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História A Shot in the Dark - You Look at Me the Way Only You Can Do



Notas do Autor


O plano é sequestrar minha professora e jogar num lago pra eu poder ficar fazendo fanfics de boa
Eu reescrevi esse capítulo.
Achar gifs é mt difícil então não vou me matar procurando gifs de pessoas que se encaixam com os personagens, acredito na imaginação de vocês.
Obrigada, Bella, pelo título

Capítulo 4 - You Look at Me the Way Only You Can Do


Fanfic / Fanfiction A Shot in the Dark - You Look at Me the Way Only You Can Do

PDV Lily

-É seu aniversário? – ele repetiu surpreso.

- Foi o que eu acabei de dizer, James.

-Você é delicada como o coice de uma mula.

Sorri – Obrigada.

-Não era um elogio.

Caminhei até o forno e tirei os bolinhos de lá, colocando-os em um prato e pegando um para provar, empurrei o prato em direção a ele e sentei, concentrando-me na própria bombinha doce que eu havia feito sozinha com o que conseguir achar e, para falar a verdade, não estava nada mal.

James sentou na minha frente.

- Feliz aniversário – ele disse e ergueu seu cupcake para brindar,  corei levemente e balancei a cabeça agradecendo, pois aquela era a primeira felicitação que eu ganhava em algum tempo.

James apontou o controle da TV para a pequena televisão que dividíamos na sala e então ele virou-se para olhar o que, para minha surpresa, era algo muito parecido com um noticiário. Isso, é claro, me deixava preocupada, pois o caso da filha acusada de matar a mãe não era algo que a mídia havia deixado de noticiar.

-Você vê as notícias? – perguntei, ele interpretou aquilo como se eu acreditasse que ele não fosse o tipo de homem feito para notícias, e, bem, eu não acreditava.

-Não exatamente  - ele respondeu e aumentou o volume para que eu pudesse ouvir do que se tratava.

- Um palhaço que tinha tudo: Fama, respeito e dinheiro , acaba perdendo tudo por causa de seu vício em sexo. Confira a incrível, e triste história, de Ronald McDonald, um show man amado por todos. Palhaço de rodeio em 1974, foi convidado a ser o Frontman do que seria a maior rede de Fast food do mundo. Assim como a rede, seu nome cresceu rápido. – então percebi que aquele era mais um show business que fazia dinheiro desmascarando grandes nomes da mídia.

Quando terminei meu cupcake me levantei em direção ao banheiro e comecei a me arrumar para o trabalho, procurando não chamar muita atenção, vesti roupas escuras e um tênis velho.

- Vai sair? - James perguntou calmamente enquanto me observava prender o cabelo na frente do espelho da sala.

-Sim, eu tenho que trabalhar – coloquei a carteira no bolso e então sorri para James, quem ainda me olhava curioso e quase decepcionado por saber que eu o abandonaria no meu aniversário. – Tente não ficar muito triste – eu disse caminhando até ele e segurando seu rosto com minha mão – Eu não volto tarde – então dei um beijo estalado em sua bochecha pegando a ele, e a mim, de surpresa.

Após sair do prédio, me encaminhei ao ponto de ônibus, Hagrid havia me dito qual ônibus eu devia pegar para chegar ao trabalho, disse que ele passava por todos os distritos. Quando cheguei lá, ele sorriu para mim e me estendeu o uniforme, que aceitei de bom grado, amarrando o avental ao redor da cintura e aceitando o bloquinho para anotar pedidos.

-O que vai querer? – perguntei para a cliente que havia passado pela porta e despertado o sino adormecido, ela havia sentado-se no balcão a minha frente.

-Um café preto e... – ela avaliou o cardápio – O café da manhã do chefe.

-É pra já – rabisquei no bloquinho e pendurei a folha no varal de pedidos na janela a frente da cozinha.

Um senhor carrancudo no canto do balcão encostado contra a parede balançou sua xícara para mim e eu segui até ele com a jarra de café.

-Deseja mais alguma coisa? – perguntei após servi-lo.

- Um bom atendimento – ele respondeu ranzinza – esse lugar é uma bela merda.

Rolei os olhos e voltei ao trabalho, uma das garçonetes me entregou uma bandeja com bolos e cafés e disse-me para leva-los a mesa sete, por descuido, enquanto fazia meu caminho, resvalei no chão molhado e derrubei o pedido, trazendo-o ao chão junto comigo e quebrando as porcelanas. Hagrid havia saído de seu escritório para ver o que estava acontecendo e olhou para mim decepcionado, enquanto mandava outra garçonete assumir o pedido da mesa.

Depois disso, o dia não melhorou. Fiquei nervosa com meu desempenho pobre e acabei quebrando mais três copos antes do final do turno. Hagrid me encontro quando estava quase pronta para bater o ponto, no seu rosto tinha um olhar decepcionado e em sua mão um pequeno envelope branco, eu sabia o que aquilo significava. Passei para ele o avental.

-Eu sinto muito mesmo, Hagrid. Obrigada por ter me dado uma chance.

-Você é uma mocinha diferente, isso é certo. Mas depois de ter derrubado, propositalmente, café em uma das nossas clientes eu já não devia ter lhe deixado ficar.

-Por que deixou? – perguntei segurando as lágrimas.

-Porque acho que você precisava.

-Eu ainda preciso – confidencio.

Ele toca em meu ombro em um gesto de conforto e me entrega o envelope.

-Desculpa, Lily, mas não posso te deixar ficar.

-Eu entendo.

Parti da lanchonete decepcionada por arruinar o emprego que havia caído diretamente em meu colo. Enquanto estava no ônibus limpei algumas lágrimas e tentei me acostumar com a ideia de que meu aniversário era sim um dia amaldiçoado.

Cheguei ao apartamento e desabei no sofá, com um suspiro chateado. James veio da cozinha com um cigarro na boca e sentou ao meu lado, sem pensar duas vezes, roubei o cigarro dele e dei algumas tragadas para me acostumar.

-Dia difícil? – ele perguntou acendendo outro cigarro.

-Fui demitida.

James balançou a cabeça e processou a informação.

-Você quer beber algo? – ele ofereceu.

-Essa é sua solução para tudo?

Ele deu de ombros – Às vezes. A gente pode conversar também.

-Sobre o que? – perguntei erguendo a sobrancelha para ele.

-Fale da sua vida – quase ri, claro, porque falar da porcaria de vida que eu levei até aqui iria me ajudar em algo.

-Bem, James, ela é uma bosta.

James sorriu.

-Se vamos morar juntos, preciso saber mais sobre você.

Considerei seu argumento e me pareceu uma ideia tentadora saber mais sobre ele, se isso custasse riscar a superfície de quem eu era e de como eu havia chegado até aqui, tudo bem.

-Bom, meu nome é Lily – eu comecei como se estivesse em uma reunião dos alcoólatras anônimos, ele revirou os olhos – Lily Evans e eu tenho vinte e quatro anos a partir de hoje e eu não sei fazer absolutamente nada.

James aceitou a informação que havia recebido.

-Eu sou James Potter – ele repetiu o que havia me dito ontem a noite – E eu tenho vinte e cinco anos, sou bom em consertar carros e sexo.

Traguei meu cigarro mais uma vez, anuindo a cabeça a cada informação que recebia.

-Eu pude perceber que você gosta de sexo.

Ele bagunçou os cabelos sem jeito – Desculpa por isso – balancei a mão como quem não se importa – Fale sobre sua vida.

-Isso é uma festa do pijama? – perguntei sarcástica – Não vou te contar nada antes de saber algo de você.

James estendeu os pés para a mesinha de centro e começou a ponderar sobre o que deveria repartir comigo.

-Por onde eu começo? – ele pensou e então ergueu a mão para enumerar fatos – Eu sou filho único, minha mãe me teve com dezenove anos, após o namorado dela abusar dela – arregalei os olhos, mas James não parecia mais afetado por isso, afinal ele havia convivido vinte e cinco anos nessa condição – Sirius é meu melhor amigo desde eu me lembre, porque minha mãe trabalhava como faxineira para mãe dele, ela acabou cuidando mais  dele do que a própria família cuidava, então somos propriamente dito irmãos. Remus e Peter se juntaram a gente no ensino médio – então ele colocou o dedo no queixo como se pensasse o que mais deveria dizer – Minha mãe morreu, então eu trabalho como mecânico para sustentar essa vida chique de alta classe que você pode ver – ele gesticulou para o apartamento – Ah, e sou alérgico a lagosta.

Dei uma risada triste quando percebi que, como eu, ele procurava o humor para esconder as feridas que talvez ainda estivessem abertas. Eu não sabia o quanto aquilo ainda afetava ele ou se algum dia pararia de afetar. Minha mãe estava morta a dois anos e embora eu tenha me virado bem, eu sempre sentiria falta dela.

-Sua vez – ele disse por fim, e então, como o homem abusado que era, deitou a cabeça em meu colo.

- Eu tenho uma irmã – revelei a ele – ela é mais nova e um completo monstro, o diabo vai perder o trono para ela no momento em que ela morrer e descer para o inferno – James gargalhou em meu colo e eu sorri por trás do cigarro – Minha mãe também morreu, não sei quem é meu pai. Minha família são meus tios e minha irmã e eu prefiro fingir que eles não existem, é um acordo mútuo entre nós – pensei por um segundo – Ah, e eu tenho medo de aranhas e de água vivas.

James deu um risinho.

-O que foi? – perguntei curiosa.

Ele deu de ombros e estendeu a mão para pegar uma das mexas soltas de meu cabelo ruivo.

-Gosto de falar com você.


Notas Finais


Mandem suas opiniões e, se quiserem, a DM do meu twitter ta aberta pra vocês: @fideliuswift
XOXO
Gossip Girl


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