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História A Traição - Jungkook - Saga: O Início XIX


Escrita por: Powlledy

Notas do Autor


Antes de tudo: me desculpem por n ter respondido vcs nos comentários do cap passado 😭😭😭🙏🏻🙏🏻 não tive muito tempo, mas prometo que responderei assim que der!!!


Agora voltamos com a programação:


Sim galera atualizando na madrugs porq eu prometi q teria cap hj e a essa hora foi a única q encontrei para postar, porq vou passar o final de semana inteirinho fora sem o celular, portanto: "antes cedo do que nunca" e.e



Olhem pelo lado bom, irão acordar com a delícia de um cap novo de AT hehe

Capítulo 19 - Saga: O Início XIX


       A essa altura do campeonato, ela só havia falado seu nome. Sunny. Nada mais ousou dizer, a não ser isso.

Todos conseguiam perceber o quanto eu estava irritada por eles estarem tentando conversar com ela como se não fosse inimiga ou algo do tipo. Estavam sendo amigáveis. Perdi a conta de quantas vezes revirei os olhos. Não sabiam que para fazer alguém falar deveriam colocar medo? Dizer que vai matá-lo ou coisas do tipo?

Se eles não estavam cientes que era de um toque de adrenalina que a garota precisava para falar tudo, eu iria fazê-los abrir os olhos quanto a isso.

— Posso ter a honra de dizer algo ou Jungkook vai querer me impedir novamente? — levantei a mão como um aluno faz, ou deveria fazer, quando se tem algo a questionar ao seu professor.

Quando mergulhei o rosto da menina na água sagrada, fiz isso mais quatro vezes e foi assim que ela soltou que seu nome era Sunny, contudo, me impediram de continuar o interrogatório da forma em que eu estava fazendo. Jeon me afastou para o mais longe possível da garota e ficou de escolta para que eu não saísse do lugar em que me colocara.

Um telefone começou a tocar, era do Alpha, ele atendeu assim que viu quem era.

Alô? Sim, é ele... sério? Estou indo pegar — pareceu um pouco mais feliz e logo se levantou da cadeira em que estava sentado depois que desligou o telefone — terei de pegar algo na empresa, Ronnie, pode cuidar dessa garota? — olhou para mim.

Eu sorri de lado.

— Claro, mas posso usar os meus modos? Esses que vocês usam não funcionam bem — O Alpha olhou para a garota e depois voltou seu olhar a mim, assentindo.

— Só não a mate — disse por fim, logo saindo.

— Ok, vamos começar com o verdadeiro interrogatório — estalei os dedos finalmente podendo sair do enclausuramento de Jeon sem que o mesmo me impedisse.

Fui rumo a garota que estava sentada com cara de poucos amigos enquanto olhava a cada passo que eu dava em sua direção. A vi engolir o seco como se estivesse se preparando mentalmente para o que iria vir a seguir.

— Seremos só eu e você de novo, lindinha — digo trazendo sua cadeira mais perto da mesa e então logo sentei ali, cruzando as pernas em sua frente.

Estávamos perto uma da outra.

— Então, vai me contar o que veio fazer aqui e quem lhe mandou por bem ou por mal? — digo balançando o pé, ansiando para que sua resposta fosse a que eu esperava.

Silêncio. Essa foi a resposta que foi me dada. Sorri.

— Devo encarar isso como “por mal"? — vacilou com o olhar — Muito bem, vamos começar. Eu tenho uma pergunta para cada unha sua, se você não responder corretamente creio eu que você não terá mais nenhuma delas.

— Tô fora — Taehyung diz e logo saiu da sala.

— Também vou indo nessa — Hoseok praticamente correu para fora daquela sala.

Desci da mesa em que estava sentada e olhei para os lobos que ainda restavam.

— Olhem, acho que isso vai demorar um pouquinho, ela está muito encabulada. Então, se vocês tiverem algo de melhor para fazer...

— Eu tenho coisas a serem resolvidas, deixo isso em suas mãos, Ronnie — Namjoon diz sendo o terceiro a sair.

Jimin e Yoongi saem logo em seguida sem dizer uma só palavra. O único que restou foi Jungkook que eu tinha certeza absoluta de que não me deixaria sozinha.

— E você? — perguntei direcionada a ele mesmo já sabendo a resposta.

— Não tenho nada de melhor para fazer — deu de ombros.

— Então tá certo...

Voltei minha atenção para garota.

— Não seja difícil... você ainda pode ficar com suas unhas se me disser o que lhe trouxe para minha humilde ex-casa — digo, mas ela ainda se mantém firme.

Vamos ver o quanto essa carranca irá durar.

— Primeira pergunta: qual era seu objetivo? — fico atrás da garota pronta para tirar sua primeira unha com minhas próprias mãos.

Não houve respostas de sua parte. Fiz um gesto com a boca em negação.

— Você disse algo? Não? — fiquei esperando mais alguns segundos e então arranquei a sua primeira unha colocando em cima da mesa.

Ela gritou.

— Sabe, não tem de ser assim, mas você não colabora — finjo compaixão e sou retribuída com um olhar de raiva pura — perguntarei novamente, se não me responder já sabe, né? Qual era o seu objetivo? — digo palavra por palavra.

Conseguia ver que ela tentava abafar o próximo grito cerrando seus lábios. Sem mais delongas arranquei outra unha, colocando-a em cima da mesa. O que planejava fazer não deu muito certo, pois gritou alto.

— Restam oito e você ainda não respondeu nada — digo um pouco mais séria.

— Não direi nada! — disse entredentes e eu bati palmas.

— Olha, já é um grande avanço você abrir essa sua boca — digo e então tiro uma outra unha sua, ouvindo-a gritar — ops, esqueci de perguntar — finjo inocência.

— Vaca! — gritou ela mais uma vez e eu ri, eu ri muito ao chegar em um ponto de quase chorar.

— Você não sabe o quanto ouvi isso em toda a minha vida, chega a ser hilário quando alguém diz para tentar me atingir — parei de rir aos poucos, me recompondo — Mudança de planos, uma troca de todas as suas unhas por uma resposta correta, ok? — ameacei.

Vejo que ele se remexeu incomodada.

— Pois bem, ainda continuo com a mesma do início, caso tenha esquecido é: Qual era o seu objetivo? — estava preparada para arrancar sua terceira unha quando a mesma gritou.

— Lhe matar! Mandaram lhe matar, não é óbvio?! — dei um olhar vitoriosa a Jeon que agora estava sentado em uma cadeira vendo tudo o que estava acontecendo, de camarote.

— Quem mandou? — perguntei.

— Você conhece muito bem quem foi! — por mais que eu tivesse toda a certeza do mundo de quem ela falava, arranquei outra unha.

— Nomes, quero nomes — fui séria.

— Hendricksen's — a conversa agora estava fluindo.

— Por que? — perguntei e ela se calou.

Aish, isso iria demorar.



OoOoOoOo



Acabei arrancando todas as suas unhas tanto dos pés quanto das mãos e ela só tinha respondido apenas quatro perguntas. Então optei pelo “método água sagrada".

Tudo o que eu sabia era que ela tinha vindo em intenção de matar-me a mandado dos Hendricksen's com a ajuda de seu irmão gêmeo que se chamava Saul. Claro que não dava para confiar 100% nisso, mas era o que tínhamos, então teríamos que averiguar — pelo menos.

— Por que eles querem me ver morta tomando medidas tão despreparadas como mandar você? Acham que eu enfraqueci tanto para que você conseguisse me matar? — dei ênfase.

Tirei sua cabeça debaixo da água sagrada para que respondesse. Nada respondeu-me, mergulhei-a novamente, de novo e mais uma vez até que ela abrisse a boca.

— Eu não sei o motivo ao certo, tá bom?! Mas eu lembro deles terem dito algo como “se não pudemos tê-la, não terá motivos de deixá-la viver" — gritou.

Soltei sua cabeça largando a água sagrada em cima da mesa e sentei na mesma ficando pensativa quanto a essas palavras.

Definitivamente mandariam mais alguém se essas pessoas falharem e se as outras também falharem mandarão mais e mais até que tenham a certeza de que eu estivesse morta.

Eu definitivamente iria causar muitos problemas à alcateia. Merda.

— Eles fazem muito efeito sobre você ainda, né? As dores que sentia lá estão bastante presentes em seu cotidiano, certo? — fez-me prestar atenção no que estava dizendo — Aposto como tem pesadelos todas às noites relembrando os tempos em que era um simples ratinho de laboratório! Sorte a sua que sobreviveu, muita sorte, mas não acho que deixou de pensar neles um segundo sequer desde que escapou — dizia com tanta convicção que me fazia ficar entretida ao seu modo de falar.

Houve um silêncio ali e eu parei para absorver suas palavras e então ri, gargalhei alto, mas logo fiquei séria encarando-a. Ela cheirava a desespero, estava usando sua última artimanha para me desestabilizar e então conseguir alguma brecha para fugir. Patético!

— Acha mesmo que penso nesses merdas? Acha mesmo que gasto meu precioso tempo de liberdade relembrando o que passava naquele inferno? Acha mesmo que estando feliz venho a recordar daqueles lixos? — peguei em seu pescoço, erguendo sua cabeça, fazendo-a olhar bem fundo em meus olhos, minhas garras crescem e assim pressiono contra sua pele vendo o sangue escorrer — A única coisa que me liga ainda aos Hendricksen's é a vontade de matar todos eles e quem trabalha para eles... também estão incluídos.

Vejo uma lágrima cair de seus olhos e então pressiono mais e mais minhas garras, estava perto de sua garganta só mais um pouquinho e mais um lixo estaria sendo jogado na fornalha para ser queimado.

— Ronnie, pare com isso você vai matá-la — ouço Jungkook dizer segurando minha mão.

Olhei para ele e em instantes libertei a garota de minhas garras, lembrando das palavras do Alpha.

— Ronnie basta por hoje, você fez o que tinha de fazer, é melhor irmos — disse ele sério.

— Não vou deixá-la sozinha, irá fugir.

— Vamos nos revezar para monitorar a única saída daqui, ela não vai fugir — então assenti.

O que me fez concordar de ir embora tão rapidamente foi porque eu tinha a certeza de que se continuasse, perderia o resto de minha sanidade e acabaria matando-a, mas a grande consequência após isso era o que me deixava com um pé atrás: o Alpha perderia a confiança em mim. 

Eu não queria que isso acontecesse, afinal, a única ordem que ele me deu foi de que não a matasse. Não poderia fazê-lo então.

— Mas antes... — quebrei o pescoço da garota rapidamente e ele me repreendeu.

Isso não iria matá-la, só era o método mais eficaz para que tenha várias e várias horas de sono.

— Eu não a matei — digo em minha defesa.

— Quase — corrigiu ele.

Ela só iria morrer se queimássemos todo o seu corpo.

Saímos daquela sala que cheirava a sangue, logo em seguida daquele porão. Notei que já estava um tanto tarde, pois o sol estava se pondo. Seria uma bela visão para se apreciar se eu não estivesse tão transtornada com o lance dessa garota.

O caminho inteiro até a mansão foi silencioso, Jungkook não se atreveu a direcionar qualquer palavra a mim e eu a ele.

Quando entramos na mansão vi Taehyung sentado no sofá com as mãos tapando seus ouvidos, daqui conseguia ver seu corpo trêmulo. Jimin que estava ao seu lado tentava o acalmar dizendo palavras de reconforto ao mesmo tempo que acariciava suas costas.

Muitas cenas de meu passado começaram a passar em minha mente rapidamente, lembrando-me do meu irmãozinho de quando o mesmo sentia medo de algo, ele sempre fazia o mesmo que Taehyung estava fazendo neste exato momento. Sentia meu coração se apertar e minha a garganta ficar seca.

Como poderiam ser tão parecidos?

Essas palavras martelavam em minha cabeça ao observar Jungkook correr na direção dele e se abaixando em sua frente.

— Calma, Tae, acabou. Isso não vai se repetir novamente, ok? Ronnie não sabia que você tinha medo, deveríamos tê-la impedido, nos desculpe por fazer você passar por isso, tá bem?— disse Jeon, mas Taehyung estava totalmente imerso dentro de si mesmo, não o notando.

O que estava acontecendo?

Cheguei mais perto deles e Jimin me encarou dos pés a cabeça. Com certeza reparando o quanto eu estava banhada de sangue.

— É melhor você ir, Ronnie — disse ele e eu o ignorei por completo.

— O que aconteceu com o Taehyung? — perguntei me aproximando.

Conseguia sentir seu desespero dentro de mim e aquela sensação não deixava minha loba à vontade.

— Ele abomina o que você fez com aquela garota, Ronnie. Ele não aguenta isso desde quando o conhecemos, ele tem medo... de torturas — essas últimas palavras ele fez mímica labial para que Tae não o escutasse.

Por que eu estava a sentindo uma culpa tão grande em meu peito após ouvir isso? Por que eu sentia que estava tendo um déjá vu? Por que eu sentia que poderia lidar com aquilo como se já tivesse o feito antes?

Não, não, não... — ouvia Taehyung murmurar na medida em que chegava mais perto.

Eu não poderia simplesmente virar as costas e ir embora ao vê-lo assim, desse jeito tão... apavorado.

Empurrei Jungkook para o lado, roubando sua posição. Ele resmungou algo, mas não prestei atenção em uma palavra sequer que saiu de sua boca.

O meu foco agora era totalmente Taehyung que mantinha seus olhos fechados com força.

— Taehyung... — o chamei, ele não me deu a mínima — abra seus olhos, acabou, tá tudo bem. Você está seguro, está tudo bem. Olhe para mim... você consegue — peguei em seu rosto cuidadosamente o fazendo levantar a cabeça.

Não... — disse ele com a voz tão trêmula quanto seu corpo.

— Deixei-o, Ronnie. Ele sempre se recupera sozinho — Jimin diz e eu o olhei brava.

Nunca! — digo firme e ele fica um pouco surpreso, na verdade, até eu fiquei surpresa ao estar insistindo em Taehyung sem saber o motivo ao certo.

Não sabia o porquê, mas algo me prendia a ele, algo me dizia para não deixá-lo naquele estado.

— Taehyung, olhe para mim, sei que é forte — dizia calma, acariciando a sua bochecha.

Conseguia sentir seu corpo relaxar e as mãos que tampavam seus ouvidos afrouxarem aos poucos.

— Isso... você pode vencer, você é forte o bastante para se deixar levar pelo medo, Taehyung! Não deixe que a escuridão o domine... siga minha voz e abra seus olhos; verá com os seus próprios olhos que está tudo bem — na medida em que eu ia falando, ele abria seus olhos lentamente.

Sorri de lado ao vê-lo me encarar.

— Você conseguiu — digo por fim e me sentei no chão, respirando fundo.

— Obrigado, Ronnie — disse Taehyung em um fio de voz.

— Me desculpe por fazê-lo passar por isso, eu não tinha ideia dessa sua... fobia — procurei a palavra certa para descrever.

Ele sorriu sem mostrar os dentes desviando o olhar do meu.

Notei que eu tinha sujado o rosto do mesmo de sangue ao tocá-lo com as minhas mãos.

— É melhor eu ir me lavar — disse ele, logo se levantando e saindo do meu campo de visão.

— Como fez isso? Ele não escuta a ninguém quando está assim — perguntou Jungkook.

Dei de ombros.

— Instinto — me levantei — Vou me trocar também...

Eles assentiram e fui direto ao meu quarto, chegando lá eu fechei a porta e escorreguei pela mesma.

O que era esse sentimento de como eu estivesse deixando passar algo muito grande mesmo estando em minha frente?


Notas Finais


Eu sei que disse que tinham 3 caps feitos, e de fato tinham, q era o cap 18, 19 e 20. O 20 eu planejava soltar na segunda, maaas eu acabei tendo de alterar algumas coisas no cap 19 que acabou acarretando em consequências drásticas no cap seguinte(20), portanto por causas dessas alterações q fiz nesse cap terei de refazer o cap 20 inteirinho novamente, agr com outra ideia hehe.

Concluindo: irá demorar mais um pouquinho para o cap 20 sair, mas nada muito exagerado, principalmente pelo fato de que irei passar o final de semana fora sem escrever hehehe

De qualquer forma vejo vocês no próximo, bye bye garotada do mal e antes que eu esqueça: comentem oq acham da trama e o rumo q a fic está levando, amo muuuito ler os comentários de todas vcs.

O Domador de Cavalos
https://www.spiritfanfiction.com/historia/o-domador-de-cavalos-18252519


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