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— Por favor, cuide dos meus bebês maiores.
Brinca a senhora Heffley, pegando Manny no colo.
— Vocês deveriam se apressar, não querem deixar o vovô esperando. Afinal, não sabemos o quanto ele ainda vai durar, não é mesmo?
Se intromete Rodrick, apenas para levar uma cotovelada minha no alto das costelas por falar bobeira.
— Entende o porquê agora não insistem tanto em nos levar agora?
Cochicha Greg para mim, dando um sorrisinho cúmplice.
— Não os deixe destruir a casa novamente, conto com você.
Pede senhor Heffley, segurando ambas as minhas mãos, me olhando como se eu fosse sua única esperança.
— Tudo bem, vocês realmente deveriam ir agora. Se divirtam bastante, e não tenham medo de chegar tarde, seria até melhor se vocês dormirem por lá se ficar muito tarde, sabe como é esse trânsito a noite, né? Um perigo!
Tagarelou o mais velho dos irmãos Heffley, guiando os pais até a porta pelos ombros com certa pressa.
— Querida, me ligue caso algo aconteça!
Falou a mãe dos garotos, da entrada.
— Ela vai sim, tchau mãe! Amo você! Tchauzinho!
Fechou a porta, chaveando-a.
— Então, oque deveríamos fazer?
Virei-me para Gregory.
— Vai passar um seriado super daora na tv e-
— Ei nerd, você não tem um monte de lição de casa pra fazer ou coisa assim?
Interrompeu o mais velho, colocando as mãos sobre os ombros do irmão.
— Não? Eu fiz mais cedo.
Olhou para o irmão com um ar de desafio.
— Até aqueles que estão no porão?
Respondeu o outro, igualmente provocativo.
— Rodrick!
Chamei sua atenção.
O moreno forçou um sorriso simpático para o mais novo.
— Irmãozinho, pode brincar com qualquer coisa do meu quarto. Mas é melhor não descer aqui, ou vai ser um cara morto.
Quase não pude ouvir a última parte.
— Você é o melhor irmão que alguém poderia ter!
Disse o mais novo com tom de ironia antes de se direcionar para as escadas.
— Daqui a pouco levarei um lanchinho para você, Greg!
Falei um pouco mais alto para que o menino me ouvisse do alto das escadas.
Olhei para o garoto de cabelo bagunçado, que me deu o sorriso mais inocente do mundo como se não tivesse acabado de expulsar o próprio irmão apenas para ficar a sós comigo.
Dou uma leve virada de olho, um sorriso discreto, caminhando para o sofá da sala. E foi uma questão de segundo para que assim que eu estivesse sentada, Rodrick deitou-se sobre o sofá com a cabeça em minhas coxas, se remexendo todo em busca de carinho, como um grande cachorro.
— Você é tão linda, quem é o seu namorado?
Aqueles olhos que pareciam ficar ainda mais atraentes quando usados um leve lápis de olho borrado me fitavam com um certo brilho.
— Um garoto bobão.
Apertei seu nariz, deixando minha mão livre descansar sobre seu peito.
— Idiota sortudo.
Ri, me inclinando para deixar um selinho em seus lábios.
Me deliciei com a visão do garoto com os olhos fechados, um sorriso que só crescia mais e a leve mordidinha que o maior dava no cantinho do lábio inferior. Rodrick se deixava ser tão transparente comigo, era óbvio o efeito que eu tinha sobre ele mesmo com pequenas coisas.
O garoto se sentou, praticamente no meu colo, segurando meu rosto e dando beijos estalados na minha bochecha.
— Eu. Amo. Minha. Namorada.
Disse pausadamente entre beijos, mordendo minha bochecha no final.
— Também te amo, amor.
Segurei seu rosto, lhe dando um beijo demorado em sua boca.
— Amor ~ Eu sou o amor.
Repetiu, totalmente bobo. Se ele tivesse um rabo, tenho certeza que ele estaria abanando euforicamente de um lado para o outro.
Como esse garoto foi rejeitado tantas vezes por outras garotas?! Bem, sorte a minha.
Roddy segurou meu braço e foi se jogando para trás enquanto me beijava, fazendo com que deitarmos um sobre o outro de forma desengonçada.
A mão do maior puxou minha coxa para ficar por cima de sua barriga e permanecendo lá, trazendo uma das minhas mãos para descansarem perto do seu pescoço. Rostos próximos, e Rodrick encarava descaradamente minha boca. Não resisti quando o mesmo engoliu em seco, juntando nossos lábios em um beijo lento e sua mão apertou fortemente minha coxa, me fazendo suspirar quase no mesmo instante que a ponta das nossas línguas se tocaram. Nós nos separamos devagar, ainda muito próximos para que nossas respirações se misturarem, intoxicados um pelo outro.
— Deveríamos… Subir…?
Sugeriu, a mão da coxa subiu sutilmente, contornando minha bunda e tocando a parte de trás do cós do meu short.
— Acho que…
— S/n, pode fazer um sanduíche de atum para mim agora?
Rapidamente me levanto do sofá, derrubando meu pobre namorado no processo.
Esse que grudou o rosto no chão, dando soquinhos contra o piso em uma indignação silenciosa.
— Sanduíche de atum? Pra já, querido!
Tento disfarçar, rezando para que o garoto no vão da porta não tenha visto nada.
— Faço um de peru e maionese para você, Roddy?
O'Que eu tenho como resposta são grunhidos indecifráveis e algo que parecia choramingos vindo do outro Heffley, que permanecia no chão.
Me virei para ir em direção da cozinha, longo tendo Greg ao meu pé, que acabou me ajudando a fazer alguns sanduíches, parecendo muito satisfeito em deixar o irmão mais velho no estado que está.
No final da noite, além do sanduíche, fiz pipocas para os meninos e assistimos a um filme qualquer, com Gregory sentado bem no meio de Rodrick e eu, o que deixou o mais velho emburrado e quase atacando o próprio irmão, que parecia se divertir com isso.
Os pais do garoto chegaram por volta das dez e meia, a contragosto, Greg seguiu a mãe escada acima para colocar o irmão mais novo na cama.
— Só preciso ir no banheiro rapidinho e já te levo pra casa, ok?
Avisou o senhor Heffley, não me dando tempo de falar algo pois o mesmo já estava indo em direção ao banheiro.
Rodrick segurou minha mão e foi me guiando para fora, até o carro da família.
— Eu realmente vou trancar aquele cara no porão.
Murmurou, encostando a testa no meu ombro.
— Roddy!
O repreendi em tom de brincadeira, envolvendo meus braços envolta do seu pescoço.
Rodrick começou a tamborilar os dedos em meus quadris, respirando o cheiro do meu pescoço.
— Seu cheiro é tão bom…
Fungou meu pescoço mais forte, passando a mordiscar meu pescoço de leve.
Levei minha mão até sua nuca, enroscando meus dedos em seus cabelos desgrenhados. Em resposta, o garoto deu alguns passos, me prendendo contra o carro para mais uma vez me dar mais um beijo lento. Entretanto, antes que ficasse mais profundo, uma tosse forçada nos interrompeu.
— Vamos indo, S/n?
Disse o Heffley mais velho, um pouco constrangido.
— Sim, sim.
Respondi, igualmente envergonhada.
Dei um rápido beijo na bochecha do meu namorado antes de contornar o carro para ir pro banco de passageiro.
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