História A prostituta de Thomas Sangster - O que você quer dizer? - parte 2

 Ele riu extremamente amargo e de repente o homem diante de mim parecia miseravelmente infeliz: - Você vive repetindo que eu destruí sua vida incrível de filha de viciado, que estraguei seu emprego maravilhoso de garçonete, forcei você a ficar comigo como uma prostituta, mas não sabe o que fez comigo, Olivia Clarke - ele me olhou intensamente sem mais vestígios de sorriso em seu rosto - sempre fui focado em manter os negócios do meu pai, era tudo que eu tinha que me preocupar. Ai você apareceu, me dando respostas atrevidas, se fazendo de superior, tentando provar que era boa demais para mim. Merda, Olivia, era só ter dito sim. 

 - Não ouse colocar a culpa em mim...

 - Você se transformou em um desafio - ele me ignorou - depois se tornou uma obsessão, eu não conseguia parar de pensar em você, eu ignorei compromissos e me distraí por sua causa. Eu fiquei tão maluco por você que esqueci quem era, ignorei riscos e por isso você se tornou um alvo para Patrick - ele caminhou em minha direção novamente tão determinado que quase me assustou - eu não quis te colocar em perigo, achei que não importaria, mas importa. É isso que me deixa com mais raiva, a única que importa eu me descuidei e preciso ficar longe. 

 Eu o olhei completamente chocada: - O quê? 

 - É para a sua segurança que eu preciso fazer todos acreditarem que você não é nada para mim - ele comentou aflito - e eu achei que me afastar seria fácil, você disse que não queria mais e eu concordei com a ideia, achei que era a solução e é, mas não para mim, eu não consigo me afastar. Talvez se eu tivesse feito isso mais cedo, mas agora é impossível. 

 - Thomas... - sussurrei quando ele tocou meu rosto. 

 - Talvez eu não esteja fazendo muito sentido - ele continuou - já que nunca fiz isso antes, nunca me abri para alguem, mas é exatamente por isso que eu não posso simplesmente desistir; Nunca me interessei por alguem como aconteceu com você, Liv. Eu sei que você não gosta de mim, mas me dá uma única chance e eu te dou tudo que quiser. 

 Segurei a respiração por um momento, eu não esperava por algo assim vindo da boca de Thomas, eu nem sabia direito o que pensar. Eu não repudiava Thomas, não todo tempo. Talvez porque tudo começou do jeito errado, talvez porque sempre me senti um objeto em suas mãos. 

 Mas droga, eu queria tanto beija-lo e esquecer quem ele era e o porque eu estava ali. 

 - Merda, Liv, me beija ou vai embora - ele colocou exasperado. 

 Foi um segundo entre sua frase e a minha resposta,  me apressei para beija-lo, meus lábios encontrando os seus com fome, ele imediatamente correspondeu segurando minha cintura com força e me puxando para si; Soltei um suspiro quando suas mãos desceram para a minha bunda e puxei seu cabelo em resposta. Só estando ao alcance de suas mãos novamente que percebi o quanto elas fizeram falta. 

 Já estava sem fôlego quando chegamos ao quarto, Thomas fechou a porta sem se importar com o barulho e tirou a camiseta, sorri quando ele voltou a me beijar, me puxando para si ao mesmo que me conduzia para a cama, tirei os tênis com os pés no caminho e Thomas riu ao percebe-los. 

 - Kaya deixou você usar isso - debochou. 

 - Cala a boca - resmunguei e soltei um gritinho ao cair na cama. 

 - Você consegue tudo que quer, não é mesmo, Liv Clarke? - ele sorriu subindo na cama para chegar até mim. 

 - Nem tudo - sorri - não consegui me livrar de você. 

 - Nem vai - respondeu mordendo meu lábio antes de me beijar novamente.

 Ele foi rápido em tirar a minha roupa, me peguei extremamente ansiosa por seu toque, suspirei completamente arrepiada quando sua boca deixou a minha e começou a descer pelo meu corpo. Segurei seu cabelo e ele mordeu meu peito: - Thomas - reclamei e ele sorriu logo lambendo o local, sugando para aliviar a dor enquanto suas mãos tratavam de tirar meu sutiã, a peça mal saiu do meu corpo e a boca e mãos de Thomas já estavam em seu lugar, cobrindo meus seios de carícias, minha pele se arrepiou e eu mordi o lábio para evitar um novo suspiro, era incrível como esse contato se tornou tão necessário, sentir esse prazer era tão viciante. 

 Thomas continuou a descer sua boca por minha pele, arrastando os lábios por minha barriga e deixando beijos aleatórios antes de chegar ao seu destino, o suspiro que eu tanto segurava escapou pelos meus lábios e logo se tornou pequenos gemidos inevitáveis. Minha pele parecia queimar de ansiedade e desejo, enrolei meus dedos em seu cabelo loiro e puxei interrompendo sua carícia, Thomas me olhou confuso. 

 - Não quero preliminares - afirmei e um sorriso torto surgiu em seus lábios - eu quero você, agora, Sangster. 

 Thomas me olhou intensamente, o sorriso ainda brincando em seus lábios, o brilho em seu olhar me denunciava uma leveza que nunca vi em Thomas, ele não estava apenas com desejo, ele estava feliz. Suas mãos trabalhavam em sua própria calça antes de se inclinar para me beijar, gemi saindo do beijo quando ele me penetrou, seus olhos continuaram em meu rosto enquanto ele soltava a respiração pesada ao começar a se movimentar, ele fechou os olhos dominado pelas sensações e eu escorreguei as minhas mãos pelo seu corpo, sua pele quente e livre das costas, subi uma das minhas mãos para a sua nuca e arranhei; Thomas colocou um beijo aleatório em meu rosto e nossos olhares se encontraram. 

 Naquele momento eu entendi que não estávamos fazendo sexo e sim amor. 

 Eu o beijei com todo carinho e desejo que estava sentindo, escapando para inevitáveis gemidos, mas nunca me afastando. Quando finalmente o ápice veio, eubo abracei para que não se afastasse, Thomas não pareceu se incomodar, continuou a roçar seus lábios em mim enquanto recuperava o fôlego. 

 - Por que foi tão diferente? - sussurrei sem ar. 

 - Porque você queria - ele respondeu - não se sentiu obrigada; Foi diferente para mim tambem, acredite. 

 - Foi bom - sorri e o senti sorrindo tambem. 

 - Liv - Thomas se ajeitou sobre os braços para me olhar - ninguem pode saber que nos ainda temos contato - ele passou os dedos pelo meu cabelo em um carinho suave - nem mesmo Kaya. Quero que fique segura sem que eu precise ficar sem te ver. 

 - Mas como vamos fazer?

 - A gente dá um jeito - ele sorriu selando nossos lábios.