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História A Terra do Céu Cinza - Eis Que A Luz Resplandece Nas Trevas


Escrita por: gabbyxx

Notas do Autor


Boa noite, meus amores <3
Com muita dor no coração venho dizer que a fic chegou ao fim, aqui está o ultimo capitulo dela... Quer dizer, ainda não acabou oficialmente porque tem o Epilogo, mas... as aventuras na Terra do Céu Cinza chegaram ao fim
OU NÃO
Escutem, (na verdade leiam)
Eu estou escrevendo alguns contos que continuam a história, que postarei aqui juntinho, pra ficar tudo bonitinho no mesmo lugar
Nele vocês terão algumas explicações que não foi para história principal e algumas aventuras extras e outras novas com alguns personagens que nem estão aqui no livro principal
Esse capitulo foi bem emocionante de se escrever, quero pedir desculpa por qualquer erro que possa ter porque pra variar não editei :s
Espero que gostem
E a titulo de curiosidade, a musica que tocaria originalmente seria Stairway to heaven, me senti tentada a mudar para House of rising sun por achar que ficaria ainda melhor por sua sonoridade combinar mais com a cena, apesar da letra não ter nada a ver kjkkk
enfim, aproveitem <3

Capítulo 24 - Eis Que A Luz Resplandece Nas Trevas


Fanfic / Fanfiction A Terra do Céu Cinza - Eis Que A Luz Resplandece Nas Trevas

Eu acredito em você, eu vou desistir de tudo para te encontrar. Eu tenho que estar com você, para viver, para respirar, você está assumindo o controle de mim”.

Take Over It Me, EVANESCENCE 

 

Os dias que se seguiram depois da cerimônia de batismo foram bem calmos, Hayley me ensinava sobre as escrituras sagradas e aprendendo sobre a aquele que decidi seguir eu sentia paz e todas as dúvidas que incomodavam aos poucos iam embora. As palavras de Andrew no Vale das Sombras ainda vinham em minha mente de vez em quando e eu me perguntava o que acontecera com Nightmare, mas eu tinha fé de que as coisas dariam certo e por isso não me abalava tanto com essas coisas.

Eu e Rick nos divertíamos bastante um com o outro, fazíamos passeios contemplando o novo mundo que a Terra do Céu Cinza se tornara, a beleza era impressionante e estar ao lado dele era apenas mais um motivo para sorrir. Realmente não sei dizer quanto tempo se passou em meio essa paz, pareceram meses e foram meses muito bons, eu mudei muito em pouco tempo e aprendi muito também mesmo ainda não sabendo de muita coisa. Tudo que sei é que estava melhorando e isso é o que a graça de Deus faz. Eu não era mais uma garotinha imprudente e confusa como era, Cristo havia me encontrado e mostrado a mim caminhos melhores que os que seguia, Ele me deu uma chance para recomeçar e ainda que estivesse no início da caminhada, já sentia Ele me renovando e habitando em cada parte do meu ser, trazendo-me esperança sobre minha jornada.

Esses tempos foram de fato ótimos, mas tudo que é bom tende a durar pouco e nesse caso não foi diferente. Em uma noite como qualquer outra eu dormia tranquila em meu quarto na Sede da Ordem do Filho do Homem quando uma estranha criatura que eu bem conhecia veio a me visitar. Ela tinha pele branca rachada como porcelana e cabelos negros como penas de corvos e uma voz cortante que soava como facas sendo afiadas, estava nua e imunda, completamente suja por sua própria podridão.

-Sentiu saudade? –Foi o que Nightmare sussurrou. O medo me paralisava e eu apenas via em sua face um sorriso demoníaco e insano sem conseguir me mexer ou mesmo gritar para pedir ajuda.

Não entendi bem o que ocorrerá, apenas sei que tentei gritar e o percebendo ela tapou minha boca com suas garras sujas e levou-me dali. Como o fez eu não sei dizer, por alguns instantes foi como se eu tivesse desmaiado, apagado completamente e só acordado então quando estava em um lugar completamente diferente.

Estava muito escuro e eu estava amarrada em uma cadeira, vestia meu pijama que se tratava de uma camisolinha, estava com frio, o ar era tão gelado que da minha boca saia fumaça. Apesar da iluminação não ser boa eu conseguia ver que estava em um cômodo sujo com paredes de madeiras e janelas velhas com cortinas escuras, lá fora se ouvia o barulho da chuva, muitos relâmpagos que de vez em quando davam clarões no quarto, tratava-se de uma tempestade. Em um dos cantos havia uma cômoda com um rádio antigo em cima, ele tocava baixinho as notas inicias de “House Of Rising Sun” e do lado da cômoda, escorada na parede ela estava parada, olhava para a faca que tinha em mãos com um sorriso insano e baixinho cantava em tom de deboche os versos “There is a house in New Orleans/ They call it The Rising Sun/ And it's been the ruin of many other poor boys/ And God, I know, I'm one...”.

-Oh! Você acordou! –Ela disse animada.

A vadia agora havia se vestido, mas quem disse que isso significava muita coisa. Usava um vestido preto de rendas bem curto, para minha surpresa estava completamente limpa, a gosma preta que normalmente cobria seu corpo não estava ali, sua pele branca de porcelana parecia até mesmo bem tratada e ela até mesmo usava maquiagem forte e salto alto. Arregalei meus olhos pensando aquele típico palavrão entre o “que” e o “essa” enquanto minha sequestradora continuou a cantarolar os versos seguintes: “And the only thing a gambler needs is/ A suitcase and a trunk/ And the only time he'll be satisfied/ Is when he's all drunk”.

-Gostou? Me arrumei para você, meu bem. –Disse. Levantei as sobrancelhas, meu rosto dizia o que minha boca não podia dizer “qual é?”, ela riu e deu alguns passos à frente. –Talvez você queira que eu tire essa maldita mordaça da sua boca, não é? –Ela riu. –Aposto que se eu insistisse um pouco já estaríamos tirando a roupa e rolando por esse chão, mas cuidado, afinal apostadores só ficam satisfeitos quando estão bêbados... ou quem sabe seja bêbados mesmo que devemos ficar? Não seria uma boa um Jaeger? Acho que lhe deixaria mais soltinha.

Revirei os olhos pelo trocadilho com a letra enquanto ela se aproximou com certa sensualidade de mim, sentou-se em meu colo e colocou suas mãos em minha nuca. Tocando a ponta do meu nariz com o dedo indicador ela disse enquanto eu apenas encarava suas unhas gigantescas e a faca que ainda se encontrava em uma de suas mãos:

-Não seja assim tão má, querida. –Ela sorriu, quase pareceria gentil se não fosse um demônio e ali só houvesse malicia.

Nesse momento ela tirou a mordaça de mim e eu disse com raiva:

-Por que me trouxe aqui, demônio?

Ela saiu do meu colo, parecia ofendida ou era apenas parte de seu tolo teatro, ela então levantando as mãos de forma dramática disse:

-Eu a trouxe para esse refúgio belo e aconchegante e você me chama de demônio. –Ela faz um pequeno beicinho, mas logo volta a sua verdadeira face estampando um sorriso de escarnio. –Não. Demônio é pouco. Mal espirito? Agente do caos? Não, nenhum adjetivo humano é suficiente para definir-me, docinho... O que pensar, pode apostar, eu sou pior. Você deveria saber com quem está lidando, suas rejeições me deixam tão aborrecida.

Suspirei e recostei minha cabeça na guarda da cadeira pedindo a Deus paciência.

-Poupe-me de suas cenas. –Disse e repeti a pergunta: -Por que me trouxe aqui?

Ela deu um largo sorriso e quase pulou de alegria ao dizer:

-Eu a trouxe aqui para que sejamos uma, Alex! –Ela então veio em minha direção e segurou-me pelo queixo com a mão que não segurava a faca. –Você pertence a mim!

-Não! –Disse cuspindo em sua cara, ela se afastou rapidamente. –Me solte, sua cadela! –Eu gritava, mas ela ria, nem mesmo parecia ter ficado braba.

E continuou assim gargalhado por um tempo, até que do nada mudou sua expressão para algo que se assemelha a uma psicopata violenta e disse:

-Sabe, nós podemos fazer as coisas do jeito fácil ou do jeito difícil, tudo depende do quanto você vai cooperar comigo, meu bem. –Nesse momento ela encostou a faca de lado em minha bochecha, o gelado do metal fez com eu engolisse seco e meu medo fez com que ela desse um largo sorriso, seu rosto estava há apenas alguns centímetros do meu.

-Vá para o inferno, vadia. Você nunca devia ter saído de lá. –Cuspi as palavras nela.

Ela riu, mas a risada durou pouco, surpreendendo-me ela pegou-me pela garganta e disse:

-Tudo bem, docinho, vamos fazer do jeito difícil. –Então ela empurrou a cadeira para trás e caiu eu e a cadeira no chão com um baque que ecoou por meus ouvidos enquanto ela pulou em cima de mim.

Meu rosto estava entre suas cochas, eu gritava para que ela me soltasse enquanto ela ria insanamente e dizia coisas como:

-Que desenho você gosta mais? Que tal colocar um lindo sorriso nesse rosto? Ou então podemos desenhar alguns corvos, sempre gostei dessas doces criaturinhas!

Suas palavras apenas aumentavam meu terror e faziam com que eu gritasse desesperada. Foi então que se ouviu não muito longe dali o uivo de um lobo e na hora eu soube do que se tratava.

-Parece que seu cachorro veio lhe salvar, que coisa linda. –Nightmare disse com seus olhos faiscando de raiva.

Então na porta do cômodo comecei a ouvir unhas arranhando tentando abri-la e mais uivos, mas ele não conseguia abri-la, apenas ficava desesperado tentando abri-la enquanto eu gritava o nome dele como se ele pudesse me socorrer.

-Pode gritar o quanto quiser! Ele não vai conseguir entrar aqui! –Ela disse.

“Well I've got one foot on the platform/ And the other foot on the train…” a música no fundo continuava. Ouviu-se então gritos tipicos de quando os lobos transformam-se em humanos novamente seguido por dois baques fortes na porta, até que por fim no terceiro baque Rick entrou correndo pela porta e disse:

-Largue ela!

-Ou o que? –Ela disse olhando para trás, encarando-o de forma desafiadora. –Vai me morder, lobinho raivoso?

-Na verdade vou. –Ele disse e transformando-se em lobo partiu para cima dela.

A seguir os dois caíram no chão rolando em uma mistura de sangue, pelos, gritos e rosnados, mas Nightmare estava mais forte que antes e logo conseguiu se livrar dele, lançou contra a parede, de forma que Rick veio a ficar inconsciente.

-Rick! –Gritei.

-Cale a boca! –Nightmare gritou olhando para mim. –Vamos acabar logo com essa brincadeira! Dê-me logo permissão para entrar em seu corpo, ou entrarem a força!

-Não! –Gritei e ela me pegou pelos cabelos, colocando assim a cadeira em pé de volta.

Rick havia feito um arranhão em metade da cara dela, mas ela estranhamente não sangrava, apenas parecia ter quebrado como uma verdadeira boneca de cerra. Ela apontou para meu rosto a faca novamente e disse com raiva:

-Vamos ver se será tão bonita ainda quando eu arrancar toda a sua pele!

A faca se aproximava de meu rosto, eu já podia sentir o metal gelado prestes a dilacerar minha face enquanto o rádio tocava a última frase da música “... And God, I know, I’m one”. “Senhor, se não me abandonaste... livra-me da morte novamente” foi a última coisa que tive tempo de pensar antes de um estouro preencher todo o lugar. Um som horrível de interferência tomou conta do cômodo e o ruído ecoou até mesmo dentro da minha alma e por fim o rádio explodiu e começou a pegar fogo.

Nightmare olhou na direção dele com os olhos arregalados e soltou um palavrão e da mesma porta pela qual Rick havia entrado veio uma luz tão forte que tive de fechar os olhos.

Nightmare ficou em pânico, ela gritava consigo mesma de raiva:

-Merda! Merda! Merda!

A luz então diminuiu um pouco e eu ouvi uma voz conhecida falar:

-Por acaso achou que iria abandonar meus filhos? Como ousa querer violar um santuário do Santo Espírito?

-Por que me atormenta antes do tempo? –Nightmare perguntou, sua voz parecia ainda mais monstruosa.

Mas o Senhor apenas ordenou:

-Afaste-se daqui, espirito maligno! Deixe-a em paz!

E então com Sua luz Ele afugentou Nightmare que se escondeu nas sombras, deixando-me em paz. A luz resplandeceu em meio as trevas que haviam estado comigo a noite inteira, trazendo novamente esperança e a vida que as trevas nunca compreenderiam e mesmo sem compreender, jamais apagariam tal luz. Lá fora o sol abriu e a luz do dia preencheu o quarto, Rick despertou e me desamarrou da cadeira, trocamos um longo abraço com nosso Mestre e sorrisos brilharam em nossos rostos.

-Acha que ela vai voltar? –Rick perguntou.

-Não enquanto andares comigo. –Deus respondeu.

Ele sorriu para mim, aquele sorriso terno que me fazia ter esperança de que tudo daria certo e Sua presença e Sua luz foi preenchendo cada parte dos vazios que Nightmare havia deixado em mim.

-Está na hora de acordar, filha. –Ele de repente disse me encarando sério. –Deve voltar para sua casa humana e seguir o reto caminho da cruz até a casa verdadeira, onde descansará comigo para sempre nos Rios da Crença.

Então a nossa frente surgiu uma porta estreita e o Senhor me disse:

-Entre pela porta estreita e siga o caminho. Estará escuro e muitas vezes você pensará que está sozinha, mas não temas, porque eu sou a luz do mundo e estarei contigo aonde fores.

Assenti para Deus, Suas palavras acalmando minhas inquietudes pelo desconhecido, dando-me certeza de que eu não estava com medo, mas sim ansiosa para encarar o que havia de vir.

-Está na hora de acordar, filha. –Ele repetiu.

-Senhor, isso tudo foi loucura da minha cabeça? –Perguntei, soando um tanto desesperada e ele fez que sim. –Como? Quer dizer que nada disso foi real?

-Só porque foi da “sua cabeça” não significa que não foi real. –Ele disse. –Lembre-se que a loucura que vem de Deus é mais sábia que qualquer sabedoria humana. Isso era necessário para que eu a encontrasse e você pudesse retornar aos meus caminhos.

-Eu não compreendo. –Disse por fim depois de um longo tempo.

Ele sorriu para mim me confortando.

-Um dia, talvez compreenderá, filha. –Fez uma pausa, aquele ar pensativo de quem tem toda a sabedoria e mesmo assim ainda tem um coração humilde. –No caminho surgirão muitas vozes, filha, apreenda a escutar apenas a minha e a negar os falsos mestres e os demônios. Pois as ovelhas conhecem o Pastor e o seguem quando ouvem sua voz, mas fogem quando ouvem a voz dos ladrões. Seja como elas e escute apenas a minha voz aonde fores e eu te guiarei.

-Eu o farei, Senhor. –Disse. –Seguirei-Te sempre, aonde Tu fordes eu também irei.

Novamente um sorriso surgiu em Seu rosto e ao mesmo tempo que sua voz soava como um aviso era suave e agradável:

-As raposas têm covis e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça. –Ele então me encarou. –O caminho é longo e a estrada é difícil.

-Senhor, -Eu disse. –Ainda que tenha que dar minha vida por Ti, não irei te abandonar, que assim seja, na Sua palavra está escrito que devemos dar nossa vida como o Senhor deu a Sua, pois de nada vale ganharmos o mundo e perdermos a vida eterna. Assim, Deus, me entrego completamente a Ti.

-Pois eu te recebo de braços abertos. –Disse-me. -Mas agora, você deve ir.

Fiz que sim e olhei para Rick, abracei-o então e sussurrei para ele:

-Bom ter passado esse tempo contigo, mas nessa viagem... Devo ir acompanhada somente de Cristo.

Ele fez que sim e retribuiu o abraço.

Me aproximei de Deus e Ele me abraçou, sussurrei um “obrigado” para Ele e voltei para a porta, a qual entrei sem hesitar.

 

 

Deparei-me então com a escuridão, mal podia ver para onde estava indo, mas não tinha medo, em minha mente cantava louvores ao Senhor e continuava seguindo o caminho firme e confiante, até que por fim uma luz apareceu e com ela veio o conforto e a alegria, a segui até o final do caminho com a certeza de que não estava sozinha. Havia uma porta e eu a abri, sem medo, o fosse eu não iria temer, pois Deus estava comigo.

Então é isso o que podemos ver e procurar a lição entre as linhas de meus escritos que nos foi destinada a aprender, o fim é o fim do livro, mas não da história e as palavras refletidas nela ainda vagam em cores vivas em minha cabeça, não como uma lembrança, mas como um conselho, um guia sempre lá para lembrar-me porque sou quem eu sou. Nossa heroína termina sua viagem no mais profundo mar de sua mente, no qual quase se afogou por não saber que no fim das contas seu bote salvas vidas nunca fora ela mesma ou mesmo todas aquelas tolas cordas em que ela em vão se agarrava.

Todos nós precisamos algo a que nos agarrar. Precisamos de âncoras. Não precisamos de cordas, um dia elas irão arrebentar. Mais cedo ou mais tarde eles vão embora, ou mesmo você vai embora partindo para uma nova aventura. Nada nesse mundo é para sempre, tudo é passageiro, nós somos passageiros e por isso devemos nos agarrar e nos concentrar no eterno, não desperdiçar a vida que temos e que dura tão pouco com coisas tolas. Porém, não posso negar: quando as cordas arrebentam dói. Mas as âncoras... elas nos mantêm firmes no porto quando estamos procurando descanso da viagem, elas não nos privam de ver os mares e as fascinantes terras distantes e curiosas, na verdade, elas nos incentivam, não nos prendem a um lugar, elas nos dão a possibilidade de aonde formos termos a oportunidade de ancorar e descansar um pouco quando não aguentarmos mais continuar a viagem.

Jesus é a âncora da minha alma.

Mas Ele não é só a minha âncora, Ele também é aquele que traça meu curso pelos sete mares e me guia até os rios da crença, onde junto a Ele finalmente encontrarei a plena paz da Sua presença. Ele está comigo, isso basta. Assim eu não me abalo e não temo o caminho, Ele ilumina meus paços e guia meu coração. Ele jamais me abandonará e enquanto estiver com Ele, nada temerei.

A peregrina em sua jornada descobriu que sua busca para entender quem ela era e quem ela precisava ser nunca tratou-se de encontrar a si mesma, mas sim de encontrar a Cristo, pois apenas encontrando a Ele ela encontraria quem ela de verdade era, apenas encontrando Ele ela redescobriria a vontade de viver e sua razão para viver que ha muito lhe havia sido tirada. Apenas encontrando a Cristo ela descobriria o real motivo para continuar lutando insistentemente sem ceder a seus medos e seus demônios.

No entanto, quem pode encontrar a Ele? O Rei de todo o Universo? Nossa heroína... Se é que podemos mesmo chamar-me assim, pois perto dEle o que sou eu? Sou o pó da terra e a terra irei voltar quando desaparecer, mas Ele é divino, Eterno, mesmo quando me for suas palavras estarão aqui para guiar outras almas solitárias como a minha era, e Ele é o único realmente bom e digno de louvor em todo o mundo que o traiu, mas eu sou apenas uma mortal com uma história para contar sobre como O conheci. No fim das contas nunca foi eu a encontrá-Lo, mas sim Ele que me encontrou e estendeu-me Sua mão para salvar-me de mim mesma.

Se foi real meu encontro com Ele ou eu delirei? Isso eu não sei. Mas pra mim foi a coisa mais incrível que já me aconteceu vê-lo pessoalmente, vê-lo sorrir e me envolver em seus braços. Dizem que um sonho é a apenas a sombra da realidade, e se fora um sonho e estar perto dEle é de fato tão bom assim, é ao lado dEle que quero viver minha vida toda, pois eu posso não O ver, mas eu sinto Seu toque sobre mim e sua voz ainda sussurra para mim como um guia, a lamparina que ilumina meu caminho, a luz que me ilumina e que me guia pelas estradas escuras do mundo que preciso enfrentar diariamente com medo de meus próprios demônios, que sei que não me farão mal pelo simples fatos de que Ele está comigo e que eu estou com Ele.

O que existe está muito além daquilo que podemos ver e o que é real é apenas uma questão de ponto de vista. Todos nós temos um mundo secreto, o qual nós mesmos criamos. Mas nesse mundo também vivem os monstros que assombram nossos piores pesadelos, e assim como nós, eles irão lutar por aquilo que acreditam. Porém, aquilo que você acredita lhe dá a força que você precisa para enfrentar seus demônios internos e externos, e quando tudo está perdido em nossas batalhas e a morte está batendo a nossa porta, aquilo que acreditamos nos dá vida e é este sopro de vida, luz e coragem que guiam nossas viagens sob este mundo estranho e nos mantém lutando bravamente.

Meu nome é Alexandra Parker e eu irei lutar por aquilo que eu acredito.

Eu não tenho medo. Seja o que Deus quiser, pois sei que Ele sabe o que faz, Ele sempre quer nos ensinar algo e eu estou disposta a aprender. Estou disposta a me entregar completamente a Ele e segui-Lo aonde for.



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