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História A redenção de Severo Snape - NOMs


Escrita por: anigel

Capítulo 10 - NOMs


 

Emily achava que a orientação vocacional era uma perda de tempo. Já sabia o que queria fazer, mas todos os alunos do quinto ano eram obrigados a se consultarem com os diretores das casas. O que ela não esperava era encontrar ao fundo da sala Umbridge.

— Então senhorita Lobo — começou Snape — Já tem uma profissão em mente?

— Sim, serei curandeira. — disse com muita certeza.

Snape franziu o cenho, nunca falaram sobre as carreiras, mas essa resposta dela realmente o surpreendeu.

— É uma profissão difícil, precisa ter conhecimentos amplos em alguns ramos. E para passar você precisará de no mínimo um “Excede as expectativas” em NOMs de poções, herbologia, transfiguração, feitiços e defesa contra artes das trevas.

— Sim, eu sei. Obterei “ótimo” nessas matérias.

— Hum hum — pigarreou Umbridge ao fundo.

— Diga professora Umbridge — Emily disse, sabia que o professor a ignoraria e ela simplesmente continuaria pigarreando como um grande sapo.

— Pensei que você seguiria a carreira de bailarina.

A menina respirou fundo antes de responder.

— É uma profissão muito digna, mas digamos que eu tenha mais ou menos até meus 35 anos para dançar e depois terei que me aposentar. Escolhendo outra profissão, posso seguir por muito mais tempo.

— Ah sim — respondeu ela com a voz suave — você disse que obterá “ótimos” Pensa que conseguirá? Suas notas em poções e defesa contra artes das trevas não estão boas.

— Para os NOMs conseguirei sim.

— Está muito confiante, não acha? Ser curandeira exige muita responsabilidade.

— Bom, se até a senhora conseguiu fazer carreira no ministério porque eu não conseguiria ser curandeira?

— Como disse? — ela perguntou.

Snape encarou Emily com um olhar de reprovação, queria mandá-la calar a boca. Mas conhecia aquela expressão, ela iria repetir. A menina ameaçou falar, Snape a chutou por debaixo da mesa.

— Nada! — respondeu ela irritada. Se controlou pelo professor mas falar poucas e boas valeria a detenção.

— Ah não, minha querida. Escutei muito bem, só queria saber se teria coragem de repetir. — Dolores esperou uma manifestação da parte da menina — Achei que não... — disse a mulher dando um risinho. — Isso com certeza merece uma detenção.

— Pode deixar que cuido disso, professora Umbridge — falou Snape tentando safar a aluna.

— Não se preocupe professor, eu mesma cuidarei dessa detenção.

— Eu insisto — disse o professor entre dentes.

— Não não professor, entendo sua ânsia em castigá-la. Mas me encarregarei disso pessoalmente. Vamos ver... — disse ela olhando para o caderninho — Estou com uma agenda bem cheia. Senhorita Emily encontre-me em minha sala logo após seu último NOMs.

— Sim senhora... — respondeu com a voz sem emoção querendo voar no pescoço da mulher. — Estou dispensada?

— Não, — disse Snape irritado. — as férias você pretende passar aqui ou no Brasil?

— Ainda não decidi, provavelmente aqui. Minha avó tem um apartamento em Londres, mas não sei se me deixará ficar aqui sozinha.

— Te pergunto isso, porque Dumbledore conseguiu um estágio para você na Olivaras varinhas.

— O próprio Dumbledore conseguiu um estágio para ela? — perguntou Umbridge intrigada. — Primeiro o clube e agora emprego? O que está acontecendo?

Emily também achava estranho, sabia que Dumbledore era amigo de sua família, mas estava sempre preocupado com ela.

— Na verdade, foi o próprio Olivaras que pediu. Mas isso, professora Umbridge, a senhora terá que perguntar diretamente para ele. Só estou repassando o recado.

— Então o senhor ainda tem contato com Dumbledore? — perguntou a mulher com a cara muito suspeita.

— Claro que não. Isso foi conversado meses atrás.

— Sim! Tenho interesse no estágio. — disse Emily tentando se conter. Interrompendo a conversa dos professores.

— Intrigante isso. não? — comentou Umbridge muito desconfiada.

— Emily, está dispensada. Mais para frente te darei informações sobre o estágio.

Dolores não disse mais nada, mas ficou muito pensativa. Emily estava radiante, não precisaria voltar para o Brasil e trabalharia com o melhor fabricador de varinhas do mundo. A história ainda estava um pouco suspeita, não conhecia Olivaras e tinha quase certeza que ninguém da sua família também não.

Nos poucos dias que lhe restavam para os NOMs, Emily passava a maior parte do tempo revisando as matérias. Tinha que focar, seu objetivo não era simplesmente passar e sim obter o máximo de “ótimos” que pudesse. Queria ficar na frente de Granger, mas a menina tomava mais matérias que ela. O tempo que passava com Snape era estritamente para estudar, que nessa altura estava lhe ajudando com todas as outras matérias e não somente poções e defesa.

Sentia que a atmosfera da escola estava mais pesada, até mesmo os alunos que sempre estavam por aí fazendo hora haviam sumido. O final de semana pareceu que nem existira. E quando percebeu Emily já se encontrava na sala começando seu primeiro exame de teoria dos feitiços.  Olhou rapidamente para a prova toda, sabia a resposta da maioria e começou a escrever enchendo páginas e mais páginas. Como era o contra feitiço para soluço mesmo? Ela pensou, tentando puxar na memória a resposta.

As duas horas de exame se passaram muito rápido, ficou muito satisfeita de ter concluído. Não deixou nenhuma resposta em branco, mesmo tendo chutado algumas. O exame prático foi bem mais tranquilo, teve que transformar um ratinho em um bule; ficou com medo que o seu continuasse com rabo, mas deu tudo certo e precisou mudar a cor de um morcego deixando-o pink. A semana prosseguiu assim, de manhã o exame teórico e na parte da tarde o prático, terça foi a vez de transfiguração, quarta Herbologia, quinta-feira defesa contra artes das trevas. Emily nunca ficou tão agradecida pelas centenas de xingos que levou de Snape, realmente todos os feitiços da prova estavam no guia de estudos que ele preparou. E para fechar a primeira semana, sexta foi a vez de runas antigas, não sabia ao certo se tinha acertados os termos, nessa matéria se contentaria com um “excede as expectativas” sem problema algum.

No fim de semana Emily pôde descansar um pouco, segunda era dia do exame de poções, e com este não estava preocupada. Tinha muita facilidade para lembrar das receitas e desenvolvê-las no caldeirão. De fato, tinha se saído bem. Terça foi vez de trato com as criaturas mágicas, teve um pouco dificuldades, a fauna mágica brasileira não era a mesma dali. Terça de manhã fez a prova teórica de astronomia e a noite fariam o prático, deixando assim a tarde para a prova de aritmância que particularmente teve bastante dificuldade com os diversos cálculos. Se ao menos pudesse usar uma calculadora.

Emily não conseguiu terminar seu exame prático de astronomia, ela, assim como todos os outros alunos presentes na sala observaram a cena absurda que acontecia do lado de fora ao longe. Estavam tentando arrastar o professor Hagrid e acabaram estuporando a professora Mcgonalgall que ficou desacordada. Foi uma cena horrível de se ver, até o examinador ficou chocado. Mesmo assim, não foi o bastante para estenderem o exame.

E por fim sua última prova foi história da magia, uma das matérias que Emily mais estudou, seu conteúdo também era diferente do que tinha no brasil. Estudaou sobre a história da magia no mundo, mas sua escola se concentrava mais sobre a história da magia no Brasil. Assim leu livros e mais livros para poder acompanhar os quatro anos anteriores da matéria.

Quase no final da prova viu o Harry Potter gritar e cair da cadeira que estava sentado, Emily estava muito perto do garoto e se assustou. O examinador ajudou-o a se levantar e todos a sua volta começaram a cochichar perguntando o que tinha acontecido. Um menino olhou diretamente para Emily perguntando se ela viu alguma coisa que negou com a cabeça. E realmente não tinha entendido o que aconteceu. Mas ele não voltou para terminar o exame.

Assim que saiu do grande salão principal Emily tinha uma sensação de dever cumprido misturado com uma insatisfação sem tamanho, teria que ir diretamente para a sala de Umbridge cumprir sua detenção. Como queria faltar!

 



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