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História A República - Águas passadas não movem moinhos


Escrita por: Byanca96 e Edylove

Notas do Autor


Amoreeesss!!! Estou sentindo falta de vocêsss!! T.T
Mais um capítulo bem amoroso pra vocês <3

Capítulo 21 - Águas passadas não movem moinhos


Fanfic / Fanfiction A República - Águas passadas não movem moinhos

A segunda-feira chegou depressa, os alunos da Medicina tinham aula logo pela manhã. Estavam em sala, era final de aula de Histologia.

_Vocês farão um trabalho em grupo. Quero no máximo cinco alunos em cada um! Se definam e me passem a lista dos grupos em quinze minutos! – a professora baixinha e amigável se sentou à mesa do professor.

_Então, fechado a gente? – Isa se virou para trás e viu Mu e Shaka afirmarem com a cabeça. Viu uma menina que não era muito de conversa chegar perto dela de forma discreta.

_Licença... Será que vocês tem uma vaga sobrando? Eu não tenho colegas aqui – revirou os olhos – Prometo que não vou ser carregada! – sorriu. Era uma menina muito bonita. Parecia mais nova que realmente era, pois tinha rostinho de criança.

Os três se entreolharam e deram ombros.

_Tá, pode sim, senta aí! – a morena, sempre receptiva, deu abertura para a menina – Não sabemos seu nome!

_Ana Julia, mas pode chamar de Ana – sorriu.

_Aninha! – Isa apertou a bochecha dela – Tem cara de Aninha!

_Tá bom! – revirou os olhos. Estava cheia de as pessoas acharem que ela era uma criança -Mas só pra vocês! – os outros dois riram – Então, como vai ser?

_Bem, todo o grupo, menos o Mu, mora aqui na República, então acho mais fácil fazer aqui ou na biblioteca... Parece que vai dar um pouco de trabalho, mas tudo bem, assim que acabar a aula nós vamos pra biblioteca pegar os livros – Shaka se pronunciou pela primeira vez – Tudo bem pra vocês?

_Tudo, mas se precisar eu fico aqui uns dias, também – Mu não teria problemas em dormir lá. Já estava acostumado a dividir a cama com Shaka.

_Então tá ok! Posso almoçar com vocês? – a mais nova perguntou.

_Claro que pode! Vai conhecer meu namorado, minha melhor a amiga... Ai quero te apresentar todo mundo! – passou o braço em torno da nova colega e entregou o papel com os nomes do grupo e o tema do seminário para a professora e chamou os amigos para irem à biblioteca enquanto não era hora do almoço ainda.

Andaram um bom tempo até a biblioteca e pegaram três livros, que mais pareciam uma enciclopédia cada um. Se sentaram no refeitório do Direito, onde se encontrariam com os demais. Logo os quatro chegaram, juntos como sempre. Mel e Oros vieram saltitando de braços dados, pareciam duas gazelas.

_Oi gente! – Saga cumprimentou os presentes e deu um beijo em Isa.

_Opa, já vi que tem carne nova no pedaço...- Kanon levou um tapa na orelha, vindo do irmão.

_Tá louco, Kanon!? Senta essa bunda aí! Deixa a menina em paz! – viu que Ana ria, mas mesmo assim, uma risada sem-graça.

_Tudo bem, namorado da Isa... Ela me disse que o cunhado dela era meio doido mesmo!

_Doido? Eu? – o gêmeo apertou a mão no peito, como que estivesse ofendido – Que mentira, Isadoida! – apertou os olhos e olhou para a cunhada.

_Afe, Kanon, e é mentira, por acaso?

_Noventa por cento é!

_Hy guys! – Mel estava tão feliz que mal notou a presença de Mu. Se sentou com seu típico “pratinho” – Como estão as coisas? – sorriu para todos, mas baixou a cabeça ao ver o olhar de indiferença do outro em sua direção.

_Pra você, parece que estão muito bem, Melissa – deu um sorriso irônico.

_Ah gente, qual é? Vai ficar esse climão aqui, mesmo? – Aioros deu um abraço em Mu e Mel ao mesmo tempo – Vamo lá, somos amigos, amigos do peito!

Viu o resto das pessoas balançarem a cabeça numa negativa, exceto Ana, que não entendeu bulhufas do que estava acontecendo, além dele mesmo, que parecia não fazer ideia do que estava havendo entre eles.

Isa viu Shura passar sozinho pelo refeitório e correu até ele. Precisava agradecer pelo que ele fez, mesmo sendo amigo de Milo. Mostrava um grande senso de justiça vindo dele.

_Shura!? – tocou em seu ombro e ele se virou para ela.

_Oi Isa... – sorriu – Tudo bem?

_Tudo maravilhoso... E na verdade eu devo um pouco disso à você! Muito obrigada! Mesmo sendo amigo do Milo, você me ajudou... É sério, muito obrigada!

_Não foi nada. Aquilo que o Milo fez foi ridículo! Totalmente sem cabimento... Que bom que você e Saga estão felizes! – acenou para o namorado da morena – Se fosse o Milo, ele já estaria aqui tirando satisfações comigo... Você fez a escolha certa – sorriu – Deixa eu ir almoçar, tenho aula daqui a uma hora... Até mais!

_Até mais! – Isa se despediu e voltou para a mesa onde estavam, e viu que sua nova amiga não tirava os olhos da direção de Shura – Hm, Aninha? Aninha! – estalou o dedo na cara da menina, que ficou vermelha.

_Gente, quem era aquele? – sorriu – Achei ele bem... Interessante... – bebeu um gole do seu refrigerante, ainda acompanhando o rapaz com o olhar.

_Ele é uma ótima pessoa – Isa sorriu – Vou arranjar ele pra você – piscou para a menina, que piscou de volta.

______xx_____

Apros, quando voltou da casa de Régulus, não conseguiu ver Asmita acordado. Decidiu ir vê-lo, pois sabia que ele ainda não teria aula pela tarde. Bateu na porta do quarto dele.

_O que é? – notou os olhos azuis um pouco inchados. Ele estava... Chorando?

_Asmita, por favor, me deixa falar com você... Como amigo, é sério, quero só conversar – o loiro apenas abriu a porta e cedeu passagem para Aspros, mas ainda estava muito sério. Não parecia querer conversa. O gêmeo se sentou na cadeira da escrivaninha de Asmita – Você está bem?

_Eu pareço bem? – ironizou, abrindo uma gaveta e a fechando consecutivas vezes.

_Na verdade, não... Vi que passou uma semana fora, aconteceu alguma coisa?

_Sim, aconteceu, mas não quero falar disso... Não quero falar disso com você! – foi taxativo e viu um suspiro de desistência do ex-namorado.

_Tudo bem, Mi... Eu entendo que ainda esteja sentido comigo, não tiro sua razão... Só quero que saiba que independentemente do que rolou de ruim entre nós, eu sempre vou estar aqui, se quiser conversar, desabafar... O que você precisar...- sorriu e acariciou o ombro do outro.

_Tá anotado! – segurou sua vontade de chorar, como sempre fizera – Agora pode me deixar sozinho? – apontou na direção da porta e o viu acenar com a cabeça e sair devagar. Mas esse loiro, quando cismava de se esconder, era difícil!

Asmita se jogou de volta na cama e ouviu seu celular tocando. Atla! Estava aí uma pessoa que lhe trazia paz.

_Alô?

_Asmita... Quanto tempo! Pensei que tinha acontecido alguma coisa... Te liguei nessa semana mas você não atendeu... O que está havendo com você?

_Atla...- sentiu as lágrimas finalmente lhe molharem a face. Sabia que podia contar com esse menino. Uma das pessoas mais humanas que conheceu – Será que dá pra vir aqui na República? – tentava não soluçar – Por favor...

_Meu Deus! Então aconteceu! Me espera, em vinte minutos eu chego!

_Tudo bem... Estou esperando...- desligou o celular. Se virou de costas para a porta e cochilou. Não sabia dizer quanto tempo, mas acordou com batidas na porta do quarto. Abriu a porta. Atla tinha chegado. O menino só teve tempo de entrar no quarto e fechar a porta. Foi fortemente abraçado e sentiu as lágrimas quentes molharem seu ombro. Apenas acariciou os fios loiros e o abraçou de volta. Não queria questioná-lo, mas para ver um ser tão orgulhoso chorando, só podia ser algo muito complicado.

Andou até o frigobar e pegou uma garrafinha de agua para ele, que estava mais calmo agora.

_Toma, bebe – entregou a garrafinha e o viu beber – O que houve? – se sentou ao seu lado na cama, tomando suas mãos com as suas.

_Atla...- suspirou – Eu estive fora essa semana por que...- engoliu o choro novamente – Eu passei a semana com a minha avó, que era uma segunda mãe para mim – mais uma lágrima desceu – Ela estava muito mal no CTI... Ontem assim que cheguei, minha mãe me ligou e disse que... Ela faleceu...- respirou fundo e foi novamente abraçado – Eu...

_Calma, por favor... – acariciou a face alva de Asmita – Eu sei como é... Também perdi minha avó e mãe... Pode chorar – o viu afundar o rosto em seu peito, sentindo as lágrimas voltarem com força.

_Eu não quero ver... Eu não quero ver ela sendo enterrada...-sua voz saiu abafada, mas compreensível.

_Não precisa! Se não quer, não vá... Isso não faz de você menos forte – sorriu para ele – Isso só vai te ajudar a guardar as lembranças boas que ela deixou, certo? – segurou o rosto choroso entre as mãos – É natural que não queira ir... É normal que a gente sofra, mas com o tempo, não que a dor passe, mas ela fica menos dolorida – sorriu – Eu realmente entendo o que está passando... – voltou a abraça-lo. O sentiu mais calmo. De fato, era uma dor incurável, o que se podia fazer era aprender a conviver com ela. Ainda o consolou por bastante tempo, tanto que não o viu passar.

_______xx_______

Saga e Isa se encontraram após o término das aulas pela tarde. Foram até a lanchonete próxima à faculdade. Pediram lanches semelhantes e comiam animados.

_Saga, eu queria esclarecer uma coisa com você...- seu tom se fez sério de repente. Estava decidida a contar a verdade ao namorado – Sobre o que... Sobe o assunto da... Transa...

_Ah, sim...- ele fechou a expressão também. Apesar de ter perdoado Isa, era algo importante para ele – Pode falar.

_Queria que soubesse que Milo não foi meu primeiro... – suspirou ao ver a expressão atônita dele – Eu namorei um garoto quando tinha quinze anos, e eu realmente amava aquele... Ele... Mas acontece que ele sempre tocava nesse assunto de sexo, eu sempre me esquivava, pois não queria fazer nada com ele – suspirou. Viu que Saga a mirava com atenção – Um dia ele me chamou para almoçar com os pais dele, queria me apresentar pra família dele, e eu fiquei muito feliz com isso, obviamente! Eu fui, estava muito feliz... Mas quando eu cheguei, não tinha nada de almoço, nem pai, nem mãe, nem ninguém... Ele foi me embromando naquela conversinha. Ai que ódio! – apertou os punhos – No fim das contas ele não me deixou ir embora – olhou para o vazio.

_Ele... Te...? – estava incrédulo e com raiva de si mesmo por ter a ferido com um assunto que mal conhecia – Isa...

_Sim, foi isso mesmo... Ele me obrigou... Ele era um louco, um doente... Me dizia que eu não queria fazer aquilo com ele por que tinha outros além dele, não me deixava um segundo sozinha, controlava meus horários, tudo... Eu não tinha paz...

_Meu Deus – Saga estava abismado. Realmente nunca imaginou que essa era a verdade – Mas como esse demônio saiu da sua vida? – estava irado. Poucas vezes sentiu tanto ódio e nojo assim na vida.

_Mel me ajudou na época... A mãe dela é delegada, ela disse que se ele chegasse perto de mim novamente, iria me levar até a delegacia para prestar queixa contra ele, e ele ficou realmente preocupado, pois sabia que dessa vez não iria “dar em nada”... Ela enfrentou ele por mim – sorriu – Então ele realmente saiu do meu pé... Espero que para sempre...

_Isa – se sentou ao lado dela e a abraçou. Era incrível como esse assunto já não abalava. Ela era uma mulher muito forte. Forte e incrível – Eu sinto muito – deu um beijo nos cabelos pretos.

_Está tudo bem, essa história, por pior que seja, já está cicatrizada... Olha só – subiu a barra da blusa até a altura da costela e mostrou uma única palavra tatuada em sua pele, mas que tinha o significado de uma vida: Liberdade.

________xx________

 Milo estava em seu quarto, esperava Shura chegar. Queria ter uma conversa muito séria com ele. Onde já se viu ir contra seu próprio amigo?!

O moreno chegou e se sentou em sua escrivaninha.

_Muito bonito, senhor Shura! – ouviu três palmas pausadas e irônicas – Então é assim que você me dá uma prova de amizade? Indo lá falar com aquela infeliz? Ainda mais, me contrariando?

_Eu te contrariei por que você estava errado. Você sabe disso, Milo, você sabe que fez merda – abriu seu livro calmamente, mas ele foi bruscamente fechado pelo outro.

_OLHA PRA MIM, CARALHO! TÔ FALANDO COM VOCÊ! – estava exaltado. Não suportava que as pessoas não brigassem no mesmo ritmo que ele.

_Estou te ouvindo, Milo, pode falar o que quiser, mas não vai mudar a minha atitude e muito menos o que eu penso sobre essa história – apoiou o cotovelo na espalda da cadeira e olhou para Milo, que estava cuspindo marimbondos – Não adianta ficar com raivinha, você é um ogro, mas não é burro. Você tem consciência de que exagerou na dose, que errou com ela, que não devia ter falado nem um terço das bobagens que falou. A Isa não era nada sua, apenas uma menina que você ficava, e isso não te dá nenhum direito de satisfação sobre ela. Ponto final, não há mais o que dizer. Você é um idiota, pois ela já seguiu a vida dela há tempos e você aí parado no tempo... Larga de ser retrógrado, Milo, vai tocar sua vida também! Agora me deixa estudar?

Milo fuzilou o amigo com o olhar e saiu do quarto, quase derrubando a porta. Mas será possível que todos estavam contra ele? Não podia estar tão errado assim!

Continua 

 

 


Notas Finais


E aí, meus babys?? Espero que tenham gostado!! ^^
Vamos às musiquineas ^^
Aninha (Ana Júlia): Quiero poder (Dulce María/ RBD)
Asmita e Atla: De janeiro a janeiro (Roberta Campos/ Nando Reis)


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