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História A Solução do Insolucionável - Chan com C de Confusão


Escrita por: happiejuixe

Notas do Autor


Me perdoem pela demora, iria postar ontem, mas tive alguns imprevistos.

Também me desculpem caso tenha algum erro, enfim, era só isso que queria dizer, espero que gostem e se divirtam.

Tenha uma boa leitura 💚.

Capítulo 3 - Chan com C de Confusão


Fanfic / Fanfiction A Solução do Insolucionável - Chan com C de Confusão

                                   • ° ☆ ° •

Jaehyun havia começado a ficar desequieto e tentava andar pelo meu quarto, mesmo que tivesse de se esticar para mexer em minhas gavetas, principalmente as com roupas íntimas. Acabei sendo obrigado a acompanhar o maior por motivos claros, como ele estar erguendo uma de minhas cuecas fazendo surgir um sorriso malicioso em sua expressão.

--- Dá pra sossegar? --- Retirei a peça de suas mãos lhe jogando dentro da gaveta, fechando a mesma com minha mão algemada, tendo a outra ocupada pelo celular que ainda ecoava as risadas. Eram como uma trilha sonora de comédia.

--- Deveria saber que não consigo ficar quieto. --- Ele resmungou choramingando, após puxar seu pulso e fazer o mesmo sentar na cama.

--- Quando pararam de rir e irão me ajudar? --- Disse irritado para os garotos que cessaram seus risos. O loiro me encarava com um sorrisinho estampado em seu rosto. --- A propósito o que faziam em frente a loja perto do centro? --- questionei e conseguia sentir a tensão dos mesmos pelo celular, começando a ficar preocupado com o que faziam.

--- A gente estava.. --- Doyoung foi interrompido e parecia que alguém havia pego o celular por conta dos chiados. --- Por que vocês tiraram celular de mim? --- Doyoung resmungou ao fundo. --- Você é um péssimo mentiroso. --- Hyuck disse simplista e escutei o moreno bufar, logo reclamando de Mark que havia concordado.

--- O que fizeram? --- Falei preocupado, e Jaehyun parecia notar. Já que me levantei subitamente e sem qualquer paciência, batendo meu pé no chão de madeira brilhoso por conta da cera.

--- Nos vemos em dez minutos. --- Hyuck disse por fim, e o barulho da ligação encerrada ecoou pelo aparelho. Me deixando intrigado e irritado com os mesmo, levando em conta o tempo que demorariam a chegar.

--- Você é muito respeitado pela sua equipe. --- Jaehyun brincou e abaixei o celular, lhe lançando um olhar raivoso. --- Fica calmo, Lee Taeyong é muito esquentadinho. --- Ele estava provocando meu ego e não poderia dizer que conseguiria me segurar, devido a expressão debochada em seu rosto. O sorriso ladino e a sobrancelha arqueada que desafiava minha paciência.

Ergui meu punho fechado pronto para acertar seu rosto e ele passou sua mão pela minha cintura, fazendo com que caísse na cama arrumada com lençóis claros por ter embolado meu pulso algemado. Seus truques conseguiam ser mais baratos do que uma bala, me debatia para o mesmo sair de cima do meu corpo e soltar minhas mãos, mas ele parecia estar se divertindo ao ver que estava conseguindo me irritar.

--- Sinceramente, como se tornou um policial, lutando assim? --- Ele riu e continuei tentando o tirar de cima do meu corpo.

--- Saia agora de cima, está machucando minha barriga. --- Reclamei e ele assoprou os fios que haviam caído em meus olhos. --- Qual é o seu problema comigo? --- Franzi o cenho e ele fingiu pensar, se ajeitando em cima de mim para provocar.

--- Eu tenho tantos. --- Revirei meus olhos. --- Poderíamos apenas fingir que você está cuidando de mim, ambos sairemos ganhando. Não precisaria ficar o dia inteiro comigo e vice-versa. --- Queria concordar e fazermos um acordo, mas levo a sério minhas responsabilidades. E essa era uma das grandes, sendo que foi dada diretamente pelo Capitão Qiao.

--- Tenho uma idéia melhor. --- Seus olhos castanhos transmitiam curiosidade, e devo dizer que os meus demonstravam ódio profundo. --- Saia de cima de mim, antes que eu chute seu reprodutor. --- Rosnei e ele permaneceu rindo de minha cara, hoje Jaehyun havia tirado o dia para me perturbar, utilizados todas as maneiras possíveis.

Ouço o barulho de minha porta com falta de óleo ecoar alto e ambos olhamos para a mesma, tendo a visão de Kai com seus olhos arregalados e sua boca aberta. Empurrei Jaehyun com minha perna e ele caiu para o lado, olhei para o mesmo dizendo entre dentes, praticamente lhe xingando com todos os palavrões existentes.

--- Ouvi alguns barulhos e achei melhor...vir conferir. --- Meu pai disse e seu olhar parou diretamente na algema, fazendo com que me apressasse para falar.

--- Não é isso que você está pensando, pai. --- Engoli seco sentindo minhas bochechas esquentarem pelo constrangimento, e ele apenas riu.

--- Esqueci minha chave, mas já a encontrei. --- Ergueu sua chave, assenti batendo sutilmente em Jaehyun que estava pousando sua mão em minha cintura. --- Espero que se divirtam. --- Ele piscou malicioso e voltou a fechar a porta de madeira, o mesmo havia desaparecido e sequer conseguia ouvir seus passos silenciosos.

Passei a mão por meus cabelos frustrado e irritado, tudo de ruim tinha apenas um nome e sobrenome. Jung Jaehyun.

Ele estava sorrindo e insinuando que iria gemer alto, cobri sua boca antes que fizesse essa vergonha na presença do meu pai. O mesmo preferia que isso realmente acontecesse, meus pais tentam fazer com que eu namore faz anos e acreditem, já conheci tantas pessoas esquisitas com fetiches estranhos.

--- Ele é bonito. --- Jaehyun sorriu malicioso e arregalei meus olhos desacreditado, dando um tapa em seu braço.

--- Tenha respeito, ele é meu pai. --- Falei como se fosse óbvio e ele revirou os olhos, apertando minhas bochechas, sorrindo apesar de ter apanhado novamente para retirar as mãos de meu rosto.

--- Eu sou respeitoso, mas não sou cego. --- Arqueei a sobrancelha lembrando do que ele fez minutos atrás, e ele coçou sua nuca rindo fraco. --- sou assim com você, apenas uma exceção. Deveria ficar lisonjeado. --- Ele se aproximou do meu rosto e revirei os olhos.

--- Preferia estar limpando o canil dos cachorros. --- Bufei. --- O que eu fiz, pra merecer tamanha crueldade? --- Olhei para o teto de meu quarto e suspirei derrotado, vendo o mesmo me olhar com deboche.

--- Aceitou se tornar policial, se é que isso responde sua pergunta. --- Ele sorriu de lado e deitou-se igual a mim na cama de casal, o olhei de canto e seus olhos se mantinham no teto. Sequer conseguia imaginar que estaria com Jaehyun em meu quarto, e devo dizer que na pior das situações.

Não havia ouvido o som da porta sendo aberta, a qual indicaria que meu pai voltou ao seu trabalho, após pegar suas chaves. Possivelmente, Kai havia ligado para Baek e ele estava a caminho de casa, não conseguia conter minha frustração pela situação. Isso era ruim de todos os jeitos possíveis, além que Doyoung também está a caminho e bem, ele e Baekhyun não se davam muito bem. Bagunçei meus cabelos suspirando e Jaehyun cruzou seus braços, puxando meu pulso para seu lado.

Aqueles estavam sendo os dez minutos mais longos da minha vida, pensando bem, parecia que demoraria uma eternidade para a chegada dos garotos. Esse havia sido um dia pior do que o anterior, tudo se resumindo ao loiro que brincava com meu abajur. Devo dizer que não demorou muito para destruir o mesmo, após derrubar sem querer no chão e espalhar os pedaços da lâmpada pelo piso.

--- Você vai limpar isso. --- Apontei para o chão e ele riu, negando com sua cabeça e irritando cada vez mais meu interior.

--- Por que diabos puxou a mão? Caiu por sua culpa. --- Ele ergueu seu braço algemado e pegou o restante do abajur, o deixando sob o criado.

--- Porque estava mexendo em algo que não é da sua conta. --- Rosnei e nossos olhares trocaram faíscas de raiva, Jaehyun parecia tão irritado quanto eu, sendo que isso foi culpa do próprio.

Me levantei puxando o maior comigo para irmos de encontro com os garotos, apesar de não ter a mínima idéia de onde estavam, não aguentaria mais um minuto ao lado do loiro. Isso conseguia ser pior do que quando íamos em acampamentos para família, Baek gostava muito de fazer essas coisas, por mais que eu detestasse.

Os meninos haviam parado para conversar com meu pai em nossa cozinha, enquanto o mesmo preparava um café da manhã. Arqueei minha sobrancelha ao vê-los por ali e sem sequer terem a decência de irem me chamar, devo dizer que Hyuck segurava sua barriga se contorcendo de tanto rir ao nos ver descer a escada.

--- Para de me puxar. --- Jaehyun reclamou e puxou seu pulso, atraindo a atenção dos demais que tentaram controlar suas risadas. --- Quem são esses idiotas? --- Ele sussurou para mim e neguei com a cabeça, sério, o que fiz pra merecer isso?!

--- Esses "idiotas" são o meu esquadrão. --- Falei irritado, e Kai acenou para mim. Virando uma de suas panquecas e impressionando Mark, o qual batia palmas freneticamente. --- Doyoung, a chave. --- Ele gargalhou e estava sendo esmurrado por Hyuck que com toda certeza, pararia no hospital. O rosto avermelhado e as lágrimas escorrendo por suas bochechas davam ênfase nisso.

--- Filho, achei melhor deixar vocês a sós. --- Arqueei a sobrancelha e ele prosseguiu. --- Me ofereci para fazer o café deles. --- Suspirei e fiz gestos para Doyoung andar depressa, o loiro parecia ter começado a se divertir pela malícia de meu pai.

Doyoung caminhou lentamente em nossa direção e pegou sua chave, encaixando na algema e finalmente me libertando dessa tortura. Guardei a mesma em seu devido lugar, massageando meu pulso que estava avermelhado por conta do aperto desse objeto prateado. Tendo de ouvir as piadas constantes de Hyuck, acabei revirando meus olhos ao ver Jaehyun pegar um pão e deixar entre os lábios, piscando para mim de forma descarada.

--- Nunca mais pegue minhas coisas escondido. --- Ordenei irritado e puxei um dos bancos para sentar, vendo o mesmo rir e erguer a minha pistola. A balançando de um lado para o outro, caminhei apressado retirando de suas mãos sujas de manteiga. --- Sinceramente, eu não gosto de você. --- Deixei a arma em meu coldre na cintura, e minha expressão foi tomada por desgosto.

--- Depois, eu que sou um péssimo policial. --- Revirei os olhos para Doyoung que ria pegando uma das panquecas e despejando mel em cima da mesma. --- Você deveria treinar mais, assim não poderá ficar algemado com um criminoso. --- Hyuck riu alto e lhe dei um peteleco, o fazendo olhar feio para mim. Desviei meu olhar para o loiro que retirava algo de seu bolso, em seguida ecoando o barulho de chaves, a qual tinha um chaveiro da Ariana Grande.

--- Você deveria cuidar melhor de suas coisas, pode acabar sendo roubado durante o combate. --- Jaehyun arremessou a chave em direção a Doyoung, a mesma acabou caindo na panqueca com mel e ficando totalmente melada. Kim estava desacreditado no que havia ocorrido e tentava limpar suas chaves com um guardanapo.

Jaehyun piscou em minha direção, deixando um sorriso em seus lábios. Não consegui conter meu riso ao ver que as palavras de Doyoung, acabaram sendo usadas contra si mesmo, e ele ergueu seu olhar para mim impressionado com a ação do loiro.

--- Mais que mão leve. --- Ele pegou um pano para limpar suas chaves, e devo dizer que aquilo não adiantou. Apesar de ter sido terrível ficar preso com o loiro, pude ter um ótimo café da manhã, irônico não?!

--- Chega de trabalho, sejam pessoas comuns por agora. --- Meu pai apontou para nós com sua espátula, e direcionado meu olhar para sua panqueca que estava começando a queimar. --- Droga. --- Rimos de sua careta ao virar a panqueca que estava queimada por baixo, sendo impossível de se comer, a não ser que queira ter uma dor de barriga.

--- Não precisa fazer um banquete, isso já é mais do que o suficiente. --- Os demais concordaram com suas bocas cheias e ele assentiu, logo parecendo se recordar de algo estalando seus dedos em minha direção.

--- Baek está chegando junto com Taeyeon. --- Arregalei meus olhos e Doyoung engasgou com seu café, Hyuck massageiou suas costas para ajudar o mesmo a parar de tossir.

--- A Taeyeon não estava viajando com suas amigas? Pensei que demoraria mais pra voltar do que menos de três meses. --- Dei um gole no café e ele pareceu ficar pensativo, logo tendo uma expressão confusa. Eu conhecia bem a peça que era minha irmã, e creio que algo tenha dado errado essa viagem.

--- Acho melhor irmos para a delegacia, você vem Taeyong? --- Doyoung forçou um sorriso para mim, ao se levantar ajeitando o uniforme amassado. Acabou por receber o olhar desconfiado de Hyuck. Abaixei minha caneca e em sua testa parecia escorrer suor.

--- Por que está tão nervoso? --- Hyuck se levantou analisando o rosto do maior, tendo um sorriso forçado em seu corpo petrificado. Eu conhecia Doyoung, e nitidamente conseguia notar sua mentira pela inquietação de suas mãos.

--- N-não estou nervoso, vamos logo. --- Ele empurrou Hyuck e puxou a jaqueta de Mark, o qual choramingou por não acabar sua panqueca. Jaehyun se divertia conversando com meu pai e devo dizer que isso me assustava, ainda mais por não saber do que se tratava aquela conversa.

Quando Doyoung abriu a porta se assustou ao ver Baekhyun procurando a chave em sua bolsa, chamei sutilmente Kai para ir intervir as faíscas que saiam dos olhos de Baek, após ver o moreno que engolia seco parado na porta. Taeyeon apareceu na mesma, empurrando os garotos para poder entrar, e como sempre reclamando do peso de sua mala.

--- Yong-ie. --- Fiz careta ouvindo o apelido horrível que ela havia me dado, Jaehyun começou a gargalhar atrás de mim, apesar de estar com sua boca cheia e tendo suas mãos ocupadas pelos lanches. --- Há quanto tempo.

Ela passou seus braços finos pelo meu corpo, me abraçando de maneira forte e diria que até mesmo bruta. Tinha certeza que Taeyeon aprendeu isso com Baek, sentindo-me sufocado deixei tapinhas em suas costas e ela se distanciou. Mantendo seu enorme sorriso e crescendo ainda mais por ver o loiro, seus olhos mudaram para malícia e a mesma voltou seu olhar para mim. Fazendo gestos que preferia não ter visto, os quais até mesmo causavam ânsia em meu ser.

--- Quem é o gatinho que está com a boca toda suja de mel? Um pretendente? --- Ela sussurou tentando ver Jaehyun, fiz o favor de impedi-la. Usando minha silhueta como barreira e recebendo seu olhar frustrado, sendo formado um pequeno bico em seus lábios rosados e cruzando os braços para mim.

--- Não é ninguém de importante, e.. --- O mesmo parou do meu lado, sorrindo para minha irmã e tendo seu olhar sarcástico em mim. Neguei com cabeça lhe xingando, prevendo qual seria seu próximo movimento.

--- Prazer, eu sou Jaehyun. --- Ele estendeu a mão e Taeyeon não hesitou em apertar, bati em ambas mãos para se soltarem. Sinceramente, voltamos a ter quantos anos? Cinco?! --- Namorado do Taeyong. --- Engasguei com suas palavras, recebendo o olhar de todos presentes. A Taeyeon parecia surpresa e cutucava meu braço, querendo mais informações de algo que nem mesmo eu sabia.

--- Nós não estamos.. --- Ele cobriu minha boca e não estava acreditando na ousadia do loiro, Hyuck fechou a porta e puxou um dos bancos, sentando para poder assistir de camarote.

--- Ele é bastante tímido, vocês sabem...--- Mordi sua mão atrapalhando o discurso comovente, mantendo minha cara feia e o vendo me xingar, enquanto apertava sua palma.

--- A gente não namora, não se iludam. --- Disse exclusivamente para meus pais que fizeram um bico, haviam comemorado cedo demais. Baekhyun parecia ter notado minha vestimenta e me olhou dos pés a cabeça, soltando um longo suspiro.

--- Você está uniformizado em casa?! --- Engoli seco ao receber o olhar irritado de Baek e seu tom soar desgostoso, ele cruzou seus braços, ao deixar sua bolsa no suporte. Isso parecia um afronto a sua autoridade, por mais que não fosse minha intenção.

Os meninos se curvaram para ambos e saíram rápido usando a delegacia como uma desculpa, apesar de Hyuck querer ficar para assistir a discussão, o mesmo amava qualquer coisa que resultasse em barraco. Não tive tempo para acompanhá-los e me livra da bronca que iria receber.

Taeyeon pediu a ajuda de Kai para subir com sua malas gigantes e extremamente pesadas, todos sabiam o que viria a seguir, novamente seria repreendido pelo meu trabalho. Algo que era rotineiro.

--- Preciso que saia. --- Falei entre dentes e recebi o olhar intrigado, o mesmo não parecia estar entendendo a situação. Empurrei as costas de Jaehyun, que havia pego uma torrada e tentava impedir com seus pés a sua retirada. --- Te encontro no carro. --- Isso soou mais como uma ordem do que um pedido, o maior revirou os olhos por estar do lado de fora.

--- Eu não sei onde esse carro tá. --- Ele mordeu sua torrada, sujando o canto de sua boca. Bufei irritado e segurei a maçaneta.

--- Se vira. --- Fechei a porta em sua cara perplexa e o ouvindo me xingar, enquanto descia pelos pequenos degraus.

Isso seria uma conversa em tanto, tirando o fato de que Baek não parecia estar tendo um bom dia, visto que sua blusa branca tinha uma enorme mancha escura no meio. Após me sentar no banco confortável, ele começou sua repreensão longa e dura comigo. Meu pai odiava quando quebravam as regras, e odiava ainda mais quando eu fazia isso.

Taeyeon parecia ter conseguido prender Kai em seu quarto, provavelmente contando sobre alguma coleção de roupa, a qual conheceu durante a viagem que fez na França, sem contar nas variadas danças, as quais ele era fascinado.

--- Isso é muito injusto. --- Falei para mim mesmo de braços cruzados, deixando um biquinho se formar em meus lábios. Baek ficou em silêncio e arqueeiou a sobrancelha, parecia ter ouvido o que disse.

--- O que é injusto? --- Suas mãos pousaram na cintura e um sorriso sem graça surgiu em meu rosto, esperava que Kai aparecesse o mais rápido possível, assim para poder me ajudar.

--- Você está me repreendendo por estar fardado. --- Levantei pensativo andando de um lado para o outro, tentando encontrar uma justificativa, apesar de saber que iria ser repreendido, preferia compreender o motivo. --- Eu sei que não gosta do meu trabalho, mas essa discussão não tem sentido. --- Suspirei parando de andar e encarando meu pai, tendo seus olhos arregalados e fazendo me assustar, o mesmo estava começando a ficar pálido.

Ele se aproximou de mim e apontou para minha calça, tendo uma mancha de sangue, exclusivamente de Heechul, sequer havia percebido que estava com isso. Devido a falta de responsabilidade dos meninos, um dos novatos, creio que seu nome seja Jaemin. Estava brincando com sua arma e acabou disparando ela na perna de Heechul, um senhor que passa a maior parte de seu tempo sentado em frente ao computador, isso quando não adormece durante o serviço.

Por sorte, não aconteceu nada demais e somente pegou de raspão, mas deve ter acabado sujando minha roupa quando fui levá-lo ao hospital. Heechul pensou que iria em uma praia naquele dia, e teve a brilhante idéia de ir com um short. Algo que não fazia sentido, pois estávamos no inverno e fazia um tremendo frio.

--- Isso não é meu. --- Falei rápido e negando com as mãos, Baek passou a mão pelos cabelos negros e lançou aquele olhar, o que causava pânico desde que sou criança.

--- E se fosse? --- Fiquei em silêncio. --- Taeyong, eu tento suportar o fato de que meu filho escolheu uma das profissões mais perigosas, por não querer ser um médico que também salva vidas. --- Isso fazia sentido, mas ser policial era completamente diferente. Eu poderia salvar alguém, antes que acontecesse o acidente. --- Estaria em segurança e sem contato com essas armas, e sei lá o que vocês usam.

--- O cassetete é o menos ofensivo, se é que posso dizer. --- Ele revirou seus olhos e forcei um sorriso, acho que minha tentativa de descontrair essa conversa não havia funcionado.

--- Não é hora para fazer piada. --- Assenti frustrado, encarando o chão. --- Quero que largue esse emprego. --- O olhei assustado com seu tom autoritário, ele nunca havia dito nada assim, apenas insinuava. --- Aturei isso por tempo demais, não posso arriscar te perder.

--- Você sabe que não vou fazer isso. --- Pude vê-lo revirar seus olhos irritado e suspirar frustrado. Não trabalhei duro esse tempo todo, para agora desistir. --- Pai, tente entender meu lado. --- Suspirei retirando os fios que insistiam em cair nos meus olhos.

--- Não vai?! --- Neguei com a cabeça e ele soltou um "Tudo bem". Achei estranho, mas logo foi justificado seu suspiro. --- Você não entra nessa casa, enquanto não deixar esse emprego. --- Isso soava como uma ordem e sem qualquer chance de reversão, estava incrédulo com sua ação repentina.

--- Esperava que você fosse maior do que seus próprios medos. --- Suspirei falando para mim mesmo. --- Pai, esse emprego é tão importante pra mim, quanto sou pra você. A gente já conversou sobre isso. --- Me aproximei do mesmo que desviou seu olhar, ainda estando aborrecido comigo.

--- Eu não voltarei atrás. --- Ele elevou sua voz. --- Ou escolhe seu emprego dos "sonhos". --- Fez aspas com seus dedos debochando. --- Ou escolhe essa família. --- Aquilo era a maior injustiça que havia ouvido e olha que passo o dia lendo cartas de testemunhas, tendo as mais variadas situações.

Fiquei sem reação encarando seu rosto e o mesmo ignorava minha presença, se virando para pegar sua bolsa e retirar seus documentos. Se preparando para subir as escadas, isso havia me chateado, estava com o sentimento de decepção e frustração. O mesmo não esperava a resposta, por ter certeza de qual seria, a família.

--- Tudo bem. --- Isso atraiu sua atenção, por mais que tentasse não deixar transparecer. Baek tinha dificuldade em ser duro, sem demonstrar seus sentimentos, parecia mais como uma mãe querendo abraçar seu filho, enquanto o repreende. --- Eu escolho...o meu esquadrão. --- Os olhos castanhos pareciam em choque e seu rosto mostrava sua surpresa.

--- E-eu te proíbo. --- A voz falhou pelo pânico que sentiu. --- Você não vai! --- Ele disse alto descendo os degraus que subiu, parando em minha frente.

Tentando pegar meu distintivo da roupa e aquilo se parecia mais com um estado de negação. Para falar a verdade, nunca havia visto Baek nesse estado.

--- Para. --- Tentava esquivar e proteger o objeto de suas mãos. --- PARA. --- Gritei e ele lentamente se afastou assustado, eu nunca havia gritado com meu pai e devo dizer que isso também, me assustava. --- Só...para. --- Disse pausadamente. --- Eu não sou mais uma criança, e sequer sei por que você está agindo assim....

--- Porque eu te amo, é por isso. --- Ele gritou com os olhos marejados, me interrompendo e gesticulando com as mãos, não conseguindo dizer nada por mais que quisesse.

Não demorou muito para Kai aparecer ofegante no topo da escada e descer de maneira rápida para descobrir o que estava acontecendo, Taeyeon tinha uma expressão confusa. A mesma por passar tanto tempo fora, nunca soube do conflito que meu pai tinha em relação ao meu trabalho.

--- Não é o que parece...--- Meus olhos embargaram e minha voz saiu baixa. --- Sinceramente, meu pai podia não gostar, mas...nunca tentou tirar isso a força de mim. --- Passei a mão pelo meu rosto para não deixar em evidência a lágrima que insistia em descer, e forcei um sorriso, sentindo o choro preso em minha garganta.

Eles sempre apoiavam minhas decisões e essa reação que meu pai teve, fazia meu coração se comprimir. Por parecer que era culpa minha, seu rosto estar pálido e ter surgido olheiras embaixo de seus olhos brilhantes, a ponta do nariz rosada e suas bochechas estarem úmidas. Sua preocupação comigo havia causado isso, aquilo me fazia sentir como a pior pessoa do mundo, e bem...isso doía.

Antes de passar pela porta para ir de encontro com Jaehyun, pude ouvir o som do choro alto de Baek e aquilo conseguia me destruir de todas as maneiras possíveis. Tentei segurar minhas lágrimas, mas o vento frio e o tempo nublado pareciam enfatizar o quanto a situação estava ruim, e sem sequer perceber havia começado a chorar como uma criança que perdeu seu pirulito.

As coisas não pareciam que seriam tão difíceis quando era mais novo, por que precisamos crescer e ganhar responsabilidade de coisas que não estão sob nosso controle?!

                                           (...)

As ruas estavam bastante movimentadas e havia parado de chorar por receber o olhar de várias pessoas desconhecidas, algo que me incomodava, por parecer demonstrar fraqueza diante delas. Esperava que meu rosto não estivesse avermelhado e aproveitei para olhar através do retrovisor de um carro antigo estacionado em frente a uma casa de festa, para minha sorte não havia nada de diferente.

Brincava com a chave do meu carro, quase chegando aonde o mesmo estava estacionado. A última coisa que esperava ver, era o loiro com fones de ouvido deitado no capô da minha caranga. Fui em sua direção pisando duro estando irritado pela sua ação, aquilo poderia danificar meu carro e duvido muito que ele pagaria alguma coisa, não gastava nem com uma bala.

--- O que diabos você está fazendo? --- Ele abriu seus olhos e se assustou ao me ver, quase caindo no asfalto ao se levantar de maneira desajeitada. Fui depressa conferir se havia amassado o capô, era uma das peças mais delicadas de um carro, qualquer coisa amassaria a lataria e danificaria sua pintura.

--- Não posso entrar sem as chaves, e por aqui não tem bancos. --- Ele tirou os fone do ouvido e brincava com os mesmos, o rodando em sua mão.

--- E achou conveniente deitar no meu carro?! --- O lancei um olhar irritado e ele assentiu sorrindo, soltei um sorriso desacreditado. --- Faz isso mais uma vez, e eu quebro sua cara.

--- Está me ameaçando, Lee Taeyong? --- Ele brincou com a língua entre seus dentes, e revirei meus olhos para o maior. Estava tendo um dia péssimo e Jaehyun conseguia piorar, eu devo ter feito algo na vida passada e estou pagando na atual.

--- Ameaça não, diria que um aviso. --- Destranquei o carro e adentrei o mesmo, agradecendo por estacionar em um lugar com sombra. Se não, isso estaria pegando fogo, bem como um enorme forno.

Jaehyun estava com seus pés no painel e aquilo estava me irritando, o mesmo percebeu meu olhar e abaixou as pernas forçando um sorriso, enquanto limpava onde sujou com seu tênis. Pra falar a verdade, não estávamos indo a um lugar específico e sequer tinha algum para ir, fui removido de todos os casos até segunda ordem. O Capitão distribuiu os meus pelo esquadrão e assim, deixando os policiais --- um pouco, só um pouco --- estressados comigo.

Sendo assim, apenas passávamos pelas ruas gastando a gasolina que coloquei recentemente, o loiro batucava em sua perna e observava pela janela, escutando alguma de suas músicas. Ao que pude ouvir pelo volume alto, parecia algum pop, como os que Doyoung costumava escutar.

--- Você não aparenta estar bem. --- Jaehyun se pronunciou, retirando os fones e me olhando pensativo. --- Faz horas que estamos juntos, e não ouvi alguma ofensa sobre meu cabelo. --- Revirei meus olhos e apertei o volante, se ele soubesse o quanto lhe insultei mentalmente, não diria isso.

--- Faz dez minutos. --- Disse simplista e o loiro bufou. --- Acredite, se fossem horas, eu já teria te matado. --- Direcionei meu olhar para ele, após estacionar o carro em frente a uma sorveteria que abriu recentemente. A mesma parecia ter atraído sua atenção e ele se virou animado para mim. --- Não gosto quando faz essa cara, parece um psicopata. --- Fiz careta e o loiro mostrou sua língua.

--- Já começou a me ofender, acho que foi apenas um equívoco da minha parte. --- Ele abriu a porta do carro e caminhou para dentro da sorveteria, o chamei e fui ignorado pelo próprio.

Bufei irritado e lhe acompanhei, apesar de não estar nada satisfeito, ter de vigiar ele por ordens dos meus superiores, era tão inconveniente e estressante. Quem imaginaria que no fim das contas, eu me tornaria a babá de um adulto.

Acabei sendo recebido por uma senhora sorridente que entregou um papel com os pedidos da loja. Retribui com um pequeno e abaixei a cabeça lhe agradecendo, por mais que não fosse comprar nada. Jaehyun parecia estar familiarizado com a sorveteria e com os funcionários, arqueei minha sobrancelha ao vê-lo conversar com uma jovem garota de avental colorido.

Ela sorria com qualquer coisa que o loiro dizia e colocava uma mecha atrás de sua orelha, uma ação nítida quando se gosta de alguém, mas isso não era da minha conta e muito menos do meu interesse.

A sorveteria tinha os bancos e mesas limpas, ao ponto de estarem brilhando, sendo todas coloridas em tons pastéis. Também havia pôsteres de desenhos populares para crianças, aquilo me causava uma imensa nostalgia, costumava voltar correndo do colégio só para poder assistir a sequência de Dragon Ball.

--- Você não parece estar muito bem, querido. --- Me assustei com a aparição repentina da senhora, a qual analisava cada parte do meu rosto. Massageei meu peito sorrindo fraco para ela, não sabia que estava tão nítido minha frustração.

--- Estou bem, deve ser apenas impressão sua. --- Seu olhar desconfiado cresceu, mas um sorriso se formou nos lábios. Seus olhos estavam brilhando e ela colocou a mão no bolso do avental.

--- Não conte para Tzuyu... --- Desviei meu olhar para a menina de avental que gargalhava, quando Jaehyun sujou a ponta de seu nariz com o sorvete. Creio que ela seja a dita "Tzuyu". --- Ela fica com raiva, quando dou o sorvete de graça. --- A senhora esticou um picolé para mim e bateu em meu braço para pegar depressa, antes que a jovem se virasse.

--- Eu não posso aceitar. --- Neguei e ela abriu a embalagem, colocando em minha boca. Tendo seu semblante satisfeito por ter conseguido, sorri fraco e sentia meus dentes ficarem sensíveis, algo que me fez fazer uma careta. --- Obrigado...pelo picolé.

--- Os amigos de Jae sempre costumavam ser bagunceiros, chegavam em minha casa como um furacão. --- Ela cruzou os braços olhando para o loiro, o qual havia se atrapalhado com os guardanapos. Por eles terem grudado em seus dedos melados.

--- Sério? Nunca imaginei. --- Disse irônico pegando um pedaço do picolé de uva, era impossível ele ter amigos decentes.

--- Como não? Ainda não conheceu a peste que ele é?! --- Ri de seu comentário. --- Você riu, e dessa vez foi de verdade. --- Ela se aproximou e abaixei um pouco para ficarmos na mesma altura. --- Jaehyun pode parecer uma criança, por passar a maior parte do tempo brincando. Mas, parece ter algo diferente nele, e posso dizer que tem haver com um moreno que acabei de conhecer. --- Meus olhos se arregalaram e ela sorriu, apertando minha bochecha antes de ir em direção ao balcão.

Queria entender o do porque todos insinuam que temos uma relação, eu prefiro mudar de nome do que deixar isso acontecer.

Jaehyun estava me encarando e parecia estar em outro mundo, visto que a garota o chamava, mas ele sequer respondia. Foi necessário jogar um gelo dentro de sua roupa, para trazê-lo de volta a realidade. Ri baixo ao ver o mesmo se levantar em um pulo para retirar o pequeno cubo de gelo.

--- Você não deveria ir sentar com eles? --- Um jovem chamou minha atenção, por estar encarando eles de longe. Estando sentado em um banquinho, enquanto acabava com o picolé de uva.

--- Eu não sou amigo deles, logo não vejo necessidade em me juntar. --- Falei com desdém e apoiei meus braços no balcão, vendo a senhora acenar sorrindo para mim, enquanto atendia os clientes.

--- Normalmente, é assim que se faz amigos. --- Ele riu assoprado, e revirei meus olhos. Estava sendo repreendido por um adolescente, a que ponto cheguei?!

--- Você sabe que a vida pessoal dos clientes, não são da sua conta, ...? --- Encarei seu crachá tentando ler o nome no pequeno objeto prateado. --- Sung..chan..

--- Deveria parar de encarar, isso não é algo muito bonito. Além de ser estranho. --- Ele começou a preparar um milkshake de morango, e suspirei. --- Qual o problema? é familiar? No namoro?...Ou em sua vida sexual? --- Engasguei com o pedaço do picolé e arregalei meus olhos, com certeza isso era a última coisa que esperava ouvir dele.

--- Quantos anos você tem? --- Ele riu deixando o milkshake na bancada, e uma mulher apareceu ao meu lado para pegar seu pedido. Ela agradeceu ao garoto e voltou a se sentar, fazendo um sinal de ligação para o mesmo. --- Ai...--- Acabei mordendo sem querer o picolé, por ver seu ato repentino.

--- Quantos anos aparento ter? --- O moreno se debruçou na bancada próximo ao meu rosto, e me afastei desconfiado.

--- Com certeza, não é de maior. --- Ele fez uma expressão pensativa, logo sorrindo para mim. Dei um peteleco em sua testa e sua mão pousou no local, esperava que tivesse doído.

Jaehyun não demorou muito a aparecer empurrando o rosto do moreno, estando com seu semblante sério e a garota nos encarava intrigada. Forcei um sorriso para ela que retribuiu sem mostrar seus dentes, erguendo um pouco de sua mão para acenar.

--- Ele tem 17 anos, e você é bem mais velho. Idade para ser pai dele. --- Ele apontou para mim, e cruzou seus braços. --- Exagerei? --- Assenti irritado e o picolé estava começando a derreter em minha mão. Peguei alguns papéis para poder limpar meus dedos.

--- A gente é obrigado a conviver junto, mas eu não gosto de você. --- Sungchan se pronunciou ainda com sua testa avermelhada pelo peteleco, deixando um biquinho nos lábios. Ambos estávamos nessa situação deplorável que era tolerar Jung Jaehyun.

--- Tem uma pessoa que sempre diz isso. --- Ele me encarou e revirei meus olhos. Jaehyun deveria saber o quanto é insuportável, ainda mais quando se tinha de passar o dia ao seu lado.

--- É, sou eu, a pessoa que sempre diz a verdade. --- Debochei e o loiro mostrou sua língua, conseguindo parecer mais ainda uma criança birrenta.

--- Volta a conversar com a Tzuyu, e deixa a gente em paz. --- O mais novo disse e Jaehyun demonstrava insatisfação pelo modo como ele se comportava, não tendo o mínimo de respeito pelo seu hyung. Para minha infelicidade, meu picolé havia acabado e apenas deixei o palito entre os dentes, Doyoung tinha razão quando dizia que minha barriga era um buraco sem fim.

A garota de cabelos curtos surgiu retirando seu avental e o deixando pelo balcão, assustando Jaehyun que pôs a mão em seu coração resmungando pelo susto que levou. Sungchan revirava seus olhos e caminhava em direção a senhora, provavelmente não aguentava mais a presença do maior, e devo dizer que quase pedi para ir junto.

--- Aonde vai? --- Ele arqueeiou sua sobrancelha, e a garota sorriu pequeno ajeitando seus cabelos. --- Seu expediente já terminou? --- Seus olhos demonstravam confusão e fez questão de conferir as horas em seu celular.

Sentia que logo meus dedos queimariam por conta da vela que segurava, olhando de canto ambos sorrindo um para o outro e sendo de certa forma, afetuosos. Ok, isso não é nem um pouco da minha conta, mas era impossível não ouvir a conversa que aconteceria ao meu lado, por mais que eu tentasse.

--- Tenho que ir encontrar minhas amigas, temos de fazer um trabalho juntas. --- Ele assentiu tendo um enorme sorriso no rosto, quando foi que Jaehyun ficou tão...bobo?! --- Advinha quem chegou? --- Ela sorriu acenando para alguém e virei meu rosto, vendo uma mulher de mais ou menos 34 anos, adentrar a sorveteria.

Em seu ombro havia uma mochila rosa infantil, seu vestido era longo e azulado. Os cabelos enormes estavam soltos, acompanhado de um laço branco, ela era muito bonita e conseguiu atrair a atenção de todos presentes.

--- Noona. --- Jaehyun sorriu surpreso e uma garotinha abraçou suas pernas, a qual estava sorrindo apresentando a falta de seus dentinhos. --- Você cresceu muito, está quase do meu tamanho. --- Ele se abaixou e a mesma comemorou, zombando dele.

Ela pareceu surpresa ao me ver e forcei um sorriso, pensava que era bom com crianças, mas vejo que sou péssimo. A garota se aproximou mais ainda de Jaehyun, tendo seus olhos grandes e curiosos em mim.

--- É seu namorado? --- Ela disse baixo, mas pude ouvir. Jaehyun nos entreolhou e neguei com minha cabeça, seu sorriso sacana não parecia ser algo bom.

--- Ainda não. --- Sussurou de volta para a menor que sorriu de orelha a orelha, apertando a barra de seu moletom.

--- Devo dizer que nunca. --- Disse para mim mesmo e ele brincou com a língua entre seus dentes, enquanto me encarava.

A pequena não demorou muito para segurar minha mão e começar a me puxar consigo, olhei para trás surpreso e Jaehyun havia se levantando. Soltando um sorriso que fazia suas covinhas aparecerem e seus olhos diminuírem, a senhora acenava se despedindo de mim e retribui com um aceno menor. Apesar de não ter a mínima idéia de onde a menina estava me levando.

--- Existe uma frase popular, Taeyong. --- Jaehyun disse próximo a mim e encarando a garota com traças em seu cabelo curto. --- Nunca diga nunca. --- Ele sussurou para mim e correu antes que pudesse lhe responder, pegando a menor em seus braços. Saindo com a mesma que soltava uma risada alta e gostosa de se ouvir.

Os dois realmente pareciam uma família, pensaria que eram pai e filha se não os conhecesse. Jaehyun a  balançava no balanço levemente, por mais que ela estivesse emburrada querendo ir mais alto, cruzando os pequenos braços e formando um biquinho em seus lábios. Estava sentado no topo de um escorregador e os observava de longe, mantendo a concentração em meu aparelho.

Conferia meu celular a cada minuto, e me sentia frustrado por não haver nenhuma mensagem nova. Também estando sem notícias do esquadrão, era terrível não estar presente na delegacia e saber que Dong era responsável, enquanto o Capitão e o Tenente estavam fora, não me deixava nada confiante. Já quase incendiaram a delegacia quando estiveram sob o comando do mesmo.

--- Quando que você vai descer? --- Me assustei ao ouvir a voz do loiro que deixou as mãos em sua cintura, estando parado no final do escorregador.

--- Eu não pretendo descer. --- Guardei o celular em meu bolso e ajeitei o uniforme que estava amassado, parecendo mais com uma fantasia do que um policial de verdade. Isso era humilhante, deveria estar solucionando um caso de homicídio e não sentando em um parquinho infantil.

--- Existe bancos por aqui, sabia? --- Ele olhou para os lados e suspirei, deixando minhas mãos em meu colo, tentando manter o restante da paciência.

--- Tem mais de cinco escorregadores. --- O loiro riu e apontou para trás de mim, virei minha cabeça para ver o que apontava. Me assustando ao ver repentinamente, Hae parada e fazendo uma careta, puxando suas bochechas e mostrando sua língua.

Meu corpo se desequilibrou e comecei a descer pelo escorregador metálico, caindo sentado no chão que tinha um gramado baixo. Jaehyun gargalhava e ficava vermelho como um pimentão. Segurando sua barriga, enquanto se contorcia. Hae lhe acompanhou e brincava com meus cabelos, sentada no final do brinquedo.

--- Estou patético. --- Limpei minha calça e mostrei um sorriso debochado para Jaehyun, erguendo meu corpo com a pequena que se pendurou em minhas costas. --- Vai continuar rindo? --- Revirei os olhos e segurei a menor pelas suas pernas, a fazendo abraçar meu pescoço e me encarar com seus olhos grandes.

--- Grr. --- Ela rosnou e eu a imitei, arrancando uma risada da própria. --- O seu é fofo. --- Hae disse sorrindo e apoiou seu queixo em minha cabeça, sorri fraco pelo seu tom fofo, tudo que ela dizia de forma inocente se tornava adorável.

--- Desculpa..--- Jaehyun limpou a lágrima de seu riso e sutilmente mostrei o dedo do meio para ele. O mesmo mandou um beijo para mim e revirei meus olhos. --- Já está ficando tarde, temos de levar essa filhotinha de tigre para casa. --- O loiro a pegou de minhas costas, apesar dela estar resmungando e insinuando que logo começaria a chorar.

--- Se você não chorar, eu te dou um pirulito. --- O semblante choroso desapareceu e ela sorriu esticando sua mão, retirei o doce da embalagem, a vendo apertar o palito e enfiar em sua boca. Jaehyun parecia estar desacreditado, por nunca imaginar que me daria bem com crianças. Para falar a verdade, nem eu esperava.

Quando era mais novo nunca fui de ter muitos amigos, além de que na escola passava pelas constantes intimidações, não pude ter a oportunidade de aprender a me socializar com as outras crianças. Creio que minha mente tenha guardado essas memórias em um lugar muito profundo, não consigo me recordar de todas as coisas, eram apenas alguns flashbacks.

Agradecia por isso, aquelas não eram boas memórias e preferia não me lembrar.

A pequena se despediu do maior dando um enorme sorriso, apesar da falta dos dentinhos da frente, acenando ao entrar com sua mãe. Estava apoiado em meu carro encarando a rua movimentada, devido ao horário, muitas pessoas estavam voltando de seus trabalhos. Acabei sendo surpreendido quando senti os pequenos braços em volta de minhas pernas. Esperava que fizesse isso com o loiro, não comigo.

--- Tchau Yon. --- Ela rosnou e soltou uma risada, ao fazer cosquinha em sua barriga. Isso era adorável de todas as formas possíveis, Hae não sabia pronunciar meu nome e preferia me chamar pelo apelido que inventou.

--- Vamos, sua avó precisa fechar a loja. --- A sua mãe disse e parei de afagar seus cabelos despenteados, erguendo meu olhar para a senhora sorridente que tinha os olhos fechados por conta de sua idade.

--- Muito obrigado pelo picolé. --- A senhora piscou e sorriu, voltando seu olhar insatisfeito para o loiro.

--- Estou esperando você se despedir. --- Ele riu e foi para perto da mesma, abraçando seu corpo sussurando algumas palavras, as quais tentei ouvir, mas acabei falhando. Vendo um sorriso se formar em seus lábios, enquanto o escutava.

--- Depois venho aqui, ajhumma. --- Ela assentiu acabando de fechar sua porta. E o loiro voltou com as mãos nos bolsos de sua calça preta, arqueei minha sobrancelha e ele forçou um sorriso. --- Por que está me encarando? --- Parou ao meu lado e permaneci lhe olhando desconfiado.

--- O que você disse? --- Cruzei meus braços e ele deixou tapinhas em meu ombro, o lancei um olhar mortal por isso.

--- Devemos ir, não é mesmo?! --- Não esperou minha resposta e abriu a porta do carro, adentrando com seu sorriso debochado. Pensei que estávamos progredindo, mas foi apenas um delírio meu.

O carro tinha um ar abafado e um cheiro de comida estragada, talvez agora tenha de levar em um lava jato. Jaehyun espirrava um perfume dentro do mesmo, fazendo com que meu nariz ardesse pela quantidade que foi jogada. Retirei o frasco de suas mãos lhe deixando no banco de trás, longe de seu alcance, ele só podia estar querendo me matar.

--- Isso cheira como lixo. --- O loiro cobriu seu nariz e abriu rapidamente o vidro com sua mão livre, revirei os olhos a procura do maldito lanche. Acabei encontrando um hambúrguer debaixo do banco, com sua embalagem danificada e a validade passada.

--- Agora parece quando uma pessoa está suada e prefere passar perfume, ao invés de ir tomar um banho. --- Reclamei irritado deixando o hambúrguer na parte de trás, descartaria quando chegássemos próximos a uma lixeira. --- Parabéns, gênio.

--- Vai me culpar pelo fedor do seu carro?! --- Seus olhos se arregalaram por estar aborrecido, e bufei tirando a mão da chave.

--- Por que você anda com um perfume? Ainda um dos baratos. --- Jaehyun começou a arrumar seu cabelo através do retrovisor, acabei espirrando pela minha alergia ter atacado, abrindo meu vidro para tentar livrar daquele cheiro rapidamente.

--- Gosto de me manter cheiroso. --- Arqueei a sobrancelha e ele me encarou, sinceramente, esse perfume não era nem um pouco agradável. --- Pra que serve isso? --- O loiro começou a apertar os botões embaixo do rádio e dei um tapa em sua mão, aquilo não era um brinquedo.

Era através daquele objeto que conseguia receber algum chamado da delegacia, todos os nossos carros costumavam ter.

--- Alguém na escuta, câmbio. --- A voz chiada de Dong ecoou pelo carro e segurei o aparelho, mantendo meu olhar irritado em Jaehyun que havia acionado alguma coisa.

--- O que diabos você fez? --- Ele ergueu os braços fazendo sinal que sequer sabia, a voz de Dong ecoou novamente pela falta de resposta. --- Taeyong na escuta. --- Franzi o cenho, meu celular vibrava em meu bolso e o peguei ainda mantendo minha concentração. Vendo em seu visor as diversas mensagens de Doyoung, parecia estar em pânico, mas não esclarecia qual era a situação.

Jaehyun começou a apertar os botões novamente e dei um tapa em seu braço, o mesmo revirou os olhos se ajeitando como uma criança emburrada.

--- Controle sua mão cheia de dedos. --- Falei irritado e ele debochou, imitando meu modo de falar, a atitude mais madura que esperava dele. --- Dong, câmbio. --- Chamei e um chiado ecoou, tendo partes cortadas pelo sinal estar horrível.

--- ...Venh....a...dele.....cia...desligo. --- Coloquei o aparelho em seu suporte e o som barulhento do motor, atraiu a atenção de algumas pessoas.

Acelerei o carro para chegarmos mais rápido e Jaehyun estava abraçando seu cinto com medo da velocidade que estávamos, mantendo seus olhos fechados, enquanto os cabelos voavam. Algumas vezes pude ouvir o mesmo gritar em pânico, e pensei que ficaria surdo.

--- Vai devag-ar...--- Ele parecia estar com ânsia e cobria sua boca, o olhei de canto e soltei um riso. Não acreditava que o garoto mal, detestava adrenalina. Aquilo era algo que nunca havia visto em todos os anos que trabalho.

--- Só não vomita no meu carro, isso já está ruim o suficiente. --- Supliquei.

Estávamos quase chegando na delegacia, a qual parecia estar em um tremendo caos lhe olhando de longe. Viaturas saindo com suas sirenes ligadas e policiais correndo do lado de fora, tive de adentrar aquela área com cuidado para não atingir ninguém. Tirei o cinto me virando para Jaehyun que tinha seu rosto pálido, e parecia estar se sentindo mal.

--- Me espere aqui. --- Disse como se fosse uma ordem para Jaehyun que revirou os olhos, aparentando ter melhorado.

--- Você não manda em mim. --- Suspirei por parecer que estava cuidando de uma criança, não poderia ter ficado com alguém mais maduro?!

--- Eu não posso te expulsar da minha vida, por mais que quisesse. --- Cruzei meus braços como se fosse o óbvio, e essa era a mais pura verdade, a qual até mesmo ele concordava. --- Sendo assim, tenho de me acostumar, sabe?! Como uma terrível e longa segunda feira. --- O loiro fez uma careta pela comparação, e novamente ignorando minhas palavras.

--- Por que policiais gostam de fazer comparações tão idiotas? --- Ele arqueeiou a sobrancelha e dei-me por vencido, não adiantaria explicar para o mesmo a situação.

--- Só..fica aqui. --- Falei por fim e abri a porta do carro, começando a correr para dentro da delegacia.

Procurava os meninos pela área principal, mas não havia nenhum sinal dos mesmos. Dong me abordou com seu rosto mais branco que um papel, tentando recuperar o fôlego e apoiava suas mãos em meus ombros para isso. Me deixando ansioso por não saber o que estava acontecendo, olhei para os lados a procura de uma resposta, mas não tive sorte.

--- Que bom...que chegou...os...novatos..--- Lhe encarei esperando a continuação, Dong parecia um senhor de idade que mal conseguia andar. Se erguendo e pousando as mãos em sua cintura, respirando fundo. --- Deixaram..dois sujeitos fugirem. --- Arregalei meus olhos e acompanhei Dong que caminhou em direção aos garotos sentados, ainda estava perplexo com aquela notícia. Eles queriam ajudar, mas Dong achou melhor não, já causaram estragos demais por um dia.

--- Onde está o Tenente? --- Dong ergueu os ombros fazendo sinal de que não sabia, eles ainda não haviam retornado da reunião ao que parecia. --- Quem eram os responsáveis, juntamente com Chan? --- Dois dos meninos se levantaram, engolindo seco ao ouvir minha voz soar autoritária.

--- Na Jaemin e Zhong Chenle. --- Dong bagunçou seus cabelos frustrado e acabou sendo convocado por outros policiais, para ajudar na busca.

--- A culpa não foi deles, foi minha. --- Arqueei a sobrancelha olhando para o moreno, o qual suspirava decepcionado.

--- Como eles fugiram? --- Questionei pousando minhas mãos na cintura, e eles se entreolharam.

--- Eu...posso ter esquecido de trancar a cela. --- Respirei fundo para não gritar, sei que eles estão aprendendo a como se tornar um bom policial, mas isso é um dos princípios básicos. Prestar atenção, ainda mais quando se tem sujeitos perigosos em suas mãos.

--- Passarei isso ao Tenente, foi uma imensa falta de responsabilidade. --- Disse estressado. --- Dispensados. --- Eles se curvaram e saíram, bagunçei meus cabelos direcionando meu olhar para Hyuck que havia acabado de adentrar a delegacia.

Fui em passos largos até o mesmo que estava rindo, enquanto mexia em seu celular. Retirei o aparelho de suas mãos e ele parecia ter se assustado ao notar minha presença, forçando um sorriso tentando dar meia volta e fingir que nunca esteve aqui.

--- Donghyuck. --- Ele encolheu seus ombros e se virou para mim. --- Onde você estava? --- Guardei seu celular no bolso da minha calça, os meninos não haviam voltado para a delegacia. E ver Mark apoiado em um Doyoung assustado, mostrava isso.

--- Tivemos alguns...imprevistos. --- Mark estava sorrindo para o nada, parecendo estar drogado. Doyoung o ajudou a se manter de pé, e suspirei esperando que continuasse a história. --- Quando Doyoung foi pegar seu aparelho móvel, Mark sentia uma dor no dente e acabou sendo consultado. --- Arqueei a sobrancelha e Hyuck passou seu braço pelos meus ombros.

--- Deixa ver se eu entendi. --- Respirei fundo e lancei um olhar irritado para Hyuck. --- Vocês trouxeram um policial recém operado pra delegacia? --- Questionei desacreditado.

--- Sendo direto, foi isso mesmo. --- Retirei seu braço de mim e passei a mão jogando meus cabelos para trás, tirando os fios que me incomodavam.

--- Doyoung, leva o Mark pra casa. --- Ele assentiu voltando com o menor, enquanto reclamava de seu peso. Mark afirmava ter visto um dragão na parede e creio que deve ser os remédios ainda fazendo efeito. --- Você, ajuda os demais a procurar através das câmeras. --- Caminhei em direção a saída e me lembrei de mais uma coisa, chamando Hyuck novamente. --- Acorda o Heechul, ele dormiu com a cara na comida e não é muito higiênico.

                                        (...)

Eles haviam conseguido uma pista sobre onde os fugitivos estavam, e me preparava para ir em direção ao local. Não era muito longe da delegacia e isso era suspeito, ao menos esperava que realmente estivessem por lá. Deveríamos encontrá-los antes que o Tenente retornasse, como já sabem, ele é bastante temperamental.

Não havia sinal algum do loiro, estranho seria se ele tivesse ficado e me obdecido, algo que não irá acontecer. Jaehyun era muito teimoso e também tinha seu orgulho, o qual conseguia ser maior que si próprio.

Antes que pudesse entrar no meu carro para ir em direção ao local, senti meu celular vibrar em no bolso de minha calça. Vendo que era o celular de Dong, atendi e Hyuck reclamava por ter pego seu celular, insinuei que desligaria, o vendo gritar para esperar.

Parecia estar assustado e sua voz soava séria, nunca imaginei que veria essa lado dele.

--- Tenho uma notícia boa e uma ruim. --- Ele disse e observei as viaturas voltarem, tendo suas sirenes altas e barulhentas. --- Quer que eu comece por qual? --- Apoiei minha mão no carro, ainda em alerta com a movimentação repentina. Já estava tendo um dia tão ruim, e sequer esperava que existisse uma notícia boa.

--- Comece pela boa. --- As vozes começaram a ecoar de fundo, e ele parecia caminhar para uma sala fechada. Pude ouvir somente o som da porta sendo trancada, e os sons se abafarem.

--- O Capitão e o Tenente acabaram de retornar, e os policiais que saíram antes conseguiram pegar os caras. Felizmente, eles não feriram ninguém. --- Um sorriso surgiu em meus lábios e fiquei aliviado, Hyuck parecia ter notado minha animação. --- A ruim é que....CADÊ O LEE TAEYONG? --- A voz grossa do Capitão ecoou pelo celular e me assustei, ele parecia estar bastante estressado. --- O Capitão não parece estar muito contente com você, e está a beira de um surto. --- Ouço um barulho alto vindo da chamada.

--- O que eu fiz dessa vez? --- Tentei pensar em algo, mas minha mente se encontrava em completo branco.

--- O loiro que você estava preso hoje, está sentado em um dos bancos. --- Acho que havia encontrado a resposta, deveria ter desconfiado. --- Ele parece ter entrado em uma briga feia...muito feia, e....ALGUÉM TRÁS O LEE AQUI. --- Encolhi meus ombros ao ouvir seu grito, e a ligação acabou se encerrando.

Não conseguia retornar pela falta de créditos, ótimo, agora não poderia inventar uma desculpa e teria de adentrar a delegacia.

O Capitão estava em sua sala juntamente com o Tenente, e os demais mantiam seus olhos em mim, provavelmente estando curiosos por qual motivo estava sendo convocado pelo Capitão de forma tão agressiva. Me sentia pisando em ovos e fui em direção a minha mesa, tendo meu nome chamado antes que pudesse sentar.

--- Lee. --- Virei lentamente meu pescoço para o Tenente que tinha seu semblante sério, e com seus braços cruzados. Dei um sorriso amarelo e cocei minha nuca, me aproximando do mesmo. --- Você está em maus lençóis, deveria ter ficado junto dele. Onde estava? --- Parecia que Jaehyun fazia tempestade em um copo d'água, não era culpa minha ele ser desobediente.

Não tive tempo de responder, já que a porta foi subitamente aberta revelando o loiro surpreso. O seu olho esquerdo estava roxo e um pouco inchado, havia cortes em sua boca, e em sua bochecha avermelhada pela recente pancada. Aquilo foi pior do que imaginei.

Entre abri meus lábios e ele se apressou em abaixar seu rosto, passando por mim parecendo estar frustrado. O acompanhei com os olhos, e fui chamado pelo Tenente aparentemente estando sem paciência. Voltei meu olhar para o Capitão e ele não parecia estar contente, algo que me fazia temer o que viria a seguir. Não tinha mais como voltar atrás, depois que o Tenente fechou a porta.

Meu dia terminar na sala do Capitão, parecia ter se tornado uma bela e terrível rotina.


Notas Finais


Podem usar a hashtag #INSOLUCIONÁVEL #JAEYONG e me marcar ( @happiejuixe ). Vou amar interagir com vocês.

Não se esqueça de comentar 💚.

Obrigado a todos que leram até aqui e agradeço pelo carinho 💚.


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