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História A Sua Janela - Dramione - Capítulo Nove


Escrita por: j2x

Notas do Autor


Este capítulo se inicia no exato momento que o capítulo anterior acaba.

Capítulo 9 - Capítulo Nove


Com a cabeça dela encostada em seu peito, Draco se lembrou de algo.

"Você precisa mesmo daquele livrinho?".

Ela não olhou para ele.

"Para com isso".

Draco sorriu, se divertindo.

"Vai, eu garanto que não vou pensar mal de você. Você tentou alguma delas comigo?".

Ela fez um som exasperado, mas não se mexeu. Até que decidiu falar:

"Eu nunca li aquilo. Foi o presente de uma amiga".

Draco decidiu não perguntar por que uma amiga lhe presentearia com aquilo.

Gostaria de conhecer essa amiga, entretanto. Devia ser uma pessoa no mínimo legal, se realmente se atreveu a dar algo do tipo para Granger.

"Que bom" disse, e depois de um momento, acrescentou "eu não parei de imaginar como você seria, depois de ver aquilo".

Ela finalmente levantou a cabeça e o encarou. Não parecia muito amigável.

"Foi mal" ele disse, sorrindo "só foi inevitável".

Ela bufou.

"Para de falar sobre essa merda, pelo amor de Deus".

Draco levantou as sobrancelhas.

"Nossa, que vocabulário lindo".

Hermione passou a mão pelo rosto. Por um momento, pareceu que fosse brigar com ele, mas então ela deu uma risada.

"Você é impressionante".

Ele se surpreendeu, e não riu junto com ela, mas continuava com um sorrisinho no rosto.

Os dois tomaram café da manhã juntos, e depois ela voltou para sua casa.

...

As próximas duas semanas se passaram mais ou menos assim: eles se encontravam quase toda noite, e saiam juntos durante o dia, para as refeições.

A intimidade entre eles foi crescendo de uma forma muito rápida, já que passavam literalmente todos os dias um com o outro.

Eles nem sempre faziam sexo, entretanto, apesar de esse ter sido o primeiro e principal motivo.

Não demorou muito até que as conversas fossem passando para vários assuntos diferente, alguns mais profundos do que outros, e eles foram aos poucos se conhecendo melhor. Consequentemente, gostando cada vez mais da companhia um do outro.

Faltando apenas uma semana para o mês acabar, os dois haviam acabado de jantar juntos na casa dele.

Ambos bebiam muito vinho.

"Se alguém me falasse, no início deste mês" disse Hermione, rindo "que hoje eu estaria jantando com você, eu não acreditaria".

Draco concordou.

"Parece que faz mais tempo".

"Meus amigos vão me achar louca" ela estava rindo muito nesse momento.

Draco levantou uma sobrancelha.

"Eles irão saber?".

"É claro" sua voz estava afetada pela bebida "ou talvez, não. Talvez eu seja misteriosa".

Ela piscou um olho pra ele, e ele sorriu, começando a sentir uma pontada vergonha alheia, tão pouco quanto o efeito da bebida em seu próprio corpo o permitia.

"Você não tem o costume de beber, tem?".

Ela balançou a cabeça.

"Não".

Quando ela se levantou do sofá e sentou-se no colo dele, uma perna de cada lado, encarando-o, porém, toda a vergonha se foi. Ele umedeceu os lábios.

Ela tinha um olhar sedento, e ele também estava com muita vontade. Também não estava sóbrio, embora conseguisse se controlar um pouco mais do que ela.

Segurou em seu pescoço gentilmente, a aproximou de si, e falou em seu ouvido:

"Deixa eu te contar uma coisa, Granger: transar depois de um vinho deixa o sexo melhor".

"Então eu mal posso esperar".

A cada vez parecia ficar realmente melhor. Os dois se encaixavam, e se queriam na mesma intensidade. Mesmo acontecendo várias vezes, não ficava cansativo.

Depois, deitados juntos, ela decidiu falar, muito sonolenta:

"Vou sentir falta dessas férias quando voltar para a Inglaterra".

Draco concordava, mas não disse isso a ela. Apenas a encarou até que ela fechasse os olhos.

Quando achou que ela estivesse finalmente dormindo, ela o chamou:

"Draco".

"Oi".

"Vou sentir falta de você".

Ele não sabia o que dizer. Abriu a boca, mas a fechou em seguida. Não iria demonstrar tamanha vulnerabilidade, iria?

Até porque, sentir falta é algo normal. Não quer dizer que precisariam ficar dizendo essas coisas.

Essa falta em breve seria substituída por outras aventuras.

Pela segunda vez, ele não respondeu nada. Quando abriu a boca para dizer que ainda tinham uma semana restante, percebeu que ela já estava dormindo.

E, algo que Draco jamais iria admitir, ou entender o porquê, ele continuou encarando o seu rosto adormecido por uns bons minutos, meio fora de foco, até que ele mesmo não aguentou o sono.

...

No dia seguinte, Hermione acordou com uma dor de cabeça insuportável. Só se lembrava de uma vez em que havia bebido tanto, e não fazia ideia do porquê havia repetido.

Enquanto passava mal no banheiro do quarto de Malfoy, ela pensava que isso não era pra ela.

E não se importava nenhum pouco se Draco fosse achar que ela era certinha demais, talvez fosse mesmo. Era melhor do que se sentir assim.

Pelo menos, ele não estava rindo. Era inacreditável como ele podia estar sentindo nada mais do que uma dor de cabeça, enquanto ela já havia vomitado duas vezes.

"Toma água, Granger" ele falou pela terceira vez aquela manhã "Ajuda".

"Só não me oferece mais aquilo".

Ele riu. Que irritante.

"Eu não ofereci em nenhum momento. Eu só tinha em casa. E você deve agradecer aos deuses que aquele vinho era seco".

Hermione odiava admitir, mas havia gostado tanto da noite anterior. Por mais que não se lembrasse de todos os detalhes, o que a causava certo desconforto, ela se lembrava que havia se divertido muito.

No fim daquele dia, sentindo-se melhor, ela queria tentar algo diferente.

Se vestiu com um vestido que provavelmente a faria passar frio, e colocou um sobretudo por cima, além das habituais luvas e gorro.

Quando pisou fora de casa, contudo, ela voltou e aplicou um feitiço no casaco para que se mantesse aquecido.

Bem melhor.

Antes de bater na porta de seu vizinho, ele a abriu. Estava lindo, como sempre. Ela já havia parado de tentar negar esse fato.

Eles foram jantar em um lugar que nunca haviam ido antes. Eles geralmente iam no mesmo restaurante, mas às vezes tentavam algo novo.

A comida foi espetacular.

"Não quero voltar para casa ainda" ela disse, assim que saíram do local, sem se dar conta de como soou.

"Não?" ele parecia curioso.

"Não. Por que não vamos ao cinema, por exemplo?".

Draco franziu a testa.

"Cinema? Por quê?".

Ela se sentiu boba. Ele sempre fazia com que ela se sentisse boba ao perguntar coisas nesse tom de voz, e isso não era algo que ela estivesse acostumada a sentir.

"Não sei" respondeu, tentando manter a voz uniforme "a gente só sai pra jantar e almoçar e tomar café da manhã. Eu estava pensando em-".

"A gente literalmente visitou quase todos os pontos turísticos da cidade, outro dia".

Hermione odiava ser interrompida.

"Me deixa falar" sua voz não estava mais tão suave como antes "eu sei que fizemos isso, mas foi só uma vez. Eu quero sair, hoje. Quero ir ao cinema. Você vem comigo?".

Ele começou a sorrir.

"E se eu não for?".

Ela cruzou os braços.

"Então eu vou sozinha. Nunca tive problemas em andar sozinha, mesmo. Mas é claro que..." suas palavras morreram em sua boca.

Ele levantou as sobrancelhas.

"É claro que...".

Hermione suspirou, e olhou para o chão.

"Droga. É claro que eu quero que você venha comigo. Estou te chamando, afinal. Será sacanagem se não vier".

Ele riu brevemente.

"Pensei que tivesse dito que não estávamos de férias juntos. Você veio até aqui, e... qual foi mesmo a palavra que você usou? Ah, sim. Por uma infelicidade, eu vim também".

"Draco, não começa" ela cruzou os braços.

"E agora não apenas me convida para ir ao cinema, como faz questão da minha presença? O que um bom sexo não faz".

"Se for continuar assim, eu não faço nenhuma questão" ela respondeu, e olhou em seus olhos logo em seguida, baixando a voz "e não foi só pelo sexo, você sabe".

Após essas palavras, o clima ficou estranho.

Hermione pensou e repensou milhares de vezes se deveria ou não continuar falando, enquanto Draco parecia não decidir se perguntava ou não alguma coisa.

Por fim, ele decidiu falar:

"Tem algum filme em mente?".

Ela sorriu.

Os dois foram até o cinema pelo qual já haviam passado algumas vezes durante aquele mês.

Eles tinham alguns filmes em inglês, o que ajudou muito, e o passeio foi ótimo.

...

No meio do filme, na sala de cinema quase vazia, fora algumas poucas pessoas mais à frente, Draco olhou para o lado e se lembrou da mulher maravilhosa que tinha ao seu lado.

Ele desviou o olhar, mas logo olhou de novo.

Ela estava com um vestido azul escuro. Ela combinava muito com cores escuras, já havia notado.

O decote sempre lhe chamava a atenção. Era impossível não olhar.

Ele não mostrava muito, e era justamente por isso que era tão atraente. Mostrava a quantidade perfeita para lhe fazer querer ver mais.

Draco não se contentou em apenas olhar. Levou uma mão à sua perna, e acariciou de leve.

Hermione se virou rapidamente, e ele percebeu que ela estava totalmente concentrada no filme, até aquele momento.

Mas ela sorriu, o que o incentivou a continuar.

Logo, as caricias leves não eram mais tão leves. Ele apertou sua coxa com a mão toda, cravando nela seus dedos.

Fazer aquilo era tão bom.

Muito lentamente, ele começou a puxar a saia de seu vestido para cima, fazendo a rir um pouco.

No filme, alguém tentava procurar um tesouro. Ele também buscava o dele.

Quando a pele de sua coxa estava nua sob sua mão, ele apertou de novo. Dessa vez foi melhor.

Ele continuou acariciando aquela perna por vários minutos, cada vez mais desejo no toque.

Ele subiu um pouquinho a mão, totalmente pretencioso, e ela olhou para ele em seguida, sorrindo maliciosamente.

E o que ela fez depois, o deixou simplesmente louco.

Apesar de já conhecer aquele corpo muito bem, vê-la separar sutilmente as pernas para lhe dar espaço foi algo indescritível.

Draco mordeu o lábio com força enquanto sua mão subia mais e mais.

"Vai mesmo fazer isso?" ela sussurrou, se aproximando de seu ouvido.

Ele confirmou.

Inesperadamente, ela levou sua própria mão até ele, dizendo:

"Então eu também vou".

Aquilo o surpreendeu. Mas tantas coisas sobre ela haviam o surpreendido durante aquele mês.

Ela era uma pessoa bem diferente do que ele pensava. Ainda chata, sim, isso ela sempre seria.

Mas era muito diferente, mesmo assim. Ela tinha muito a oferecer em conversas, sejam elas quais fossem. Conversar com ela era não só agradável, como muito agradável. Como explicar isso?

Ela era engraçada, quando queria ser. Ela era controlada e séria, quando precisava. Era gentil, e seu coração era puro em vários aspectos.

E quando ela sentia tesão... era um tipo de tesão que ele jamais esperaria. Como era possível uma mesma pessoa ser igualmente boa em tudo?

Draco tinha um sorrisinho presunçoso, quase divertido nos lábios, enquanto a sentia e deixava que ela o sentisse.

Aquela era mesmo Granger? Quem diria.

Aquela era uma mulher que ele se arrependia de não ter conhecido melhor antes.

Olhou para ela, e ela sorriu de volta. Em seu rosto, uma malícia diferente da que havia no dele.

Ela definitivamente não estava acostumada a fazer coisas assim.

Estava nervosa. Por estar em um cinema. Que tipo de pessoa ficaria nervosa por isso?

Mas ela também estava excitada, e muito.

...

O caminho para casa foi curto, cheio de conversas e muitos assuntos diferentes, um atrás do outro.

Conversar com Draco parecia tão fácil agora. Fazia mesmo apenas um mês?

Ele era tão... legal.

Naquela noite, ela dormiu na casa dele. Já estava bem tarde quando chegaram, e ela estava com sono.

Ele até queria sexo, mas ela recusou.

"Estou cansada. Só quero dormir".

Ele pareceu um pouco frustrado, mas mesmo assim, nenhum dos dois questionou o motivo de ela dormir lá, já que nada iria acontecer.

Dormiram juntos, lado a lado, na cama dele. E foi ótimo. 



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