dentro do seu quarto. Só percebi onde estávamos no momento em que minhas costas tocaram o colchão macio.
A urgência era tanta que meus sentidos estavam completamente entorpecidos e tudo o que eu conseguia pensar era na necessidade de te-lo dentro de mim, me preenchendo por completo como somente ele seria capaz de fazer.
Sem pensar sequer uma vez, apenas comecei a retirar sua blusa, que saiu rapidamente no momento em que Sasuke levantou os braços para facilitar a tarefa. Me levantei o suficiente para beijar todo aquele abdomen esculpido pelos deuses. Empurrei seu peitoral definido e o virei, colocando-o deitado devidamente na cama com os cabelos negros e rebeldes espalhados pelos travesseiros.
Pude ver, mesmo no escuro do cômodo, o sorriso sacana que ele disparava. As mãos grandes e fortes percorriam meu corpo, dando leves apertos a cada vez que minha língua atingia um ponto sensível de sua pele. Comecei pelo pescoço, orelha, clavícula e fui descendo até onde o cós de sua calça se fez presente.
Mordi o lábio inferior desejando-o com todo o fogo que ardia dentro de mim e rapidamente desafivelei seu cinto, abrindo o botão daquela peça de roupa que me distanciava do meu verdadeiro objeto de prazer.
O som do zíper descendo, nossas respirações descompassadas e o volume estridente das batidas de nossos corações era tudo o que eu podia ouvir naquele quarto escuro. Fitei as orbes ônix rapidamente e pude ver o desejo contido naquele olhar tão penetrante. Em um impulso, puxei sua calça para baixo e o mesmo retirou a peça jogando-a ao lado da cama.
O volume de sua pretuberância, mesmo ainda coberta pela box preta, mostrava o quanto ele me queria. Mordi meu lábio tentando guardar pelo menos um fio de sanidade em mim, mas parecia ser tarde demais e apenas retirei o último tecido que me impedia de tocá-lo.
Segurei o membro rígido com uma de minhas mãos e comecei a fazer os movimentos certos para que Sasuke sentisse todo o prazer possível que eu pudesse proporciona-lo. Levei a outra mão até seu abdomen, arranhando-o enquanto o ouvia gemer meu nome e segurar-se com força nas cobertas.
– Eu só quero você. – Sussurrei quase inaudível, mas o olhar estreito e safado que ele me direcionou provou que ele havia ouvido minha constatação.
Eu podia sentir que ele estava quase lá pela tensão que seus músculos faziam. Eu queria mais, queria ouvi-lo rosnar meu nome e sentir o quanto eu o desejava e o queria pra mim. Então logo me ajeitei na cama e o abocanhei com vontade, sentindo todo o gosto de sua pele macia e sensível. Devotei incontáveis minutos levando-o a loucura, e quando eu achei que seu ápice chegaria, Sasuke inverteu nossas posições de surpresa e tomou meus lábios com urgência.
– Isso não é justo. Você ainda está vestida. – Ele sussurrou em meu ouvido e sua voz estava completamente rouca de prazer, fazendo com que meu corpo tremesse por completo e eu perdesse qualquer último controle que tinha sobre mim mesma.
Logo seus lábios passearam por meu pescoço e colo, enquanto o mesmo abria o zíper lateral do meu vestido e retirando-o por completo. Seus olhos me observavam minuciosamente e não pude deixar de corar com a forma com a qual ele me olhava.
Me senti uma presa encurralada pelo predador e, na realidade, era exatamente isso o que estava acontecendo.
Sasuke tinha um olhar feroz e suas mãos rapidamente apertaram meus seios por cima da lingerie de renda preta. Me levantei para beija-lo mais e logo uma de suas mãos aproveitou a oportunidade para abrir o fecho do meu sutiã expondo meus seios.
– Você é perfeita. – Murmurou no momento em que nossos lábios se descolaram e eu não pude evitar que um sorriso sinceramente feliz e satisfeito se abrisse em meu rosto.
Tomei seus lábios para mim mais uma vez, mas dessa vez em um beijo apaixonado. Ainda tínhamos pressa, mas eu desejava transparecer todo o sentimento que transbordava do meu peito. E sentindo o carinho que seu polegar fazia em minha bochecha esquerda, eu soube que ele entendeu o que eu queria dizer sem necessariamente dizer sequer uma palavra.
– Eu te quero tanto, Sakura. – Ele disse entredentes enquanto se afastava somente o necessário para passear os dedos em meus lábios.
Nossos olhos se cruzaram e o fogo do desejo se mostrava mais uma vez, fazendo-o selar nossas bocas com luxúria.
– Sa-suke...eu preciso de você... – Gemi seu nome quando o mesmo levou sua língua quente para meus seios, lambendo o vale entre eles e abocanhando um fazendo movimentos circulares enquanto massageava o outro no mesmo ritmo.
Logo sua mão desceu por minha barriga e seus dedos brincaram com o elástico de minha calcinha, fazendo-a deixar meu corpo sem resistência, expondo toda minha intimidade à mercê do que ele desejasse fazer comigo.
Meus olhos, que estavam cerrados pelo prazer, abriram-se apenas para observar seu próximo movimento, e quando o senti apertar meu ponto firme e sensível choraminguei por mais.
– Sasu-ke... por favor... – Supliquei enquanto o mesmo me penetrava com um dedo me levando à loucura e fazendo-me rebolar para senti-lo melhor.
Seus movimentos eram perfeitos e sincronizados. Meu corpo entrava em um choque elétrico e minhas pernas tremiam sentindo meu ápice se aproximar. Logo senti sua língua me penetrar com maestria e circular por minha intimidade com devoção e vontade. Mordi os lábios tentando abafar meus gemidos, mas foi em vão. A sensação era tão arrebatadora que eu já não tinha a mínina lucidez.
Eu me contorcia entre os lençóis, gritando seu nome e implorando por mais. E quando o clímax me invadiu por completo, eu gemi seu nome em desespero e prazer, sentindo minhas paredes se contraírem e me permiti sentir cada segundo daquela sensação maravilhosa que Sasuke me proporcionava.
Minhas pernas amoleceram e caíram no colchão, minha respiração estava forte e sem ritmo. Meus olhos cerrados demonstravam o quão intenso aquele orgasmo havia sido e, ainda assim, mesmo exusto, meu corpo implorava por mais.
E como se lesse a minha mente, Sasuke levou seus dedos novamente até meu sexo e me obriguei a fita-lo, que me observava com um sorriso sexy e lambia os próprios lábios de forma provocativa.
– Você está tão molhada, Sakura. Tão pronta pra mim. – Ele rosnou e as íris negras se dilataram de prazer no momento em que ele se posicionou entre minhas pernas e nossas intimidades se encaixaram.
– Me faça sua, Sasuke-kun. – Implorei completamente entregue e o mesmo rapidamente atendeu meu pedido, penetrando-me com força e começando as estocadas cada vez com mais força e intensidade enquanto colava nossas bocas em um beijo profundo e necessitado.
Sua pretuberância me preenchia por completo de uma forma deliciosa, atingindo diversos pontos de prazer. As mãos apoiadas sobre o colchão, volta e meia apertavam minhas coxas, quadris e cintura com certa força que provavelmente deixaria marcas na manhã seguinte.
Eu suplicava por mais e Sasuke rosnava meu nome enquanto eu gemia o dele com o resto de voz que ainda tinha.
O som de nossos corpos se batendo era a melodia perfeita para meus ouvidos. Nossos cheiros misturados e nossas peles coladas entorpeciam meus sentidos e inebriavam minha mente, que apenas buscava prazer, prazer nele, prazer com ele.
Seu membro pulsava em meu interior e quando meu segundo orgasmo chegou, minha intimidade o apertou sentindo o mesmo se derramar em mim enquanto grunhia palavras desconexas em meu ouvido, deixando-me arrepiada e satisfeita.
Sasuke beijou meus lábios com carinho e logo deitou-se ao meu lado, me puxando para que eu me aninhasse ao seu corpo enquanto regulávamos nossa respiração. O abracei e enterrei meu rosto em seu peito, sentindo que estava exatamente onde deveria estar, em seus braços.
Senti seus lábios tocarem minha testa e sua mão acariciar a base de minha coluna enquanto colava ainda mais nossos corpos.
– Você tem 15 minutos pra se recuperar, vizinha. – Ele disse divertido e eu sorri envergonhada sabendo que aquela noite não acabaria tão cedo.
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