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História A Seleção (Maxon Schreave) - Aniversariante


Escrita por: Sam_Corvina

Notas do Autor


Capítulo novo gente 💙 já está chegando no fim dessa jornada, ja estão ficando com saudade assim como eu?

Boa leitura

Capítulo 21 - Aniversariante


Fanfic / Fanfiction A Seleção (Maxon Schreave) - Aniversariante

 

Passei a noite em claro com pensamentos confusos, alguns envolviam América deixar o palácio - me deixar - e outros envolviam seu antigo namorado. Não sei dizer exatamente o que me causou essa insegurança, talvez fosse pelo soldado novo que chegou ao castelo ou até mesmo pela distância que América colocou entre nós dois após esse encontro.

 

Parecia existir uma distância diferente entre nós dois agora. Uma muralha que talvez ela tenha levantado depois de entender seus próprios sentimentos sobre mim, sobre o peso da coroa ou uma vida que ela ainda não estava disposta a servir, a obdecer.

 

Havia um lugar no coração de América que ninguém conhecia, eu sentia isso. Era como uma fortaleza pessoal. Só precisava que ela me levasse até lá, não como um príncipe mas sim como alguém que ela confia.

 

_ Ou talvez você só esteja enlouquecendo mesmo, Maxon. - passei a mão pelo cabelo, nervoso.

 

Afastei qualquer pensamento que fosse me deter naquele quarto, qualquer teoria idiota.

 

Hoje seria um dia especial para uma das selecionadas, o aniversário de Kriss Ambers. Uma caixa prateada com um laço da mesma cor já estava na minha mesa como pedi a uma das criadas mais cedo. Kriss foi a única garota que não consegui um encontro oficial, pretendia mudar isso hoje mesmo. Talvez convidá-la para dançar ou algo assim. Apertei o colarinho da gravata e busquei a caixa.

 

Todas as garotas já estavam no salão das mulheres como um soldado havia me dito, então decidi presentear Kriss ali mesmo, onde ela pudesse se sentir acolhida não só por mim mas pelas meninas também. 

 

Desci as escadas em direção ao primeiro andar, parando vez ou outra para um "bom dia" ou um "tudo bem". Não estava com pressa então caminhei tranquilamente, foi quando me aproximei o bastante da porta que percebi um som calmo e doce. Era música. O salão das mulheres estava repleto de uma música delicada, nova.

 

Observei América com um violino enquanto as garotas cochichavam sobre as notas musicais, encantadas. Fiquei ali, escondido, de forma que ela não pudesse me ver.

 

Nunca tinha escutado América tocar nenhuma vez e conseguir enxergar outra qualidade nela fez as batidas do meu coração se acelerarem. 

 

Incrível, América Singer era incrível em qualquer descrição. Definir isso seria pequeno demais, não existia uma definição. O medo do abandono fugiu de mim no momento que seus olhos azuis encontraram os meus. Sabia que estava sorrindo quando ela se curvou em uma reverência.

 

_ Majestade - seus olhos não deixaram os meus quando se curvou delicadamente 

 

As outras garotas se levantaram apressadas para me cumprimentar, afobadas. Mas meu olhar ainda era em América quando, em meio a tudo isso, ouvi um grito chocado.

 

_ Ah, não! Kriss, eu sinto muito!

 

Algumas meninas arregalaram os olhos na mesma direção. Quando Kriss se virou, percebi o motivo. A frente de seu belo vestido tinha sido manchada pelo vinho de Celeste. Ela parecia ter sido esfaqueada. Não soube como reagir aquilo, Kriss parecia prestes a desabar.na frente de todo mundo.

 

_ Desculpe-me, virei muito rápido. Não tive a intenção, Kriss. Deixe-me ajudá-la. - Celeste correu para ajudar, como se estivesse arrependida 


 

Por fim Kriss levou as mãos à boca, começou a chorar e saiu em disparada para o quarto, pondo fim à festa, à música e aos presentes.

 

Não tive outra reação a não ser seguir Kriss que corria desnorteada pelo palácio, arrancando os enfeites do cabelo com força e jogando tudo no chão.

 

_ Kriss! - gritei seu nome e ela não parou, continuou correndo em direção as escadas - Espere!

 

Apressei os passos na direção dela até que finalmente ela se virou, o rosto transtornado em mágoa e desespero, vergonha talvez.

 

_ Não olhe para mim, Majestade - disse entre soluços - Estou horrível! Me arrumei tanto, esperei tanto por hoje, não faz ideia de como estou me sentindo…

 

Balancei a cabeça em negação deixando a caixa sobre um banco, abri os braços envolvendo Kriss em um abraço me lembrando que uma vez América havia me dito que muitas vezes uma garota só quer se sentir segura enquanto chora. Meu ombro naquele momento pareceu acalmar Kriss.

 

_ Não perdeu a beleza só por causa de uma taça de vinho - disse acariciando seu rosto - Está magnífica como sempre, Kriss.

 

_ Mentira - sussurrou - Está dizendo isso para que eu volte para lá.

 

_ Na verdade não - a afastei, encarando seu rosto e secando suas lágrimas - Trouxe um presente para você, pensei que a gente pudesse abrir juntos. Claro, se não for incomodo eu ficar no seu quarto por um tempo.

 

Kriss me analisou e depois de um longo segundo, ainda envergonhada, assentiu.

 

_ Estou um caco. Tem certeza que deseja conversar agora? - o rosto corando como o vestido 

 

_ Não vejo oportunidade melhor. - levei sua mão até meus lábios - Estou ansioso para conhecer a mulher por trás dessas lágrimas.

 

Kriss sorriu envergonhada enquanto subimos até seu quarto, no terceiro corredor. Não menti quando disse que mesmo suja de vinho, ela ainda continuava linda.

 

Em frente a porta deixei que Kriss entrasse primeiro e me convidasse, ela pareceu encantada com o gesto. 

 

_ Vou precisar trocar de roupa, se incomoda de ficar uns minutos sozinho? 

 

_ Leve o tempo que precisar, posso voltar outra hora também… - Kriss negou com a cabeça 

 

_ Vou lavar o rosto e já volto, Alteza. Não fuja!

 

_ Não moverei um dedo, é uma promessa. - sorri na direção dela


 

Kriss se curvou em uma reverência e foi rapidamente para o banheiro, trancando a porta logo em seguida. Observei a decoração que ela fez pelo quarto, deixando algumas fotos da família espalhadas pela parede. Percebi naquele momento que Kriss, assim como América, fez poucas mudanças no quarto. 

 

Mas diferente de América, Kriss parecia ser mais doce. Uma princesa sem coroa. Sorri com o pensamento.

 

Quantas garotas além de América estavam dispostas a serem princesas? Estremeci com a ideia de que talvez eu e América Singer fossemos amigos… sempre amigos. 



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