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História A Second Chance - Capítulo XVII


Escrita por: BelNewt

Notas do Autor


ooooi flores!
:)

tudo bem com vocês? eu tô bem e realmente não sei quantas vezes eu escrevi e reescrevi esse cap, por motivos de sempre alguma ideia prevalecer e eu querer modificar algo, então, enfim, eu espero imensamente que vcs gostem, porque porra, É HOJE!!

fiquei com treta, melodrama, raiva, choro e muito beijo na boca!

boa leituraaaaa

Capítulo 17 - Capítulo XVII


Eu não paro de rir, meu Deus, o que foi que aconteceu aqui?

Thomas está me olhando debochado enquanto controla o riso com uma mulher que está nos olhando torto ainda dentro do elevador.

Eu juro que não sei o que acabamos de fazer e eu queria realmente me sentir culpado por sair assim, pouco me importando para o Minho, mas meu Deus, eu não estou sentindo nem um pingo de culpa e só consigo achar engraçada a cena dele gritando “Thomas O’brien, tu tá fodido!”.

– Acho que irei apanhar, de verdade – Tommy diz rindo quando a porta do elevador se abre e nós podemos finalmente nos livrar da mulher que parecia nos recriminar apenas por rir.

– Uhum, vai, estou... – antes que eu possa continuar, minha fala é interrompida pelo corpo ainda raivoso de Minho em minha frente. Suor escorre por sua testa e sei que ele desceu correndo pela escada. – Merda.

– Que porra é essa, Newton? Eu saio por um tempo e é isso que acontece? Me trai com essa porra aí?

– O que disse? – não posso crer que ele falou assim de Thomas. – Por favor, Minho, vamos lá pra fora.

Ele caminha nervoso e eu sigo seu passo até estarmos na rua com o ar ameno da manhã nos abençoando.

– Por que está me traindo com esse bosta? Não sabe que odeio ele? Ein, porra?

– Cala a boca, porra! Thomas não é porra alguma disso que você tá falando, e pelo amor de Deus, Minho, eu não estou te traindo! Larga de nóia.

– Ah, não? – ele solta um riso sarcástico e passa as mãos pelos cabelos. – Por que veio pra cá com ele então e ficam andando de mãos dadas por aí? Eu sei das coisas, Newton, não me faça de idiota!

Ele quase cospe as palavras em mim ficando a milímetros de distância de mim. Sua raiva e negatividade emana por todos os lados de seu corpo.

– Minho! Eu exijo um pedido de desculpas agora, caralho! – volvo irritado. Ele não tem o direito de me acusar assim e ainda falar dessa maneira de Thomas.

– Desculpas por quê? Eu não fiz nada de errado, quem fez foi você! Nem capaz de me avisar que iria sair da cidade foi, tive que ficar sabendo por outras pessoas...

– Você estava cagando pra minha existência esses dias que estava fora, eu não ia me prestar a te avisar, Minho, não tenho nenhuma obrigação em te avisar de meus passos!

Ele tenciona o maxilar e eu não o reconheço mais. O Minho de quatro anos atrás sumiu, evaporou e o que está agora em minha frente, é desprezível e nojento.

– Nós estamos noivos, eu te pedi em casamento, Newt!

– E eu se quer me lembro disso! Sabe por quê? Porque na minha vida real eu te dou a merda de um pé na bunda, Minho! Vê se põe isso na tua cabeça.

Parece que desfiro um soco em sua cara com minhas palavras. Seu rosto contrai e seu queixo treme. É uma atuação muito boa ou ele realmente se atingiu com o que eu disse.

– E eu realmente estava tentando entender o motivo por estar noivo de ti, por ainda te amar... Tava tentando gostar de você, mas por favor, Minho, com essas suas atitudes você só me mostrou como eu estava certo quando fiz o que fiz anos atrás.

– Não, não, não! Por favor, Newt... – sua voz agora clama por um perdão que parece até verdadeiro. – Desculpa, desculpa, desculpa, eu te amo, eu não sei viver sem você!

– Nossa, sinceramente... – murmuro. Sua mudança de humor foi tão grande que chega a ser engraçado.

– Me perdoe, pense nisso pelo menos. Eu não encho seu saco se por preciso, só não me deixe, por favor... Eu te dou quanto tempo quiser!

Suas mãos pegam as minhas com firmeza e ele me obriga a focar em seus olhos que estão transbordando em medo e desespero. Sua atuação até que toca certo ponto de meu coração.

Engulo em seco e olho para o chão. Tiro minhas mãos de seu contato e foco em seus olhos.

– Vá fazer o que você tinha que fazer, nem sei como está aqui, mas sinceramente, se você quer algo, quer um simples perdão, mude pelo menos um pouquinho comigo, Minho. Me tratar dessa maneira por puro ciúmes é total loucura!

Antes que o asiático em minha frente possa dizer algo, Thomas intervém me olhando com fúria.

– Vamos logo, Newt. Minho entendeu muito bem o recado.

Percebo o olhar de tristeza de Minho se transformar em raiva novamente.

– Você, Thomas, sempre se metendo onde não deve!

Começou...

– Chega vocês dois. CHEGA! – grito a última palavra e suspiro alto. – Minho, por favor, deixa eu pensar, deixa eu resolver toda essa confusão, não adianta você forçar algo que eu não quero, de verdade.

Ele me olha e sinto meu peito se apertar apesar de toda raiva que eu estava sentindo antes. Ele concorda com a cabeça e se vira, indo na direção oposta a qual estamos. Tommy apenas balança a cabeça e segue em silêncio em direção ao estacionamento, enquanto sinto a distância o quão tenso está.

Entramos no carro e um silêncio mortal invade o ambiente.

– Onde quer ir agora? – é a única coisa que ele diz depois de cinco minutos em total desconforto.

– Ahn, achei que poderíamos ir almoçar, certo? – digo inseguro, engolindo a seco. – Não sei, depois poderíamos dar uma volta por aí e irmos ao meu apartamento. Ou talvez agora a tarde acharmos um lugar para ficarmos.

– Onde quer almoçar?

– Tem um restaurante que papai disse que eu amava ir, podemos ir lá, tenho o endereço aqui, então ficará fácil.

Ele apenas concorda em silêncio enquanto dito e explico onde é o local. A partir dali sua voz não é mais escutada e apenas o que tenho de si é sua cara fechada, bufando irritada a cada vez que alguém buzina ao passar ao nosso lado.

 

(...)

 

Alguém pode, por favor, me explicar como em menos de quatro horas alguém pode experimentar tantas sentimentos e mudanças de humor?

Eu realmente não sei mais o que fazer para conseguir arrancar um risinho e uma conversa realmente produtiva de Thomas. Desde que entramos no carro ele se limita a poucas palavras e parece irritado ao extremo, até mesmo depois de comer um almoço fabuloso no restaurante ele não pôs um sorrisinho se quer na cara.

Faz algum tempo que já achamos um local para passar a noite e eu estou totalmente frustrado. Não sei como se chama o tipo de quarto que é dividido por uma porta e assim na realidade, são dois quartos, mas estamos em um desses. Quando entramos, Tommy foi para um lado e eu para outro e desde disso eu não consigo mover nem um músculo da minha bunda para sair desta cama, talvez tivesse sido melhor nós voltarmos para casa sem ficar aqui, mas não sei, tudo está uma bela confusão e eu não sei o que de fato estou sentindo.

Agora a vontade que eu estava de conhecer meu apartamento evaporou e eu não sei mais se devo falar com Thomas ou o que.

Ele está bravo comigo, isto é fato, mas por quê? Por que falei aquilo para Minho? Ou será que falei algo que o magoou e nem percebi?

Que merda!

Não bastava o que senti no local que eu supostamente trabalhava, tem essa situação com Minho e ele, que realmente está me fazendo ficar angustiado demais.

Olho para o teto e crio forças para levantar. Estou começando a ficar com raiva disto tudo! Da minha vida, de tudo que me rodeia, da bosta que não funciona.

Nada anda, parece que estou andando em círculos e chegando em nenhum lugar. Eu quero chegar a algo, a alguma resposta para tudo isto que está acontecendo. Quero os porquês para entender porque justo isso está acontecendo comigo!

– QUE MERDA!

Grito alto e enfio os dedos em meu cabelo, os puxando com força. Preciso eliminar essa bosta de sentimento que está me consumindo de alguma forma, não aguento mais isso.

Olho para os lados e avisto um abajur preso a tomada sobre a cômoda ao lado da minha cama. Sem pensar o pego em mãos, me afasto um pouco da parede e o jogo com toda força possível.

– QUE MERDA, QUE MERDA...

Arfo fundo vendo o objeto cair ao chão com força e a parte de vidro se estilhaçar, fazendo cacos voarem em direção a mim.

– EU TÔ POUCO ME FUDENDO PRA ESSA MERDA.

Estou eufórico, com nojo, raiva, tudo está dando errado, tudo está me frustrando. Nada está dando certo.

Piso de leve em um dos cacos de vidro sem querer no mesmo passo que desfiro um soco na parede. A dor dos dois atos me invade e solto um grito agudo. Merda!

Cerro os punhos sentindo-os tremer e meus olhos queimam com lágrimas que insistem em descer. Olho para a parede e direciono minha mão novamente a ela, mas meu ato é repreendido por uma mão me puxando.

– Que merda que você tá fazendo, Newt? – Thomas volva irritado e com a carcaça exasperada.

– Não tá meio óbvio? – grito, jogando toda minha frustração sobre si.

– Sim, está, só quero saber que merda você tem na cabeça pra estar se machucando dessa maneira! – suas mãos seguram meus braços com força e eu tento me desprender, sentindo mais pressão na região. – Para, Newton!

Espalmo minhas mãos em seu peito e o empurro com força.

– Resolveu falar agora, foi? – digo irritado. Eu não sei por que estou tão irritado com ele.

– Para de infantilidade, Newt, meu Deus! – Thomas diz com irritação na voz me olhando do pé da cama enquanto eu estou no meio do quarto. – Por que você quebrou a merda do abajur?

– Porque eu estava com raiva, caralho! Eu queria eliminar isso de mim, não tá entendendo?

– Você sabe que tem que pagar o que quebra aqui, não é mesmo?

Ah, meu Deus, eu não ouvi isso...

– EU PAGO, THOMAS! QUAL É O PROBLEMA? EU PAGO, NÃO PRECISA SE INCOMODAR!

– Pare de falar como se o culpado fosse eu, Newt!

– Por que está assim, Thomas? – volvo ficando próximo a ele. – Não abriu nem um terço da boca desde que entramos no seu carro, parece até que fiz algo!

– E agora não fez?

Oi? Desculpa, me perdi.

– Que porra você está falando?

Aí, Minho, mude comigo! – ele força uma voz que não é sua e move as mãos para o alto, totalmente puto. – Ah, pelo amor de Deus, você caiu igual patinho no teatro daquele idiota!

Gargalho alto, uma risada verdadeira, porque isso só pode ser uma mera piada.

– Sério que tô ouvindo você falar isso, Thomas? Vai dizer que ficou com ciúmes agora também?

Ele fecha os olhos e vejo suas mãos cerrarem.

– É proteção, Newt. Aquele merda não te ama, nunca te amou, só soube usar e agora continua fazendo isso e você nem percebe.

– Proteção? Quer me proteger do Minho, sendo que ele é meu noivo?

– Agora ele é seu noivo então? Até horas atrás ele não era, muito bom saber isso!

– Me expressei mal... – murmuro. – Mas você não precisa fazer isso! Qual é, Thomas, eu não sei nem o que sinto e ainda você fica piorando essa porra toda agindo dessa maneira escrota.

– Não sabe o que sente? Pra mim tá bem claro que você ama aquele babaca!

– Amo aquele babaca? Você tá se auto chamando de babaca, então, Thomas!

Sua boca se abre e fecha e só então eu percebo o que disse. O ar foge dos meus pulmões e meu rosto esquenta. Puta que pariu.

– O que disse? – Thomas parece equivocado e crê que entendeu errado.

Merda, merda, merda. Eu preciso urgentemente de um buraco para me esconder. O que eu acabei de dizer? Eu amo o Thomas? Eu o amo, porra? Foda-se.

– Eu te amo, porra! Tá difícil entender? – cuspo em sua cara tudo que eu estava sentindo fazia dias. – Desde que você voltou pra minha vida tudo mudou, porra! Você bagunçou tudo aqui dentro, Thomas, e essa merda toda não importa mais! Quer saber? Vamos embora agora!

– Essa é a sua bosta de solução pros seus problemas, Newt? – apesar do lampejo de calma de segundos atrás, sua voz explode novamente. Vai se foder, porra.

– E você tem alguma merda de sugestão melhor? Quer que eu pule por este quarto feliz pra caralho com o nada que descobrimos até agora? Ein? – cuspo as palavras em sua cara e ele me segura pelos ombros.

– Cala a merda da boca! Você é um tipo de cego ou o que? – seu braços me empurram contra a parede e o baque faz minhas costas doerem. – Eu tô do seu lado desde o começo, entrei nessa loucura por você, ignorei todas as merdas de dúvidas que eu mesmo tinha pra te ajudar, e você retribui jogando toda sua merda de frustração em mim?

– Eu tô um bagaço, Thomas! – digo exasperado. Eu já estou cansado demais. – Eu não aguento mais nada e recém começamos. Você é o único que me ouve e eu acabo jogando toda a merda em tu. Eu sei, um lixo.

– Por que não para de ver só o lado negativo disso tudo, Newt? – Thomas diminui o tom de voz. – Encare essa porra como uma aventura, sei lá, qualquer coisa, no final sempre se tira algo bom.

– Ah sim, isso só pode ser uma piadinha de mal gosto... – que irônico. Palmas para você, O’brien. – Eu tô perdido, pior que um cego em um lugar desconhecido. Tô lutando com todos meus sentimentos que eu nem sei direito o que são...

– Eu te amo...

– Quê?

O encaro confuso e sinto seu olhar pesar sobre mim.

– Você disse que me ama, Newt.

Respiro fundo. Que vergonha. Bochechas não fiquem vermelhas, não fiquem vermelhas... Merda!

– Eu não disse isso, você ouviu errado!

Ele solta um riso sarcástico e no mesmo instante um sorriso malicioso toma sua face. Meu Deus.

– Teimoso como sempre, ah, pequeno...

– Thomas, que merda é essa?

Seu dedo para em minha boca e provoca um choque. O frio dele bate contra o quente de meus lábios. Um arrepio bom toma conta de mim.

– Shii... Meu deus, só fique quieto antes que eu perca a coragem.

– Coragem pra quê?

Me beije, porra, eu sei que você quer isso.

Sua respiração já bate contra a minha e essa é uma sensação que eu nunca imaginei achar tão boa.

– O que desde que tínhamos dezesseis anos eu queria fazer.

Suas mãos tomam meu rosto pra si e eu só consigo erguer meu olhar para sua perfeição de boca.

– Isso é tão estranho, meu Deus – minha voz sai fraca e meu coração dispara quando seu rosto se aproxima mais a cada segundo.

– Eu te mandei ficar quieto.

Dou um sorriso involuntário e antes que eu possa dizer mais algo, toda a tensão, raiva e frustração que eu estava sentindo se evaporam, quando sua boca se cola com urgência na minha.

Todo o ar parece evaporar e meus olhos se arregalam.

Sua boca avança e eu sem perceber cedo a tudo.

Sua língua me invade com rapidez enquanto sua mão sobre pela minha nuca e puxa meus cabelos.

Seu gosto é muito melhor do que eu já imaginei em toda minha vida. É algo normal, mas gostoso, que está me enfeitiçando.

Estou o sentindo junto a mim.

Meu Deus.

É indescritível.

Meu coração bate com rapidez e sinto meu estômago se revirar, enquanto um nó cresce dentro de mim.

Essa é a melhor sensação que eu poderia sentir em todo o mundo.

Ele me beija com uma leveza, me toma como se nossas bocas fossem um encaixo totalmente perfeito, feitas para estarem ali. Que clichê.

Seu corpo se cola ao meu. Adentro com minhas mãos nos frios grossos de seu cabelo e sinto meu estômago dar mais cambalhotas, enquanto um sorriso insiste em nascer em minha boca.

Sua mão desce por minha cintura, brincando de uma forma tão gostosa, como se ele realmente estivesse me descobrindo novamente. Sua mão é tão forte e caminha com tanta leveza que é quase impossível acreditar que eu esteja nos braços de Tommy.

Mordo seu lábio inferior e afasto nossas bocas, tomando uma boa quantidade de ar para mim. Já ele, leva seus lábios para meu pescoço, fazendo uma trilha de beijos que me arrepia de uma maneira que eu nunca imaginei nem sentir.

Solto um gemido baixinho e sinto seu sorriso no meu pescoço, no mesmo passo que ele volta sua boca a mim. Suas mãos descem pela minha coxa e me puxam para seu colo, enquanto seus passos nos levam para a cama. Eu nunca quis tanto me entregar a alguém como quero neste exato segundo.

Sinto o colchão fofo nas minhas costas e seu corpo sobre o meu.

Eu o sinto por inteiro.

Seu coração bate acelerado assim como o meu. Suas mãos tremem igualmente as minhas. E seu calor se transporta diretamente a mim, enquanto sinto seu amor ser demonstrado por seus toques, suas carícias e sorrisos. Estamos ligados, sempre estivemos e nunca havíamos percebido isto, eu talvez demorei mais.

O beijo com toda vontade existente em mim. Sinto cada pedacinho de sua boca, exploro cada partezinha de seu corpo que minhas mãos alcançam e sorrio a cada segundo mesmo sem perceber.

É tão macio, quente, estimulante, é perfeito.

Em muitos momentos pensei que isso tudo que estava acontecendo comigo era um mero um sonho, mas este, este, ah meus amigos, é um dos momentos que mais tenho certeza que isto não é um sonho, que é real, que eu sou real.

E principalmente que eu e Thomas somos reais.

Avanço com minhas mãos em direção a sua camiseta para subi-la, enquanto sinto seus beijos descerem pelo meu pescoço. Não sei quantos segundos isso nos toma, mas algo muda e eu fico confuso.

Aos poucos, percebo que estou beijando sozinho e tentando desfivelar um cinto sozinho, enquanto mãos tentam impedir meus atos.

Percebo que Thomas está sem camisa e se afastando mais a cada segundo.

Não sei o porquê disto.

Me ajoelho e vou em sua direção. Tento o instigar. Beijo seu pescoço. Mordo seu lábio, mas o que recebo é um empurrão seu. Meu corpo se choca contra o colchão e eu percebo a chama em seu olhar se apagar lentamente.

– Chega!

Olho com a sobrancelha arqueada e a minha própria camisa erguida até a metade do peito. Por que ele parou?

– Não dá, Newt, não dá. Nós estamos sendo igual a ele...

Seu queixo está tremendo e só agora percebo como ele parece frágil e mercê a tudo e todos.

– Tommy? – minha voz sai fraca e um aperto no meu peito me faz quase parar de respirar. – O que foi? Vem cá. O que foi?

Ele continua a me olhar e indo para trás, dá um suspiro enquanto fecha os olhos com força. Ele põe a camiseta e me olha frio.

– Não me chama assim, Newt... ajeita sua roupa...

Olho para baixo e me vejo com a calça aberta e a camiseta levantada. Ah, meu Deus...

– Thomas...

Meus olhos marejam e eu não entendo nem o porquê. Sua boca se abre e se fecha, sem uma única palavra sair da mesma.

– Eu posso explicar, deixa eu explicar.

Lixo, estou me sentindo isso. Sujo.

– Não, sai daqui, sai, Thomas!

Seu olhar encontra o meu e um alívio corre como vento pelo seu semblante. Ele quer mesmo ir.

– Vai logo!

Dito isso, vira as costas para mim e passa pela porta que divide nossos quartos, a fechando num baque seco e deixando um silêncio mortal pairar ali.

Minha boca seca e meus olhos se arregalam, não sei o que eu fiz de errado, realmente não sei. Estou tremendo, meu Deus, minhas mãos estão tremendo pra caralho.

Sento ereto na cama e abaixo minha camisa, estendendo minhas mãos para a frente de meu corpo. Não consigo deixa-las paradas sem que tremam. Sinto um embrulho no estômago e uma vontade de vomitar me invade.

– Ah, não, meu Deus... – murmuro e levanto num pulo da cama, pisando com força em um caco de vidro do bendito abajur. – Aí! Porra!

Sinto uma dor se alastrar por todo meu pé e corro para o banheiro. Nada sai ao meu rosto encontrar a privada, a vontade de vomitar está enorme, mas nada sai e tenho a plena certeza que não irá.

Eu devo merecer isso, devo ter feito algo muito errado em alguma outra vida.

Meu pé começa a arder e um filete de sangue começa a escorrer pela região. Sento-me na tampa da privada e analiso o minúsculo machucado e apesar de não estar doendo, a vontade de chorar apenas de olha-lo é enorme.

Sem que eu perceba, lágrimas começam a descer com rapidez sobre meu rosto. Não sei exatamente o porquê de meu choro, tudo parece estar se misturando dentro de mim causando um sentimento que eu nunca pensei sentir em relação ao Tommy: rejeição.

Por que afinal ele pediu desculpas? Ele só cortou o mal pela raiz, cortou algo que nunca aconteceria e uma dor futura.

Eu sou a pessoa mais idiota do mundo.

Está doendo e o engraçado é que ele é o único que poderia resolver e até isso eu consegui estragar.

Ah, mil palmas para você, Newton Sangster!


Notas Finais


Parabéns pra mim que conseguiu fazer o primeiro beijo dar em coisa ruim! hahahaha

NEWTMAS ACONTECEU
mesmo que Thomas tenha recuado e feito o que fez.

gostaram? odiaram? queriam mais? se expressem, amoras!

os vejo no próximo e até mais!! EU AMEI ESSE CAP, SOCORRO, amo vocês

kisses da bel


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