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História A sua estranha coleção de folhas (Em revisão) - Blue fairy pt.2


Escrita por: etherealShine

Notas do Autor


NOTAS FINAIS BJO

Capítulo 4 - Blue fairy pt.2


Fanfic / Fanfiction A sua estranha coleção de folhas (Em revisão) - Blue fairy pt.2

Algumas horas antes...

Final de outono, largada dada. As fadas preparam os novos romances que começariam na estação que estava para chegar; O inverno. Consultam horas, minutos e segundos para os nascimentos das almas gêmeas. Sempre seguindo planos calculados com precisão e tamanha inteligência por sua governante, rainha Clarion. Criadora do amor e crença na magia. Uma mulher forte com o coração místico mais puro de todos os mundos.

 Cada fada é encarregada de um casal. Duas pessoas que teriam uma chance de ficarem juntas para o nem tão infinito sempre. A fada Fanw, por exemplo, estava em Londres já se preparando para unir corações, digamos que... muito especiais.

- Certo. Sabe o que fazer, Pongo? – Recebeu um latido como resposta – Vamos repassar o plano. Você precisa leva-lo até o lago onde os biscoitos encantados estão te esperando e fazer uma verdadeira pirraça com a coleira! Não se preocupe com castigo, ok? Eu conto com você, amigão! – sorriu esperançosa e fez o relógio adiantar – agora é contigo! – Beijou o focinho canino antes de usar seu pozinho mágico e zarpar para bem longe.

Quando algumas fadas tem auxilio de animais, se torna mais fácil. Ás vezes, precisam meio que... omitir certas coisas, como os biscoitos mágicos que flutuam no rio. Pongo não sabe, mas faz parte de algo muito maior que apenas redondinhos pedaços de biscoito com gotas de chocolate.

Quando não viu mais o pequeno ser humano que anteriormente lhe dava instruções precisas, Pongo ergue as orelhas, confuso, e por fim começa a latir, já executando o plano. Seu dono, Roger, praticava sua nova música no piano quando escuta os latidos do animal. Já até sabia o porquê daquele alvoroço.

Fitou o bichinho por de rabo de olho. Os ponteiros marcam exatas cinco e quinze de uma tarde ensolarada. Roger verifica seu relógio de pulso também e visto que o mesmo ainda marca quatro e trinta e cinco, espreguiçou-se e resolveu levar logo o cãozinho para esticar as patas.

- O meu parou... - Não era muito costumeiro seu relógio quebrar. Talvez na volta passasse em algum lugar e o consertasse - Vamos, Pongo? 

Naquela tarde quente e calorosa, um amor londrino começou. Fawn não poderia estar mais feliz. Voltou para o refúgio  das fadas com um sorriso no rosto.

 As fadas estão proibidas de aparecer para seus casais. Participam apenas dos bastidores, vamos dizer. São ligeiras e silenciosas quando necessitam interferir na história. É comum as vezes as coisas se enrolarem um pouco. Contudo, há um caso bem especial que quebra essa regra. Jimin e Jungkook.

 Quem cuida do romance desastroso desse dois é uma fadinha bem peculiar. Doce como favo de mel, colocaram seu nome de Azul, pois ela lembrava o mar. Uma tempestade de sentimentos bons e puros, com um toque especial desengonçado e engraçado.

 E como boa amante de confusão, Azul tenta reparar um erro cometido á anos atrás. Daqueles bem grandes.

- Espero não ter que passar por isso novamente, Azul.– Rainha Clarion massageia as têmporas com calma e mantêm os olhos fechados. Jimin e Jungkook são tão importantes que qualquer deslize provoca numa explosão de raiva provinda da rainha. E ninguém quer vê-la com raiva. Nem mesmo a fadinha de asas azuladas.

- Não irá, majestade! Vou resolver tudinho! Mas... –  antes de prosseguir, hesitou – Eu...

- Não me diga que há um porém nisso tudo, por favor – Clarion suspira. Não irritada, mas nervosa. Não raciocinava direito tinha um tempo por causa da exaustão.

 - Preciso me envolver, sabe, diretamente com o casal, majestade... – a fadinha encolhe os ombros, meio receosa, esperando ouvir mais uma bronca bem dada.

- Azul, nós nem sabemos se esse seu plano maluco vai dar certo. Como posso quebrar uma das regras mais importantes assim? - Não podia acreditar. Azul sempre foi de fazer besteira, mas depois de lançar Jimin para um lado e Jeon para outro, ela duvidava que existisse um limite posto pela fada.

- Majestade, é a nossa única esperança... Eu preciso fazer isso. Se eu não me envolver, Jimin e Jeon nunca saberão o significado de amor verdadeiro. Não podemos manter essas duas almas separadas. E sabemos que para o amor, a única regra é amar incondicionalmente.

Mesmo que não seja de seu feitio, Clarion não queria assumir que Azul estava certa. Seu coração aperta só por saber que talvez o plano mirabolante da menina não desse certo, mas não tinha outra opção - Se esse é o único jeito, eu aceito. Mas lembre-se, Azul. É uma jornada perigosa. Como vamos saber que vai dar certo?

- Quanto a isso, pode deixar comigo.

[...]

Azul procurava por entre as nuvens a casinha de Jimin. Chegar ao reino de Oz não foi problema nenhum, mas achar o casebre certo estava sendo uma baita confusão. Bateu em portas erradas, foi confundida com um ladrão, caiu sem querer numa poça e pra piorar, foi mordida por um cachorro que estava de mal-humor naquele dia.

- Eu sou mesmo um fracasso – Sussurra derrotada antes de sentar numa nuvem fofinha para descansar, dando uma olhada geral em todas as casas que sua visão alcança – Não sirvo nem para achar uma casa!

 Queria achar logo Jimin, mas é difícil pensar em outra coisa que não fosse o fato dela ser tão incompetente. Ou o fato de que suas asinhas estavam cansadas e o pózinho mágico talvez não durasse muito. Ou pior! a fome que machucava sua barriguinha!

 Numa última tentativa desesperançosa, Azul fura a nuvem para procurar em voo baixo seu afilhado – Realmente espero que procura-lo por aqui não me traga problemas.

 E realmente não trouxe. Mas também não trouxe nada de bom.

 - Acho que está na hora de descansar – Por sorte ela achou uma macieira a umas cem batidas de asa dali. Pelo menos fome não seria mais um problema e poderia usar as folhas da árvore para montar um cama.

Por uma questão de segurança, a fadinha só voltou sua busca na noite seguinte. Não podia ser vista durante o dia e também não sabia como se disfarçar entre os camponeses sem que suas asas brilhassem em contraste com a luz do sol.

Andando devagar pelo breu da floresta, seu coração salta pela boca quando encontra três caçadores segurando armas gigantes e uma pobre lebre já morta.

- Estou dizendo, aquela princesinha será minha! – As gargalhadas fazem ela ficar de ouvidos esticados. Não era muito espiar conversas alheias, mas aquela em especifico chamou sua atenção.

- Gaston!, largue de ser idiota! Ele nunca olhará para você. Lembra quando ele deu seu buquê de flores para uma senhora que passava perto? – Um dos homens naquela roda riu da cara fechada que o suposto Gaston fez.

- Então você é o Gaston... - Azul concluiu que não podia estar mais certa. Roupas de couro, cabelo sedoso, sorriso cafajeste; era ele. O admirador não-secreto do seu afilhado.

- Ele devia estar um pouco sobrecarregado com o trabalho, seu velho idiota – Gaston tomou um bom gole do que tinha em seu cantil antes de cantar vitória - Aposto que não vai resistir por muito tempo aos meus charmes!

- E o que vai fazer desta vez? Comprar um gato? Levar um anel de brilhantes para ele jogar no lixo? – mais um vez o homem contagiou toda a roda com sua risada escandalosa e Azul também riu baixinho. De fato, a cara de Gaston era medonha, mas muito engraçada.

- Cale a boca! Jimin vai ter uma bela surpresa daqui uns dias! Vou aparecer em seu mercadinho e o levarei para minha casa. Já é hora de termos um tempo só nosso... - Gaston sorri, satisfeito e ansioso para que os pensamentos sujos em sua cabeça se tornassem realidade o quanto antes.

A roda ficou quieta desta vez. Todos sabiam do “amor” que o famoso caçador nutria por Jimin e sabiam muitíssimo bem até onde ele podia chegar com suas investidas podres. Gaston vinha enrolando a pobre Sra.Park e conseguindo encontros rápidos com o pequeno graças a inocência da mãe. Sempre levava um fora, mas desistir não era opção quando lembrava das coxas fartas e bunda grande do menino.

 - Agora eu entendo porquê ele odeia Oz... – Azul ouviu todos os comentários caladinha e revirou os olhos. Realmente, Gaston não merece a mão de Jimin e nunca irá merecê-la se continuar tratando o menino como um prêmio a ser conquistado. Com toda certeza, esse "amor" passa longe de ser verdadeiro e até mesmo saudável. Pena de quem está destinado a esse traste.

[...]

A voz é calma. Doce na medida certa e ainda possui a leveza de uma pena. Parei de chorar, assustado no momento que ouvi a continuação daquela frase que não fez o menor sentido.

- Sabe, acho que você merece me conhecer - Senti um aperto gostoso nas mãos e respirei fundo, ainda apavorado. Nem mamãe tem a voz tão aveludada. Gaston se assemelha á um ogro e nunca gravo as vozes dos diários compradores que passam pelo mercadinho. A quem pertence esse timbre?

- Não vai dizer nem um oizinho para sua fada? Mal-educado. Não volto mais aqui.

- Fada? – minhas mãos suadas se livram do aperto e engulo em seco. Milhões de fugas se passam na minha cabeça, mas antes decido ver com qual maluca estou lidando

- Oi! – A estranha sorri alegre, levantando-se rapidamente – Vem! Daqui a pouco acontece a mudança de estação e você não pode pegar um resfriado! Sra.Park te mata se ficar doente!

- Quem é você? – Como ela sabe meu sobrenome? Será que é uma parente perdida? Levanto meio na defensiva e analiso de cima a baixo a mulher estranhamente... Azul.

- Sei tantas coisas que minha cabeça vira um mar de informações – disse balançando as mãos como se indicasse algo grande – Vamos! Eu sei que está com medo, mas eu não mordo! Prometo! 

- Minha mãe está me esperando em casa e eu não sei quem você é, então... – Dou dois passos para trás.

- Como você pode ter medo de uma criatura a qual você crê desde pequeno? – A maluquinha meio azulada ri divertida e balança algo no ar. É como um pózinho que deixa tudo brilhando mais que diamante. Incrível! - Me diz, isso parece falso pra você?

Coço os olhinhos repetidamente até me convencer de que estou vendo algo real. Meu coração se comporta como se eu estivesse me afogando num rio, frenético nas batidas quase rasgando meu peito. Realmente estou vendo tudo...isso?

- Como você fez? –  A varinha reluz em meio ao brilho singelo das estrelas e eu aponto para seu bico radioso que emana um pózinho amarelo

- Usando magia, bobo! – Para minha surpresa, a mulher jogou aquela coisinha cintilante em si e seu corpo como resposta abriu asas azuis celeste que armaram-se como um escudo a pondo para voar, me encarando lá de cima – Viu? Magia!

Não sei se respondo, fujo, aceito em acenos frenéticos, grito mamãe, desmaio ou só fico parado igual tonto vislumbrando esse absurdo. Isso é nada mais, nada menos que impressionante. O jeito como as asas batiam rapidamente. O sorriso tranquilo da fada. Tudo!

- Eu... Não sei o que dizer –  Não me sinto mais tomado pelo medo como antes. Agora, acho que tudo se resume a muitas perguntas que talvez eu nem consiga entender as respostas.

Senti uma ligação quase que de imediato com a mulher. Enquanto ela esperava as engrenagens em meu cérebro voltarem a funcionar, o reflexo da asas azuis celestes, na noite estrelada.

- Você quer voar também? – A fada estica amigavelmente sua mão e sorri.

- Não sei... – Não quero aceitar e ao segurar sua mão acordar no meu colchão duro. Quer dizer, isso realmente está acontecendo? Toda a minha vida eu passei acreditando que fadas não existem, e de repente descubro que uma delas resolveu me visitar - Eu nem sei o seu nome!

Ela ri e parece se lembrar desse detalhe quando empunha a varinha e escreve no ar "Azul" com um coração no final.

- Azul? É o seu nome? – Pergunto aturdido, mas ela nem se da o trabalho de responder. Quando noto, ela já jogou o pó de coloração amarela e jogou em mim também. Agora estou na sua altura, preso por sua mão.

 – Eu sinto como se pudesse finalmente tocar as estrelas! - ainda meio desajeitado, tento de algum jeito firmar as pernas para que elas não se mexam desesperadamente.

- Eu nunca tentei, mas deve ser possível. Quando acreditamos fielmente em algo, nada pode atrapalhar – Azul pisca e eu não capturo sua intenção. O que ela quer dizer?  – Que tal uma volta? Vamos estabilizar esse voo!

- Sério? Vamos! – Instantaneamente me lembrei de mamãe dizendo "Não aceite nada de estranhos. Nem mesmo se for ouro!" – Quer dizer... Eu não sei se devo aceitar. Minha mãe diz para eu não aceitar nada de estranhos. - Coro, esperando que Azul entenda. Eu sou um bom filho, ok?

- Mas eu sou uma fada! Por algum acaso ela falou sobre fadas estarem inclusas nessa lista? – Ela arqueia uma sobrancelha com ambas as mãozinhas na cintura, esperando uma resposta.

-  Não! Ela não falou nada! Me deixa em pé de novo! – peço desesperado de cabeça para baixo. Que fada esquentadinha, meu Deus!

- Viu? – Pegou na mão do menino novamente e o ajudou a portar-se ereto no ar – que tal uma volta para pegar o jeito no voo?

- Aigoo... – olhou para trás e vislumbrou sua casa apagada. A mãe estaria dormindo, pensou o menino. Fitou novamente a fada e vendo tantas possibilidades de manobras incríveis e aéreas presentes na mesma, não soube recusar – Uma voltinha não mata ninguém... – E mesmo que estivesse com o corpo tenso e a mente quase explodindo, aceitou segui-la para onde quer que fossem.

[...]

- Então, Jimin. Está conseguindo controlar melhor? – Questionou-o enquanto voava sob os galhos secos e pontudos que residiam colados ás árvores. Jimin, que estava quieto até então, resolveu que era hora de responder alguma coisa, afinal, estava se corroendo em curiosidade.

- Já estou melhor! – soltou a mão da fada– Jimin queria te perguntar uma coisa... – olhou para baixo e brincou com os dedinhos - Você por acaso é a fada madrinha de Jimin? – esperou silenciosamente a resposta.

- É quase isso, meu bem. E vim aqui justamente para desempenhar meu papel com- fora interrompida pelo menino.

- Quase isso? Aish... É tão confuso... Explique melhor para Jimin. – apertou os dedinhos nervosamente enquanto devorava-a com os olhinhos pequenininhos.

Azul riu da afobação do menino e antes de lhe responder, acharam um tronco caído no meio do bosque. Provavelmente com terrível fim provocado pela chuva. Mas eram frios o suficiente para ignorar esse fato e sentar sob o mesmo.

- Bem – limpou a garganta e conteve um sorriso - Você pediu de volta sua felicidade, não pediu? Pois bem. Eu vim para devolve-la! – bateu palminhas animada e esperou uma reação vinda do mero humano.

- Como... Como sabe que a felicidade de Jimin foi arrancada dele? – a voz indicava o quão abalado e surpreso estava. Se antes estava nervoso, agora beirava o desespero. Arregalou levemente os olhos.

- Eu já disse. Sei sobre tantas e tantas coisas... – sorriu terna e pegou nas mãos de Jimin – dentre tudo que sei, reconheço que você merece sua felicidade novamente. Então, está feliz?

- Jimin... Não sabe o que dizer... – por fim, o cérebro se confundiu e sua voz saiu baixa. Abaixou também a cabeça, fitando os pés sujinhos de terra por causa da falta de seu banho noturno. Ainda estava nervoso e se julgava mentalmente por falar em terceira pessoa assim.

- Como? – Azul deixou escapar o tom perplexo demais sem querer. Imaginava ele dando saltos de alegria e chorando de felicidade. Não que transparecesse indecisão e nervosismo na voz...

-  desculpe Jimin... Mas ele não conhece o mundo... E pelo pouco que viu, ele é cruel e manipulador. Jimin não sabe mais se consegue ter sua felicidade... – proferiu baixinho e apesar da frase ser curta, carregava mágoas do passado e feridas que ardiam a tez.

Apenas por isso, ela entendeu o menino. Realmente, o afilhado havia sofrido bons bocados na mão de SuHo e isso feriu o pobre coração crente em amor e alegria. Admitiu para si mesma que era óbvio ele recuar para uma proposta tão inesperada e que trazia consigo fantasmas do passado.

- Jimin... Eu... Sei que sofreu muito, mas... Não desista da sua felicidade por causa do passado. Não desista do seu coração... – pousou a mão delicadamente sob uma das coxas fartas do menino – Você é um menino de ouro e merece ter tudo de bom que o mundo possa lhe provir.

- Se tudo o que Jimin passou for o bom do mundo, então acho que ele merece morrer infeliz. – os olhinhos que antes estavam secos, agora apresentavam os indícios de lágrimas pesadas que logo, logo saíram das orbes, sem permissão concedida.

- Oh, meu menino... – Sentiu sua luz natural enfraquecer um pouco com a aura triste do garoto. A faceta que Jimin exibia nada bom provinha – Não pense assim... Você infelizmente viu a parte ruim do mundo. Isso não quer dizer que todos sejam assim. É só uma pequena porcentagem. O mundo é feito de pessoas boas e ruins, Jimin.

Azul se sentiu como um lixo. Graças á ela, tudo deu errado. Jimin não era feliz, Jeon muito menos. Como pode deixar tudo isso acontecer? Um futuro lindo eles teriam. Futuro que graças á ela, perdeu-se.

- Fada... Então por que Jimin só conheceu as ruins? – olhou para a mais velha já com o rosto vermelhinho e deu o primeiro de muitos soluços – E-Eu nem pedi para conhecer o mundo... – disse em meio aos cortes vocais – Por que, f-fada?

Azul não soube responder. Sentiu uma faca cravar o peito com força. Um estilete rasgar a pele lentamente. Cera quente cair nos olhos. A dor era imensa e sabia muito bem que a de Jimin estava pior. Por Clarion! Como pôde deixar seu pequeno sofrer assim? Tão brutalmente?

- Jimin... – sussurrou engasgada no próprio sofrimento e simplesmente puxou o menino para um abraço, que foi correspondido com força.

 Apertou o corpo delicado em volta de si, deixando um suspiro pesado sair por entre os lábios. As mãos seguravam firmemente as costas mais ou menos definidas e ela sentiu sua roupa molhar aos poucos. Não se deu o trabalho de proferir mais nada. Agora era esperar até as feridas não arderam tanto assim. E ficou ali.

[...]

 Os segundos se tornaram minutos e os minutos, algumas horas. Jimin já estava mais calmo, porém, se recusava a largar da fada. Ela conversou mais um pouco com ele para tentar distrair e passar o tempo. Só se preocupou com o horário. Estava bem tarde e o menino deveria estar em seu décimo sono.

- Jimin, preciso te deixar em casa. Você tem que descansar, meu amor – lhe beijou a cabeleira acastanhada carinhosamente e esperou ele desgrudar de si totalmente – vamos?

- Sim... – suspirou cansado física e mentalmente, limpando os poucos resquícios de lagrimas que encontrava no rosto. Chorou tanto no colo da fada que seu rosto estava inchadinho.

 - A floresta guarda monstros na madrugada como um alerta para que as pessoas não saiam de casa. Então, não devíamos andar muito por aqui á essa hora. Desculpe ter pôr em risco – voltou a voar e aguardou que Jimin fizesse o mesmo. Ele teve pouca complicação em “levantar voo”. Até riria um pouco se a situação não fosse delicada.

 E para a última frase de sua madrinha, ele assentiu, e queria muito dizer que na verdade, não se importava muito com os monstros. Mas provavelmente ela já sabia. Enquanto isso, Azul se contentou em apenas entrelaçar suas mãos carinhosamente nas de Jimin como proteção e forma de ajuda-lo a equilibrar-se. Afinal, fadas madrinhas protegem seus afilhados. Ou não...

[...]

- prontinho. Está entregue! – sorriu reconfortante para ele e sentiu o aperto se afrouxar, até não ter mais a mão de Jimin com a sua – sua Omma está dormindo mas você sabe que ela tem sono leve, então se apresse para deitar, ok? – beijou carinhosamente a bochecha do afilhado e fez um carinho singelo nos fios acastanhados do pequeno.

- Ok... – devolveu os carinhos com um leve aceno – tenha uma boa noite, fada madrinha. – subiu os dois degraus que a entrada do casebre possuía e sumiu pela penumbra dos cômodos.

- Tenha uma boa noite, Jimin... – Sussurrou e sorriu para a figura pequena que já estava entre o escuro. Jogou mais pozinho mágico em si para aguentar a viagem de volta para o bosque das fadas e zarpou, indo para bem longe dali.

Naquela noite, Jimin não dormiu. Revirou o quarto todo em puro tédio e até mesmo cantou na janela, querendo ver se atraia a atenção da lua para si. Não conseguia parar de pensar nas palavras da fada. Aliás, se perguntava se não estava dormindo ou em um tipo de universo alternativo. Era informação demais para a cabeça dele.

Fora a proposta... Continha apenas o bem envolto da mesma, mas o coração machucado de Jimin sempre maliciava as palavras. E isso o deixava até mais que louco. Sem definição correta, mas com certeza era mais que insano. Tratava-se de recuperar sua felicidade, algo que colore nossos dias pacatos. Tratava-se da volta de um menino inocente e de bem com a vida, de bem com seu coração.

- Jimin não sabe que decisão tomar... – sussurrou para a lua que lhe negava atenção e puxou fortemente o ar para os pulmões – Será que o que ela disse foi realmente verdade? Será que eu serei feliz novamente? – Sorriu bobinho pensando no quão aquilo seria estupendo e bocejou, sentindo o sono chegar.


Notas Finais


GENTE, ME PERDOEM PELA DEMORA. SÉRIO.
eu tive bloqueios que não me deixavam terminar esse capítulo por nada.
sério mesmo. Podem até me xingar nos comentários porque eu mereço.
MAS SEGUINTE
FALANDO SOBRE O CAPÍTULO....
EU ACHEI MEIO POMBO TÁ
mas quis muito fazer algo grande pra compensar minha demora.
vocês merecem, né!
enfim.
queria dizer que o nome das pessoas que leem minha fic são minhas Leawers
só isso mermo.
bye


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