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História A Residente - Capítulo 15


Escrita por: fanyunnie7

Notas do Autor


Boa noite babes

Mais um capítulo saindo e espero que apreciem, tanto quanto apreciei enquanto o desenvolvia.
Nos vemos nas notas finais.
Boa leitura ;*

Capítulo 15 - Capítulo 15


[P.O.V Tiffany]

Em meu quarto, a música eletrônica me embalava vigorosamente. O dia havia passado praticamente voando e, estranhamente, eu não me sentia tão ansiosa para jantar com a Taeyeon nesta noite. Gostei tanto da noite anterior, da nossa conversa, da nossa troca de gestos afetuosos, da sua entrega sem barreiras e da sua sinceridade, que agora, eu me sentia segura e podia até me deliciar com um pouco dessa demora em poder desfrutar da sua companhia novamente – e dos seus braços, dos seus beijos, e de tudo aquilo que passou a ser meu por anseio. Assim que saímos do trabalho, nos despedimos no estacionamento, entre olhares cúmplices e sorrisos maliciosos, carregados de significados ocultos e nada mais precisava ser dito - meu mundinho masoquista voltou a girar novamente. Taeyeon seguiu para ministrar a sua única aula da noite enquanto eu segui para casa, afim de me adornar com cada sorriso bobo que ela plantou no meu dia.

E agora, encarando a figura sublime que se refletia através do espelho, sorria me sentindo agradecida por aquela mulher imponente não ter desistido de mim, quando eu tentei afastá-la. Por ela não ter deixado o meu medo irracional, acabar com algo precioso que desabrochava deliciosamente em meu ventre, e que se estendia até a minha mente. Eu ansiava por cada respiração sua em meu corpo. Me dei conta de que precisava dela como precisava respirar. Ela havia se tornado minha razão de voltar a querer me relacionar tão rapidamente que, algo me dizia que jamais me sentiria completa sem ela. Romances são maravilhosos nos livros e nos filmes, mas a gente se dá conta de que podemos vive-los, quando depositamos confiança no outro – e acabei depositando todas as expectativas que estavam escondidinhas, em uma caixinha longínqua do meu cérebro.

Meu sorriso se iluminou quando vi o celular vibrar em cima da penteadeira com uma mensagem sua, indicando que chegaria em 10 minutos. Terminei de ajeitar os meus cabelos, os deixando emaranhado em volta dos meus ombros, e passei um batom suave nos lábios. Senti a minha pulsação começar a acelerar, quando me levantei para desligar o som e calçar o salto alto. Dessa vez, havia preparado uma pequena mala para me aprontar para o hospital no outro dia, assim como alguns itens de higiene pessoal e roupas íntimas. Em se tratando da Taeyeon, fazia ideia do quão longa seria a nossa noite e do descanso inexistente que eu teria, mas que agora pouco me importava.

Após pegar as minhas coisas, saí do quarto, me certificando de que não havia esquecido de nada, muito menos do melhor sorriso que me tomou os lábios, no momento em que ela sentenciou a sua chegada. Tomei o rumo do elevador e não demorei a chegar na portaria e me deparar com a Taeyeon encostada casualmente na porta da sua Ferrari, distraída com o seu celular, como sempre fazia. Eu quero me lembrar para sempre dessa cena, não pela mulher estonteante que ela era e do quão fodida eu achava a sua imagem com os cabelos repicados cobrindo seu rosto infantil, mas por saber que a causa daquela espera era exclusivamente eu. Ela estava sempre me esperando. Agora eu tinha alguém me esperava.

Assim que pus os pés para fora do edifício e caminhei em sua direção, fui embalada pela noite fresca e pelos seus braços que me envolveram em um laço apertado e possessivo, afagando todas as minhas expectativas. Difícil não conceder a ela o prêmio de melhor lugar do mundo para se estar, após um dia cansativo no trabalho. Muitos desejariam a sua casa quentinha. A sua roupa surrada. Uma xícara de café recém passado. Um bom livro. Uma comédia romântica que te arrancasse gargalhadas idiotas. Uma taça de vinho e uma boa música. Mas eu? Eu apenas desejava estar com ela. Eu queria a sua casa quentinha. Queria vestir a sua roupa surrada. Queria uma xícara do seu café recém passado. Queria ler o seu livro preferido. Queria rir até a barriga doer da sua comédia preferida. Queria apreciar uma taça do vinho que lhe arrancou o melhor apreço e dançar a sua música favorita. Eu passei a querer tudo isso, desde que fosse dela.

- Oi minha menina. – Senti uma descarga percorrer meu corpo ao escutar a sua voz carregada de sensualidade. Nos afastamos e ela sorriu abertamente para mim. – Que bom que veio preparada.

Olhei para a mala e me senti corar levemente nas bochechas, pensando no meu pequeno atrevimento. – Sim, achei que seria mais conveniente evitar uma discussão matinal, antes de irmos para o trabalho. – Sorri com a lembrança da primeira vez que isso aconteceu, assim como ela sorriu também. Adorável.

- Está ótimo, inclusive iria falar para você deixar umas roupas suas por lá. – Falou enquanto pegava a mala da minha mão e colocava no banco de trás da sua Ferrari.

Dei a volta para entrar no carro e logo ela fez o mesmo, se endireitando no banco. Estava majestosa como sempre, em seu típico terninho preto e em seu salto agulha. Ela manobrou o volante com o seu charme costumeiro e se afastou da fachada cinzenta do meu edifício, se misturando ao pequeno fluxo da noite. O som estava quase inaudível, mas deu para escutar uma melodia serena, não identificada por mim. Blues. Jazz. Clássica. Soul. R&B. Sua seleção de músicas cotidianas era extensa, mas nada disso me importava, desde que minha noite fosse regada a promessas infindas, a risos soltos, vinhos e orgasmos.

- Eu só preciso dar uma passada antes no clube, tudo bem para você? - Ela pegou a minha mão, liberando-me dos meus devaneios e plantou um beijo casto, antes de virar na curva e estacionar o carro, em uma viela já conhecida por mim. – Preciso resolver umas coisas, mas não devo demorar.

- Tudo bem, temos uma noite inteira pela frente. – Sorri, começando a criar expectativas pelas lembranças de uns dias, não tão distantes.

- Pode apostar que temos. – Sua voz saiu embargada. Não havia aquele resquício de fogo chamejante em seu tom de voz e das certezas de uma boa foda, sempre que estávamos juntas. Ela se limitou a sorri, repuxando os cantos dos seus lábios e se livrou do cinto. Havia algo ali.

 Assim que adentramos a boate, fomos embaladas pela música alta do recinto e pelo fluxo de pessoas que dançavam em sincronia com as batidas ritmadas do som. Seguimos para o final do grande salão, e então adentramos a porta para os associados. O ambiente dominado pelo vermelho sangue e dourado, continuava luxurioso e, estranhamente vazio. O único bartender do local, encontrava-se atrás do grande balcão preto de mármore espelhado, arrumando uma fileira extensa de taças de cristais.

- Boa noite Martin. – Nossos dedos que, antes entrelaçados, agora se afastaram subitamente, fazendo com que eu me sentisse abandonada. – E Allegra? - Taeyeon deu a volta pelo balcão e se aproximou do jovem, dando um tapinha de leve em seu ombro.

- Boa noite senhora Kim, ela está na sala te esperando. – O jovem com um sorriso gentil, após cumprimentar a sua chefa, olhou para mim. – Boa noite senhorita, aceita algo para tomar?

- Boa noite, eu aceito sim por favor. – Devolvi o sorriso e puxei um dos bancos em frente ao bar. Me acomodei ali, observando a cena que se desdobrava à minha frente. Taeyeon se aproximou de umas prateleiras espelhadas e puxou a sua típica garrafa de Bourbon. Sorveu uma dose, seguida de outra. Preencheu novamente e se virou. Seu semblante imparcial, deixou uma única veia saltada em sua testa. Conheço essa feição, algo estava acontecendo, e a estava deixando preocupada, irritada.

- Não pretendo demorar, eu já volto. – Ela decretou sucintamente, retirando-se dali.

- Sim Senhora. – Martin respondeu, terminando de secar a última taça e voltou a sua atenção para mim. – O que gostaria senhorita?

- Pode me chamar de Tiffany. – Sorri abertamente para ele. – Eu vou querer um Romanée-Conti, por favor.

Com educação, ele gesticulou positivamente. Enquanto foi pegar a bebida desejada por mim, olhei em volta e percebi que tudo estava no lugar. Os quadros, as poltronas, a mesinha do canto em que sentei, mas dessa vez eu não estava lá. Taeyeon não me apresentaria outro "contrato" para se apossar de mim, ela já me tinha de formas inimagináveis, e me teria sempre que quisesse. Mas não pude deixar de me sentir esmaecer, pelo local inabitado. As luzes das velas nos candelabros, não estavam acesas. O ambiente estava iluminado pelas luzes caóticas de uma lâmpada comum. Eu detestei isso. Não senti a mesma energia vibrante que emanava do local, como na primeira vez em que caminhei por esse extenso carpete vermelho.

Voltei a minha atenção para o bartender e então encarei a bebida vermelho forte que preenchia a minha taça, formando pequenos arcos de líquido que escorriam pelas paredes do cristal. – Hoje está quieto por aqui. – Comentei, encarando as pequenas bolhas tímidas que se formavam no líquido.

- A senhora Kim decidiu fechar o clube. – Sinto meu coração se apertar com a revelação que ele fez, e levantei o meu olhar, procurando pelos seus. – Perdemos muitos associados, pessoas de longos anos e importantes no mercado. – Ele me passou a taça por cima do balcão, com uma certa elegância.

- Mas por que? - Indaguei confusa, revirando lentamente o líquido na taça, antes de sorver o primeiro gole.

- Allegra. – Ele entortou levemente os lábios, enquanto enxugava suas mãos em um pano branco. – Ela decidiu que quer se afastar, que quer tentar uma vida comum, casar, ter filhos, essas coisas. – Ele deu de ombros e começou a guardar as taças, uma por uma.

- Sério? Ela está na cidade do entretenimento, e ainda assim quer ter uma vida comum? - Sorvi um gole maior e senti meu estômago vazio reclamar da leve ardência do álcool. – E o que ela fazia no clube?

- É porque muitos casais vinham mais por ela. Muitos desejavam vê-la dominando os seus parceiros ou parceiras, muitos desejavam dominá-la também. Ela era o entretenimento do clube. Era mais uma jovem que se mudou de uma cidadezinha pacata do interior para tentar ser atriz em LA. O sonho americano – Ele balançou a cabeça negativamente, em um lamento. - Mas nunca conseguiu uma audição digna, e até sofreu alguns abusos também. Inclusive fez um filme adulto, e foi só o que conseguiu até agora. Acabou batendo aqui na boate, e a senhora Kim viu nela uma oportunidade.

- Ela conseguiu a atenção dos clientes, por causa do filme adulto então?

- Basicamente sim.

- E a Taeyeon não pode contratar outra pessoa para colocar no lugar dela? - Senti uma pontada de pena.

- Ela não sabe como. Ela não fez uma seleção, na verdade. Allegra bateu na outra boate lá fora, por coincidência, pois dançava na noite e achou que aqui era um clube de stripper. Não são todas as noites que mulheres fazem isso por aqui. A maioria já estão inseridas no mundo pornográfico, e como essa parte da boate é mais oculta e específica, ninguém lá de fora faz ideia do que se passa aqui dentro.

Assenti brevemente com a cabeça, fazendo que havia entendido tudo. Sorvi o último gole do meu álcool, ficando absorta com todas essas revelações, tentando restaurar meus pensamentos. Na noite em que fizemos a reunião em meu apartamento, me lembro claramente do desejo estampado nos olhos da Taeyeon. A expectativa que ela criou em poder me apresentar o seu mundinho particular ficou tão evidente, que chegou a ser palpável. E hoje, sendo a própria atração do seu mundinho, me sinto impotente em não poder fazer nada para poder ajudá-la a consertar o que tanto lhe apetece.

Vi Allegra sai pela porta, no momento em que devolvi a taça vazia para Martin. Ela não tinha uma maquiagem pesada no rosto. Ela não tinha seu cabelo estupidamente liso, preso em um longo rabo de cavalo. Ela não usava botas de couro cobrindo toda a sua coxa. Ela não usava um colam que adornava perfeitamente as suas curvas. Ela trajava apenas uma feição triste, cansada, juntamente com um sorriso derrotado. Ela forçou uma simpatia para mim que, visivelmente estava oculta - talvez estivesse perdida em seu sonho de ter uma vida comum - e foi se despedir de Martin..

Desci do banco e segui diretamente para a porta que ela havia saído. Parei e me encostei no vão da mesma. Antes de anunciar a minha chegada, eu a observo. Taeyeon está sentada, segurando o seu Bourbon, passando levemente o copo de vidro grosso em seu lábio. Ela tem o olhar perdido em qualquer ponto, como se estivesse procurando respostas, opções, ou até inventando possibilidades. Sinto meu coração murchar ao ver a mulher imponente, se estilhaçando por dentro. Eu sinto por ela. Me permito ficar triste por ela, e permito que os seus estilhaços, me acertem por dentro também.

- Oi estranha. – Anunciei a minha chegada, com um leve sorriso nos lábios. Ela me olha, mas sinto que não me enxerga. Ela vê através de mim, mas não me nota. – Está tudo bem aí? - Fiquei um tempo encarando, enquanto ela repousava seu copo com apenas um dedo da bebida, sobre a mesinha ao centro.

- Oi menina, desculpe, não te vi aí. – Ela abriu um largo sorriso ao me ver, mas seu tom de voz denotava tristeza. – Vem aqui. – Seus dedos encontraram os fios soltos dos seus cabelos e ela os emaranhou para trás, enquanto me fitava caminhar em sua direção. Assim que parei em sua frente, senti seus braços enlaçando meu quadril, me puxando calmamente para si, anulando todo espaço que ousava nos afastar. Ela repousou seu queixo gentilmente em meu ventre, e me encarou de baixo. – Está com fome?

Deslizei meus dedos pelos seus cabelos e fiz uma caretinha, enrugando o nariz de leve. – Estou um pouco, mas podemos ficar e conversar se você quiser. – Sorri solícita ao seu desejo contido, imaginando que ela quisesse ficar ali por mais algum tempo.

Ela nada respondeu, apenas sorriu lasciva e levantou a minha blusa bege em chiffon de mangas curtas, até a altura da minha cintura. Resvalou seus lábios quentes pela minha barriga, fazendo um caminho até o meu ventre, distribuindo alguns beijos gentis. Um sorriso surgiu em meus lábios e pude sentir aquela calmaria já conhecida. Aquela calmaria que sempre me preenchia quando ela me tocava e me fazia sentir todo o seu desejo e anseio por mim. – Não, vamos para casa. – Suas mãos encontraram minhas nádegas e ela as apertou de forma sedenta, por cima do meu short de seda.

***

Quase não conseguia respirar. Os beijos urgentes e possessivos que Taeyeon travava contra meus lábios, roubavam-me o fôlego e cutucava gostoso no meio das minhas pernas. Minha pulsação acelerada, ressoava em meus ouvidos e eu já estava totalmente entregue àquela que tanto me domava, dominava, me virava e desvirava, me colocando do avesso – acabei constatando que esse era o meu lado preferido. Taeyeon sorvia o meu tormento como um vinho. Perdi as contas de quantas vezes o seu elevador exclusivo nos levou da sua garagem particular, até a sua sala. A vontade, a saudade, a urgência, se encontraram com gana e eu já havia perdido qualquer resquício de sanidade, deixando-me ser conduzida para uma batalha que eu já havia desistido de lutar há bastante tempo.

Suas mãos encontraram os meus seios por de baixo da blusa, e ela os apertava com furor, enquanto seu joelho pressionava minha buceta com toda a sua habilidade costumeira – sempre guiada pelo seu instinto predador. Estar com a Taeyeon, não me dava espaço para pensar, para duvidar, muito menos para hesitar ou recuar. Ela era de um vigor físico impressionante. Sua estatura baixa e o seu corpo magro, porém atlético, não a impedia de dominar o meu corpo, e até a minha mente. Ela furtava a minha capacidade de pensar, de falar e de agir. Como se em frações de segundos, eu perdesse todo controle que possuía sobre mim e desaprendia até como respirava. Ela não precisava dizer absolutamente nada, mas nossos olhares conversavam mudos, reconhecemos nossos desejos contidos ali. Ela sabe o que quer, e eu sei o que ela terá.

Minhas mãos passeiam com avidez em suas costas e sinto sua pele chamuscando ao meu toque, queimando em combustão. Em um súbito, ela se afastou de mim e sua mão encontrou o nó da sua gravata borboleta. Ela o folga, me encarando com o seu peito inflado, e sua respiração acelerada, procurando pelo ar que nos foi tomado. Seu olhar queimava o meu corpo, transpondo a minha alma, e o odor do seu perfume amadeirado, com o leve toque do Bourbon que ficou marcado em minhas papilas gustativas, me deixaram inebriada. Extasiada.

- Como eu senti a sua falta, minha garota doce. – Suas palavras com uma conotação sexual, me fizeram pressionar levemente uma coxa na outra e me transportar para a primeira vez em que ela me chamou de garota doce. Eu estava algemada no sofá da sua sala, com as pernas de forma explícitas, havia até esquecido do significado da palavra pudor. 

- Eu senti a sua falta também. – Respondi num suspiro exasperado pelo ar que me foi roubado, acompanhando o seu leve curvar de corpo, enquanto pegava a minha mala do chão.

Assim que o elevador abriu em sua sala novamente, fomos envolvidas pelo ar quente da sua lareira, onde o fogo crepitava calmamente. O estímulo sensorial que vinha de toda a sua casa, me deixou atordoada e sedenta para degustar o que ela havia preparado para o nosso jantar. Seguimos para o seu quarto e quando ela abriu a porta, eu parei no mesmo instante. Senti meu corpo retesar com a visão.

O seu quarto estava iluminado apenas pelo rastro do luar que vinha do céu e invadia a varanda, até a metade do ambiente. Adentrei o cômodo e caminhei diretamente para o local. Havia uma mesa redonda, adornada com uma toalha branca. Pratos. Talheres. Guardanapos de pano. Tudo posicionado nos mínimos ângulos. Ao centro, uma vela branca flamejava dentro de um pote de cristal, e uma garrafa de Champagne dentro de um balde com gelo, completava a maravilhosa surpresa. Sorri, sentindo meu coração se aquecer com o sentimento de preenchimento que, repentinamente me acometeu. Passei os dedos levemente pela mesa, sentindo a maciez do tecido branco. Me perguntei quando Taeyeon teve tempo de preparar tudo isso e ainda fazer o jantar.

- Foi a Esmeralda. Está do seu agrado? - Minha dúvida foi sanada, como se ela pudesse ler meus pensamentos. Senti suas mãos me envolverem pela barriga e seu corpo quente se encostar no meu, enquanto roçava levemente seus lábios voluptuosos, pelo meu pescoço.

Fechei os olhos e me entreguei decididamente a essa nova sensação de paz, de começar a pertencer a algum lugar, que a Taeyeon me fez sentir. – Hmm, acho que estou apaixonada pela Esmeralda.

- Ah, você está? - Sorri calorosa, ao imaginar a sua sobrancelha arqueada para mim, em uma tentativa ameaçadora. – Então terei de demiti-la, afinal, detesto concorrência – Sua voz ressoou baixa e sensual. A pontinha do seu nariz, deslizava vagarosamente nas adjacências do meu pescoço, enquanto balançava nossos corpos lentamente, em uma dança muda.

- Acho que tem espaço para as duas. – Arrisquei me divertindo com o nosso diálogo.

- E eu acho que você adora me tirar do sério menina. – Me virei para ela, percebendo que a gravata borboleta já fora arrancada, juntamente com o seu terninho, deixando apenas uma blusa branca simples, marcando seu corpo. Passei meus braços em volta do seu pescoço e aproximei meus lábios propositalmente do seu ouvido.

- Juro que não faço de propósito, mas é que você fica tão mais gostosa assim, mandona e possessiva. – Suspirei baixinho, inalando todo perfume que emanava dos seus cabelos. Mordisquei de leve a ponta da sua orelha e virei o rosto para encará-la.

O sorriso lascivo e cheio de significados ocultos, estava ali novamente, e era todinho meu. Ela me beijou sedenta, mantendo-me rente ao seu corpo, enquanto me guiava para dentro do seu quarto. Suas mãos apertavam meu quadril com gana e logo eu estava me deitando sobre a sua cama, com ela por cima de mim. Seu corpo roçava propositalmente no meu e meus braços foram parar acima da minha cabeça, com as suas mãos me prendendo ali, afundando meus pulsos no colchão. Seus lábios chupavam, mordiam e lambuzavam meu pescoço, reavivando todo o desejo instantâneo que senti, quando estávamos no elevador.

Ela ergueu seu corpo de forma abrupta e começou o processo de me despir. Não ajudei. Deixei que ela apreciasse todo pormenor dessa pequena tarefa, a qual tanto lhe apetecia. Cada peça de roupa foi separada do meu corpo, e cada parte da minha pele que, antes escondida, agora estava totalmente exposta, restando somente a minha calcinha minúscula, para o seu deleite. Seus olhos caíram por toda a extensão do meu corpo, enquanto ela se levantava sorrateiramente de cima de mim e me deixando visivelmente aturdida com a sua atitude.

- Vire-se de bruços. - Ordenou sucinta, com um tom ríspido em sua voz.

Senti meu coração disparar com a sua impassibilidade repentina. Senti meu cérebro derreter e todos os movimentos do meu corpo, não responderem ao meu comando. Ela estreitou os olhos com impaciência e foi o suficiente para que eu rolasse na cama, ficando de bruços, a sua ordem.

- Fique aí por um minuto, que eu já volto.

Um minuto. Uma hora. Uma vida. Eu ficaria o tempo que ela pedisse. Sua ordem quase sussurrada, fez com que os músculos do meu corpo se contraíssem, ansiando pelo o que quer que me esperasse. Eu estava demasiadamente excitada, nervosa e eufórica, mas acima de tudo excitada. Todos os meus sentidos estavam em alertas, exceto a minha visão. Eu havia fechado os olhos, apertando-os, tentando imaginar o que ela teria para mim dessa vez.

Senti o colchão afundando, a maneira que a Taeyeon se aproximava por trás do meu corpo. Podia sentir minha pele arrepiando deliciosamente com toda demora, me deixando na expectativa. Ela pegou um pulso e, depois, o outro, colocando ambas as minhas mãos para trás, rentes às minhas costas. Ela amarrou meus punhos com uma corda grossa, enlaçando-os com maestria. Minha visão fora tapada com a sua venda de seda, e eu podia sentir o seu olhar me cortando como uma navalha, só para o deleite da sua visão, na posição que ela mais contemplava - de submissa. Taeyeon nunca brincou quanto à questão de sujeição que sempre quis de mim. E bem lá no fundo, eu nunca quis que fosse brincadeira.

- Relaxe menina, sabe que eu não vou machucar você. – Sua voz doce e embargada de sensualidade, só me fez ter ainda mais a certeza infinda, de que eu poderia criar expectativas, sem ser decepcionada. – Eu, particularmente, adoro ficar olhando em seu rosto enquanto a fodo. Gosto de apreciar suas reações e expressões faciais. Elas servem de estímulo para que eu pare ou para que eu a torture um pouco mais. – Ela começou com o seu breve discurso sádico e me ergueu pelo traseiro de modo que fiquei ajoelhada na cama. Apoiei a lateral da minha face no colchão, dando-lhe uma visão fodida da minha bunda empinada.

Sua mão afagou minha bunda, apertando com uma certa vontade e então ela arrastou os dedos para dentro da minha virilha, tocando a minha pele quente. Vendada, eu me concentrava nos demais sentidos e nas pulsações internas provocadas pelos seus toques. Ela afastou a minha calcinha para o lado e seus dedos encontraram minha buceta com facilidade. Ela os deslizou pela lubrificação, se divertindo com a vulnerabilidade em que eu me encontrava – indefesa. Não conseguia assimilar o bombardeio de sensações que seus dedos estavam me fazendo sentir. Eles me acariciavam calmos, sorrateiros, provocando a minha entrada, que clamava por uma atenção mais minuciosa.

– Eu quero sentir você pulsando em meus dedos. Quero sentir a sua pele quente, inebriada, lubrificada. Quero sentir seus músculos apertando os meus dedos e o seu gozo os banhando – Disse ela com uma voz gutural. – Hoje, irei vou fodê-la com os meus dedos.

Vibrei internamente. Hoje não tinha vibrador, não tinha plugs, não tinha objetos inanimados me torturando e roubando-me o fôlego ainda mais. Apenas seriam seus dedos ágeis, apossando-me e sugando toda a minha energia vitalícia. Respirei fundo e soltei o ar totalmente frustrada, quando a senti penetrar a metade do seu dedo e retirar rapidamente. Eu estava miseravelmente pronta para receber as suas estocadas sedentas. Empurrei meu corpo para sua direção, para tentar apressá-la, mas a minha súplica muda, me rendeu um bom tapa na bunda.

- Nossa, você está muito impaciente hoje. – Ela disse num tom divertido. – Temos a noite inteira menina. Eu vou estar dentro de você com a mesma intensidade que você me quer, mas vê-la amarrada e totalmente à mercê dos meus anseios, é a melhor visão que já tive na vida.

Apertei os olhos e soltei um gemido, ao senti-la penetrar um dedo, e depois um segundo. Suas estocadas estavam lentas, me dilacerando. Sua outra mão deslizava lentamente pelas minhas costas, desenhando linhas inimagináveis em minha pele, até chegar em meus cabelos soltos. Ela os emaranhou entre os seus dedos, os segurando, como um montador que segurava firmemente a rédea do cavalo, e me puxou para si, fazendo com que eu erguesse meu corpo bruscamente, ficando apoiada nos ajoelhos. Sinto meu corpo inteiro tremer e retesar em um pânico crescente, por ter sido pega de surpresa.

- Vê como me serve de morada tão bem? - Sua face estava colada à minha, seus lábios quentes sussurravam em meu ouvido e eu sentia todo meu corpo se contraindo de tanto tesão. – Você é minha. – Já começava a sentir os primeiros pingos de suor brotando em meus poros, enquanto gemidos incontidos escapavam desesperados entre os meus lábios. Sua voz áspera inundou a minha mente e me levava a um nível excruciante de excitação.  – Você me tem, sabe que me tem.

- Taeyeon ... – Sentia meu corpo sendo provocado da pior forma. – Por favor!

- Por favor o que? O que você quer¿ - Indagou numa voz rouca. – Fale.

- Eu quero mais rápido. – Respondi com a voz trêmula.

- Oh, sim! – Murmurou ela antes de chupar meu pescoço.

Tombei a cabeça para trás, repousando-a em seu ombro, quando senti seus seios nus e eriçados, roçando em minhas costas. Suas estocadas ganharam ritmos, ficaram fora de controle. Nossos corpos balançavam em uníssono, coabitando. O suor escorrendo pelo vale dos meus seios, esquentava ainda mais a minha pele e aquecia a minha alma. Que libertador. Aquilo era insano, estava a quilômetros do âmbito das minhas fantasias mais profundas. Nunca imaginei ser fodida desse jeito, ainda mais por uma mulher.

- Me sinta. – Seu sussurro foi rouco e doce ao mesmo tempo, capaz de me fazer gozar só de ouvi-lo. – Quero que tenha a sensação de estar totalmente preenchida por mim, logo após pensar que te deixei vazia alguma vez.  

De novo, de novo e de novo. Não importa quantas vezes ela já tenha estado dentro mim, ela sempre queria mais. Eu sempre ansiava por mais. Nós sempre nos desejávamos, como dois animais no cio. Sinto um calafrio surgir em meu ventre, espalhando-se, me invadindo profundamente. Meu corpo inteiro começou a tremer e os meus joelhos afundaram ainda mais no colchão, quando o orgasmo me arrebatou. Tudo se tornou turvo, meus olhos já estavam cansados de tanto que os apertei, tentando conter o meu estado alarmante de excitação. Em um grito gutural, sentei em cima dos meus calcanhares, me deliciando com o estado de convulsão que meu corpo estava.

Taeyeon foi diminuindo a velocidade das estocadas e deixou seus dedos parados, ainda dentro de mim. Meus músculos vaginais se contraíam fortemente ao redor deles e juntamente com todo o líquido que se esvaia, minha força ia junto. Eu estava tomada por um absoluto contentamento, depois de dias sem ter isso. Ela beijou suavemente a minha bochecha e foi retirando seus dedos. Meu murmuro de lamento foi quase que imediato. Fui tirada abruptamente daquilo que estava me mantendo aquecida. Mas agora eu me sentia flutuando, completamente saciada.

- Bem-vinda de volta. – Ela disse num tom divertido, e eu não pude conter um sorriso. – Vou te desamarrar e cuidar de você, para poder jantarmos menina.

O vapor do chuveiro tomou conta do boxe. Taeyeon esfregava minha pele, enquanto a água escorria pelas minhas costas e levava para o ralo, todo o cansaço. Minhas mãos estavam apoiadas na parede e meus olhos fechados. Minha mente estava livre de qualquer pensamento, apenas me concentrava em suas carícias. Ela não deixou nenhuma parte intocada, já estava íntima de toda a extensão do meu corpo.

Assim que saímos do banho, ela envolveu o meu corpo com o “meu” roupão vermelho felpudo, e eu suspirei, encostando a minha testa em seu ombro úmido. Fui recebida por um generoso e afetuoso abraço, seguido de um beijo estalado em minha testa. Quando me separei, seus lábios se curvaram em um sorriso perfeito e seus olhos brilharam feito um tapete brilhante no céu. Taeyeon não divulgava muito os seus sentimentos, mas ao encarar o seu olhar, eu sabia que havia ganhado a minha própria constelação.

- No que você está pensando? - Murmurou ela.

- No quanto eu sou sua.


Notas Finais


Os sentimentos ficando mais maduros e com eles, a urgência de uma entrega.
Espero que tenham apreciado o capítulo.
Feliz dia do mozão para quem tem um, e para quem não tem também, afinal, amor próprio é tudo rs.
Até o próximo com yulsic babes. S2


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