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História A-six - Prólogo- part 1


Escrita por: Dr_Silencio

Notas do Autor


OK,OK esta é a minha primeira fanfic então pega leve ;-;
eu ia fazer mais coisas mas ia dar um capitulo muuito grande.
Aproveite o capitulo ^^

Capítulo 1 - Prólogo- part 1


O jovem de cabelos castanhos se espreguiçou debaixo de suas cobertas quentinhas. Os primeiros raios de sol insistiam em atravessar a cortina de ceda vermelha só para atingir o rosto de Anthony. O que o fez se remexer novamente debaixo das cobertas e finalmente despertar. Anthony se sentou em sua cama.

- Horas. – Resmungou com um tom de voz um tanto baixo e ainda entorpecido pelas horas de sono. Levou suas mãos ao rosto e esfregou o rosto tentando assim, de alguma maneira, afastar o sono e a preguiça.

Foi então que uma voz robótica invadiu o quarto.

- Seis horas e quarenta e oito minutos.

Precisou de alguns segundos para perceber, finalmente, que estava atrasado.

Não para a aula. Claro.  Hoje é domingo. Não é claro que hoje ele não iria para a aula.

Afinal, hoje era seu aniversário. Hoje o jovem Tony, que agora esta vasculhando cuidadosamente seu guarda-roupa, completa 16 anos.

O leve bater na porta grande de madeira rústica e detalhada de seu quarto. Faz com que Tony se assuste de principio, porém logo fala “pode entrar” com animo na voz ao perceber que talvez pudesse ser James o seu mordomo e único amigo em meio a imensidão daquela mansão.

-  Vejo que acaba de acordar Mestre Richards.– O mordomo entra no quarto calmamente, passo sobre passo , timidamente como um felino desconfiado,  James adentra o enorme luxuoso quarto de Tony .

James era o mordomo da família Richards, mas tratava especialmente de Anthony já que na maior parte do tempo ele era o único que ficava em casa.

- Já lhe disse quantas vezes que quero que me chame só de Tony? – Anthony passa seu braço por dentro do casaco azul terminando assim de se vestir.

Ele esta usando um sapato de couro marrom uma calça branca assim como a camiseta de seda que veste e por cima um paletó azul marinho. Anthony torce o nariz reprovando sua vestimenta em frente ao espelho.

- Como estou? – Pergunta por fim sem deixar de se encarar em frente ao espelho   

- Está bonito Mestre Tony. – O mordomo deixa escapar de dentre os lábios finos.

Anthony começou a arrumar o seu cabelo.  Era super importante que o filho de prefeito ficasse sempre bem apresentável. Mas neste dia em especial Anthony tomava mais cuidado ainda de como iria se vestir.

Sendo filho do prefeito da cidade de Toalbo eram raras as vezes que Anthony via seu pai e uma das poucas vezes que isso acontecia era no dia de seu aniversário. Apesar de que no fundo sabia o real motivo de neste dia ele se reunir com seu pai a noticia e a fama. Comemorar o aniversário de seu filho não estando ao lado do seu filho iria gerar uma onda de noticias negativas e uma fama ruim para o Sr. Richards. Por isso, todo dia 16 de Abril o Sr. Richards guardava um pouco de seu precioso tempo para gastar ao lado de seu filho.

Anthony suspirou triste observando seu reflexo no espelho.

- Isso é só por causa da mídia não é? – Sorriu triste. Um sorriso bobo e imperceptível que servia para acalentar sua alma triste e inconformada.

 – O motivo de nos vermos apenas nestas datas e puramente por causa da mídia, para aparecer. – Continuou.    

Anthony desiste de se arrumar e acaba se sentando derrotado em sua poltrona de couro.

James se aproxima em passos rápidos e  ignorando as regras de privacidade que lhe foram dadas, se abaixa em frente a Anthony para olhar em seu rosto.

- Não diga bobagens jovem amo, o Sr. Richards ama você, só não demonstra isso. Você sabe muito bem que como prefeito da cidade ele não tem tempo.

- Mas e a minha mãe? Ela vai vir não é?

- Sobre isso jovem amo... – James disse quase num sussurro, mas por causa na proximidade Anthony escutou.

- Ela não vai vir né? – falou cabisbaixo fitando seus sapatos caríssimos.

- Ela tem reunião marcada para hoje. – Completou James. O mordomo ignorou mais uma vez o regulamento quando, mais uma vez, aproximou-se a Tony. As mãos já velhas e marcadas pelo trabalho cobriram a jovial e macia. Sorriu-lhe de lado e o observou com seus pequenos olhos negros que mais pareciam duas bolinhas de gude em meio a seu rosto já com algumas rugas quase imperceptíveis. Por mais que não admitisse, James já bem sabia que estava ficando velho. Irá fazer 48 neste mesmo ano.

 Enfiou a mão dentro do bolso de seu blazer preto escuro. James vestia seu “uniforme”, um terno todo preto com sapatos sociais de mesma cor e, claro, em seu peito um brasão foi costurado. O brasão da família real. Brasão da família Richards, brasão este que todos os funcionários da casa eram obrigados a usar.

 

De seu bolso retirou um pequeno objeto em formato disco envolto de um envelope pardo.

- Eu sei que não é muito, mas foi o que eu consegui com o meu salário. – O mordomo entregou o CD, afinal James era o único que sabia deste estranho Hobby de Anthony de colecionar antiguidades.

      Tony ficou em pé e abraçou James como agradecimento, parte por etiqueta que lhe foi ensinado a ter ,parte pelo o simples fato de estar agradecido pelo presente. Pare Anthony James era quase um pai adotivo e James o tratava como se fosse um filho.

- Obrigado por se lembrar. – Anthony o agradeceu. Sentia-se feliz por alguém ter se lembrado disso.

- Como eu iria esquecer já comemoro este dia á oito anos, esta se tornando quase um feriado pra mim. Sem falar que não sou tão velho assim para me esquecer desse tipo de coisa tão facilmente. – Deu uma risada rouca.  

   - Você está bem velho James, já tem até cabelos brancos. – Brincou em tom irônico.

- Nem tanto, ainda estou na flor da idade. – Ele estufou o peito confiante. – Ainda vai ter que me aturar por mais um longo tempo.

- Que azar o meu. – Anthony rio com o rosto emburrado que James fez, mas logo  voltou ao normal e disse:

- E que venham mais oito anos.

- E que venham mais oito anos! – Anthony confirmou o abraçando novamente.  

  

 Ser filho do prefeito tem suas vantagens e desvantagens. Apesar de que, na opinião de Anthony, existiam mais desvantagens do que vantagens. Quase nunca ver seus pais. Quase nunca sair com os amigos. Quase nunca ir a festas, exceto aquelas chatas de gala em que era obrigado a ir a mando de seu pai. Nem mesmo sair para a escola ele podia. Estudava em casa com professores particulares.

“É perigoso”. Dizia o Sr. Richards.

“Pode acabar estudando com um plebeu” Dizia o Sr. Richards. 

“Filho meu não vai se misturar com a ralé”. Dizia o Sr. Richards.

Não entendia o que os plebeus tinham de tão ruim. Porque seu pai os odiava tanto? Eles eram tão perigosos a ponto de ser mais seguro passar a vida inteira trancada dentro daquela mansão do que correr o risco de encontrar algum na rua?

 

O grande objeto metálico em formato de esfera se locomovia rapidamente pelas avenidas que dividiam a cidade. Sem volante, seu interior era espaçoso. Dois bancos de cor branca, colocado um de frente para o outro, separados por uma pequena mesa de mármore a qual em sua superfície um pequeno vaso de flor segurava uma pequena rosa. Rosa esta que Anthony via balançar seu pequeno conjunto de pétalas no ar enquanto o veiculo fazia a curva. James no banco a sua frente mexia no dispositivo em seu pulso.

Ao completar a curva a coroa de pétalas voltou a seu lugar encerrando a dança da pequena flor e o interior do veiculo voltou a sua monotonia de sempre. Com exceção das sombras que os prédios faziam impedindo que a luz entrasse pelo teto solar. O interior de veiculo era monocromático, monocolor, monótono, simétrico, silencioso, e completamente tedioso.

  Anthony suspirou inconformado com tamanho tédio que prolongava dentro do veiculo. James percebeu o tédio de seu amo e suspirou triste por não poder fazer nada.

- Fiquei sabendo que vai ter bolo. – James tentou puxar assunto em uma tentativa mau sucedida de animar Anthony que somente continuou a observar o bailar da rosa. 

James olhou para o seu pulso novamente, ordenou que o veículo parasse e o mesmo estacionou ao lado de uma calçada de uma loja de roupas. Pensou e franziu as sobrancelhas não acreditando no que iria vir a dizer.

- Sabe jovem amo eu acho que não tem problema nós darmos uma passada em algum lugar no caminho antes de ir para a prefeitura. – James já se arrependia de ter falado mesmo antes de sua boca abrir, agora já não se importa mais, o sorriso largo que Anthony está fazendo o confortava-o o suficientemente.    

- Sério? Não vamos ter problemas?   – Anthony disse animado se ajeitando no banco.

James sabia muito bem o que isso iria lhe render e que o senhor Gerard não ia gostar nada disso se ficasse sabendo.

- Você terminou de se arrumar bem rápido então ainda temos tempo de sobra. – Sorriu enrugado.

Anthony sorriu de volta.

- E então vamos aonde? – James perguntou esperando ouvir o nome de alguma lanchonete qualquer.

Anthony olhou para cima, pensou nas coisas que o fariam relaxar e esquecer-se da sua festa e do encontro que teria com seu pai em uma hora. Mas não saia da sua mansão regularmente então não conhecia direito a cidade não fazia idéia de onde ir.

Decidiu pedir a opinião de James.

- Onde podemos... – Antes que conseguisse terminar a frase foi interrompido por o estrondo da lataria se amassando. A primeira coisa que pensou foi que estivessem se acidentado. Mas isso não fazia sentido,afinal os carros de hoje não precisam de pilotos. As chances de um carro auto dirigível se acidentar é de uma em um milhão e Tony não acreditava ser esse “um em um milhão”. O barulho foi seguido de outro, dessa vez mais baixo e de menor duração. Assustado com o que seja lá que estivesse acontecendo, vagou seus olhos pelo o interior do veiculo procurando assim,de alguma forma, descobrir de onde vinha estes estrondos. Percebeu então que não era o único assustado. James tremia e mantinha seus pequenos olhos escuros abertos e atentos ele encara o teto do automóvel enquanto tremulamente tentava pegar seu controle do veiculo ao lado do banco.

 Foi só agora que percebeu de onde vinha o barulho. O teto do carro estava sendo pisoteado. Seja o que for que estivesse em cima do carro,parou de andar. Anthony sentiu o ultimo barulho de passo em cima de sua cabeça. Algo estava em cima de si no carro.

 Os cacos de te vidro caíram por cima da pequena mesa e se espalharam pelo chão de carpete.

Um homem entrou pelo teto, caiu sobre a mesa derrubando a vaso de flor, se sentou no banco ao lado de James, tirou de sua jaqueta branca uma arma primitiva do tipo que ainda usava pólvora e apontou para James. Sendo seguido logo após de mais alguns vultos que foram adentrando rapidamente o interior antes espaçoso do automóvel. Sem ter tempo para pensar ou ao menos conseguir ver o que ou quem estava ali. Tony assustado colou seu corpo com o banco de couro do automóvel como se quisesse se fundir com o mesmo.

 

James olhava perplexo para a cena. Pelo seu rosto devia estar entendendo tanto quanto Anthony.

O primeiro a entrar que também parecia ser o mais velho analisava cada canto do veiculo como se o mapeasse.

- Levem o que quiser, mas não estamos com o nosso dinheiro entã... – James estava pálido e tentava argumentar com o homem ao seu lado, mas calou-se no momento em que o mesmo se moveu.

Enquanto isso os dois jovens ao lado de Anthony que pareciam ser mais novos, um até era mais baixo que si, também vasculhavam o interior do veiculo preocupados e um tanto aflitos.

- Cala boca coroa não queremos dinheiro! – O homem esbravejou irritado e tirou a máscara que cobria seu rosto possibilitando assim que Anthony o visse. Sua intenção era única, gravar cada detalhe daquele rosto para servir como testemunha na delegacia. Mas não era preciso dessa desculpa para se lembrar daquele rosto.

Os cabelos negros bagunçados tentavam a todo custo sair debaixo da marcara que agora estava no topo de sua cabeça. Seu olho castanho escuro transmitia um olhar furioso e suas sobrancelhas franzidas demonstravam o quanto estressado ele estava ficando.

Anthony sentia que nunca mais iria esquecer aquele rosto.

 

- O que vocês querem então? – James quebrou o silencio.

- Porra velho cala a merda da sua boca! – Em um movimento brusco ele ficou de pé e apontou a arma para a cabeça de James.

Foi então que analisou o terno de James, seu olhar mudou no instante que viu o brasão no terno de James.  Sorriu.

   - O que é isso em seu peito? – Disse divertido.

Anthony confuso somente observava com medo de se mover, principalmente por causa dos dois jovens ao seu lado que continuavam imóveis.

- O brasão da família... – O jovem a sua direita, o que parecia ser o mais novo começou a gargalhar.

Precisou colocar a mão sobre a barriga tamanha era intensidade de suas risadas.

 James, assim como os outros três homens se entre olhavam como algum deles pudesse responder o que exatamente estava acontecendo.

- Do que diabos você está rindo pirralho? – O mais velho gritou. Foi então que o jovem a sua esquerda começou a rir também.

- Agora você também? Serio isso? Qual é a graça? –Agora ele apontava a arma para os dois, mas ainda segurava James com o outro braço. Não que ele precisasse já que James estava entretido demais tentando entender o que estava acontecendo.

 - Você ainda não entendeu                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                     Jack? – O jovem a sua esquerda falou pela primeira vez e disse o nome do mais velho. Kevin.

Interessante. Pensou Anthony. Seu nome é Jack.

- Não entendi o que? O fato de que você e Eric não param de rir mesmo que nós tenhamos perdido a merda do prefeito?!

Foi então que o garoto a sua direita, cujo o nome Anthony descobriu ser Eric, finalmente deixou de rir.

- É isso que é engraçado Jack. – Sua voz era tão suave e doce quanto sua risada e saiu em meio a alguns risos. - Por que se preocupar com o prefeito se nós temos algo melhor. – Ele riu. - Hoje é aniversário do filho do prefeito. – Foi quando o jovem a sua esquerda falou que Anthony percebeu o que estava acontecendo.

- Sim! – Eric sorriu novamente só que desta vez olhou para Anthony. – Feliz aniversário! 

 

 

 


Notas Finais


Lendo ate aqui?!
que estranho.... Bem mas o que você leu na sinopse vai acontecer nos proximos capitulos não se preucupe ^^

E agora o jovem anthony esta enrascado, o que será que irão fazer com ele?
veja no proximo capitulo!


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