História A Terceira Dimensão - Interativa - Prólogo

Peguei uma peça de cristal azul na sala de concerto de Marc. Ainda fico a me perguntar da onde que esses cristais surgiram.

É uma beleza fascinante, que fascina qualquer um.

- Lindsay! - Marc veio até mim e arrancou o cristal das minhas mãos - Já lhe avisei para não entrar aqui. Ainda estou estudando esses cristais, então não mexa neles!

- Er... Tá certo... Depois volto?

- NÃO! Não quero sua presença, ruivinha. Você já tem me perturbado bastante, então, VAI EMBORA!

- Hum... Ok... Não vou mais lhe incomodar com minha presença.

- É isso! Tudo em você me incomoda! - Os gritos de Marc fizeram meu rosto ficar com um pouco de saliva.

Saí de sua oficina mecânica e comecei a caminhar até meu quarto.

A brisa que bate nos meus cabelos ruivos é muito fria. Fazem dois séculos que não fica quente. Muitos de nossa raça quase morreram por conta da mudança de clima. Quer dizer...

Minha raça é dividida em dois tipos. A mais antiga é chamada de Fire. O nome é simples, pois o científico é complicado, e a "troca" de nomes facilitou na fala. Já a minha, a que quase se acabou, é Berinlolly.

Eu achava engraçado o nome, mas tem uma razão. Berin, de beringela, e Lolly de pirulito. Até hoje, não sei o motivo desse nome, mas, obviamente, tem a ver com doces. A diferença, é que Fires tem maior capacidade de sobreviver em locais completamente diferentes dos de costume, e podem ser elfos, vampiros, etc, só que, como se fossem mais avançados. Já Berinlollys, são muito frágeis, e, dificilmente podem conseguir terem filhos com seres de outra raça no meu mundo. A lado bom de ser de minha raça, é poder manipular elementos da natureza, porém só, fogo, água, terra e vento. É PROIBIDO Berinlollys terem filhos com Fires, pois, com facilidade, só teriam filhos deficientes, e isso atrapalharia a rainha.

Fico a me perguntar a razão desses cristais. Parece muito com os que protegem minha raça - dos dois tipos - , mas, a pedra que nos protege, é esmeralda.

Parei de caminhar, então comecei a caminhar em direção ao quarto da rainha.

- Não vá, por favor - Me virei e comecei a encarar Mellany.

- É melhor não atrapalhar ela... O desaparecimento dos fragmentos a preocupam demais. É melhor não perturba-la - Mel começou a rir - Que foi?

- Digo isso, pois vou fazer massagem na fera. Então, não perturbe ela... Vai sobrar pra mim - Fiz biquinho - O que foi?

- Sempre pensando só em si - Com as mãos, fez carinho na minha cabeça. Seus dedos são frios como a temperatura. Eles atravessam meus fios me fazendo arrepiar.

Me virei e comecei a andar ignorando os chamados de Mel. Não gosto dela.

Voltei a Oficina de Marc, para incomodar, mesmo.

Fiz redemoinhos arrombarem a porta de ferro.

- Mas... Que merda é essa?! - Já estava sentindo saudade de seus gritos.

- É nada, Mar... - Comecei a caminhar pelo local, até que Marc me cercou por seus braços, fazendo com que eu recuasse e batesse minhas asas em livros, e eles caíssem.

Fui recuando, então acabei entrando em uma espécie de armário. O frio ficou quente.

Nisso, Marc fechou as portas me prendendo.

As minhas asas fizeram com que o local parecesse mais apertado, causando um incômodo. Comecei a bater na porta inutilmente.

Tudo ficou escuro, e passou a ficar branco. Fechei meus olhos, pois a luz causou muito incômodo. Quando os abri, percebo estar numa sala diferente.

Como se todos os cristais azuis que vi durante toda minha vida, tivessem se reunido na minha frente. Estou olhando um enorme cristal bem na minha frente.

Peguei do meu bolso esquerdo um fragmento, e comecei a comparar, olhando para cada um. Comecei a rir. Finalmente vejo o local da onde, aparentemente, "saiem" esses fragmentos.

- Ora ora... - Ouvi uma voz rouca e senti uma mão quentinha apertar minhas asas.