1. Spirit Fanfics >
  2. A Song To Everything >
  3. Cidade Nova

História A Song To Everything - Cidade Nova


Escrita por: mjwjb

Notas do Autor


E ai eu prometi um link pra essa fic por ai, então agora ela esta aqui!
Favoritem e comentem se gostarem!

Capítulo 1 - Cidade Nova


Fanfic / Fanfiction A Song To Everything - Cidade Nova

 Isso me irrita, não poder escutar algo que preste me irrita, a quietude da minha irmã me irrita, o sol me irrita, a risada cínica de mamãe me irrita, mas, acima de tudo, o que mais me irrita é ter que me mudar, ter que escolher um carro diferente, ter que ter deixado o meu cabelo voltar a cor natural, ter que deixar tudo o que eu sou.

 Quebrar as regras foi o de menos, o de mais foi ter me dedurado, ela não podia ter feito isso, não naquele dia.
  – Por que estão tão quietas? – pergunta mamãe, solto o ar em uma bufada como resposta.
  – Deve ser, talvez, porque estamos nos mudando outra vez, em dois anos! Ou talvez porque, não concordamos com essa mudança! – respondi eu, gritando.
  – Já chega! – repreendeu meu pai. Estacionamos em frente ao condominio no qual vamos morar agora. Eu desci do carro bruscamente, meus saltos estalando na calçada.
  – Você não vai com uma roupa nem parecida com essa pra escola amanhã! – advertiu minha mãe.
  – Por que você não para de me mandar um pouco? – indaguei olhando-a nos olhos.
  – Você não tem o direito de falar assim com a sua mãe! – intrometeu-se o meu pai.
  – Claro, porque, com certeza, foram vocês que pagaram pelo carro que estão dirigindo, ou pelo apartamento em que vamos morar! Porque, com certeza, é por causa do “seu trabalho” – fiz aspas no ar, ironizando a palavra – que nós nos mudamos.

 Peguei a minha bolsa e os óculos de sol, e bati com força a porta do carro me afastei, não ligando para o escandalo que meus pais estavam fazendo. Devo ter caminhado por no mínimo trinta minutos antes de parar em uma cafeteria próxima a um parque, que deve ficar na parte oeste da cidade.
  – O que deseja senhorita? – perguntou a garçonete, simpatica ela.
  – Um cappuccino e um croassant, por favor.
  – Claro. – respondeu ela, se afastando.

 Observei o falho movimento das pessoas, não se parecia em nada com as ruas de N.Y. com que eu estava acostumada, neste lugar, conseguia-se escutar os pássaros cantando, e as pessoas assobiando. Várias pessoas com uma idade na média da minha estavam passando pela frente da cafeteria, 45% delas entrava e saia alguns minutos depois. A garçonete veio com o meu pedido e o deixou em cima da mesa, eu murmurei um “obrigado” que ela não deve nem ter escutado.

 Baixei os olhos para o prato, mas meus olhos cairam em um número de telefone ao lado do copo, “me liga” era a mensagem escrita nele, eu meneei a cabeça negativamente enquanto amaçava o papel e deixava ao lado do prato, para jogar fora depois. Ouvi uns gritos e vaias do meu lado esquerdo, virei a cabeça naquela direção. Dando de cara com um grupo de garotos, loiro, ruivo, moreno, moreno mais escuro, platinado, azul..?

 Voltei a encarar o meu prato e pisquei, pensei estar ficando louca, eu já estava louca. A sensação piorou ao ver a minha irmã adentrando a cafeteria com o seu tipico estilo “presidente de grêmio estudantil”. Ela correu os olhos pela cafeteria antes de pousa-los em mim, que me levantei bruscamente, ela caminhou em minha direção, sua expressão estava contorcida em reprovação.
  – O que você esta fazendo aqui? – perguntamos as duas ao mesmo tempo.
  – Acho que como você pode ver, eu estou comendo alguma coisa. – respondi primeiro – Mas e você, o que você esta fazendo aqui?
  – Estou te procurando. – uma mecha negra do cabelo dela escorregou para frente, ela colocou de volta no lugar com seus graciosos movimentos de “dama”. – Papai e mamãe ficaram preocupados com você, Renny.
  – Não me chame assim, Faerye. – adverti – Você perdeu esse direito quando me entregou.
  – Fiz aquilo para o seu bem Ren- Sereny. Nós duas sabemos no que teria dado aquilo.

 Aproximei-me dela, o suficiente para fazer com que se sentisse desconfortavel.
  – E o que é que você tem haver com isso? – perguntei eu antes de me jogar novamente na cadeira, degustando da expressão impressionada da minha irmã mais velha.
  – Você foi longe demais, Sereny, não tinha o direito de violar as ordens dos nossos pais!
  – Do mesmo jeito que você não tinha o direito de se meter na minha vida! Você tinha de ter me deixado me ferrar, tinha que ter ficado quieta! Porque eu te contei e te pedi segredo! Se eu tivesse sido pega tudo bem! – levantei as mãos como se me rendesse – Ninguém nunca teria descoberto o seu envolvimento com isso! – eu parei de gritar, para encara-la nos olhos – Agora vamos lá, por que mesmo você acha que o Ryan te deixou? – ela fez cara de quem estava com nojo, virou as costas e saiu pisando duro.

 Bebi dois goles da minha bebida, antes de alguém com cabelo de tomate (sim eu tenho preconceito com ruivos falsos) se aproximar, sentando-se na cadeira a minha frente.
  – Você parece ter garra para discussões.
  – Você parece ser intrometido. – ele sorriu como quem iria responder com ironia. – Quem te disse que você pode se sentar ai?
 Ele pegou meu cappuccino nas mãos e tomou um gole.
  – Olha! Esta se oferecendo para pagar por isso? – questionei. – Por favor, cara, vaza, senão você pode acabar no pronto-socorro.
  – E... quem vai me mandar pra lá? – eu me levantei bruscamente, peguei o meu croassant na mão mesmo, fui ao caixa, paguei por ele e resaltei que o garoto pagaria pela bebida, e parei na porta do café para pronunciar.
  – Acho que você não vai querer saber! – eu deixei a cafeteria entes que ele pudesse responder, liguei meu celular, eu queria ligar pra ele, queria dar meu novo endereço pra ele, queria que ele soubesse.

 

  – Eu estou indo de novo! – disse eu quando ouvi ele adentrando a sala. – Eu não queria, eu não quero, e não vou querer, mas ela contou a eles, ela me dedurou, ela me traiu, Caio. Tudo, ela me fez me abandonar tudo, só porque o “namorado” dela terminou com ela – me virei pra que ele pudesse me ver, deixei as lágrimas molharem a partitura da minha música favorita. – O que eu tenho a ver com isso?! – ele se aproximou, se sentou ao meu lado no palco e me envolveu em um abraço.

 Ele não disse nada, “Eu vou sentir a sua falta...”, “Vamos nos ver de novo...”, “Você vai superar isso...”, tudo acabou  com uma sigla, que eu já sabia o significado, mas ainda vou demorar para aceita-lo. “YKWYMTM”


Notas Finais


<3 <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...