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História A Seleção (Klaus e Caroline) - Morto por Dentro


Escrita por: OliverLestrange

Notas do Autor


Se vocês não gostaram do capítulo anterior, esse vai arrasar ainda mais vocês!
Não fiquem bravos comigo, pleaseee! Mas eu precisei fazer isso, doeu até em mim fazer.
Nas notas finais terá uma revelação *0*
EEEE fiquem felizes porque o capítulo é enorme
boa leitura <3

Capítulo 26 - Morto por Dentro


- Klaus, não, por favor. – pedi com a voz fraca, cansada de tudo aquilo. Nossos lábios a poucos centímetros, os peitos subindo e descendo ofegantes do beijo que acabamos de dar. Do beijo que não era pra ter acontecido. Mas era o último, prometi a mim mesma.

- Eu não posso permitir que você fuja de mim novamente, simplesmente não posso. – suas mãos seguravam meu rosto e sua testa estava colada na minha, minhas mãos por cima das dele enquanto fechava os olhos e inspirava seu odor. – Eu te amo tanto...

- Por mais que eu queria acreditar nisso – senti lágrimas minhas manchando nossos rostos – Eu não consigo, você é livre para descer lá para baixo ou ficar aqui, mas... Eu não vou desistir.

- Por favor. – fraca e aguda foi a súplica de Klaus – Eu não posso, eu não quero... fuja comigo, te farei acreditar em mim, é só questão de tempo! Só me dê essa chance, eu te imploro... esse beijo... esse beijo prova que ainda gosta de mim.

- Eu não gosto, eu amo você. – o interrompi abrindo os olhos, o fitando séria enquanto um sorriso bobo nascia em seus lábios – Mas às vezes o amor não é a única coisa necessária, deveria saber disso. – inspirei e soltei gradativamente sentindo o corpo de Klaus com leves tremores – Eu tenho que ir. – tirei suas mãos de meu rosto, mas ele não largou meus dedos.

- Só me responda uma coisa – ele murmurou – É isso que você quer? Entrar lá e saber que não sou a pessoa com quem você vai passar o resto da sua vida, o cara no qual você acabou de dizer que ama?

- Tenho. – falei decidida largando sua mão e pegando o buquê – Adeus Niklaus Mikaelson.

- Adeus Caroline Elizabeth Forbes. - ele respondeu enquanto eu dava as costas sentindo o tremor em minhas entranhas pedindo para me recostar em uma parede qualquer e chorar.

- Agora é Kate Caroline Elizabeth Joana Johnson Mountbatten. – disse aos sussurros enquanto seguia para o andar debaixo.

No andar debaixo muita gente me esperava, esperava para ver o casamento que uniria Inglaterra e Estados Unidos da América de um modo totalmente novo, um modo que ninguém jamais imaginou. Foi simples e bastante esquisito, mas assustadoramente simples.

Meu casamento foi arranjado em uma semana, fiz minha mãe, que é a rainha da Inglaterra, arrumar todos os trâmites do casamento em um piscar de olhos. De repente, Enzo se tornou como um filho do país, escolhido pela corte inglesa norte americana para ser o noivo que o país poderia oferecer e então eu iria me casar. Hoje, agora, no andar debaixo enquanto acabei de beijar o homem que amo e que no qual não é o cara que vai ser meu esposo.

Niklaus simplesmente foi jogado para escanteio, eu não queria o ver, eu não conseguia ouvir seu nome sem chorar, eu só queria ficar sozinha, mas sabia que não podia. Muita gente estava atrás de mim, muita gente queria me matar a não ser que me casasse, mesmo descobrindo que era princesa a poucos dias, eu tinha a responsabilidade de me casar. E Enzo era a melhor escolha no momento, por mais que eu olhe para ele e não sinta o que sinto quando olho para Klaus, esse era meu dever.

Mas vai passar, eu me obrigo a pensar que vai, quando eu estiver em solo britânico irei olhar para os vales lindos que minha mãe falou e olhar para o homem que está do meu lado, um moreno de sorriso lindo e vou lhe beijar, iremos ter filhos e daqui cinco anos Klaus terá sido só uma aventura.

Eu espero de todo coração.

 

 

Pov. Niklaus

As surras que meu pai já me deu nunca doeram tanto como este dia esta me doendo, me marcando e me matando. Eu a vi todos os dias, por mais que ela não tenha me visto, eu entrei em seu quarto enquanto dormia, a cara inchada, lágrimas ainda frescas, ela chorava dormindo. Como pude tê-la feito sofrer tanto a ponto de chorar dormindo?

Nos corredores durante o dia, enquanto eu estava sendo ignorado e Enzo exaltado por mais que não roubasse meu cargo de primogênito, eu conseguia a ver, ela não estava feliz, nem um pouco e isso me dava uma ponta de esperança, talvez ela desistisse, até um cego veria que ela não está feliz.

Ela tinha de entender que quando tudo me aconteceu, era um garoto tolo, alguém que não sabia diferenciar menta de hortelã e que estava confuso, querendo viver tudo e sabendo que teria pouco tempo pra isso. Não era justo o que houve com ela, nunca é.

Eu a amava e tinha maturidade o suficiente para entender que nunca mais amaria alguém como eu amo aquela garota. Ela pensa que foi a única curada, mas ela me deu um sopro de vida, toda vez que olhava para Caroline me sentia mais corajoso, sentia que poderia enfrentar meu pai e o fiz tantas vezes pensando nela e incrivelmente nunca me arrependi. Ela foi a única pra mim e eu nunca esqueceria isso.

E hoje, no andar debaixo de meus pés, enquanto eu estou sentado no chão chorando como um bebezinho com fome, a mulher da minha vida irá se casar com alguém que não sou eu, mas sim um maldito guarda no qual a fez se apaixonar por ele. Porque ela acreditava nele? Ele também fez mal à ela... Ele a levou pra cova dos leões? Ela não sabia que ele havia sido um traidor... Eu prometi não contar... Mas eu devia! Se eu chegasse a tempo ela não se casaria!

Enzo, aquele.... Traidor não merece minha Caroline, não merece tocá-la, não merece nada! Ele estava confabulando com minha mãe desde o principio para tirar Caroline da jogada, não que ele soubesse o que eles queriam mesmo fazer, mas ele só queria que Caroline fosse embora do castelo e voltasse pra vida que eles tinham, pra vida, que Caroline amava Enzo e não existiu Klaus.

Mas eu me sentia tão fraco, todos me abandonaram, todos. Até Damon. Disse que deveria ficar do lado da irmã e conquistar sua confiança, ele me pediu mil perdões, mas era a coisa certa a se fazer, agora eles viveriam juntos. Eu entendi, não o culpo.

Stiles buscou Lydia e acredito que já se casaram, ela ficou muito confusa e brava comigo, também disse a Caroline que não participaria de um casamento onde ela sabia que não existia amor. Eu também a entendo. Elijah, Kol, Stefan, Tyler, todos foram para as ilhas gregas com o marido da Lady Kenna, claramente Katherine foi junto, querendo esconder cada vez mais o bebê, já que a barriga já se tornava saliente a ponto de estar visível. Eu não entendo, mas não os culpo, o castelo está uma balburdia alucinante.

Minutos atrás enquanto os lábios de Caroline estavam sobre os meus, em meio ao quarto da rainha Elizabeth, eu acendi a última fagulha, a última esperança estava ali, eu tinha de conquistá-la, mas minhas palavras não bastaram.

Ela estava tão linda naquele vestido de noiva, mas era a noiva mais triste que eu já vi, seus olhos não se ascendiam como antes e seu sorriso não tinha aquele traço fino, aquela covinha no canto de quando ela ria de verdade, era um sorriso forçado e superficial que para os outros estava bom, mas para mim era a coisa mais triste de se ver. Ela disse-me que aquele era o beijo de despedida e ignorou totalmente a minha presença no casamento, é claro que eu não iria! Mas se eu pudesse impedir... se eu contasse sobre Enzo.

Corri, depois de me levantar e secar as lágrimas e continuei a correr, tropeçando esbarrando e me perguntando em qual dos lugares seria o casamento, no salão de jantar? No principal? Na biblioteca? Mas não precisei nem rumar a algum lugar a chegar a escada, era o salão principal o cenário da cena mais triste da minha vida.

- Kate Caroline Elizabeth Joana Johnson Mountbatten, aceita Lorenzo Eduardo St. John como seu legitimo esposo, para amá-lo e respeitá-lo na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, na paz e na guerra, jurando amor e fidelidade pelo resto de suas vidas? – ela se calou e olhou pro chão, a aliança trêmula nas mãos por um mero segundo ela olhou para o alto da escada e uma lágrima escorreu por seu olho.

- Eu tenho que te contar uma coisa. – murmurei enquanto descia atordoado as escadas, alguns se viraram para mim, principalmente porque Caroline estava olhando.

- Nada que me fale vai mudar minha escolha. – ela falou secando com as costas das mãos o rosto encharcado.

- Carol... – Enzo falou para ela, mas ela não o fitou nos olhos.

- É importante Caroline! – falei alto desta vez e todos se viraram para nós – Eu... Eu... Enzo... – e olhei para minha mãe, ela tinha um olhar confuso em relação ao que eu falaria e então eu fiquei estático. Amava Caroline, muito por sinal.

Mas Ester ainda era minha mãe.

- Você está atrapalhando a cerimônia Klaus – Damon segurou o braço de Klaus – Sei que deve estar sendo difícil para você, mas tem de se retirar.

- Damon eu... eu... Enzo... Caroline... – comecei a falar o nome deles sem nexo algum, me decidindo ali de última hora se colocava minha mãe na forca e consequentemente minha família toda, ou era egoísta o suficiente para contar a Caroline aquilo, impedir seu casamento e no fim talvez não ser perdoado – Vou sair daqui.

- Melhor. – Damon deu um tapa leve em minhas costas enquanto eu rumava em direção a adega perto da biblioteca, abri um wisky e tomei-o no gargalo mesmo.

- Eu aceito. – ouvi a voz de Caroline, era possível eu estar ouvindo isso daqui?

É, a biblioteca ficava apenas do lado do salão principal, é claro que eu ouviria.

- E com o poder a mim investido pelo vaticano, declaro-vos um aliança entre Inglaterra e Estados Unidos, homem e mulher, até que a morte os separe, pode beijar a noiva. – eu podia ver o rosto feliz de Enzo em minha mente se aproximando de Caroline e tomando seus lábios para si.

Eu lembro quando aqueles lábios eram beijados por mim, até momentos antes dessa droga de casamento!

Meu pai de repente irrompeu dentro da biblioteca, furioso.

- O que pensa que ia fazer? – ele berrou e eu temi que as pessoas no salão ouvissem, mesmo com o murmúrio ensurdecedor – Pois eu sei, ia nos entregar não ia? Sua mãe não ia? Ainda bem que teve a decência de manter a boca calada! – e ele começou a me bater, com as próprias mãos, como nunca tinha feito antes e eu não senti dor, isso porque estava ficando vermelho.

- Me desculpe... – estava totalmente embriagado.

- Eu não vou desculpar, eu vou lhe mostrar de uma vez por todas que deve esquecer aquela garota e rumar sua vida! – ele berrou e começou a me arrastar, subimos até a masmorras, eu no seu encalço tropeçando nos próprios pés.

- O que vai fazer? – perguntei ao ver Isaac colocar algemas em minhas mãos.

- Me desculpe. – ele sussurrou quando meu pai não estava olhando.

- O que ele vai fazer comigo? – perguntei mas Isaac não ousou responder.

Meu pai me arrastou, ignorando totalmente que seu próprio filho estivesse em uma corrente, como um escravo, como um ninguém, seu próprio filho!

E então ele me levou para um quarto, onde eu vi o clero do vaticano em peso parados diante de uma cama. Eu sabia o que era aquilo, eu sabia o que era!

- Agora você vai aprender que nunca mais poderá tocá-la na vida! – meu pai me empurrou diante da cama de casal com os lençóis se mexendo.

- Isso é muito constrangedor. – Caroline não havia me visto ainda, Enzo estava dentro dela e estava a beijando.

Era a cena mais dolorida e nojenta que eu já vi em toda a minha vida.

- Olhe pra mim, mantenha os olhos em mim. – ele sorriu tranqüilizador pra ela e eu ouvi o pior barulho de todos, até se tivessem colocado cornetas ao lado de meus ouvidos em volume máximo e a ligassem repetidas vezes, eu não teria sentido uma dor tão grande.

Caroline gemeu, pois chegou ao ápice, apesar de não estar feliz, ele a fez sentir prazer... Aquele...

- Casamento consumado. – um membro do vaticano disse ao esperar que Enzo despejasse seu... Ah meu Deus me leve por favor!

- K-k-laus... – Caroline arregalou os olhos totalmente transtornada, chorou junto comigo e aquilo me doeu ainda mais, eu não queria que ela sofresse, ainda mais.

Nós havíamos morrido naquele dia, Klaus e Caroline não existiam, aquele casal apaixonado de semanas atrás morreu, junto daquela cena que presenciei.

- Espero que tenha ficado claro para você agora. – meu pai me arrastou até meu quarto e só liberou-me das algemas lá.

Ao entrar, estava aos prantos, soluçando como jamais havia feito.

- Estou grávida de você. – ergui meus olhos embaçados para a loira sentada em minha cama, Camille.

Eu estava destruído, confuso e perdido e agora descobri que seria pai de um filho da vadia. Ótimo? Tem como melhorar?

Ah é claro, agora eu teria de me casar com ela, tirando que a cena daqueles dois não parava de se repetir em minha mente.

- Ótimo, tenho uma noiva. – falei me jogando na cama e mal me importando com o resto.

- Klaus eu... espera – ela se levantou, não conseguindo esconder a felicidade – Vai se casar comigo?

- Me resta outra escolha? Você tem um herdeiro no ventre Camille e a mulher da minha vida acabou de se casar com um cinco, o que me restou? – a olhei ironico – Agora sai daqui, já conseguiu o que queria não é?

- Klaus não é bem assim, eu gosto de você de verdade – ela se aproximou mas eu a segurei pelos ombros.

- Sai daqui Camille, eu não consigo olhar pra sua cara! – e a joguei para longe, ela cambaleou, mas sorriu.

Será que ela já não entendia que eu estava em pleno inferno?

A mulher da minha vida se casou com outro, eu tive que assistir a primeira relação deles e agora descobri que terei um filho com essa... garota e ainda terei de me casar com ela!

- Você ainda vai voltar a me amar, quando pensar na mulher da sua vida, meu nome virá a sua cabeça. Espere e verá, agora irei procurar vestidos e noiva – ela falou animada saindo do quarto – Quero me casar antes que a barriga apareça.

Ótimo, minha vida estava destruída.

Deitei em posição fetal e deixei que meu corpo transbordasse um pouco da tristeza mantida no peito, saiu em formato de lágrimas e delírios misturados com as lembranças que eu tinha dela. Estava acabado.

Ainda não havia dormido e o sol já iluminava minha janela. Eu não aguentaria sair daquele quarto.

Principalmente porque o castelo começava a despertar para que os pombinhos e o restante dos nobres vão embora, Caroline irá para a Inglaterra onde irá residir permanentemente.

E porque eu queria nos poupar, ambos estávamos magoados, machucados e mortos por dentro. Klaus e Caroline não existiam mais, eles morreram, agora restou duas pessoas totalmente diferentes, não havia nada em comum, a não ser o sofrimento.

Os caminhos haviam sido traçados, e estavam totalmente separados mais uma vez.

Porém como antes, será que um dia eles se reencontrariam outra vez?

Talvez um dia eu queira que sim. Mas no momento, a última coisa que eu quero ver é o rosto daquela que conseguiu me matar por dentro, mais rápido do que uma doença fatal.

Eu iria me casar.

Ela se casou

Viriam os filhos.

E eu nunca mais quero voltar a sentir isso novamente.

Dói agora, e talvez me conforte que ela sinta o mesmo.

Mas irá passar.

Assim como o amor que ela disse sentir por mim passou durante sua relação com Enzo, rápido.

Eu superaria.

Eu iria superar.


Notas Finais


E ai gostaram? Odiaram? Estão chorando? - Porque eu tô!
Galera, pra quem assistiu Reign a cena do Klaus vendo Caroline consumando o casamento é bem familiar, já que o Bash foi obrigado a presenciar Marie e Francis, também obrigado pelo pai. Enfim, estou feliz em dizer que a fanfic acabou.
Sim acabou, isso mesmo que você leu.
Mas é a primeira fase, tipo a novela da globo sabe. Agora entraremos na segunda fase, que é quando passa alguns anos.
Retirei a ideia que duas leitoras me disseram a muito tempo, não disse qual, e acho que vocês vão se surpreender porque galera, sério, no próximo capítulo vocês irão cair pra trás.
Então se estiverem bravos comigo, vai segurando, porque vocês vão me amar no próximo.
Um beijo
Um queijo
E até o próximo capítulo <33


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