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História A sombra da Conquistadora. - Reencontro.


Escrita por: Srta_BeT

Notas do Autor


Espero que vocês gostem!

Capítulo 9 - Reencontro.


 Eu gostava muito de ver aqueles homens cheios de testosterona e vontades, quase se borrarem ao olhar a minha cara. Três deles estavam de pé discutindo quando eu cheguei, mas ao colocar o pé na sala todos eles se calaram. Os que estavam sentados se levantaram em sinal de respeito. Passei por eles sem nem olhar, como se fossem cinco montes de bosta.

Fui até minha cadeira e me sentei. Eles continuaram de pé até eu permitir que sentassem. Passou pela minha mente não permitir que se sentassem e deixar eles de pé toda a reunião... Mas achei melhor evitar esse impulso.

Sentem-se, não quero que isso demore mais que o necessário.
- Senhora Conquistadora, se me permite dizer, está mais radiante que nunca. – Disse Petros e foi seguido por concordância dos outros quatro.

Era exatamente isso que eu tanto odiava nessas reuniões. Todos os Lordes ficavam me fazendo elogios pensando que dessa maneira iam conseguir algum beneficio.

Cinco marcas de hora (que pareceram durar dias) depois, consegui sair daquela sala com um acordo relativamente bom para todos. Já sentia uma dor de cabeça se avizinhando e achei melhor fazer alguma coisa para relaxar. Normalmente quando eu precisava de prazer contratava alguma pessoa para me satisfazer, esse método era mais fácil e menos complicado para o status em que eu me encontrava. Eu tive por um tempo escravos sexuais, mas acabava me cansando rapidamente deles.

Decidi que iria sair a cavalo para relaxar um pouco. Se continuasse muito agitada passaria na casa de show e arrumaria alguém para a noite. Não queria ninguém me seguindo hoje, então fui para meu quarto e dei ordens para ninguém me incomodar, troquei para roupas mais simples por cima da minha antiga armadura, coloquei uma capa com capuz e desci para os estábulos pela passagem secreta. Coloquei uma mensagem criptografada para Gaius na baia de Argo e sai.

Eu sempre deixava uma mensagem para meu general, eu era a pessoa mais importante dessas terras... Então se não voltasse, ele deveria saber por onde começar a me procurar. Dessa vez entrei na floresta próxima a periferia da cidade, não queria dormir no castelo e aquela mata era perfeita. Ela era bastante densa na entrada, mas se soubesse onde ir como eu sabia, ia acabar em uma linda cachoeira que formava um grande lago cheio de peixes. Atrás da cachoeira tinha uma caverna que eu sempre usava quando ia para lá. A caverna já tinha muitas coisas minhas, eu achei melhor deixar lá que ficar carregando de um lado para o outro, panelas, cobertores, algumas armas, panos de banho e sabão.

Quando cheguei à cachoeira notei que alguma coisa estava errada. Não consegui dizer o que era, mas minha intuição estava gritando por atenção. Apeei o cavalo, tirei a espada da bainha e prestei atenção. Não podia ouvir nenhum barulho, nem os pássaros estavam cantando. Eu ainda estava com a capa para que ninguém me reconhecesse, sabia que eu não estava sozinha. Fui andando para ao lago, alguma coisa estava me empurrando naquela direção e sempre ouvi minha intuição. Quando cheguei à beira eu vi sangue que fazia um rastro até uma pequena moita.

Fui andando lentamente sem fazer nenhum barulho naquela direção. Alguma coisa estava ferida, se era animal ou pessoa, homem ou mulher, aliado ou inimigo eu não sabia. Afastei com cuidado os galhos preparando a espada. Atrás da moita tinha uma mulher loira de cabelos cacheados, ela tinha um corte profundo no peito. Sua cabeça estava aberta acima da sobrancelha e ela estava de olhos bem abertos me olhando. Reconheci rapidamente aquela mulher, era Ephiny. Rapidamente a levei para perto de Argo e comecei a tratar seus machucados. Quando ela voltou a si, ela empurrou minhas mãos. Juntou toda força que ainda tinha e disse.

- Xena, você não pode perder tempo, a princesa precisa de ajuda. Ela está a três léguas na direção do sol poente. Está ferida. Eponin ficou com ela. Por favor, salve ela.
- Quem fez isso?
- Ares... – Ela então deu seu último suspiro.

Montei em Argo e fui rapidamente para a direção que a Amazona tinha indicado. Lembrava vagamente da irmã de Melosa, mas as Amazonas eram grandes aliadas, quando voltei da Chin elas lutaram ao meu lado na conquista de todo o território. Se tinham sido atacadas, eu teria que averiguar e punir os responsáveis.

Antes de chegar onde as Amazonas estavam, apeei Argo. Achei melhor ir silenciosamente caso ainda tivesse algum inimigo próximo. Fui andando até uma parte onde tinham arvores bem altas. Conhecendo o costume das Amazonas de se deslocar pelas arvores, achei que aquele devia ser o local correto. Elas teriam alguma vantagem por estarem bem no alto, sem falar que não era qualquer um que poderia subir nessas arvores.

Ouvi um farfalhar de folhas acima da minha cabeça, sabia que seria atacada se não revelasse quem era. Retirei o capuz ao mesmo tempo em que ouvi uma flecha vindo em minha direção. Segurei a flecha poucos centímetros do meu rosto, então olhei para cima na direção em que tinham me atacado.

Em alguns segundos uma mulher de pele negra, cabelos cacheados, e vestes amazonas estava na minha frente se ajoelhando.

- Perdoe-me Senhora Conquistadora, estava apenas tentando proteger a princesa que esta muito ferida. Ephiny saiu a pouco para procurar ajuda. Por favor, poupe a minha vida até a princesa estar a salvo. Depois aceitarei qualquer castigo que a senhora impuser de bom grado.

- Ephiny achou ajuda, estou aqui para isso. Onde esta a princesa?

- Ela está numa pequena gruta não muito longe daqui.

- Mostre o caminho.

Fomos andando para a floresta cada vez mais densa. A gruta onde a princesa estava foi muito bem escolhida, apesar da pressa. Era um pequeno buraco numa rocha. A entrada estava coberta por vegetação, e apenas olhos muito bem treinados poderiam ver que tinha sido colocada artificialmente. Fiquei no lado de fora quando Eponin entrou, duvidava também que coubéssemos as três lá dentro.

Quando Eponin saiu do buraco, ajudei-a com o corpo envolto em panos que carregava. Fazia muito tempo que não via Terreis, quando Melosa lutou ao meu lado na conquista da Grécia, ela ficou na nação com as mulheres que não podiam combater e com as crianças. Desde o dia que levei a menina de Potedaia para a nação, que eu não a via e isso já tem oito verões. Imaginei que ela seria alta como Melosa quando chegasse à idade adulta, mas a mulher machucada era bem mais baixa que eu.

- Eponin você esta sozinha? Tem algum cavalo ou meio de transporte?

- Éramos sete quando viemos. Sofremos uma emboscada antes de conseguir chegar em corinto. Eu e Ephine somos da guarda real. Trouxemos a princesa para um local seguro o mais rápido possível. Não sei o que aconteceu com as outras.... Mas não tenho muitas esperanças.

Peguei a princesa, ainda embrulhada, no colo para poder me deslocar com mais rapidez. Quem fez isso ainda devia estar por perto e eu não podia arriscar ser atacada.

- Eponin, atrás da cachoeira mas a frente tem uma gruta secreta. Não tenho como levar vocês duas em Argo, então vou levar a princesa. Espere pelos meus homens, eles virão te buscar logo.

- Sim, senhora conquistadora. - Ela estava bem machucada. Agora na luz eram visíveis as marcas arroxeadas em sua pele negra.

- Tome cuidado para não ser seguida. Nos veremos ainda hoje.

Esperei que Eponin se afastasse para assobiar. Argo apareceu quase que instantaneamente e não esperei para monta-lo com a princesa nos braços. O caminho de volta foi bem mais rápido que o de ida, não diminui a velocidade nem um momento e dei graças por Argo ser uma égua tão forte.

Entrei pela passagem secreta dos estábulos e vi que a carta para Gaius já havia sido recolhida quando deixei Argo. Subi com a princesa para meu quarto e a coloquei na cama cuidadosamente. Não sabia o que tinha acontecido com ela, mas os panos que a cobriam estavam molhados de sangue em alguns lugares. Andei a passos largos até a porta de fora do meu escritório e a abri com violência.

- Joxter, chame Gaius com urgência para meu quarto, depois passe no curador e o traga para cá! - O menino saiu em disparada logo que eu terminei a frase.

- Está ferida senhora conquistadora? – Iolaus viu o sangue em minhas vestes.

- Venha comigo.

Entramos pelo meu quarto e o cheiro de sangue já estava presente. Apesar de ter um curandeiro, eu era boa o suficiente nas artes de cura para fazer os primeiros socorros.

- Deixe apenas Gaius e o curandeiro passar por esta porta, entendido? – disse para Iolaus.

- Sim, senhora Conquistadora.

Fui então para o embrulho cheio de sangue que deveria ser a princesa e comecei a tirar os panos lentamente. Não queria mexer muito o corpo machucado, isso poderia agravar os ferimentos já que a viagem não foi fácil. Tirei o punhal do cinto e comecei a cortar o tecido que estava preso embaixo do corpo para não precisar levanta-la novamente.

Quando abri as cobertas tinha uma jovem mulher de cabelos loiros sujos de sangue, de aproximadamente 1,60m com um buraco de lança atravessando o ombro direito e uma ponta de flecha saindo da coxa esquerda.

            O buraco da lança era o mais preocupante, ela estava perdendo muito sangue e ele precisava ser limpo e fechado o mais rápido possível. Quando levantei para buscar um pano limpo a princesa abriu os olhos e me olhou. Seus olhos eram verdes e familiares, então ela deu um breve sorriso e disse apenas uma coisa antes de desmaiar novamente.

            - Xena...


Notas Finais


E ai? Gostaram?
Espero que sim!

Não esqueçam, comentários e criticas são muito bem vindos!

Beijos e boa Páscoa


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