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História A "Seleção" - Jikook ver. - A essência da Insegurança


Escrita por: _filmesserieshd

Notas do Autor


oiii gente, eu quero me desculpar pela demora que eu tive em voltar e tals, mas é o seguinte, eu tô sem tempo, é isto. e não dá pra eu sair por aí escrevendo qualquer coisa porquê todos sabemos que não vai ficar legal e eu não quero isso pra minha vida. enfim...

QUERO AGRADECER A @missumbrella QUE FEZ ESSA CAPA LINDA PRA MIM eu te venero moça, muito obrigada (e se vocês quiserem uma ajuda aí com capas e afins, deem uma olhada nos trabalhos dela, recomendo:)))

BOA LEITURA_SZ_

Capítulo 17 - A essência da Insegurança


Cap. 17 - A essência da insegurança.


A estranha sensação de ser aceito havia atingido Jimin apenas poucas vezes durante toda a sua vida, eram poucos os momentos em que não o olhavam com repulsa ou nojo. E aquele era um desses momentos. Namjoon anunciava o nome de todos os participantes calmamente enquanto aquele monte de gente que preenchia o salão parecia analisar detalhadamente todas as pessoas que desciam aquelas escadas adornadas de vermelho sangue, a cor favorita do príncipe.

Seokjin estava gravando seu programa do lugar mais alto, que dava vista para tudo o que acontecia entre as pessoas que conversavam lá embaixo.

A imensidão daquele lugar assustava Jimin e o fazia se sentir tão pequeno que a coisa mais fácil a se fazer era sumir, em sua concepção. Mas não podia, era sua vez de descer.

- Park Jimin, de Kalahan - a voz alta e grossa do Kim reverberou pelos pilares enfeitados de todo o edifício, fazendo as pernas de Jimin chacoalharem no lugar enquanto suspirava pisando em cada degrau o mais suavemente possível, fazendo um enorme esforço para sorrir sem deixar transparecer o poço de desespero que estava por dentro.

Mas ele estava sendo aplaudido, assim como os outros.


Hoseok, que observava tudo ao lado de Seokjin, se surpreendeu com a aparente calmaria do rapaz, Yoongi havia ouvido a si, afinal. Jimin parecia um poço de graciosidade, com a longa cauda transparente da roupa que usava se arrastando pelos degraus com delicadeza. O tecido preto de sua roupa combinava tão bem com sua aura, mesmo que a cor fosse sombria, as orelhas altas no alto de sua cabeça faziam transparecer um lado fofo, deixando o preto “sombrio” se tornar um toque suave de complemento. 

Ele estava tão verdadeiramente bonito. Jungkook também notou isso, assim como todos no salão.

Ponto para Jimin…


E assim todos desceram, e a festa se iniciou com uma melodia de música clássica reverberando pelos tímpanos de todos.


Minhyuk se corroía, se amaldiçoava… não, amaldiçoava Park Jimin…

Desde que ouviu esse nome, sabia que teria problemas, mesmo que o rosto sereno e confuso da foto de perfil do híbrido demonstrasse inocência.

- Nós temos que bolar um plano… - disse se juntando ao seu “grupinho” todos eles pareciam meio deslocados alí a não ser Alex, que vez ou outra era chamado para alguma conversa por algum conhecido. Ele vinha de uma família nobre afinal de contas.

Hyunjae se sentia tão incomodada… queria sair daquele lugar e parar de conversar com aquelas pessoas tóxicas, de mentes pequenas com pensamentos maldosos, havia caído na lábia de Alex com toda a ternura que pensava que ele tivesse. Quando ele lhe disse o quanto seus pais ficariam tristes quando vissem um híbrido ganhando de si seu coração apertou tanto, ter o reconhecimento de seus progenitores era tão importante para si que não pensou nos sentimentos de Jimin quando simplesmente resolveu parar de falar com o Park. Faria tudo para agradar seus pais.

Mas trapacear? Isso nunca.

Foi pensando nisso que agiu tão abruptamente dizendo um:

- Estou fora! - girando em seus calcanhares e indo embora, se afastando daqueles que não a favoreciam e ainda a faziam se sentir um ser humano horrível. Mas também não teve coragem de se aproximar do gatinho dono de orelhas pontudas que tanto gostava de acariciar, ele estava melhor sem ela por perto, rindo junto a Nayeon. Sendo ele mesmo, com pelos, cauda e um lindo sorriso.

Ela ficou sozinha, no final. Mas estava tudo bem. Ela mereceu isso, era como se consolava.


Alex também desistiu da ideia do Kang, alegando ser perigosa demais, ele não se arriscaria a esse ponto.

Mas Minhyuk sim. Ele precisava ficar em primeiro lugar! 

Ele precisava, afinal, se ele não fosse o primeiro… o que ele seria?


Taehyung era o segundo centro das atenções, novamente. Era assim em quase todas as festas, o que não era de se surpreender já que a beleza estonteante do alfa atraía qualquer olhar, mas ele já pertencia a alguém, a Hoseok, mais especificamente, o príncipe.

Mas seu “dono” não estava perto de si naquele momento. o Jung estava agora conversando animadamente com Yoongi, o ômega que agora, insuportavelmente, faria parte de seu casamento… espera, como? Não, não. Yoongi não faria parte de seu casamento, ele seria apenas o amigo de seu marido. Apenas isso, nada de mais, seu consciente lhe dizia, em uma briga interna com seu lobo possessivo que insistia em lhe dizer que tinha algo de errado alí.


Mas do topo do salão, onde Hoseok havia chamado Yoongi para conversar, algo estranho se passava no interior do Jung. Ele estava estranhamente nervoso. O que era de se esperar, afinal, Yoongi havia acabado de jogar na sua cara que sabia de seu plano.

- Me desculpe se fui direto, senhor Jung, mas… foi quase como se o senhor quisesse que eu descobrisse - disse se lembrando de vezes inusitadas em que o príncipe mais velho o chamou para conversar , ou então direcionou vários sorrisos em direção a si, mas o que o denunciou foi o panfleto que Jung deixou na sala de dança - Eu me surpreendi muito quando quando descobri que queria envolver uma terceira pessoa em seu casamento e-

- Ah, mas não é essa a minha intenção! - falou exasperado depois de processar cada palavra dita pelo mais velho - Eu acho que fiz tudo isso involuntariamente, e ainda por cima acabei lhe dando a ideia errada, não quero introduzir uma terceira pessoa no meu casamento, eu só… eu queria apenas a ajuda de um ômega para… bem…

Yoongi, esperto como era, havia ligado os pontos. Mas se encontrava totalmente perdido agora, afinal, havia se preparado mentalmente para a proposta que Hoseok lhe faria, já que sabia que o casamento dos Jung Kim’s não estava a mil maravilhas como eles tentavam demonstrar para todos - Deus, o Min tinha ficado tão feliz em poder se aproximar de Taehyung que aceitaria tudo que lhe pedissem, mas acabou que entendeu errado.

- Então a sua ideia, por favor, corrija-me se estiver errado, era me usar para “aliviar” o seu lado alfa…? - falou lentamente, tentando assimilar tudo o que vinha à sua cabeça, com o coração se apertando levemente em uma tristeza contida.

- Sim… me descul… espera! Como você sabe sobre isso?! - se apavorou com a ideia de ter deixado seu maior segredo escapar por seus próprios lábios em um dia fatídico do qual nem se lembrava, mas a verdade era outra.

- Alteza, você mesmo me falou, cochichando em meu ouvido como um segredo a alguns anos atrás, quando éramos tão próximos que sabias tudo sobre mim, e visse-versa - naquele momento Min Yoongi sentiu uma de suas maiores tristezas, se sentiu insignificante. Ele havia sido tão insignificante para o príncipe que este último sequer se lembrava de si. E, involuntariamente, começou a usar a linguagem formal.

Já Hoseok, se encontrava tão chocado que nem mesmo conseguia raciocinar, agora ele se lembrava, isso havia ocorrido quando ainda namorava Taehyung, quando ainda não sabia que Yoongi era apaixonado pelo seu, agora, marido - e quando descobriu, se afastou do Min de forma tão rápida, ele era uma ameaça para si, afinal. Ah meu Deus, como pôde se esquecer disso?

- Yoongi, me desculpe, eu…

- Não se preocupe, senhor Jung, não é uma grande coisa, pelo que vejo. Mas devido a isso, acho justo que me abstenha de sua proposta, então, por favor, que mantenhamos nossa relação estritamente profissional - disse de olhos abaixados, se encontrava tão envergonhado que se respirasse, choraria. Maldito ômega que era.

Hoseok já beirava a raiva naquele momento, não do moreno a sua frente, mas sim de si mesmo, então nem percebeu quando fez uma das piores coisas que poderia fazer.

- Então eu ordeno que me ajude! - a aura de superior falou mais alto - deixando o lado “príncipe” transparecer de forma nada singela e deixando claro que tudo o que Jeon Jung Hoseok queria, ele conseguia -   então os caninos do Jung estavam quase para se mostrarem e ele acabou falando alto demais, chamando atenção de algumas pessoas.

Yoongi rapidamente pegou em suas mãos. Com um ato inconsciente de ajuda ele acalmou o lado alfa de Hoseok em um piscar de olhos. O contato quente fez com que uma dolorosa pulsação atingisse seu coração e - consequentemente, através da marca em seu pescoço - o de seu marido, Taehyung.

Ainda de cabeça baixa, Yoongi suspirou pesarosamente olhando para cima, deixando uma pequena lágrima fujona lhe escapar dos olhos, levemente avermelhados e chorosos.

Quando a boca do ômega mais velho ditou aquela frase, o Jung soube que teria que fazer de tudo para se redimir pela imposição injusta de poder em uma situação tão pessoal quanto aquela.

- Como quiser, alteza.


A textura da capa do livro era áspera e fazia com que ele ficasse duas vezes mais pesado, mas Jimin sempre teve em sua personalidade o que podemos chamar de sede de conhecimento, e o peso do dicionário em sua mochila era como o gosto amargo que se paga pela recompensa de aliviar a dita cuja. 

Mas não seria nada mal se aquele livro tivesse um pouco menos de grossura, era o que achava. 


“Dicionário de Inglês e Espanhol 

Quem diria que aqueles anos de estudo lhe seriam de tão grande ajuda em um momento como aquele.


- Can you help me, Sir? I think I’m a little lost… (você pode me ajudar senhor? Acho que estou um pouco perdida) - aquela elegante mulher lhe chamou a atenção procurando por ajuda, ela mexia em seu grande brinco com a mão esquerda enquanto a direita tratava de amassar uma das pontas dos vários babados de seu longo vestido rosa.

- Oh, how can I help you? (como posso ajudá-la?) - Jimin respondeu meio temeroso e com um forte sotaque coreano, diferente da mulher, que falava um inglês fechado em seu quê britânico.

- Ah, feir in God, someone that understand me! I was with my husband just minutes ago, over there... (graças a Deus, alguém que me entende! Eu estava com o meu marido a apenas alguns minutos atrás, bem alí…) - a senhora falava eufórica, gesticulava e apontava para vários lugares, mas o pobre híbrido mal conseguia acompanhar a rapidez da fala da loira que não possuía cheiro característico - certamente uma beta - … But now I’m completely lost… (mas agora estou completamente perdida…)

- I...I think will be better if you get yourself informed in that place (eu acho que será melhor se você se informar naquele lugar) - apontou para o balcão de informações que residia um pouco mais para dentro do castelo, com um atendente devidamente vestido e pronto para ajudar quem quer que fosse - They will be more helpful than me. At least, I’m Park Jimin. (eles lhe ajudarão melhor do que eu. Aliás, sou Park Jimin)

- Oh, I’m so sorry, I forgot to introduce myself, my name is Melina, I’m from England (me desculpe, esqueci de me apresentar, meu nome é Melina, eu sou da Inglaterra).

Jimin acompanhou a senhora até o balcão e esperou até que fosse devidamente atendida, ela lhe agradeceu muito e aquilo o deixou extremamente confuso, afinal, em um país bilíngue, ninguém pôde ajudá-la?

Mas o Park mal sabia que ao longe Namjoon acompanhava cada momento, disfarçando com a taça de champanhe em mãos e um sorriso amável no rosto. Aquele era outro teste, afinal.


Sorrateiro como um gato pela noite, o Kim mais velho se aproximou de forma calma, surpreendendo Namjoon naquele momento de concentração em seus afazeres. 

Seokjin andava astuto nos últimos dias, sempre de olho em tudo e chegando em momentos convenientes, apenas ver o rosto concentrado do alfa fazia seu coração acelerar mas mesmo assim continuava fazendo de sua vida um rápido e eficaz "não".

Dizia "não" quando lhe surgia algum inconveniente.

Dizia "não" para comidas que não considerava saudáveis.

Dizia "não" para pessoas que lhe incomodavam.

Então, consequentemente, dizia um belo "não" aos seus próprios sentimentos. Culpe seu coração partido.

Mas mesmo assim era quase impossível dizer "não" a Kim Namjoon, por isso o ajudou de bom grado quando este o pediu para avaliar os selecionados. Então, agora, Seokjin passava seus olhos por todo o salão em busca de rostos bastante conhecidos, mesmo sendo interrompido, hora ou outra, por algum nobre ou fã - ou os dois - que diziam o conhecer quando ele nem ao menos lembrava das feições dessas pessoas. E Kim Seokjin nunca esquece traços, não mesmo.


Namjoon, depois de analisar as feições e ações dos ômegas, conferiria a hospitalidade de cada um deles perguntando para seus conhecidos amigos como os selecionados os trataram. Mas ao mesmo tempo em que pensava em seu trabalho, o cheiro aconchegante de rosas lhe invadia as narinas de forma embriagante. Lhe tomando todo ar principalmente quando respirava profundamente, e não podia evitar de olhar para o de cabelos pretos que o acompanhava e ajudava na primeira tarefa daquela noite. Não conseguia mais tirar Seokjin da cabeça nem se quisesse, o que obviamente não queria. Então nada melhor do que uma dança, a coisa que mais aproxima casais - o que era um dos motivos pelos quais os monarcas optaram por deixar a dança como um dos eventos centrais daquela noite, mas a diferença de Jungkook para Namjoon era que o Jeon não se concentraria apenas em uma pessoa, infelizmente.

Uma dança. 

Uma valsa.

Nada mais romântico.

Namjoon só não sabia que o que Seokjin menos queria naquele momento era um ato de romance.


O mais velho dos dois ali achou ter visto algo suspeito, um ômega - participante da Seleção - acabara de entrar na cabine de som, onde as músicas escolhidas por todos os doze selecionados estavam armazenadas, aguardando sua hora de chegar. Mas não achou ser nada demais pensando no assunto, ele poderia ter colocado a música errada, ou decidiu trocar, ou apenas estava checando para ver se tudo estava em ordem para sua apresentação. 

Então, mesmo ainda levemente desconfiado, Seokjin deixou para lá, não era nada demais.


A hora da apresentação musical havia chegado, e não era preciso tirar as luvas para Park Jimin saber que estava usando frio pelas palmas de ambas as mãos, com o coração mais acelerado impossível, e nem mesmo Mozart ajudava àquela altura - com sua suave e marcante melodia reverberando em todos os cantos daquele enorme ambiente coberto pela luxuosidade dos convidados da Família Real.

Jimin não seria o primeiro a apresentar, muito menos o segundo. Havia descoberto na tarde daquele mesmo dia que sua música era a única que ainda faltava ser colocada para a apresentação.

Então seria o último, para sua felicidade e desespero. Havia descoberto - por meio de Melina, a inglesa tagarela - que a Família Real inglesa também estava presente, e mesmo tendo praticado tanto para aquele momento e tendo o apoio de Yoongi em todas as circunstâncias, Jimin se achava tão insignificante que quando o primeiro ômega subiu no palco e começou a cantar - usando uma voz tão aveludada e calma que fez com que Jimin se esquecesse de seus problemas de uma vez só, mas apenas se preocupasse ainda mais quando a apresentação acabou e ele percebeu que a sua não estava nada à altura daquele que acabara de ser aplaudido por todos do salão - uma lágrima silenciosa desceu por sua bochecha macia e vermelha - que tinha essa coloração por uma mistura da vergonha e da maquiagem que adornava o seu rosto o deixando ainda mais angelical - e Jimin teve a sensação de que não pertencia aquele lugar, seu corpo era preenchido pela ansiedade e nervosismo - sentimentos que sempre andaram lado a lado se tratando de si. 

“Você não pode, Jimin”.

De repente todos os sentimentos bons que cultivara ao longo do dia se dissiparam.

“Você é vergonhoso!”

Jimin não tinha mais a coragem de subir no palco que havia ganhado ao longo do tempo.

“Você é insignificante!”

Agora toda a sua essência não passava de uma falha tentativa de auto-ajuda.

“Repugnante!”

Ele era, sim, repugnante.

“Saia de perto do meu filho, aberração!”

Era, também, uma aberração.

“Imundo!” 

E, sem dúvida, o mais sujo de todos.

Mais e mais lágrimas se apossavam de sua face, mas ele não fazia barulho, ninguém o notava lá, era como se ele não existisse.

E naquele amontoado de cheiros adocicados e florais - e das palmas distantes demais para serem notadas pelo híbrido - Park Jimin se afundava em desespero cada vez mais, sem conseguir emergir daquele mar de insegurança que havia criado para si mesmo ao longo de todos os anos de sua vida.

Mas o penúltimo ômega havia acabado de descer do palco, ele era o próximo. Bem, seria, se não houvessem anunciado que não existia mais músicas na playlist.


Naquele momento, Park Jimin era, sim, insignificante.



Notas Finais


desculpem qualquer erro, gente:33
esse final foi impactante o suficiente??? deus queira que sim pq me deu trabalho pensar nessa bagaça.

enfim, me desculpem pelo atraso novamente e vou logo dizendo que vou continuar demorando pra atualizar pq tá foda viu. sorry guys.

bom, até a próxima, obrigada por ler até aqui, e qualquer dúvida, agradecimento, pergunta ou xingamento (mentira não me xinguem), podem deixar aí nos comentários que eu vou ler tudo com o maior prazer
_sz_


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