1. Spirit Fanfics >
  2. A Seleção Sem Fim >
  3. Medalha

História A Seleção Sem Fim - Medalha


Escrita por: xPrimrose

Notas do Autor


Mais um capítulo, com uma participação especial da nossa 'querida' Rainha Abby e do nosso 'querido' Rei Porter, rs.
Espero que gostem ^-^

Capítulo 25 - Medalha


Em meio a pesadelos com armas, rebeldes e sangue eu ouvi a voz de Clarkson me chamar. Mais sangue, mais armas e agora era Mia quem me chamava, mas não importava o quanto eu tentasse abrir meus olhos eles não obedeciam, queriam me manter adormecida, vivenciando cenas de terror.

 E então eu estava correndo dos rebeldes, o sangue manchando meu vestido branco, eu mancava e segurava a lateral do meu corpo tentando parar o sangramento. Eu sentia alguém puxando meu braço, Bryan. Aqueles olhos azuis me encararam, gélidos. E era meu fim, cai sem vida no chão duro e gelado, manchando o piso branco com meu sangue...

 - Só um sonho - eu disse quando meus olhos se abriram e eu vi que estava viva, no meu quarto e não havia sangue nem rebeldes.

 Minhas criadas não estavam no quarto, o que era estranho, mas não me importei e me levantei.

Depois de tomar um banho e colocar um vestido verde me joguei na cama novamente, estava me sentindo um pouco fraca.

 A porta se abriu. Me coloquei de pé no mesmo instante, pensando se tratar de um rebelde. Olhos azuis me encararam. Mas não eram os olhos frios de Bryan, eram olhos preocupados... Os olhos de Clarkson.

 - Acordou? - ele disse se aproximando.

- Quanto tempo eu dormi? - eu disse voltando a me jogar na cama.

- Bem... Hoje é quinta-feira.

 Meus olhos se arregalaram, quinta-feira? O ataque tinha começado na segunda e terminado na terça.  Eu não podia ter dormido tanto, podia?

 - Se você não acordasse hoje teríamos que te levar para a enfermaria. Mas eu tinha certeza que você só estava cansada.

 Assenti com a cabeça, me sentindo fraca de mais até para falar.

 - Mas como você conseguiu fazer aquilo? Quer dizer, você rendeu sozinha dois rebeldes que tem ao menos um mínimo de preparo.

 Pensei um pouco, eu também não sabia como tinha feito aquilo.

 - Não sei também, talvez um surto de adrenalina? - eu disse dando de ombros - Talvez o medo.

- Medo?

- Sim. De morrer, de não ver mais minha família... - minha voz começava a falhar, as lágrimas começavam a surgir em meus olhos.

 - Está bem - disse Clarkson me ajudando a levantar - Você está fraca, tem que se alimentar um pouco.

 Nós começamos a descer para o primeiro andar em silencio. Eu esperava que ele dissesse algo e ele provavelmente tinha medo de perguntar algo e eu começar a chorar.

 Paramos na frente do Grande Salão.

 - Todos já estão almoçando. - ele disse - Por favor, não fale sobre o ataque por enquanto. Não enquanto eles estiverem ai.

 Entrei no Salão, quem estava ali? Minha resposta foi respondida quando eu fui cegada por um flash. Havia pessoas com câmeras por todo o salão. Meu estômago, vazio, se contorceu. Eu odiava ser observada por tantas pessoas.

 - Eu já almocei, mas vou ficar por aqui te esperando, quando terminar eu tenho que te levar para um lugar - Clarkson sussurrou e foi em direção à mesa da Família Real.

 Uma criada se aproximou de mim com uma bandeja, nela havia um papelzinho dobrado, eu o peguei e li:

"Senhorita Nick, você está sendo convidada para um encontro comigo. Irei te buscar em seu quarto as 14h00, esteja pronta!

                                  Príncipe Adrian"

 O que Adrian estava pensando? Ele já tinha deixado claro que não se casaria comigo, não precisava me convidar para encontros, não precisava de nada disso! Transformei minha carranca em um sorriso assim que percebi uma câmera bem ao meu lado... Talvez ele estivesse fazendo isso só para manter as aparências.

Fui graciosamente até a mesa e me sentei. Devorei tudo o que consegui, nem as câmeras conseguiam tirar meu apetite... Não quando eu passara dias sem comer.

 Nenhuma Selecionada falou comigo, nem mesmo Mia. Seus olhos estavam pregados na comida, mas ela nem mexia os talheres para disfarçar. A maioria das meninas também estava em silencio, as poucas que conversavam estavam falando sobre vestidos ou joias, uma clara tentativa de disfarçar o assunto que elas realmente queriam falar. Estava obvio: O ataque não deveria ser revelado para a mídia. Olhei ao redor da mesa, procurando um mínimo sussurro ou cochicho real, mas o que encontrei foi outra coisa, ou melhor não encontrei: Estavam faltando duas selecionadas: Paris, uma Dois e Amélia, uma Quatro.

 - Alguém foi mandada embora? - sussurrei para Mia.

 Ela, ainda sem me encarar fez um gesto indicando que me contaria depois. Suspirei, talvez aquela saída dupla tivesse algo a mais que eu não sabia.

Meu prato estava vazio e o estomago cheio, como o de muitas selecionadas, mas eu tinha algo mais: Coragem para ser a primeira a sair dali.

Me levantei e sai do Salão, ignorando as câmeras. Já estava subindo a escada quando alguém segurou meu braço. Um calafrio subiu por minha espinha enquanto eu me lembrava de meu sonho: Bryan segurando meu braço...

 Olhei para traz e dei de cara com Clarkson.

- Ah é... - eu disse, me lembrando que ele me levaria a algum lugar.

 Nós caminhamos em silencio até a enfermaria. Eu não ousava abrir minha boca, pois tinha certeza que perguntaria sobre Paris e Amélia.

 Nana, a enfermeira fez todos os exames possíveis em mim, desde medir a pressão a exame de sangue.

 - Pronto! - eu disse a Clarkson assim que Nana me dispensou.

- Tem mais um lugar em que precisamos ir - ele disse já começando a andar.

 - Achei que fosse só um - eu disse e o segui.

 

 Havia duas cadeiras de couro atrás da mesa de mogno. Em uma delas estava sentada a Rainha Abby, com sua taça de vinho, na outra o Rei Porter lendo um livro.

 Os olhos da Rainha me fuzilaram. Eu estremeci, se tinha antes alguma dúvida de que ela me odiava, eu já não tinha mais.  Então meus pensamentos vagaram até o dia em que eu havia falado algumas bobagens no Jornal Oficial, ainda não tinha entendido porque a Rainha não tinha me chamado para uma “conversinha” depois disso.

 O Rei fechou seu livro, seu olhar também não era muito amigável.

 - Sente-se - a voz do Rei era ríspida e autoritária.

 Fiz uma reverencia e me sentei. Clarkson se sentou na cadeira ao meu lado.

- Aqui - a Rainha colocou na mesa uma caixinha vermelha.

- Pra mim? - perguntei.

Ela assentiu com a cabeça. Minhas mãos estavam tremulas, mas eu peguei a caixa e a abri. Dentro havia um quadrado de ouro e cravado nele o símbolo de Illea. O peguei nas mãos e virei.

 "Por salvar o reino com honra"

Estava escrito atrás. Grudado a medalha havia uma corrente.

 - É uma medalha - Clarkson explicou - pelo que você fez pelo palácio. Espantando os Rebeldes. Foi muito corajoso. Como achamos que você não iria querer uma medalha normal fizemos um colar.

 - É incrível- eu disse enquanto balançava o colar.

- Parabéns senhorita Nickolly, você fez muito pelo nosso país.  - o Rei disse dando tapinhas em seu livro. - mas é de extrema importância que não comente com ninguém sobre sua medalha, principalmente para a mídia.

- Por quê? - perguntei. O que tinha de mais falar sobre minha medalha?

- Porque pareceria que a estamos favorecendo na Seleção - a Rainha disse em meio a goles de sua bebida e revirando os olhos.

- Entendo... Então nem poderei usa-la?

Eu pude ver o olhar desconfiado da Rainha, mas Clarkson tomou conta da situação.

 - Não.  Você pode usa-la, mas seria melhor se dissesse que é apenas um colar normal.

 Balancei a cabeça afirmando. No fim das contas aquilo fazia sentido.

 - Pode ir, Nickolly. - A Rainha tomou o ultimo gole de vinho - Ah e, por favor, não pense que essa medalha te dará algum benefício na Seleção.


Notas Finais


Acho que vocês estão bem ansiosas para o próximo capítulo não estão? Posto ele quinta-feira :*


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...