História A quanto tempo Jimin! - Capitulo 2 - Busan

(No aeroporto)

Depois de uma longa discussão onde eu dizia que não e o Hugo me dava um trilhão de motivos para ele ir comigo, porque segundo ele eu poderia correr perigos e que com sua presença seria mais seguro em todos os sentidos. Logicamente que pra mim isso era tolice, mas por um lado ele estava certo. Eu poderia, sim, correr perigos, mas ele já estrava exagerando.

Mesmo que ele só esteja tentando me proteger eu não quero nenhuma babá comigo, mas enfiar isso cabeça dele era e é impossível.

- Hugo, não é não, você é muito teimoso. Eu já disse que eu sei me virar sozinha.

Hugo:- Mas eu tenho medo de...

- EU VOU FICAR BEM! Além do mais, você tem a escola, as meninas. Você não vai e PONTO!- Eu já nervosa com aquela discussãozinha idiota.

Hugo:- TÁ, mas Sarah me prometa que vai me ligar todos os dias, que irá contar tudo para mim e que se acontecer qualquer coisa vai me ligar imediatamente, me prometa isso!  Ele dizia enquanto segurava meus ombros e olhava profundamente em meus olhos. Eu nunca tinha visto ele daquele jeito, preocupado. Eu até tentei pronunciar alguma coisa, mas bem na hora eu ouvi a ultima chamada do voo.

~ ULTIMA CHAMADA PARA O VOO 1-5-3-7 DO PORTÃO DE EMBARQUE NUMERO NOVE, COM O DESTINO A BUSAN-COREIA DO SUL. ~

- Tenho que ir. Sentirei muito a sua falta, prometo te ligar todos os dias, tá seu chato?!

Hugo:- Tchau pequena. Assim que eu tiver um tempo na escola eu vou te visitar, tá? Cuide-se e vê se cria juízo!

- Tá. Tchau Hugo sentirei muito a sua falta. Digo lhe dando um ultimo abraço. Sinto um suspiro pesado sobre meus ombros e quando nos separamos ele estava com uma cara tão tristonha que me deu vontade de ficar ou de dizer que ele podia ir comigo, porém, eu realmente tinha que ir ou perderia a oportunidade da minha vida.

Não vou negar em dizer que eu estou muito feliz por ir para a Coreia e nem que vou estudar numa das melhores escolas de lá, mas deixar os Estados unidos e principalmente o Hugo  vai ser muito difícil para mim.

(11 Horas 56 minutos  )

Nunca em toda a minha vida eu tinha viajado um voo que demorasse tanto. Depois daquele voo longo e tedioso, eu estava toda "quebrada”, “destruída" e a única coisa que eu queria naquele momento era finalmente chegar logo naquele apartamento, na minha cama e dormir.

Assim que pego a minha grande e pesada mala, pego o meu celular e tento achar pelo aplicativo um táxi mais próximo a mim. Sem demora alguma um táxi branco com listras azuis para em minha frente, eu entro e lhe dou um papel que eu tinha guardado em meu bolso. Hugo havia me dado dizendo que nele havia o endereço do apartamento e disse para eu entregar ao taxista.

Ele se vira e me diz:

Taxista: - Do you speak my language? (você fala meu idioma?).

- oh sim, sim. Digo em coreano. Ele dá um sorriso de alívio, que foi impossível não retribui.

Taxista:- A senhorita que fazer um tour pela cidade ou prefere ir direto para este local?

- É melhor ir direto. Estou muito cansada.

Taxista:- Oh entendo, então tá! Desculpe-me, mas de onde a senhorita é? Disse já dirigindo.

- Eu vim dos Estados Unidos, mas nasci no Brasil.- assim que digo a palavra “Brasil” o taxista abre o sorriso tão grande que chegou a me assustar um pouco.

Taxista:- Oh Brasil, o pais do futebol, samba e de pessoas calorosas!- confesso que fiquei muito feliz em saber que eles tinham essa imagem do Brasil. - A senhorita veio para estudo, trabalho, para ver a cultura ou pelo seu amor pela musica coreana? – Disse enquanto prestava atenção nas ruas movimentadas.

- Pelo estudo, pretendo trabalhar aqui também e pela cultura, porém, eu não sou muito fã de k-pop, me desculpe. Talvez com o tempo eu comece a baixar algumas no meu celular. Digo em um tom de brincadeira.

Taxista:-  Fico surpreso por você não gostar de k-pop, porque durante toda a minha carreira de taxista eu nunca vi um estrangeiro que soubesse coreano e que não gostasse de k-pop. Gostei da senhorita! Como se chama? Não precisa responder se não quiser.

- Me chamo Sarah e eu também gostei muito do senhor! Ele se vira (de novo) e me da um sorriso e naquele instante eu pude ver o quanto ele era bonito e jovem, sim, estranhei o fato de ele ser novo, porque eu sempre vi taxistas senhores, mas jovens daquele jeito não. Como não sou boba, continuei a conversa. - E você como se chama?

Taxista:- Chamo-me Chan-Woo... Kim Chan-Woo. Assim que ele termina de dizer o seu nome seu celular toca- com licença eu posso atender é a minha esposa?- ESPOSA!  Ele tem uma esposa! Confesso que criei uma certa expectativa nele. Eu dei  um sorrisinho e comecei a ficar vermelha por tanta vergonha, mesmo não tendo feito nada. Ele viu através do retrovisor  e percebeu o que eu havia bolado na minha cabeça e com certeza parou de falar comigo durante o caminho por conta disso.

Enquanto eu ainda estava a caminho do apartamento, ficava observando aquela linda cidade cheia de prédios altos e todos muitos bem arquitetados, aquelas ruas iluminadas e lojas e lugares que eu adoraria ir. Busan é realmente uma cidade muito linda e chamava atenção em todos os sentidos.

Não demorou muito e eu já havia chegado no prédio em que eu iria ficar. Hugo já havia conversado com a recepção , já tinha me dito o numero do apartamento e disse que era a minha casa a partir de agora. Hugo sempre foi um grande amigo para mim, confesso que na adolescência eu gostava muito dele, cheguei a pensar em pedi-lo em namoro, mas sempre me faltou coragem e oportunidade, porém, com o tempo esse sentimento foi substituído por uma grande amizade, até porque Hugo sempre foi um completo galinha e fazia questão de me mostrar as suas novas “menininhas” que era como ele  as gostava de chamar “menininhas” e sim, eu sei que ele gosta realmente de mim, mas não sinto nada por ele, não mais.

Entro no elevador e vou para o décimo quinto andar, o que pra mim é muito, muito alto. O numero do apartamento era o 304 e eu estava ansiosíssima para ver a vista que Hugo havia tanto falado.

 Chegando na porta do apartamento eu abro e vejo que ela era muito maior do que a minha casa nos estados unidos, ela se parecia com os apartamentos dos doramas, até tinha aquele degrau e o armário de por os sapatos que você veste para sair. Eu simplesmente achei aquele apartamento maravilhoso, porém, eu estava muito cansada para arrumar a minha mala e ver a casa detalhadamente, então, optei por ir direto para um dos quartos e dormir. Sabia que iria demorar a me acostumar com o fuso horário, mas coloquei o despertador para tocar bem cedo amanhã, afinal eu teria que conversar com o famoso diretor da escola e depois iria ver como é as coisas por aqui, comprar comida e algumas coisas para o apartamento e vê se consigo um emprego de meio período o que com toda certeza seria difícil de consegui, mas eu estava determinada em morar aqui.

(continua...)