História A República - What are you doing?

O Park tinha a maldita sorte de sempre encontrar pessoas como aquele cara, não esperava que em seu novo trabalho fosse diferente, mas ao menos esperava por uma semana de paz, passado esse tempo ele poderia encontrar quantos encrenqueiros quer que fosse além do mais ChanYeol se lembra de sua mãe lhe dizendo como era um imã para brigas, não que ele gostasse, ele só não podia aturar certas coisas.

Desde sempre foi uma criança com muita facilidade em fazer amigos mas também de algum modo tinha muitos inimigos e desde que se lembre sempre se metia em brigas mas nunca tinha brigado com um homem da idade de seu pai em plena manhã. Bem, não até hoje mas sempre tem uma primeira vez para tudo.

— Sabe quantas vezes eu já vim aqui?

—Tenho cara que sei?

— Isso não importa porque independente de ser expulsado hoje vou voltar amanhã e depois e assim até os ou—

Chanyeol o interrompeu quando o jogou para longe, agora eles já estavam longe do café e Baekhyun não iria se assustar se houvesse outra briga.

Quando o Park pensou nesse cara voltando ali ele pensou em Baekhyun, em como o ruivo ficaria assustado e em como ninguém iria reparar isso como tinha acontecido a poucos e também o quão perigoso seria se o Byun tentasse intervir outra vez.

— Droga.

Falou alto o suficiente para fazer o cara rir de si, porque Byun Baekhyun voltava em sua mente como uma assombração?!

—O que foi garoto?

O Park olhou em volta mas não tinha nem sinal da polícia e o homem à sua frente parecia estar se divertindo com toda aquela situação.

— Por qual motivo eu deveria te dizer?

— Vou lhe ensinar a ter mais respeito menino

Então o homem avançou sobre si, seus movimentos eram tão lerdos que Chanyeol não sofreu nenhum golpe, aquela cena do senhor a sua frente não durou muito já que um policial interveio rapidamente.

— Finalmente

O mais alto disse aos policiais que se juntaram para levar aquele senhor até a viatura.

— Você tá bem?

Baekhyun outra vez estava atrás de si, o Park colocou a mão no coração ilustrando que tinha sido surpreendido e o Byun riu.

—Eu estou, mas você quase me matou agora.

Chanyeol brincou para ver se provocava mais um sorriso no mais baixo porém o mesmo só concordou pacientemente com a cabeça.

—Eu posso matar qualquer um Park Chanyeol, é só eu querer.

—Claro claro, eu não duvido nenhum pouco de você.

Um silêncio se seguiu e o Park pensou em perguntar como Baekhyun estava mas o menor não parecia confortável para dizer-lhe então puxou outro assunto.

— Como a garota está?

— A Tiffany?

Chanyeol assentiu mesmo sem saber se esse era realmente o nome dela

— Ela vai ficar bem, pelo que Namjoon me disse, quando me alertou daquele homem, não foi a primeira vez que isso aconteceu.

— E você?

Não conseguiu evitar de perguntar, Baekhyun o olhou e simplesmente lhe deu um sorriso.

— Obrigado

Chanyeol abriu a boca para dizer mais alguma coisa mas Baekhyun continuou a falar lhe calando

— Namjoon mandou você voltar pra casa e ele disse que pode começar na semana que vem.

— Certo.

— Então eu vou voltar pro trabalho

O menor disse e seguiu para o café, antes que eles ficassem muito distantes um pensamento veio a mente do Park.

'E se aquele cara voltasse depois? E se ele fosse atrás de Baekhyun?'

— EI BAEK

Gritou fazendo o ruivo parar de andar e lhe lançar um olhar para que continuasse.

— QUE HORAS VOCÊ SAI?

Baekhyun pareceu pensar por um minuto, o castanho pensou que seria deixado sem uma resposta mas então o ruivo lhe disse em um outro grito para que pudesse ser ouvido de onde Chanyeol estava.

—ÀS 20h!

Chanyeol acenou para o menor num gesto mudo que tinha entendido e que ele estava liberado, ou algo assim já que o Byun não foi de imediato, ele parecia perdido em pensamentos. Quando finalmente decidiu ir o fez sem dar uma última olhado no Park que mesmo assim ficou olhando até que ele entrasse no café desaparecendo totalmente de sua vista. Só então Chanyeol seguiu seu próprio caminho de volta pra casa.

Estava cansado por sua manhã agitada e só queria se jogar no sofá mas o mesmo já estava sendo ocupado por um Kris que dormia tranquilamente.

Já que também estava morto de sede decidiu ir até a cozinha tomar um pouco de água, depois contaria a Kyungsoo sobre seu emprego.

 

 

***

 

 

Kyung entrou na casa, a cabeça latejava, estava ainda mais irritado com o garoto reclamando de tudo. Queria apenas ignorá-lo, mas a sua voz fica repetindo na sua cabeça. Andou até a cozinha, ignorou os garotos na sala que faziam algo perto da parede, havia outro sobre o sofá, mas não quis pensar naquilo. Pensou em beber um pouco d'água, e lá encontrou algo melhor. Seu raio de Sol, o pensamento o fez dar um meio sorriso. Chanyeol estava bebendo água. A cabeça erguida, os movimentos da garganta, ele abaixou o copo e sorriu para D.o, que suspirou e foi em sua direção. Chany repousou o copo sobre a pia. A mente de D.o estava nublada pela irritação e pela dor, estava tentando se concentrar naquele sorriso, não percebeu a distância diminuir entre eles. Já estava em frente a Channy que o olhava curioso, devido ao seu silêncio. O menor o puxou pela gola da camisa, para um beijo. Quando os lábios se tocaram, sentiu as mãos do maior irem para sua cintura o puxando para perto. Kyung estava com a cabeça cheia, mas os lábios de Channy o fizeram esquecer a maior parte dos problemas. Isso o fez intensificar seus movimentos dos lábios e as línguas. Ele desceu as mãos pelo peitoral de Channy deslizando até a borda da camisa, para depois subir novamente, só que agora por sob a roupa. A sensação era perfeita, sua mente só estava ali, nos lábios, no corpo, em seu coração acelerado, queria mais daquilo. Sua insistência fez Channy sorri durante o beijo. Que D.o pediu com mais urgência, já arranhando suas costa com as unhas.

— ei, vocês podem procurar um quarto né! — disse Chen entrando na cozinha com uma chave de fenda na mão.

— Desculpa ai … — respondeu Channy ainda rindo, D.o não falou nem olhou para os lado, apenas pegou o namorado pela mão e foi o puxando para a escada —  ei soo... — ele continuava rindo, aquele não era um comportamento normal de Kyungsoo.

D.o abriu a porta do quarto, e os dois passaram por ela novamente em um beijo urgente. A porta bateu fechando atrás deles. O menor empurrou Channy para a cama, que caiu sentado com o empurrão.

— você tá bem? Tá todo mundo em casa!

— E daí? — disse tirando a camiseta e jogando para longe, indo na direção da cama. Seu coração e respiração estavam acelerados. Não queria saber se tinha mais alguém, ou mesmo quem eram.

— Não tá pra brincadeira não é? — disse Channy, D.o subiu sobre ele, o beijando, e suas mão fora para o cós da calça para abri-la.

Alguém bateu na porta. Chany deitou para trás rindo. D.o suspirou com raiva, e foi até a porta, abrindo-a com tanta força que poderia arrancá-la.

— QUE INFERNO! O QUE é? — Lay estava parado na porta, pronto para bater novamente, ficou parado encarando D.o sem camisa. Este revirou os olhos.

— Perdeu a língua? — a voz não transmitia toda a raiva que ele estava, mas já era assustadora o bastante. Lay deu um passo pra trás.

— O rapaz do concerto chegou... — Channy deu um pulo da cama, e correu até a porta.

— Já? tô indo! — da um beijo no topo da cabelo de Soo, e segui—o Lay pelas escadas. D.o fecha a porta, e senta na cama. Leva as mãos a cabeça.

— O que você tá fazendo? — bate a mão na cabeça algumas vezes, depois deita para trás na cama, ainda ofegante. Fechou os olhos tentando manter o gosto do beijo da boca.

 

***

 

Jeon continua sua pintura com tranquilidade, Xiumin para o carro em frente ao portão e desce.

— Bom dia! O Chanyeol está? — Xiumin

— Está sim, está lá dentro, pode entrar. — o castanho aponta pra casa.

 

Minseok foi até a porta da frente, mexeu na maçaneta e abriu a porta, ela fez um rangido alto, ele riu em silêncio pensando, “a casa do terror”. Entrou.

— oi...? — disse ao entrar e encarou o garoto vindo da cozinha.

— Oi, veio pro concerto? — Chen ainda com a ferramenta na mão.

— Sim, eu sou Xiumin —  estica a mão para cumprimenta-lo, Chen retribui o aperto de mão.

— Chen, achei! — Lay está descendo as escadas com uma caixa que tinha ido buscar.

— Tá procurando o Chanyeol não é? — Jongdae pegou a caixa que o outro lhe entregou.

— Isso mesmo.— O rapaz vestia um uniforme azul, apesar da expressão séria era quase da mesma idade dos garotos.

— Ei Lay, chama o Chanyeol, ele tá com o D.o lá em cima. — Lay retornou pela escada. Logo eles escutam um berro.

— QUE INFERNO! O QUE É?

Os dois riram

— As coisas estão animadas aqui. — Xiumin olhava ao redor, era uma casa muito bonita e alguns reparos a deixaria nova.

— É, não imagina o quanto. — Chen riu, da observação do outro, em seguida Lay e Chanyeol descem as escadas.

— Oi.

O Park fala assim que se aproxima mais do garoto desconhecido.

— Chanyeol?

Um garoto baixo com os cabelos pretos e os olhos sérios apesar da aparência, perguntou quando viu o Park se aproximar.

— Isso. E você é o Minseok certo?

O garoto sorriu e apertou a mão de Chanyeol

— Sou eu mesmo, mas pode me chamar de Xiumin.

— Esse é o Chen e aquele ali é o Lay — Chany apontou pros garotos, e riu ao apontar o garoto loiro dormindo no sofá — Ah aquele é o Kris.

Xiumin cumprimentou com a cabeça respondendo ao aceno dos demais.

 

Chanyeol ficou satisfeito, conversar com Xiumin não era difícil, o mais baixo parecia sempre disposto a trazer novos assuntos para prolongar a conversa. O tempo passou rápido e antes que Chanyeol pudesse se esquecer ele levou Minseok para conhecer a casa, cada canto que precisava de reformas ou uma atenção a mais.

—É grande aqui.

O menor disse e o Park concordou, ele abriu algumas portas e as mesmas rangeram como num filme de terror e um fato irônico era que as portas eram as que estavam em melhor estado na casa.

—Por onde começamos?

Xiumin arrumava as mangas da blusa pronto pra trabalhar e Chanyeol fez o mesmo causando alguns sorrisos do menor.

— Pretende me ajudar?

— No que precisar

Sorriu e o mais velho lhe retribuiu mostrando como ficava ainda mais fofo, o Park não podia acreditar que Xiumin era o mais velho ali.

— O que está em pior estado aqui?

Minseok perguntou enquanto olhava algumas coisas que tinha levando, se ele tivesse imaginado teria pedido que seu pai deixasse ir mais alguém consigo assim poderia dar um jeito na casa para que o lugar ficasse ao menos mais apresentável.

— Tudo.

Chanyeol riu enquanto se encostava na parede e se concentrava tentando pensar em algo sério.

— Você poderia ver o negócio da água pra mim?

— Negócio da água?

Perguntou confuso, ele pensou que Chanyeol fosse se esforçar mais do que isso, estava um tanto decepcionado com o mais alto.

— É, os encanamentos eu acho...

— Os encanamentos devem estar péssimos, vou dar uma olhada pra você, então vejo o que posso fazer por hoje.

— Valeu.

Chanyeol voltou a levar o garoto por todos os lugares da casa e ficou por perto para ajudar em qualquer coisa que Xiumin precisasse mas na maioria o garoto fazia tudo sozinho então o Park servia mesmo como uma simples companhia. O Kim era legal e tinha decidido dar uma olhada e tentar arrumar algumas coisas da casa naquela mesma tarde assim os moradores dali não ficariam sofrendo por muito tempo porém ficar a tarde inteira fazendo companhia para Xiumin, entediava Chanyeol ainda mais quando ele via todos os outros muito atarefados passando por si sem tempo para parar.

— Ei cara

O Park disse ao ver Kris passar por eles, Minseok estava concentrado com o conserto dos canos então não prestou atenção quando Chanyeol se afastou e foi falar com Kris. O castanho já estava a horas acompanhando Xiumin na reforma e o menor sempre tinha energia para mais um concerto ou mais alguma coisa, Chanyeol não aguentava mais isso, ele percebeu o sol se pôr e sua tarde ir ralo abaixo junto com seu tão desejado descanso, também via Kyungsoo por aí e não podia ir até o namorado.

— kris, por favor, só uns minutinhos.

Pediu para o loiro que estava firme em sua posição de garoto frio, Chanyeol tinha pedido que Yifan ficasse só um minuto com Xiumin e assim ele poderia descansar mas o outro não quis lhe ouvir.

— Lay hyung.

Por sorte de Chanyeol quando Kris o abandonou falando sozinho o outro chinês entrou em sua visão tão rápido que podia ser até ensaiado.

— Precisa de alguma coisa?

A voz do outro soou baixa enquanto ele olhava para trás de Chanyeol e encontrava um Minseok imerso no trabalho de arrumar encanamentos.

— Hyung você pode me fazer um favor?

Pediu enquanto segurava a mão de Yixing que somente lhe sorriu em resposta, isso já bastava para que Chanyeol fugisse dali e tivesse seu merecido descanso.

— Aquele é o Xiumin, faz companhia pra ele enquanto eu não estou.

Não foi uma pergunta, foi algo mais parecido com uma ordem já que ele empurrou Lay mais para perto de Minseok e saiu dando um tapa de leve nas costas do outro agradecendo o favor.

— Oi. Como está o encanamento?

Chanyeol pode ouvir Yixing começar o seu diálogo, ele só esperava que os dois se dessem bem.

O Park continuou seu rumo até o seu quarto mas lembrou-se de todas as horas antes em que estava acompanhando Xiumin no concerto que viu Kyungsoo passando por si e quis correr atrás do namorado, bem, Do Kyungsoo era tão bonito que todos queriam correr atrás dele mas não era nesse sentido que Chanyeol iria, ele iria para abraçar e beijar o Kyung, iria para falar como tinha sentido a sua falta e que como apesar de estarem na mesma casa pareciam separados por quilômetros de distância, iria para lhe falar como Soo estava bonito e lhe perguntar como tinha sido a sua manhã, perguntar se ele estava bem e dizer lhe que o amava. Afinal Do Kyungsoo era o seu amor de infância e o Park não se importaria se ele continuasse sendo o seu amor para o resto de seus dias.

Continuou os passos até a porta do quarto do namorado e entrou, ficou feliz ao ver Kyungsoo lá, o moreno estava lendo um livro e parecia tão calmo que Chanyeol quis parar o tempo para o admirar por mais alguns minutos, ver Kyungsoo calmo tinha sido difícil esses últimos dias, o Park sabia que o namorado estava cheio de problemas para resolver e se sentia mal por não poder aliviar o peso do outro.