História A quarta Black - Cartas, escolhas e estrelas

‘’Snowflakes cadent, tempus mutatur, proditori muritur, sed nomen supersit toujours pur.’’

Dia 01 de Janeiro de 1977.

Hydra bateu a porta da cabine e se virou, dando de cara com Bellatrix, única ocupante daquela cabine.

— O que você quer?- perguntou Hydra cruzando os braços e encarando a irmã.

— Preciso que faça uma coisa, ou melhor, peça uma coisa.

 Hydra juntou as sobrancelhas, descruzou os braços e se sentou ao lado de Bella.

— E o que seria essa "coisa"?

Bellatrix deu um sorriso, não um de seus costumeiros sarcásticos, irônicos ou venenosos, foi um sorriso sincero e "acolhedor". 

 Bellatrix Black NÃO era colhedora. 

Bella se aproximou mais um pouco da irmã mais nova e segurou as suas duas mãos.

— Hydra, eu não sei como te dizer  isso, mas eu vou tentar, estamos vivendo dias difíceis, mas isso é obvio que você sabe.- Bella recebeu um aceno positivo da irmã como resposta.- Nós temos  que escolher um lado, o Lord das Trevas está tomando tudo, Hydra, e não falta muito para ele tomar o ministério...- Bella tinha os olhos presos na irmã.- e eu espero já estar ao seu lado quando isso acontecer.

— Bella...

— Hydra, eu quero estar ao lado do Lord, desejo ser uma de suas seguidoras.

— Bellatrix...

— E eu tenho certeza que você quer a mesma coisa, minha irmã. Sei que você quer mostrar o seu valor e provar, para todos que veio para este mundo por um motivo.

Bellatrix tinha um brilho doentio nos seus olhos.

— Eu...

— Imagina, Day, eu e você, s duas irmãs Black’s, futuras Sras. Lestrange’s...

— Ainda não engoli está história, Bellatrix.

— Eu também não! Mas quem vai se importa com o nosso sobrenome quando estivermos ao lado dele?!

— Eu me importa, Bellatrix! Essa não era a minha ideia de futuro.

— Não seja idiota, Hydra! Você foi selecionada para a Corvinal por algum motivo, e não foi pelo seu rostinho de lindo, oi pela sua inteligência, pense como uma Corvina irmã, dssa casa tem a fama dos alunos mais inteligentes da escola por algum motivo, não me mostre o contrário, não seja covarde.

Aquilo foi o demais para Hydra, Bellatrix questionou a sua inteligência. Aquilo era inadmissível! Hydra foi chamada para ajudar Peter Pettigrew em seu quinto ano, época dos NOM’s, quando ela era terceiro anos, Hydra não admitia que duvidassem e judiassem de sua pessoa daquela maneira, não admitia que ninguém a chamasse de covarde. Ela também era um Greengrass e os Greengrass’s sempre foram conhecidos por sua coragem. 

Day não era covarde.

Hydra deu um longo e pesado suspiro, seus olhos vagaram por todos os pontos da cabine, apertou os olhos e encarou Bellatrix novamente. Já tinha a sua resposta.

— O que quer que eu faça?

Dia 02 de Janeiro de 1977.

Rabastan Lestrange tinha acabado de sair do banheiro masculino e andava distraído pelo corredor quando repentinamente foi puxado e jogado contra a parede.

— O que foi isso?- perguntou Lestrange confuso e afastando, devagar, a varinha que estava apontada para k seu rosto.

— Bella e eu precisamos da sua ajudar, aliás, sua e do seu irmão.- respondeu Hydra olhando para os dois lados do corredor e voltando a encarar Rabastan.

— E por que você e Bellatrix precisam da minha ajuda e de Rodolphus?- perguntou Rabastan encarando Hydra com as duas sobrancelhas juntas.

Hydra checou novamente os dois lados do corredor, se aproximou de Lestrange, colocou suas mãos no ombro do garoto e a sua boca próximo ao seu ouvido sussurrando

— Queremos ir ao encontro do Lord.

Rabastan arregalou os olhos e agarrou os pulsos de Hydra, fazendo a garota o encarar.

— Ficou louca? Não podemos falar sobre isso aqui!- disse Rabastan em um sussurro bravo e olhando para os dois lados do corredor.- Como descobriu?

— Visito o Salão Comunal da Sonserina com frequência.- mentiu Hydra.

Rabastan bufou.

— Eu não posso levar vocês, não sou eu que consegue os convites...- começou Lestrange.

— É aí que Rodolphus, meu futuro cunhado, entra.- disse Hydra interrompendo o Sonserino.

— Vocês têm apenas 14 anos, jovens demais para Milord.- argumentou Rabastan.

— Tenho certeza de que o Lord das Trevas não vai recusar duas sangues puros com tão boa vontade, principalmente sendo as duas da nobre família Black.- respondeu Hydra cim um sorrisinho de lado.

Rabastan sabia que Hydra tinha razão, a boa vontade e principalmente a pureza em seu sangue fazia com que o Lord se agradasse do ‘’candidato’’.

Lestrange supirou, soltou os braços de Hydra e esfregou o rosto.

— Vou falar com Rodolphus, mas eu não prometo nada.

Em um impulso Day se agarrou ao pescoço de Rabastan, um sorriso estampava o seu rosto.

— Sabe que Rodolphus com toda certeza vai querer algo em troca, não sabe?- perguntou Rabastan fazendo Hydra se soltar de seu pescoço e o encarar.-Bellatrix.

Hydra entendeu o recado.

— Pode deixar que dessa parte cuido eu.

Dia 14 de Fevereiro de 1976.

Era dia dos namorados e Bellatrix e Hydra andavam em passos apressados enquanto discutiam nas ruas de Hogsmeade, o motivo da discussão era que Hydra tinha ‘’forçado’’ Bella a aceitar qualquer coisa que Rodolphus pedisse e Bella não estava nem um pouco feliz com aquilo.

Estavam a poucos passos do Cabeça de Javali, bar onde as duas iriam se encontrar com o Lestrange mais velho, quando Bellatrix parou de andar e começou a soltar insultos encarando um ponto fixo.

— Qual é o seu problema?- perguntou Hydra parando na frente da irmã e a encarando com as sobrancelhas arqueadas.

Bella não disse nada, apenas apontou com o queixo.

Hydra se virou e começou a procurar com os olhos o que a irmã encarava. A moto voadora de Sirius estava estacionada bem na frente do bar, Hydra suspirou, se virou e caminhou até a irmã parando ao seu lado.

— Não estamos indo lá por ele, lembre-se disso.- disse Hydra entrelaçando o seu braço no de Bella.- Vamos?

Bellatrix virou a cabeça em direção a irmã e recebeu um sorriso mínimo da mesma como resposta, Bella suspirou e começou a andar, junto a irmã, para o Cabeça de Javali.

Assim que as duas colocaram os seus pés no bar uma música desconhecida por elas e som de risadas e gargalhadas invadiram os seus ouvidos, sem muito interessem para saber o porquê da algazarra, as duas começaram a procurar Rodolphus com os olhos Rodolphus pelo local. Bellatrix deu um leve toque no braço da irmã e apontou com a cabeça uma mesa no fundo, Lestrange estava lá sentado as encarando com um copo de Whisky de Fogo na mão e um sorrisinho ridículo de lado.

— Se ele abusar da minha paciências...- rosnou Bella entre os dentes enquanto as duas caminhavam até a mesa do rapaz.

— Você não vai fazer nada.- respondeu Hydra.- Rodolphus é o seu futuro marido, atual ‘’namorado’’ Ai!-Hydra recebeu um beliscão da irmã como resposta.

Assim que as duas garotas chegaram na mesa de Lestrange o rapaz se levantou, ele recebeu um ‘’obrigado’’ como resposta de Hydra e uma revirada de olhos de Bellatrix.

— Não imaginam o quanto eu fiquei impressionado quando Rabastan me mandou uma carta falando sobre o interesse de vocês duas.- disse Rodolphus voltando a se sentar e bebendo um pouco de seu Whisky.

Rodolphus tinha terminado a escola junto a Lucius, já Rabastan estava no seu último ano junto a Narcisa.

— Não sei o motivo, pensei que me conhecesse melhor.- respondeu Bellatrix se encostando na cadeira e encarando Rodolphus de braços cruzados.- Sempre mostrei um grande e sério interesse em artes das trevas, e juntar o que eu mais gosto para acabar com o que eu mais odeio é... como posso dizer?- a garota estalou a língua no céu da boca.- A mistura perfeita.

Bellatrix sempre foi fascinada pelas artes das trevas, herdando isso com toda certeza dos seus pais, e o seu ódio pelos trouxas, nascidos trouxas e alguns mestiços era clara, era só olhar para o seu rosto quando ela visse qualquer um dos três citados, a sua expressão era de nojo, repulsa e ódio.

— Talvez nem tanto por você, Bella.- a garota sorriu com o que Rodolphus disse.- Mas e você Hydra? Nunca a vi fazer nada.

O rapaz tomou mais um gole da bebida com os olhos presos na "cunhada".

— Claro que não viu, diversões desse tipo são apenas para convidados e, é claro, família.- respondeu Bellatrix ainda sorrindo.

Com ‘’diversões desse tipo’’ Bellatrix quis dizer trouxas e a alguns nascidos que foram capturados e presos no porão da nobre casa dos Black’s e torturados por toda famílias e, algumas vezes, amigos muito próximos.’’ 

Sirius e Andrômeda sempre se recusaram a participar de tal ato.

— Não sabia que participava destas festinhas, cunhada.- comentou Rodolphus com um sorriso arteiro.

— Você não sabe de muita coisa, cunhado.

— Vamos parar com todo esse papo que não vai nós levar a lugar nenhum e vamos direto ao assunto.- disse Bellatrix recebendo a atenção dos dois presentes.- Rodolphus, você trouxe ou não os convites?

No momento em que o silêncio se instalou na mesa, Hydra abriu a sua bolsa, pegou um cigarro e o acendeu com um estralar de dedos, deu um trago e soltou a fumaça.

— Ainda estamos esperando a resposta, Lestrange.- disse Hydra dando mais um trago.- Não queremos perder o nosso tempo.

Rodolphus encarou as duas irmãs e em seguida pós a sua mão dentro de seu pesado casaco de couro e tirou de lá dois envelopes pardos. Quando Bellatrix esticou a mão para pegar os envelopes Rodolphus os afastou da garota, Hydra segurou o riso quando viu a raiva chegar aos olhos de Bellatrix.

— Quero o meu pagamento.

— Minha mão na sua cara?

— Bellatrix!- exclamou Hydra encarando a irmã com uma expressão séria.

Bella bufou

— O que você quer?- perguntou Bellatrix entre os dentes.

— Um beijo.

— O QUE?!

Com o grito de Bella algumas pessoas que estavam no bar viraram a cabeça em direção a mesa que as duas Black’s e o Lestrange ocupavam, pouco a pouco todos foram voltando as suas atividades de antes.

— Ora, Bella! Quando nos casarmos iremos ter que nos beijar, qual o problemas disso acontecer um pouco antes?- perguntou Rodolphus encarando a garota com um sorrisinho.

— Prefiro adiar esse castigo o máximo que eu puder.

— Apenas o beije logo e vamos embora!- exclamou Hydra apagando o toco de seu cigarro na mesa e o soltando no chão.

Bellatrix suspirou e se curvou por cima da mesa, e, sem demora Rodolphus colocou a sua mão na nuca de Bella e tomou os seus lábios. Hydra revirou os olhos e começou a passar o olho pelo bar, quando seus olhos pousaram em uma mesa com oito pessoas viu que estava sendo observada, os oito grifanos que estavam ali, James, Sirius, Remus, Peter, Lily, Marlene, Dorcas e Emelinne. encaravam a ela e o casal.

— Caralho!

A exclamação de Rodolphus fez Hydra voltar a sua atenção para a irmã e o seu futuro cunhado, Day percebeu que o lábio de Lestrange tinha um pequeno corte.

— Você o mordeu?- perguntou Hydra sorrindo.

— Ele estava abusando da minha boa vontade.- respondeu Bellatrix "limpando" a boca.- Pronto, já tem o seu pagamento, Rodolphus, agora, poderia fazer o favor?- Bellatrix esticou a mão em direção ao seu ‘’namorado’’.

A contra gosto, e com uma das mãos tampando o lábio, Rodolphus jogou os envelopes na mesa. 

Hydra pegou o que tinha o seu nome.

Assim que colocou as mãos no envelope percebeu que o mesmo era áspero, grosso e podre. Não demorou muito tempo para Hydra perceber que aquilo não era um pergaminho envelhecido e sim pele em decomposição. O lacre que selava o envelope era verde musgo, o crânio com uma cobra saindo de sua boca era o desenho do lacre. Hydra soltou o selo e um corte pequeno corte se abriu em seu dedo, o sangue que escorreu do corte foi absorvido pela carta, ela a abriu e começou a ler o que tinha ali, as letras eram em vermelho sangue, seu sangue.

"Se for do desejo de V.sª. Hydra Black está convidada para o próximo encontro com Milord Voldemort.

 A pureza de seu sangue faz com que a sua presença seja honrosa. 

Com ociosidade em ter a sua presença, Lord Voldemort."

Assim que Hydra terminou de ler a sua carta as poucas palavras que tinham ali se apagaram e poucos segundos depois Hydra soltou a carta em chamas na mesa.

— Quando será o encontro?- perguntou Hydra voltando a encarar Rodolphus.

— Estarei na escola amanhã a noite, após o toque de recolher e as rondas. Deem um jeito de saírem do castelo e chegarem até o jardim, vou esperar vocês e aos outros alunos que irão conosco.- respondeu Rodolphus dando o último gole de seu whisky.- Querem que eu as acompanhe até os portões do castelo?

— Não.- respondeu Bellatrix.

Bella se levantou da mesa e andou em passos pesados até a saída do bar.

— Nós vemos amahã a noite, Rodolphus.- se despediu Hydra.

Ela levantou da mesa e andando em direção a saída.

Hydra ainda sentiu os olhares perfurantes dos oitos grifanos em suas costas até a hora que cruzou a saída.

Na volta para o castelo Bellatrix seguiu sozinha, Hydra não pode acompanha-la por que tinha um encontro com Margareth Angels, a lufana do dia dos namorados.

Noite do Dia 15 de Fevereiro de 1977.

— Régulos Arcturus Black, não me ignore!

Régulos, que caminhava em passos apressados em direção ao Salão Principal, parou e se virou ficando de frente para Hydra.

— Satisfeita? O que você quer agora?- perguntou Régulos.

A frieza era clara em seu tom de voz, isso fez Hydra engolir seco.

— Qual é o seu problema? Estou andando atrás de você e te chamando pelo castelo inteiro e quando eu finalmente consigo a sua atenção você me pergunta se "eu estou satisfeita?" é "o que eu quero agora?". Não Régulos, eu não estou satisfeita e eu quero falar com você.- respondeu Hydra enquanto subias os degraus e ficava de frente a Régulos. Seu rosto estava todo vermelho.

— Olha Hydra, eu não tenho todo o tempo do mundo, principalmente se for pra você, então é melhor se adiantar.

— Percebi isso desde as Masmorras, que foi de onde eu comecei a tentar chamar a sua atenção.

— Por que não vai falar com o Rabastan? Tenho certeza de que o seu futuro marido faria de tudo para ficar perto de você.

— Eu não quero falar com o Rabastan, Reg, eu não quero ficar perto dele...- Day se aproximou de Régulos deixando o seu rosto quase que colado ao dele.- eu gosto de você...

— Hydra, por favor...

— Mas que merda, Régulos!- exclamou Hydra se encostando na parede e sentindo o seus olhos marejarem.

Régulos suspirou é apertou os olhos.

— Meus pais conversaram comigo na noite que eles anunciaram o seu noivado.- Hydra encarou o sonserino confusa.- Eles me deram o ‘’privilégio’’ de escolher com vou me casar...- Régulos cerrou os punhos e Hydradra abaixou a cabeça.- nós dois sabemos qual seria a minha resposta se isso não tivesse acontecido.

— A culpa não é minha, Reg...

— Eu sei.

— Então por que está agindo como se fosse? Você tá me culpando pelo oque aconteceu, me condenando por algo que eu não fiz...

Hydra já está se debulhando em lágrimas, Régulos apertou os olhos e em seguida os abriu.

— Olha Hydra, isso aqui não vai dar certo, nunca deu, e na verdade, não era nem pra ter acontecido.

— Do que você está falando?

— Seja lá o que tínhamos, foi um erro e terminou aqui.

— Régulos...

Régulos seguiu para o Salão Principal e Hydra preferiu não jantar, ela foi para o jardim e mandou um bilhete para Bellatrix lhe dizendo onde estava e em seguida se jogo na grama.

Não demorou mais do que uma ou duas hora e logo os alunos estavam saindo do castelo, quase todos estavam com a capa da escola diferente de Hydra e Bellatrix. Day vestiu a sua capa e caminhou junto como os outros alunos até o lago negro, na beira do lago tinha vários barquinhos, ‘’nisso aqui cabe no máximo quatro pessoas.’’ Pensou Hydra.

Bellatrix logo apareceu ao seu lado se as duas entraram em um barco qualquer, não demorou muito, todos os barcos parar e todos seguiram Rodolphus por uma trilha. 

Rodolphus fez sinal para todos parassem e em seguida pegou a sua mochila e saiu distribuindo objetos. 

— Formem duplas e segurem, seja lá o que eu os entreguei, firme e não soltem o objeto.

Rodolphus entregou um livro a Bella e lhe deu uma piscadela antes de pular para a próxima dupla. 

Logo Lestrange terminou.

— Segurem firme.

Hydra segurou o livro com Bellatrix e logo se sentiu rodando, seus pés saíram do chão e não conseguia ver nada a não ser borrões. Logo os rodopios cessaram e baques foram ouvidos, mas Hydra e Bellatrix aterrissaram em pé.

Rodolphus fileiras fossem formadas, Hydra e Bellatrix ficaram como as últimas da primeira fileira.

O silêncio se estalou no local, e agora, com calma e sem barulho, Hydra pode observar que estava em um cemitério, ‘’lrovavelmente muito longe da escola.’’ Pensou Day.

O silêncio logo foi interrompido, folhas sendo amassadas por passos foram escutados e um homem coberto por uma capa apareceu, todos fizeram uma reverencia e em seguida continuaram com a cabeça baixa, Day e Bella imitaram o ato.

— Quem trouxe hoje, Lestrange?- sua voz grossa e séria fez Hydra se arrepiar.

— 17 sangues puros e 4 mesti...

— 17? Na nossa última reunião tivemos 15. Quem são eles?

— Elas, Milord.

Voldemort começou a andar por entre todos ali, ele começou pela última fileira, tinha passos lentos e olhar atento. Fnalmente chegou na primeira fileira, Hydra viu que assim que o Lord passava na frente de alguém essa pessoa levantava o rosto.

O Lord das Trevas passou na frente de Bellatrix e finalmente na de Hydra. Quando Day levantou a cabeça seus olhos arderam, o homem que estava em sua frente tinha fortes olhos azuis elétricos, os mesmos olhos do homem que foi a sua casa em uma noite de natal, ele era o homem que tinha ido a sua casa.

— Bem vinda, senhoritas...?

— Black.

O Lord gostou de Hydra.

" — Mantenha a varinha firme.

O fato de um homem solteiro estar posicionado atrás de uma moça comprometida, sussurrando em seu ouvido e com as mãos em seus ombros Já era motivos suficientes para acusa-los de ter um caso.

— Diga.

— Imperio.

A dona da voz calma e firme que ordenou a maldição fez um pequeno sorriso nascer no canto dos lábios do mais velho, seus olhos também brilhavam.

— Perfeito.

A vítima estava obviamente sobre o controle da jovem bruxa.

— Milord?

— Sim?

— Posso?

— Divirta-se, Hay.

A garota sorrio com o apelido que recebeu."

Dia 30 de Julho de 1977.

— ... e no final ele disse que não era nada mais do que só aquilo, você credita nisso, Day?

A pergunta de Miranda fez Hydra sair de seus pensamentos.

— O que? Ah! Sério, Mira? Eu não acredito.

Mentira, Hydra nem sabia do que Miranda estava falando, a sua cabeça estava em outro lugar, na noite passada para ser mais exata. 

Aquele foi o segundo ataque que Day participava, mas foi o primeiro que ela foi chamada para ficar ao lado dele.

— Que massacre!- exclamou Miranda chamando a atenção de Hydra novamente.

— O ministério acha que a vítima foi obrigada a se automutilar.- disse Pandora olhando para o jornal que estava em suas mãos.

— Como? -perguntou Miranda juntando as sobrancelhas.

— Maldição Imperius.

Pandora e Miranda levantaram a cabeça em direção a Hydra e arquearam as sobrancelhas a encarando.

— O que foi? É mais do que óbvio que foi a Imperius, ninguém se mutila desta forma por quê quer. O ministério que é incompetente o suficiente para ainda para ‘’achar’’ que ela foi obrigada.- respondeu Hydra terminando de fechar o seu malão e pondo a sua mochila nas costas.

— Bem observado.- comentou Pandora sendo apoiada por Miranda.

— Vamos?

Durante toda a viagem de trem Hydra não falava mais do que três palavras por vez, seus amigos a questionaram, mas ela apenas deu de ombros e virou o rosto para a janela.

Assim que chegaram na estação se despediram e Day foi em direção ao seus pais. Enquanto andava pela plataforma viu que tinha inúmeros Aurores ali, Hydra também percebeu que alguns a observavam. Olhando para o seu lado esquerdo viu algo que confirmou as afirmações de Sirius, seu ‘’ex-primo’’ estava realmente namorando com Marlene McKinnon, pelo menos era o que parecia já que os dois estavam se beijando.

Quando finalmente chegou até os seus pais percebeu que seus tios e Narcisa não estavam com eles.

— Onde está nossos tios e Narcisa?- perguntou Hydra a Bellatrix.

— Narcisa está em algum lugar com Lucius, e nossos tios estão conversando com a namorada de Régulos.

— Namorada?!

Em um impulso Hydra começou a procurar os seus tios e o seu primo com os olhos, logo os achou. 

Não acreditou no que via, a nova namorada de Régulos era Cassandra Duncan.

Se em algum momento a Muy Noble e Antiga Casa dos Black’s tinha presenciado tamanha felicidade da família foi ali, naquela sala.

A quantidade de risadas, conversa e animação que teve durante aquele jantar foi um dos raros momentos que Hydra viu um brilho nos olhos de Orion, Cygnus, Walburga e Druella. Eles estavam felizes, radiantes e orgulhos, seus filhos finalmente tinham provado que iriam seguir os antigos e rigorosos costumes da família, eles iriam apoiar a supremacia puro – sangue.

As férias passaram lentamente, o relógio parecia que não estava funcionando de tão lento que estava e para finalizar nem Rabastan ou Rodolphus, muito menos o Lord, tinha dado notícias ou convocado alguém.