História A terapia do medo. - Serei sempre seu.

Fazia um friozinho gostoso, embora já estivessem quase na primavera, eu sei que me sinto muito bem agora, ainda tenho pesadelos e morro de medo de ficar no escuro e de lugares fechados, mas minha psicóloga diz que é normal, considerando o trauma que sofri, e que com tempo e paciência tudo vai sumir, assim espero, hoje estou em uma loja muito suspeita, meu irmão está comprando uma fantasia para dar de presente a Mia, e pensando nisto acho muito engraçado, eles se apaixonaram quase no mesmo instante, foi tão forte a paixão que meu irmão deixou a faculdade, só volta no próximo semestre, aqui mesmo perto de onde moramos. Eis ai outra questão divertida, moramos todos juntos, o apartamento ficou pequeno, é claro, e como o juiz determinou que devo morar com meu irmão e tutor até ser maior de idade e poder me sustentar e já que ele é apaixonado por Mia e eu por Alex, a vida estava meio complicada, então ele resolveu a questão, hoje moramos na minha antiga casa, com seus lindos jardins, espaçosa e confortável, e finalmente eu me sinto em casa.

_Maninho, vem cá, preciso da sua opinião em algo aqui.

Revirei os olhos, como eu posso ajudar em fantasias sexuais, nunca usei uma na vida!

_Yudi, eu não sei, fico com vergonha só de imaginar a Mia usando algo constrangedor, ela é minha melhor amiga...

_Tá, eu sei, você é todo tímido, mas hoje não, entre ai e vista isto, agora, to mandando!

_Que? Eu, porque?

Mais fui empurrado para dentro de um provador todo colorido e um tecido preto e brilhoso foi jogado no meu colo, peguei a peça sem saber o que fazer com ela, abri devagar, parecia...parecia...

_Nem matando Yudi eu não visto isso! Vai chamar a Mia.

Meu irmão colocou a cabeça dentro do provador e riu, depois entrou ali dentro e começou a me despir, me fazendo ficar vermelho.

_Bobinho, é para seu namorado, uma fantasia de gatinho, agora vamos colocar as pernas ai, isso! Agora as orelhinhas! Pronto, de uma olhadinha, que fofo!

_E-eu to...to vestido de gatinho? E o que faço com esse rabo? Perguntei pegando um rabo preto e comprido na mão, fazendo meu irmão morrer de rir.

_Vire-se maninho...

_Não! Nem vem! Ai, tira a mão, Yudi!!!

Mas ele colocou o rabo na roupa, tinha um minusculo botão ali, ai que alívio!

Pronto, saímos da loja com duas sacolas e fomos tomar sorvete, eu ainda estava com as bochechas vermelhas, meu irmão é muito maluquinho, e eu o amo demais, graças a ele meu pai está preso, por pouco tempo é verdade, logo será encaminhado para uma clínica de recuperação, dizem os médicos que ele tem um distúrbio psicológico, enfim, ele vai passar muito tempo lá, espero que seja uma boa clínica, foi meu irmão quem escolheu, e ele me disse que ele vai acabar aprendendo muito lá. Quanto a Igor foi extraditado para a Rússia, onde vai ser julgado e preso, nem imagino como devem ser as prisões de lá, e nem quero saber, felizmente estou seguro agora.

Depois  do jantar eu e Alex subimos para nosso quarto, que agora era uma bela suíte, confortável e grande, e deixamos Mia e Yudi na sala, trocando beijos, quando eles começavam assim era melhor subir logo, eles se esqueciam dos outros, lá em cima me lembrei da sacola com a fantasia, meu rosto corou, eu tentei disfarçar, em vão.

_O que foi meu lindinho, pensando em algo para fazermos hoje? Alex perguntou já se aproximando de mim, eu desviei dele de mansinho, porque se ele me pegasse era o fim, ele sabia meus pontos fracos muito bem e logo me jogava na cama, sem chance.

_E-eu quero usar uma coisa hoje, mas to com vergonha, então fica ai, espera um pouco e eu já volto tá...

Alex sentou na cama e sorriu, eu saí tropeçando no tapete e fui ao banheiro, onde tinha deixado a sacola, tomei um banho rápido, passei uma colônia que ele me deu e me olhei no espelho, eu estava corado até os mamilos, mas mesmo assim vesti a fantasia, que era um shorts muito curto preto de couro e uma blusinha colada do mesmo tecido, luvas pretas até o cotovelo, uma coleira preta, de onde pendia uma fina corrente que descia livre até a altura do umbigo, orelhinhas de gato felpudas e um rabinho, depois de pronto me olhei no espelho.

"Ai meu deus!" 

Peguei na maçaneta da porta duas vezes e desisti, roendo as unhas, e se ele achasse ridículo? E se ele não gostasse?

"Ai meu deus, meu deus!"

_Aiko, anda logo meu lindinho, to curioso aqui.

_Não tenho coragem de sair!

Ouvi a risada dele alta e feliz, e antes que eu pudesse tirar toda aquela roupa doida, ele entrou no banheiro, me pegando de surpresa, e eu vi seu rosto se transformar, seus olhos brilharam imensos, seus lábios se abriram, e ele me olhava daquele jeito, como quando ia me jogar na cama e fazer tudo comigo.

_Minha nossa! Que fofo, Aiko, você está muito, mas muito apetitoso assim, quero muito te comer agora...

_Ai, você nunca fala assim... Respondi meio assustado, me encostando na pia.

_Desculpe meu lindinho, é que você quase me levou a loucura agora...

Alex se aproximou de mim e me tomou nos braços, me fazendo sentar na pia, e me beijando com muito desejo, mas mesmo assim muito carinho, suas mãos passeavam por meu corpo todo, ele pegou a correntinha nas mãos e suspirou, depois foi apertando levemente minha cintura, eu já gemia, era muito bom ser amado, ele beijou meu rosto, meus cabelos molhados e depois abriu só um pouquinho a blusa, para beijar meus mamilos, morder e chupar, porque ele sabia que eu adorava aquilo, depois colocou sua mão dentro do shorts, indo certeiro ao meu membro pulsante naquele aperto todo, eu não vi, mas ele abriu a roupa, que logicamente tinha um jeitinho bem rápido de ser aberta, e me masturbou gostosamente, enquanto atacava meus lábios, mordendo e beijando.

_Gemi pra mim lindinho, adoro ouvir você gemendo, meu gatinho fofo...

_Ahhh...Mais Alex, quero mais...

Ele abriu minhas pernas rindo, depois sussurrou na minha orelha:

_Gatinho mau, você precisa muito de seu dono, quero ouvir seu miado quando eu tomar esse lindo rabinho todinho para mim...

Me arrepiei inteiro, aquilo era insano, gemi só com sua voz rouca e sensual, ele sabia como me fazer enlouquecer, sabia onde tocar, sabia o que dizer, eu percebi ele se esticando e pegando um frasco de gel na prateleira, depois colocando nos dedos, ele sempre era cuidadoso comigo, nunca me machucava, embora eu sempre ficasse mais do que constrangido com essa preparação, fechei os olhos ao sentir seu dedo médio entrando, mas ele beijou meus olhos, meu rosto, meus lábios, daí senti o segundo, ele massageou um pouco, e eu rebolei nele, sem querer, ele gemeu alto. Então ele abriu minhas pernas e entrou devagar, me arrepiando muito, quando ele já estava dentro de mim, enlacei sua cintura com minhas pernas e gemi, ele estocava com rapidez e força, era gostoso e excitante demais, eu me derretia em seu colo, gemendo e jogando minha cabeça para traz, em dado momento fiz sons de ronronar em sua orelha e ele enlouqueceu, eu miei baixinho, como um gatinho manso, e ele tremeu em mim, puxando meus cabelos, mordendo meu pescoço.

_M-meu lindo gatinho...

Gememos juntos, perdidos no desejo louco, e então eu tremi inteiro, me derramando em sua barriga, meu pênis preso dentro de sua mão, e ele deu uma última estocada em mim, senti seu calor dentro de mim, ele me apertou no colo, beijando meus lábios, depois me soltou e me olhou de novo.

_Aiko, você é lindo, quero viver com você minha vida toda, porque te amo.

Eu sorri, dando os braços para ele, queria ser afagado e mimado em seu colo, porque o amava também.

_Alex, também te amo.

_Agora, um banho de banheira para meu gatinho lindo, uma massagem maravilhosa, carinhos na cama e uma noite ao meu lado, coladinhos, a vida pode ser melhor?

Olhei para ele sorrindo, me lembrando que eu tinha uma família agora, meu irmão e Mia e  Alex eu podia ser feliz de verdade, ser eu mesmo, e com certeza nada podia ser melhor.

_Tem razão amor, nada pode ser melhor, miau...

Rindo ele veio e me pegou no colo, e fomos para a banheira juntos.