Expresso de Hogwarts
— Agora nós devemos nos curvar e te chamar de Milady?- perguntou Bartô com um sorriso irônico nos lábios.
Hydra riu com a pergunta do colega e entrou na cabine junto a Bellatrix.
Dia 02 de Janeiro de 1978.
Era segunda – feira e a primeira aula do dia daquela turma do quinto ano da Corvinal e Lufa - Lufa era Transfiguração. Miranda e Hydra dividiam a última banca da terceira fileira, Pandora e Audrey estavam sentadas na frente delas. Day e Mira tentavam executar o difícil ato de conversar na aula de Minerva McGonagall.
— Você não pode tá falando sério! -sussurrou Miranda se controlando para não gritar com o eu tinha acabado de ouvir da melhor amiga.
— Sim, eu estou falando sério, Miranda.- respondeu Hydra com um sussurro e sem tirar os olhos do seu pergaminho.
— Isso e doentio, o seu noivo e doentio!- exclamou Miranda aumentando o tom de voz e batendo com a mão na banca.
— Srta. Shafiq!- repreendeu Minerva
Miranda resmungou um "desculpe" e se voltou para Hydra.
— Apenas me diga que não vai se tornar um deles.
Hydra não respondeu a amiga e Miranda engoliu seco.
Os meses foram se passando e logo chegou abril, e junto com ele o nervosismo dos alunos do quinto ano.
Dia 20 de Abril de 1978.
Era o horário do almoço e Hydra estava sentada ao lado de Pandora e Audrey, Miranda estavam sentadas em frente as quatro e elas conversavam sobre algo relacionado aos NOM’s.
— Hydra, para quando agendaram a sua visita ao Flitwick?- perguntou Miranda.
— Hoje.- respondeu Hydra levando um pedaço de carne a boca em seguida.- E a sua?- perguntou Day assim eu terminou de mastigar e engolir.
— Foi ontem.- repondeu Miranda sorrindo.
— Por que não nos disse?- perguntou Audrey sendo apoiada por Day e Nora.
— Esqueci, eu estava nervosa, desculpem.- explicou Miranda.
— Tanto faz, só nós diga qual foi a profissão que escolheu.
— Auror.- respondeu Miranda sorrindo.
— E você, Hydra? Qual profissão vai escolher?
Hydra entrou na sala do Prof. Flitwick e fechou a porta, o bruxo lhe indicou a cadeira em frente a sua mesa e Hydra se dirigiu a ela.
— Pontual, Srta. Black.- elogiou Flitwick sorrindo para Hydra.
— Obrigada, professor.- agradeceu a garota retribuindo o sorriso.
— Pois bem, eu não vou enrolar, você deve saber para o que estamos aqui, não e mesmo?- perguntou Flitwick, pegando alguns panfletos e os espalhando na mesa.
Hydra acentiu com a cabeça.
— Já decidiu a sua futura profissão, Srta. Black?- perguntou o professor a encarando.
— Na verdade professor, eu gostaria de saber se é realmente necessário escolher uma profissão... agora...
Flitwick juntou as sobrancelhas.
— Srta. Black, existe uma regra, uma norma, extremamente rígida sobre isso; os NOM’s são feitos de acordo com a sua escolha profissional, logo a senhorita precisa terminar a escola com todos os requisitos para alguma profissão.- explicou o professor, ele recebeu um suspiro como resposta da garota.- Agora, por favor.- o bruxo indicou os panfletos que estavam na mesa.
Hydra encaro aqueles pergaminhos por longos oito minutos, ela já tava quase fechando os olhos e puxando qualquer um.
‘’Pensei que está profissão não existisse mais.’’
Day esticou a mão e afastou alguns pergaminhos que o cobriam e o pegou.
Era obvio que o panfleto era antigo, o pergaminho já estava com pequenas manchas alaranjadas, alguns pontinhos de mofo e mordidas de traças era claramente visível, e as letras estavam meias apagadas, mas ainda era possível ler
‘’Instituto de Formação Alquímica: Nicolau Flamel’’
— Quantos é quais NOM’s é necessário para ser alquimista?
Dia 23 de Abril de 1978.
Era domingo, final de tarde, e Day estava deitada na borda do lago negro. A temperatura estava agradável, o sol quase já não era visto e um vento trazia alguns aromas das flores. Hydra estava com os olhos fechados quando sentiu alguém se aproximando.
— O que você está fazendo?
A voz de Bellatrix, tão conhecida por Day, se fez presente.
— Sentindo a natureza, logo a primavera acaba.- respondeu Hydra com os olhos ainda.
— Pensei que preferisse o outono e o inverno.
— E prefiro,- respondeu Day, abrindo os olhos, baixando os óculos e encarando a irmã por cima deles.- mas admito que os agradáveis ventos da primavera me deixam leve.- completou Hydra abrindo um sorriso.
Bellatrix revirou os olhos e se deitou na grama ao lado de Hydra.
— Como foi?- perguntou Bella com os olhos fechados.
— O que?- perguntou Hydra encarando a irmã.
— O pedido dele.- respondeu Bellatrix abrindo os olhos enormes olhos de onix e encarando Hydra.
— Ele não fez bem um pedido, não perguntou se eu aceitava ficar com ele, ele só... ‘’avisou’’ que iriamos nos casar.- respondeu Hydra colocando os óculos de sol na cabeça.
— Teve sorte.
— Você acha?
— Ele é incrível, Hydra, ele é o único herdeiro vivo de Salazar Slytherin.- respondeu Bella encarando a irmã.- E logo após o seu casamento, você vai ser a mulher mais respeitadas e, talvez, temida do mundo bruxo, você vai ser a esposa do maior bruxo das trevas de todos os tempos.- enquanto Bellatrix falava ela mexia no anel de noivado de Day.- Se o Lord te escolheu para ficar ao lado dele significa que sente algo por você, alguma coisa em você despertou desejo nele.
Hydra sorrio de lado e balançou a cabeça negativamente.
— Talvez você tenha razão, Bella.
Depois de um tempo deitadas no jardim, as irmãs Black decidiram entrar. As duas conversavam enquanto caminhavam em direção a Comunal da Sonserina, lugar onde Hydra era sempre bem recebida.
— Ainda o acho ridículo.- disse Bella entrando na comunal.
— Bella, é raro encontra alguém que você não ache ridículo.- respondeu Hydra seguido a irmã.
Bellatrix deu de ombros.
As duas já estavam prestes a subir a escada do dormitório feminino quando alguém as chamou.
— Bella, Day!
As duas irmãs se viraram e deram de cara com os irmãos Carrow.
— Ficaram sabendo da novidade?-perguntou Amico seu tom era animado e um sorriso satisfeito brincava em seus lábios.
— Que novidade?- perguntou Bella se apoiando no corrimão da escada.
Os irmãos Carrow trocaram olhares maliciosos.
O assunto do mês foi a morte dos pais de Evans e dos de Potter.
Grande parte dos alunos estavam de luto pelo acontecido, e o envolvimento dos Comensais da Morte no trágico assassinato dos Potter’s e Evans foi confirmado e junto com está informação vieram as acusações.
Os Sonserinos agora eram alvos de ataques dos alunos das outras casas, principalmente a Grifinória, e já era comum casos de brigas entro sonserinos e grifanos irem para a diretoria.
Madrugada do Dia 22 de Maio de 1978.
Hydra apertava a capa cada vez mais contra si, o castelo estava incrivelmente frio e o barulho dos saltos de suas botas ecoavam pelos corredores desertos. Day estava voltando de mais um dos encontros com o Lord, seu noivo, e andava em passos apresados em direção a torre da sua casa.
— B-black?
A voz, mais parecida com um guincho, falha de alguém lhe chamando a fez parar, ela engoliu seco e começou a procurar uma desculpa qualquer para estar fora da cama as três e vinte da manhã, com uma capa suja de terra e alguns arranhões em seus braços, sem contar o sangue seco que estava em sua calça e blusa.
Tomou um pouco de coragem e se virou, o medo sumiu de seu corpo e ela relaxou os ombros .
— Qual é o seu problema, Pettigrew? Quem já viu assustar as pessoas no meio da noite.- disse Hydra gesticulando com as mãos e se aproximando do garoto.
— O-o que é i-sso na sua r-roupa?- gaguejou o garoto se afastando de Day.
Ele se viu perdido quando suas costas se chocaram com a parede e ele engoliu secou.
Hydra parou de frente para Peter e cruzou os braços.
— Não te interessa, ratinho.
Peter tomou ar, estufou o peito e levantou a cabeça, tal ato fez Hydra pressionar os lábios para segurar o riso.
— Está se encontrando com o Lord?- seu tom de voz ainda era falho e fino.
Hydra levantou um sobrancelha
— O quanto isso te interessa?
— Muito.
— Muito?
Peter engoliu seco olhando nos olhos de Hydra
— Na verdade, e-eu gostaria e falar com ele. Eu quero me juntar a vocês.
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