História A surreal dream - Oh, Jerry...

Justin estava cheio de besteiras que iriam fazer mal ao Carlos. O empurro com força para fora de casa e fecho a porta atrás de mim.

— Vai embora daqui com todas essas porcarias. — Olho séria para ele. — Meu irmão está doente Justin, tem que ter uma alimentação saudável! 

— Quê? Você está louca? Eu posso ir embora com tudo isso mas quero ver ele um pouco. 

— Desde quando você se importa com as pessoas?

— Eu não me importar com você não quer dizer que eu não me importe com mais ninguém. — Suspiro. 

— Olha, eu não sei o que você quer com o meu irmão e eu não tenho o mínimo interesse em saber. Só deixe a gente em paz, não precisamos de você! 

— Eu não quero saber de você garota! Eu quero conhecer o seu irmão porque eu gosto de crianças e não suportaria ver meu irmão assim! — Justin altera-se.

— Escuta aqui, pare de gritar, não quero que ele ouça você dando uma de louco. — Ele trava seu maxilar. — Então você está com pena dele? É isso? Quer tirar uma foto também, e postar para fingir que é uma boa pessoa? Dar um sorriso falso? Hein, Justin? 

— Eu vou levar essas coisas de volta pra casa, chego aqui em cinco minutos. Não brinque comigo Aurora, sabe do que eu sou capaz. — Justin me dá as costas e corre em direção à sua casa. 

Passo as mãos no rosto e bufo irritada. Esqueço-me que Carlos está sozinho na sala e volto rapidamente. 

— O Justin não vem? — Seu olhar era de desapontamento. 

— Sim Carlos, ele vem. — Sento-me no sofá e bufo novamente. — Escute, eu estou muito chateada com ele mas não quero que você trate-o mal por isso. Apenas seja educado, mas não precisa exagerar... — Ele ri. 

Eu e Carlos ficamos conversando até a campainha tocar. Arrasto-me preguiçosamente até a porta e abro-a. 

— Entra logo. — Reviro os olhos dando espaço para que ele entre. 

— E aí, Carlos? — Justin cumprimenta-o. 

— Carlos, vou subir rapidinho e já volto, tá bom? — Interrompo-o. 

— Tá. — Sorrio para ele e reviro os olhos para Justin. 

Subo as escadas e vou até meu quarto, pego meu notebook e desço. 

— Qual filme você quer ver? — Ouço Justin perguntando para Carlos. 

— Batman. — Sorrio e vou para a mesinha no canto da sala, coloco o notebook sobre a mesma e sento-me. 

— Batman é maneiro cara. — Justin coloca o filme e eu espero começar para ter certeza de que Carlos não veria o que estou prestes a fazer. 

Abro a janela que eu havia deixado aberta no notebook antes de sair e desço podendo ler o que estava escrito. 

"A recomendação de comer pouco várias vezes ao dia é muito importante para pacientes com câncer. Fracionar as refeições e comer devagar, mastigando bem os alimentos, ajuda tanto a diminuir as náuseas quanto melhorar o apetite."

Eu estava pesquisando mais sobre a doença e o que eu poderia fazer. Li tudo que encontrei, estou exausta. Apoio meus cotovelos na mesinha e seguro meu rosto com as mãos. Vou em outro site, desta vez brasileiro. Um anúncio da revista TodaTeen chama minha atenção. 

"Parece que Justin Bieber está de caso novo, o boy foi visto entrando na casa vizinha de frente. Que segundo fontes; é onde mora Aurora Atanita, filha de Miguel Fonseca•, gerente da Ford. Ao que parece, não é a primeira vez que eles se encontram..." 

Fotos minhas gritando com Justin no EMA, fotos nossas na pracinha e foto dele entrando em minha casa apareceram assim que cliquei na matéria completa. 

— Justin Bieber, eu vou matar você... — Falo entredentes e levanto-me indo até o sofá. 

— Shiii! — Carlos me assusta. — Ele está dormindo. 

— O quê?! — Olho para Justin e o mesmo estava deitado no sofá todo esparramado. 

Eu queria acordá-lo para pode dizer o quanto estou irritada por aparecer em vários sites de fofoca. Mas ele parecia dormir tão bem e eu sou uma babaca por estar pensando nisso enquanto ele é uma pessoa horrível. 

— Eu não acredito nisso... — Coloco a mão na testa. — Não, não, não! — Ando de um lado para o outro pensando em como faria para levar Carlos para o hospital enquanto Justin dormia. 

Ouço a porta sendo aberta e em seguida Jonas e meu pai entrando. 

— Pai! Eu preciso da sua ajuda, pode levar Carlos ao hospital? — Imploro falando baixo. 

— O quê? Por quê? — Ele caminha pela sala e eu fecho os olhos imaginando o que viria. 

— Que diabos Justin Bieber está fazendo no meu sofá? 

— Dormindo. Pai por favor, Carlos precisa voltar para o hospital, e eu vou dar um jeito no Justin! 
 

Sua boca abre para provavelmente me xingar, mas ele só gesticula com os braços e assente. Suspiro aliviada e o vejo puxando a cadeira de rodas.

— Tchau meu amor. — Beijo as bochechas de Carlos e ele sorri. 

— Tchau. 

— Quando eu chegar vamos ter uma conversa séria sobre isso! — Meu pai sussurra em meu ouvido. 

Faço tchauzinho com as mãos ao ver os três saindo pela porta. Sento-me no braço do sofá e observo Justin dormindo. Ele parecia ser uma boa pessoa, só parecia mesmo. Bufo vendo que ele não iria acordar tão cedo, e por ele ser lindo e gostoso até dormindo.

— Justin! — Chamo. — Justiin! — Aumento a voz. — JUSTIN! 

Bieber acorda em um sobressalto e senta-se me encarando assustado. 

— Eu dormi... — Diz coçando os olhos. 

— Não me diga. — Debocho e ele revira os olhos. 

— Vou embora, mas espera, cadê o Carlos? — Empurro Justin no sofá com força. 

— Nada disso, você não vai embora agora. 

— Woow Aurora, vai me estrupar? — Sinto vontade de rir e resolvo brincar um pouco mais. 

— Eu? — Passo minhas mãos por seu peitoral. — Eu não Justin! Tá louco? Eu quero é te matar seu idiota, você viu que estou em todas as notícias por sua causa? — Distribuo tapas em seu peito. 

— O que eu fiz? E porra quem quer te matar sou eu... — Ele diz colocando uma almofada em seu colo.  Gargalho. 

Oh, Jerry...

— Vai se foder, como assim o que eu fiz? 

— É! Eu também pensei que ia foder! Eu não sei o que eu fiz porra. 

— Têm fotos nossas em todo lugar, estão pensando que você está de caso novo. COMIGO! 

— Ah, meu Deus! Que novidade! Disseram que estamos noivos ou algo do tipo? 

— Não! 

— Então tá tudo bem...

— Tudo bem? Tá tudo bem?! Eu quero arrancar sua cabeça seu idiota. — Antes que ele respondesse o telefone da casa começou a tocar e eu corro até a estante para pega-lo. 

— Alô? 

— Aurora...

— Pai?