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História A sombra da Conquistadora. - O inicio.


Escrita por: Srta_BeT

Notas do Autor


Gente, essa é a minha primeira fanfic.
Espero que vocês gostem.
Qualquer coisa podem falar, críticas são bem vindas.

BJUSSSS

Capítulo 1 - O inicio.


Acho que eu sempre fui diferente.

Sempre senti como se tivesse um monstro dentro de mim, como se a besta estivesse rondando sob a superfície do meu ser.

Infelizmente eu estava correta. Dizem que devemos conhecer a nós mesmos para conseguir conhecer realmente o outro. Hoje eu posso dizer que me conheço, mas o caminho para o autoconhecimento foi muito doloroso, e me arrependo de boa parte das coisas que fiz. Meu nome é Xena, mas já fui conhecida como: Princesa Guerreira, Destruidora de Nações e agora me chamam de Conquistadora.

Minha jornada começou há muito tempo, na época que meu irmão foi morto por um senhor da guerra que invadiu minha cidade. Cortese era o nome dele. Naquela época, a Grécia era toda dividida, as leis não eram seguidas, e o mais forte sempre levava a melhor.

 Quando Amphipolis foi atacada, eu, meu irmão e outros moradores decidimos lutar contra aqueles que queriam matar os homens, queimar as casas, escravizar as mulheres... Ganhar a batalha não me serviu de consolo quando vi o corpo de Lyceus. Essa foi a primeira vez que senti que a besta dentro de mim lutar para sair de suas contenções. Eu tinha 17 verões e decidi que Cortese devia morrer. Quantas pessoas ele já havia matado? Lyceus era apenas mais um em uma longa lista.

Lembro que no inicio eu ainda tinha princípios... Queria proteger aqueles que não conseguiam sozinhos. Meu exercito era composto de homens e mulheres que partilhavam do meu ideal, minhas habilidades de espadachim serviram também para atrair aqueles que queriam aprender. Cada vez mais eu ficava conhecida e era chamada de Princesa Guerreira.

Infelizmente à cada pessoa que eu matava, sentia que a besta estava mais forte. Em três verões eu já estava mudada, o monstro dentro de mim já tinha quase todo o controle, ele aparecia em todas as batalhas... Sedento por sangue e só desejava uma coisa: Poder.

 

Em um desses dias, eu e meu exercito marchamos para uma cidadezinha chamada Poteidaia que estava sendo ameaçada por Draco e seu exercito, mas chegamos tarde demais... A vila estava toda queimada, corpos de adultos, idosos e crianças, espalhados por todo lado. Desmontei e junto com meus generais começamos a procurar qualquer coisa que o responsável por isso tenha deixado para trás no seu saque. Sabia que as pessoas que não estavam mortas deviam ter sido levadas para ser vendidas como escravos, então ir atrás de Draco era uma certeza.

Estava passando por uma casa que ainda soltava fumaça quando ouvi um barulho dentro. Puxei a espada da bainha e entrei sem fazer barulho nenhum, pé ante pé até chegar à origem do som. Na minha frente tinha um monte de peles e ao toca-las notei que ainda estavam úmidas mesmo após o incêndio. Como a estrutura da casa estava muito comprometida não queria demorar lá dentro, fui logo levantando as peles uma por uma até achar uma garotinha que devia ter uns doze anos apesar do seu tamanho diminuto. A menina tinha cabelos claros, apesar da fuligem, e olhos verdes que me olharam por apenas um segundo antes da mesma desmaiar.

Ainda hoje não sei por que decidi tirar a menina dali. Mas depois de lhe dar água e ver que sobreviveria, não sabia mais o que fazer. Não podia deixá-la ali, toda sua família tinha sido morta. Não existia nenhuma vila ou cidade próxima e nem eu poderia levá-la junto comigo.

Por sorte, sabia que existia uma nação Amazona não muito longe, chamei então meu general de maior confiança, Gaius, e dei a ele a oportunidade de se provar digno de pertencer ao meu exército. Ele iria com os soldados atrás de Draco enquanto eu iria levar a menina para as Amazonas. Nos encontraríamos no porto em uma semana para pegar o navio em direção a Atenas.

Fui sozinha com a menina. Sentia falta de ficar assim, em paz, sem pensar em guerras ou lutas. Aquela era uma missão diplomática. Ter a nação do seu lado é sempre à decisão certa. Elas são exímias lutadoras e podem fazer a diferença entre a vitória e a derrota.

No primeiro dia que começamos a andar em direção à floresta notei que a menina chorou o caminho todo, mas não fez um barulho sequer... Apenas as lagrimas escorriam pelos seus olhos e pingavam pelo queixo. Ela não me olhava. Não sabia para onde estava indo e provavelmente não acreditava que tivesse alguma chance. Quando o sol estava alto no céu, soltei meu cavalo próximo a um pasto na sombra de uma arvore, perto de um pequeno lago de água cristalina. Chamei a menina para perto de mim e reuni toda paciência que podia existir em mim para tentar conversar com ela.

- Vem aqui, qual o seu nome menina?
- Gabriele. – Ela disse num sussurro.
- Bem Gabriele, meu nome é Xena. Quantos anos você tem?
- 13 verões senhora.
- Entendo. Bem, tenho algumas regras de convivência e espero que você as siga a risca! Em primeiro lugar: nada de tentar fugir. Eu salvei você, mas não perderia meu tempo te caçando... e não pensaria duas vezes antes de te matar se me der muito trabalho, compreende?
- Sim, senhora.
- Ótimo. Vamos almoçar agora, e tenho um trabalho para você. Pegue um pouco de lenha para fazer uma fogueira enquanto eu vou pescar. Quando tiver acabado quero que você se lave. Não irá comer se estiver suja. Na sacola na sela tem um pano de banho, sabonete e uma camisa grande. Depois de se banhar coloque a camisa e aproveite para lavar as suas roupas que estão com fuligem e sangue. Quando elas estiverem secas vamos seguir caminho. Alguma duvida?
- Não senhora.
- Então pode começar. – Disse antes de começar a tirar a armadura.

Depois que só estava com o vestido que usava de baixo das roupas de couro fui entrando no lago sem olhar para trás. Se a menina fosse esperta estaria colhendo as lenhas próximo de onde eu estava e com bastante rapidez.

Aquela menina, Gabriele, tinha sofrido bastante... Dava para ver que ainda estava em choque com o que aconteceu, mas isso não iria me impedir de matá-la se tentasse fugir.

Fui andando para o fundo do rio escutando todos os passos que a menina dava atrás de mim. A água estava com uma temperatura perfeita, bem fresca em contato com a pele. Quando já estava com água na cintura coloquei os dedos dentro da água e esperei o primeiro peixe tentar abocanhar. Em menos de dois quartos de hora já tinha pego três peixes.

Quando estava saindo da água vi que a menina já tinha acendido a fogueira e que estava lavando suas roupas no lago de costas para mim. Não sei o que me fez olhar com mais atenção, mas quando o fiz... vi dois cortes profundos nas costas da menina, um que cortava as costas de cima a baixo e outro que parecia mais profundo vindo do ombro ate o meio das costas.

Aquilo não tinha sido feito por Draco e seu exército... Se tivessem pegado a menina ela estaria sendo vendida nos tablados. Aqueles machucados pareciam ter uns dois dias, e podia jurar que foi feito por um chicote longo.

Por um segundo senti algo que poderia ser confundido por compaixão... Mas a besta dentro de mim transformou aquilo em raiva, quem teria coragem de fazer isso com uma menina?

Controlei-me... Cada dia que passava estava mais difícil de prender a besta uma vez que estava solta... Então estava evitando deixar ela se manifestar em momentos assim.

Limpei os peixes e os coloquei na fogueira. Agora só faltava me lavar um pouco para tirar o cheiro e almoçar. Fui andando em direção a Gabriele que ainda estava no lago. Ela estava apenas com uma calça de baixo molhada tentando torcer suas roupas para pendurar, mas devido aos machucados nas costas essa simples tarefa parecia causar muita dor.

- Menina, espere um segundo que eu ajudo você com isso. Coloque as roupas molhadas em cima daquela pedra para não sujar e me passe o sabão. – Quando ela me viu tão próxima tentou se tampar para que eu não a visse daquela maneira. Um sorriso apareceu na minha boca, a menina era uma criança... não tinha corpo algum, e ainda assim agia de modo a esconder a nudez. – Vamos, passe logo o sabão. Pode ir se vestir se está se sentindo tão incomodada.
- Aqui esta senhora. – Ela me passou o sabão sem me olhar. Depois foi ate a minha camisa que estava seca e a colocou. A camisa ficou tão grande que quase chegou aos seus joelhos, então ela tirou a calça de baixo e lavou no lago deixando na pedra com as outras roupas molhadas.

Depois de lavar as mãos e braços torci todas as roupas da menina deixando-as quase secas e as pendurei no sol. Depois torci o vestido que usava ficando apenas com a calça de baixo de guerreira, que além de ser pequena era de um tecido bem fino, e iria secar rapidamente no meu corpo.

Nesses tempos que estive com o exército aprendi a não ter pudores, sempre fui bonita e desejada, então o sexo para mim veio como uma arma a mais para ganhar aliados, ou até para descobrir segredos. Então almoçar praticamente nua na frente daquela menininha era a menor das minhas preocupações.

Sentei em uma pedra na frente da fogueira e tirei os peixes. Tinha guardado uns pedações de pão e queijo, então junto com um peixe dei para a menina uma fatia de pão e um pedacinho de queijo e fiz o mesmo para mim. Quando lhe entreguei a comida reparei que mesmo sem me olhar no rosto, seus olhos passaram pelo meu corpo com curiosidade me fazendo rir. Ela então se assustou me olhou nos olhos rapidamente e começou a comer com voracidade.

Eu sentei afastada dela de modo que a via apenas com a visão periférica. Quando ela acabou eu ainda estava comendo fingindo que não ligava para o que ela fizesse, então notei quando ela ficou me olhando com cara de duvida e cheirou a blusa que estava usando.


Notas Finais


Semana que vem ponho o próximo!
E ai? Gostaram?


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