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História A Seleção - Uma vida normal - T 02 Capítulo 2 - O reencontro


Escrita por: Booh_Santos

Notas do Autor


Todos estavam anisosas com a reação da America.. BOM.. Acho que foi otima! hahaha
Enjoy!!

Capítulo 32 - T 02 Capítulo 2 - O reencontro


– Maxon? – perguntei, não acreditando no que eu via.

Ele riu e levantou, ajeitando o paletó. Andou ate mim lentamente. Eu não conseguia me mover, seu olhar me congelou. Aquele olhar que eu conhecia tão bem. Não sei o que estou sentindo no momento. É felicidade por ele estar de volta ou raiva por ele ter se escondido?

Maxon parou a minha frente, com os lábios entreabertos e não sorria mais. Estava com cara de mais velho com aquela roupa e a barba por fazer. Ele não disse nada, apenas se inclinou para me beijar. Antes de eu perceber, minha mão estava acertando o rosto dele com um tapa estalado. O pegou totalmente de surpresa, fazendo ele virar o rosto. Ele olhou para mim com o cenho franzido, boquiaberto, passando a mão na bochecha vermelha.

– Que merda.. – ele disse.

É o Maxon. Meu Maxon! Ele voltou. Segurei seu rosto e o puxei para mim, o beijando intensamente e interrompendo sua frase. Ele demorou para retribuir o beijo, mas logo estava me envolvendo pela cintura. Não! Eu estou com raiva. Ele foi embora e não me falou que voltou. Terminei o beijo, dando outro tapa nele.

– Qual o seu problema? – ele gritou, passando a mão no rosto.

– Você voltou e não me falou! – eu gritei de volta.

– Eu quis te fazer uma surpresa!

– Não te ocorreu que eu poderia estar morrendo de saudade?

Ele ergueu as sobrancelhas. Alisei a roupa, passei a mão no lábio, tirando possíveis marcas de batom e sai andando.

– America!

Ignorei seu chamado e apertei o botão do elevador. Ele foi atrás de mim, e entrou no meu caminho quando a porta se abriu.

– Me de licença? – pedi, educadamente.

– Não. Eu quero conversar.

– Eu não quero. Agora me deixe ir.

– Nós não tratamos o preço da escultura – ele disse, abrindo um sorriso sedutor.

– Fique com ela. Como presente de boas vindas.

Maxon deixou a mão cair ao lado do corpo. Pedi licença outra vez, mas dessa vez ele cedeu e chegou para o lado. Entrei no elevador, o encarando ate a porta se fechar. Relaxei o corpo, encostando-me na parede. Fui para casa andando. Não era tão longe, mas caminhei por vinte minutos. Quando entrei em casa, estava levemente descabelada, segurando os saltos e cansada. Todos estavam em casa, vendo televisão. Quando olharam para trás, se assustaram.

– Meri, esta tudo bem? – Kriss perguntou.

– Como foi lá? O presidente gostou? – Marlee perguntou.

Todos agora me cercavam enquanto eu andava ate o quarto.

– Porque você esta assim? – Aspen perguntou.

– Meri, estamos ficando preocupados – Carter disse.

Parei com a mão na maçaneta, meus amigos amontoados no corredor. Respirei fundo e olhei para eles.

– Era o Maxon. O presidente da empresa é o Maxon. Ele voltou e não me falou. Agora eu vou dormir.

– Meri.. – Marlee disse, mas fechei a porta.

Soltei os salto e caminhei ate minha cama, me jogando nela. Acho que eu dormi de cara, porque quando abri os olhos, já estava escuro. Olhei a hora, três da manha? Nossa! Sai do quarto, indo direto para o banheiro, levando meu roupão. Quando me olhei no espelho, me assustei. Minha maquiagem estava toda borrada e minha cara estava péssima.

Entrei no banho, tirando os resquícios do meu dia. Maxon voltou. Porque estou com tanta raiva? Ele voltou e me procurou. Demorou, mas procurou. Será que exagerei? Sai do banho e fui para a varanda. Morávamos no oitavo andar, o que me dava uma boa vista da cidade. Sentei em uma das espreguiçadeiras e fiquei olhando para o céu.

– Meri? – Kriss disse, chegando à varanda com Marlee.

– Oi – eu disse.

Elas se aproximaram e me entregaram um copo de leite. Aceitei e elas sentaram na cadeira ao lado, viradas para mim.

– Você não esta feliz por vê-lo? – Marlee perguntou.

– Eu fiquei. Mas a raiva falou mais alto na hora. Eu não acreditei. A empresa esta na cidade há uns cinco meses, sei lá. E ele não me procurou. Disse que queria fazer uma surpresa.

– Bom, ele conseguiu – Kriss disse.

– Ele tentou me beijar, mas eu dei um tapa nele.

– Você o que? – Kriss perguntou, não acreditando.

– Depois eu fiquei feliz de vê-lo, e o beijei.

– Bom.. – Marlee começou.

– Mas ai eu bati nele de novo.

– Porque Meri? – Marlee perguntou.

– Não sei. Eu fiquei com raiva. Dai gritamos um com o outro e eu fui embora.

– Acho que ele ficou surpreso com a surpresa dele – Kriss disse, com humor na voz.

Nos três rimos, sem humor.

– Eu não sei o que fazer. Ele deve estar confuso. E eu não sei o numero dele. Não o daqui.

– Volte lá segunda – Kriss disse calmamente – esfrie a cabeça. Vocês precisam conversar.

– Eu sei. Farei isso.

– Não esta com sono, não é? – Marlee perguntou.

– Nem um pouco. Dormi quase doze horas.

– Nos vimos. Mas eu estou morta. Tente dormir Meri – ela disse.

– Amanha vamos fazer algo. Ir ao parque, não sei – Kriss disse, levantando.

– Não sei se estou no clima meninas.

– Mas vai estar – Marlee disse, entrando.

Achei graça, e voltei a olhar as estrelas. Fui ate meu quarto e peguei meu violão. Fiquei tocando por horas, distraída e vi o sol nascer. Acabei cochilando por algumas horas, sendo acordada por Marlee.

– Ainda aqui? – ela disse, quando abri os olhos – Aspen e Carter estão vindo. Vamos ao parque.

– Tenho opção? – perguntei.

– Não. Levante e se arrume.

Dei de ombros e fui, colocando um short jeans escuro e uma regata preta por baixo da minha blusa de flanela xadrez vermelha. Marlee vestia um short jeans claro e uma blusa verde de babados. Kriss também estava de short jeans claro, mas estava de regata branca e uma blusinha de botão azul.

Aspen e Carter entraram, beijaram suas namoradas e pegaram a cesta que Kriss terminava de arrumar. Fomos andando ate o parque e Marlee estendeu uma grande toalha cinza no chão. Todos nos acomodamos sobre ela e Aspen colocou a cesta de comidas no centro.

Carter tinha levado uma bola e logo chamou Aspen para jogar. Marlee me arrastou para o jogo e Kriss se recusou. Quando deu a hora do almoço, sentamos na toalha e comemos. O dia passou surpreendentemente rápido. Logo já estava escurecendo e nos voltamos para casa.

Para variar um pouco, fomos para a casa de Carter e Aspen. Lá ficamos jogando vídeo game. Olhei em volta depois de um tempo, e não vi Marlee e Carter.

– Aqueles safados – eu disse, voltando a atenção ao jogo.

– Quem? – Aspen perguntou, sem tirar os olhos da televisão.

– Sentindo falta de alguém? – perguntei.

Ele olhou em volta com relutância e riu. O jogo acabou, comigo perdendo obvio. Me sentia no lugar errado. Sabendo que Marlee estava com Carter no meu apartamento e Aspen e Kriss trocavam olhares no que eu estava, resolvi sair para dar uma volta.

Fui andando ate a loja que eu costumo comprar meus materiais de trabalho, já que é uma das poucas que ficam abertas ate tarde. Perdi a noção de hora, como sempre.

– America? – um dos funcionários me chamou.

– Oi.

– Vamos fechar em dez minutos.

– Já?

– São nove e quarenta.

– Eu perco toda a noção da hora aqui dentro. Bom, vou pagar então.

– Eu te ajudo.

Fui para casa, direto para o ateliê. Nada melhor do que trabalhar para passar o tempo. Eu comprei telas e tintas. Comecei a pintar, sem saber o que estava fazendo. Talvez um abstrato. Quando me afastei para olhar o que estava fazendo, pode parecer loucura, mas era um abstrato de America e Maxon.

– Esse homem esta mais na minha cabeça do que eu imaginava.

Me joguei no sofá e fiquei olhando o quadro ate cair no sono. Acordei com alguém tocando meu ombro.

– Kriss! Que susto! – exclamei, passando a mão no rosto.

– Acho melhor que você veja isso – ela disse.

A segui ate a sala, onde todos olhavam para a televisão. Passava uma matéria a respeito da STC. Ontem à tarde, foi concedida uma entrevista coletiva. Não era mais um mistério. Maxon estava ali. Eu não ouvi nem metade do que foi dito, ficava apenas olhando, com os braços cruzados.

– Esta no jornal também – Carter disse, estendendo um jornal para mim.

Peguei o jornal e li a reportagem a respeito da empresa. Schreave Technology and Communication. Claro! Schreave! Como não percebi? Nem sei o que pensar a respeito. Devolvi o jornal e fui para a cozinha preparar meu café. Sentei a mesa e comi meu cereal, ignorando o som da televisão, que agora falava a respeito do surpreendente presidente de uma grande empresa, tendo apenas vinte e cinco anos.

– Tudo bem Meri? – Marlee perguntou, sentando a minha frente.

– Porque não estaria?

– Você ainda vai lá amanha, não é? – Kriss perguntou, sentando ao meu lado.

– Não sei.

– Você precisa ir. Vocês precisam conversar.

– A Kriss esta certa.

– Ele deve estar ocupado – eu disse, levantando e indo lavar a louça.

– Tente. Passe lá. Se estiver ocupado, deixe recado – Kriss disse.

– Meri. Você saiu correndo. Tudo bem que o que ele fez não foi das melhores coisas. Mas ele tinha boas intenções.

– Tudo bem. Eu vou. Depois do almoço. De manha eu tenho uma entrevista na livraria. Eles estão contratando.

– Livraria? Você devia trabalhar com arte Meri - Marlee disse, secando a louça enquanto Kriss guardava.

– Não vou parar, só preciso de algo. Não posso ficar em casa parada, sendo sustentada por vocês duas.

– Só se você prometer que vai continuar a pintar, eu amo seus quadros – Kriss disse.

– Prometo.

– Então vamos fazer alguma coisa.

No dia seguinte, acordei cedo. Coloquei um vestido bonito e comportado azul marinho, um casaquinho por cima e meu scarpan preto. Primeiro a livraria. Cheguei com dez minutos de antecedência e logo fui fazer minha entrevista.

Senhorita Singer. Por aqui por favor – Disse uma funcionaria de lá.

Fui conduzida ate uma sala, onde tinha uma mulher muito elegante sentada à frente de um computador.

– Bom dia, meu nome é Luana – a mulher disse, estendendo a mão para mim – fique a vontade.

– Bom dia – respondi, apertando sua mão e sentado a sua frente.

– Eu vi aqui que você é formada em belas artes. Porque quer trabalhar em uma livraria?

– Pela mobilidade que eu teria. Ainda daria para seguir minha carreira de artista e trabalhar com livros, que eu tanto amo.

– Sim. Aqui você trabalharia quatro vezes na semana, de seis as seis.

– Eu soube. Mas quais os dias da semana? É escala?

– Então, nós fazemos por agenda. Quem trabalha final de semana, ganha mais. Mas você poderia escolher trabalhar final de semana sim e outro não. Ou não trabalhar final de semana. Você ganharia menos que os que trabalham final de semana.

– Entendo.

– Estamos mesmo precisando de funcionários. E mais precisamente, alguns para trabalhar nos dias de semana. Para trabalhar como consultores.

– É o que mais me interessa.

– Precisa saber bastante sobre os livros. Ter lido bastante. Por isso, nós damos quarenta por cento de desconto para os funcionários. Em qualquer compra.

– Excelente.

– Muito bem. Eu ligo para você assim que tiver uma resposta.

– Ótimo. Obrigada.

Levantei e sai. Nossa que entrevista curta! Será que devo me preocupar? Agora é esperar e ir para meu outro afazer do dia. Maxon. Quando cheguei à porta da empresa, fui cercada por fotógrafos. Porque estão tirando fotos minhas? Eu hein. Entrei correndo.

A morena bonita estava lá, olhando para o computador. Quando ela me viu, franziu o cenho.

– Senhorita America? Você tem hora marcada? – ela perguntou.

– Hmm.. Não.

– Não posso deixa-la subir.

– Só avise ao Maxon que estou aqui?

– Um minuto.

Ela pegou o telefone e ligou para Érica, a atendente lá de cima. Alguns segundos de conversa e ela olhou para mim solidariamente e me entregou o telefone. Peguei e coloquei no ouvido.

– Hmm. Alô?

– Oi senhorita America, é a Érica. Olha, eu lamento. Mas o senhor Schreave esta em reunião. E não sei informar que horas acabar.

– Não, tudo bem. Apenas avise que eu passei aqui?

– Claro. Assim que ele sair eu falo.

– Obrigada.

Devolvi o telefone e fui embora. Cheguei em casa, coloquei uma blusa e um short e fui terminar aquele quadro. Agora que estou sozinha em casa, posso ligar minha musica alta. Só parei quando senti fome. Desliguei a musica e fui para a cozinha. Olhei meu celular, e tinha três chamadas não atendidas de um numero estranho. Droga! Será que era da livraria?

A campainha tocou, me fazendo dar um pulo. Guardei o celular no bolso e abri a porta.

– Lá embaixo estava aberto. Posso entrar?

– Maxon? O que faz aqui a essa hora? – perguntei, enquanto ele entrava.

– Apartamento bonito. Kriss e Marlee estão aqui?

– Não agora. Estão trabalhando. O que você faz aqui?

– Soube que você passou lá para me ver. Mas eu estava em reunião – Maxon abriu a geladeira - Te liguei, mas você não atendeu. Então resolvi vir. Não tem nada pronto? Estou faminto!

– Estava fazendo meu almoço agora.

– Ótimo, faça dois.

– Aonde você vai? – perguntei, quando ele começou a se afastar.

– Explorar. Onde é seu quarto? Não me diga! Vou descobrir.

– Não Maxon! Volte.

– Tudo bem. Depois do almoço eu exploro. Hmm, varanda.

Suspirei e comecei a fazer o almoço, enquanto Maxon mexia em algo na varanda.

– Devíamos fazer um churrasco! – ele gritou – Pode ser sexta?

– Não sei.

– Quem mora aqui do lado? Tem uma visão privilegiada para sua varanda! Não gostei disso!

– Carter e Aspen.

Ele voltou sorrindo.

– Vocês moram todos juntos? Que incrível!

– Sim, incrível – eu disse, me esticando para pegar o pote de tempero.

– Aqui – ele disse, me envolvendo pela cintura e pegando o pote para mim.

Maxon colocou o pote na minha frente, com o rosto ao lado do meu. Sua respiração em meu pescoço me causando arrepios familiares. Ele deslizou a mão pela minha barriga enquanto se afastava lentamente. Respirei fundo e voltei a cozinhar. Meia hora depois, estava pronto. Nos servimos e sentamos a mesa para comer. Quando acabamos, levantei para lavar a louça. Maxon continuou sentado, me olhando.

– Precisamos conversar – eu disse, virando para olha-lo.

– Diga – ele respondeu.

– Sobre nós. Nossa situação.

– Para mim nada mudou. É como se estivéssemos juntos novamente.

– Novamente? Então não estávamos juntos?

– Não sei. A gente sempre se via nas férias. Mas você não ficou com outros durante esse tempo?

– Não.

– Hmm..

– Você sim?

– Uma ou duas, sob efeito do álcool durante festas. Mas nada alem de beijos.

Cruzei os braços e olhei para baixo. Que situação desagradável.

– Eu achei que você também faria isso. Afinal, quem não iria querer ficar com uma garota linda como você?

– Eu não deixava ninguém se aproximar.

– Desculpe. Acho que devia ter conversado a respeito contigo. Para não passarmos por isso.

– É.

– Quer que eu vá embora?

– Você quer ir?

– Não.

Dei de ombros e virei para guardar a louça. Ouvi a cadeira arrastando e sabia que ele estava vindo ate mim.

– Meri?

– Estou pensando.

– Claro.

– É estranho Maxon. Eu estava esperando por você. Você foi embora.

– Foi estranho. Quando eu beijava outra, eu pensava em você. E me decepcionava quando abria os olhos. Por isso não passava disso. Eu me sentia mal e com saudade – ele disse, enrolando uma mecha do meu cabelo em seu dedo.

– Não sei o que dizer.

– Diz que ainda me ama.

– Eu nunca deixei de te amar Maxon. E a prova disso, são esses sete anos de espera. A pergunta real aqui é se você ainda me ama.

Maxon me puxou e me abraçou forte, respirando profundamente no meu cabelo. Eu não retribuí o abraço.

– Eu te amo mais do que achei que fosse possível. E isso só aumenta meu arrependimento pelo que fiz. Se você deixar, quero passar o resto de nossas vidas me redimindo por esses sete anos.

– Ah Maxon! – eu disse, com os olhos marejados.

Inclinei-me e o beijei. Não consigo ficar com raiva dele. Ele sempre sabe me quebrar.


Notas Finais


Nhaaaaaa Maxon! *-----*
Dá para deixar de ser perfeito?
Bjooos :3


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