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História A sombra da Conquistadora. - Promessas


Escrita por: Srta_BeT

Notas do Autor


Bem, espero que vcs gostem! Esse capítulo está maior que o anterior então devo demorar um pouquinho para enviar o próximo!
bjus

Capítulo 7 - Promessas


            Quando eu acordei estava sozinha na cama, mas ainda sentia no corpo os vestígios da madrugada passada. Eu estava confusa, era procurada pela família Ming, meu exército tinha desertado e Lao Mah me fazia sentir coisas que nunca tinha sentido antes. Muita coisa havia mudado em pouco tempo. Tinha que me vingar de Boreas, não podia deixar barato ser traída dessa maneira. Além do mais, eu tinha generais que eram fiéis e que não iam seguir qualquer idiota.

            Levantei e comecei a me vestir, quando tinha acabado de por as botas Mah entra no quarto segurando uma bandeja com comida e vinho.

- Achei melhor eu mesma trazer. – Disse ela. – Ainda é cedo para saberem que você esta aqui, mas olhando você já toda vestida... Vejo que tem outros planos.

- Tenho que achar meu exército.

- Não precisa procurar, sei exatamente onde seus homens estão.

- Onde?

- No castelo de Ming. Ele esta sendo muito gentil com aquele que a traiu. Sabe que você vai procura-lo, então está pronto para te subjugar.

- Agora que minhas pernas estão curadas, ninguém será capaz de me pegar.

- Ainda não esta curada Xena, você precisa de no mínimo uma semana para cicatrizar corretamente. Não vai adiantar nada sair hoje, dar um pequeno pulo e ficar pior que antes.

- Mas em uma semana eles já devem ter ido embora, não posso perder esta oportunidade.

- Fique calma, eu andei pensando... Ming não vai aturar o exército em seu terreno por muito tempo. Eles estão bebendo e brigando, tentam violar as criadas e matar o gado. Logo Ming vai desistir de você, achando que realmente voltou para Grécia. Ai então eu vou entrar em contato com o seu exército.

- E porque você faria isso? Já quer que eu vá embora?

- Sei que mais cedo ou mais tarde você irá, e sei também que para você ficar esta semana aqui... Eu teria que fazer de tudo, inclusive trazer o traidor para você.

- Mesmo sabendo que vou mata-lo?

- Não precisa fazer, posso manter ele preso pelo resto da vida.

- A morte parece uma pena leve perto da sua.

- Não quero que ele viva, apenas não quero que você o mate.

- Por quê?

- Pois sei que está lutando contra essa sombra que existe em você. E se você mata-lo, tenho medo que ela volte.

Fiquei olhando para aqueles olhos negros por alguns segundos. Sabia que ela tinha razão, mas também sabia que não ia passar o resto da minha vida sem matar ninguém. Talvez essa fosse a hora certa de testar as novas amarras que eu coloquei no monstro. Lao Mah poderia me trazer de volta, certo?

Em tão pouco tempo essa mulher virou parte dos meus pensamentos. Tinha tanto receio de confiar nela, mas mesmo assim não conseguia desconfiar. Ela era uma pessoa espetacular, que mudou minha vida de cabeça pra baixo e me fez ver a vida de outra forma. Ela tinha uma pureza no coração que nunca tinha visto em nenhum adulto.

- Você vai ter que confiar em mim, da mesma maneira que confio que você não vá deixar que eu vire aquele monstro de novo. Vamos comer? A comida está esfriando.

- Eu confio em você Xena. – E dizendo isso foi nos servir.

- Quero que me faça mais um favor. – Eu disse.

- Se tiver dentro da minha capacidade, claro que eu farei.

- Quero que entregue uma carta a Gaius. Só ele pode ler o conteúdo da carta. Acha que é possível?

- Considere feito. – Ela disse sorrindo.

Sentei ao seu lado enquanto comíamos. A noite de ontem parecia ter mudado nós duas, eu estava mais calma e em paz, enquanto Lao Mah parecia mais agitada, energética, como se tivesse acendido um fogo dentro dela.

Na noite seguinte ela levou a carta a Gaius que depois de ler a queimou conforme as instruções. Na manha seguinte mais da metade de meu exército estava voltando para a Grécia. Os indivíduos que ficaram eram aqueles que apoiavam o traidor e que estavam aproveitando a riqueza temporária por ter me vendido.

Como Mah previu, Ming depois de cinco dias desistiu de mim. Como meu exército tinha ido embora ele realmente acreditou que eu estava na Grécia e que eles iam me encontrar, então Boreas na sua casa passou a ser um gasto desnecessário. No mesmo dia que Ming os dispensou, Lao Mah fez uma proposta para eles fazerem a segurança de sua casa.

Apenas 30 homens o seguiram neste novo emprego. E todos eles morreram pela minha espada, sendo que Boreas foi o primeiro. Todos tiveram a oportunidade de me vencer em um duelo, mas nenhum era páreo para mim. Quando fiquei frente a frente com Boreas senti a besta se remexendo dentro de mim. Estava muito difícil controlar ela sabendo o que eu teria de fazer. Mas quando olhei para o lado e vi Lao Mah, tudo mudou.

Boreas percebeu o efeito que ela tinha em mim, lutar contra a besta era ruim, mas lutar comigo... Era muito pior, então ele numa tentativa de me manipular atacou a única pessoa que podia me salvar. Ao ver que a vida de Mah estava em perigo meu corpo agiu sozinho, e não foi a besta que controlou, meu corpo foi movido pelo sentimento que apertou meu coração ao imaginar minha vida sem ela.

Quando tudo acabou eu estava exausta, triste e suja com o sangue de todos os homens que eu matei. Sentia que aquilo tinha sido errado, mesmo estando certo. Lao Mah não me julgou, me levou até o quarto de banho e me lavou. Em todas as noites que fiquei na sua casa tínhamos dormido juntas, mas essa noite eu queria ficar só. Ela pareceu triste, mas não falou nada. Desejou-me boa noite e saiu do quarto.

 Já tinham se passado cinco marcas de vela que estava deitada e nada de Morpheu me levar para seu reino. Desisti de tentar dormir e fui para um jardim que existia atrás do castelo. Aquele lugar lembrava o pequeno jardim que minha mãe tinha na frente da hospedaria em que cresci. Claro que o jardim de Amphipólis não era tão grande nem tão bonito quanto esse, mas a sensação que eles me passavam era a mesma. Eu e Lyceus gostávamos muito de brincar no jardim, fazer piqueniques, colher frutas e até dormir. Ficar agora nesse imenso jardim, fazia parecer que meu irmãozinho caçula estava lá comigo e isso me fazia bem.

Fui andando pelo jardim até um pequeno lago repleto de peixes e para a minha surpresa Mah estava lá, sentada ao pé de um enorme carvalho olhando o lago. Ela não me olhou apesar de saber que eu estava ao seu lado, talvez esperasse que eu fosse embora já que queria ficar sozinha, mas ao vê-lá, meu coração começou a bater de maneira irregular novamente. Pensei que talvez devesse ver um médico... Essas palpitações não podiam ser normais... Então ri com esse pensamento. Ao me escutar rindo ela me olhou com curiosidade, e mais uma vez fiquei presa naquele olhar. Sem pensar no que estava fazendo, andei até ela e me ajoelhei na sua frente.

Eu ainda tinha um sorriso nos lábios quando ela me puxou para um beijo, quando nos afastamos vi que seu rosto estava corado e que sua respiração já estava superficial. Ela estava usando apenas um robe por cima da camisola fina, mas não fez nenhum movimento para me deter quando abri seu robe e percorri minha mão pelo seu corpo. Tirei o meu próprio robe e o coloquei no chão esticado ao lado do seu. Ela passou os olhos pelo meu corpo e senti minha pele esquentar, eu estava nua na sua frente e não achava justo ela ainda estar com aquela camisola. Segurei a barra da roupa e lentamente fui desnudando seu corpo, joguei a camisola para longe sem me importar com o depois.

Ficamos um tempo apenas nos olhando, admirando o corpo alheio, até que eu não aguentei mais. Queria aquela mulher, queria ela para mim de todas as maneiras, então puxei seu corpo para cima do meu. Começamos a nos beijar de maneira agressiva, Lao Mah parecia possuída, pois ela nunca havia agido assim de forma tão possessiva. Ela estava cheia de tesão me dominando por completo e aquela situação estava me excitando bastante.

Quando ela tocou meu sexo, ele já estava escorrendo e pulsando. Ela então foi descendo seu corpo até encostar os lábios naquele ponto tão sensível. Tive que juntar toda força que ainda possuía para segurar sua cabeça e impedi-la de continuar. Ela me olhou com uma cara de interrogação e tudo que fiz foi falar com a voz rouca.

- Vira pra mim. Quero sentir seu gosto nos meus lábios enquanto você me chupa.

Eu poderia ter gozado apenas com o olhar safado que ela me deu. Deuses aquela mulher ia acabar comigo. Ela veio lentamente e se ajoelhou na minha cara, depois deitou sobre meu corpo e começou a me lamber loucamente. O sexo dela estava na minha frente, molhado e inchado, minha boca encheu d’água com a expectativa de provar seu gosto.

Coloquei minhas mãos na sua bunda e puxei-a para mim. Nossos corpos e línguas estavam sintonizados, e quando senti que não ia aguentar mais, ela também já mostrava sinais de descontrole, então gozamos uma na boca da outra. Ela se virou e deitou no meu ombro. Eu não queria sair dali, queria ficar ao seu lado para sempre, queria que ela fosse minha, só minha.

- Tenho que ir para Grécia amanha. Quero que venha comigo. Podemos ficar juntas.

- Não Xena. Eu não posso ir, e sei que você não pode ficar. Sabíamos que esse dia ia chegar. A Grécia precisa de você da mesma maneira que a Chin precisa de mim. Você nasceu para governar, mas não com Ares. Ele quer apenas destruição, e a única razão dele não estar aqui é porque seu poder se limita ao lugar onde ele nasceu.

- Sim, eu sabia que esse dia ia chegar. Sabia também que essa seria sua resposta, mas não podia deixar de perguntar.

- Eu entendo. Quero que você me faça uma promessa.

- Qual?

- Que não importa o que aconteça, mesmo que a Destruidora volte a existir, você não irá tentar conquistar essas terras. Elas estão fora dos seus limites. Você sempre será bem vinda em minha casa, mas como visita.

- Se essas são as condições para te ver, é claro que eu aceito.

- Quero a sua palavra Xena.

- Eu prometo Mah. Só voltarei aqui quando você me chamar.

Ela me deu um beijo como que para selar nosso acordo. Depois se levantou e vestiu o robe. Eu fiz o mesmo, e juntas fomos para meu quarto onde passamos o resto da noite nos amando.

Eu iria embora no dia seguinte, pois Lao Mah ia dar um jantar para fortalecer as alianças com os Ming e achei melhor estar bem longe quando ele chegasse. Decidi sair quando o sol estava baixando. Argo tinha sido deixada por Gaius no estabulo da casa Lao, para facilitar minha locomoção.

Mah foi comigo até o estabulo para se despedir. Eu já estava com a minha armadura completa, espada nas costas, e chákram na cintura. Ela me abraçou durante muito tempo, mas quando soltou pareceu que não foi o suficiente. Ela me estendeu uma caixa fina feita de marfim toda trabalhada. Dentro da caixa tinha um punhal, sua empunhadura era um dragão oriental vermelho. Sua lamina era toda trabalhada e afiadíssima. O metal utilizado era diferente.

- Esse punhal está na minha famílias à muitas gerações. Dizem que a lamina foi forjada pelo próprio Hefesto. Nunca foi, nem nunca precisará ser amolado. O dragão vermelho representa a família Lao. Quero que você fique com ele para que se lembre de mim, ele vai te proteger e vai ser uma lembrança da promessa que você fez. Quero que você se lembre de ser justa.

- Obrigada, ele é lindo. – O coloquei preso no cinto. – Ainda quer saber como sinto a seu respeito?

- Me ama?

- Sim. Amo muito.

- Eu te amo desde que coloquei meus olhos em você. – Ela me beijou, e teve o beijo retribuído com a mesma intensidade. – Essa é a ultima vez que vamos nos ver, mas espero que você mantenha sua palavra.

- Já prometi, só volto a Chin quando você me chamar. Quero poder te ver de novo.

- Eu sinto muito Xena, mas é melhor assim. Melhor você ir, deve pegar o barco antes que eles cheguem aqui.

- Adeus Mah, obrigada por tudo.

Dei mais um beijo em sua boca, montei em Argo e sai em direção ao porto. Em duas marcas de vela já estava em uma cabine indo em direção a Atenas. Minha primeira parada seria o templo da Deusa. Não queria mais ser a protegida de Ares, já era uma boa guerreira mas agora queria ser uma melhor governante. Eu conquistaria todas aquelas terras, e seria justa, como prometi a Mah.


Notas Finais


Críticas e sugestões são muito bem vindas!


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